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FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA

CURSO TÉCNICO DE ELETROTÉCNICA

JÚLIA GABRIELA GOMES


KAUÃ STOFFEL LUDWIG
MORGANA WEINGAERTNER BLASI MEINCKE

GOOD VISION
Tecnologia Assistiva para Pessoas com Deficiência Visual

Orientador: Vinícius André Uberti

Novo Hamburgo, 2022


FOLHA DE ASSINATURAS

JÚLIA GABRIELA GOMES


KAUÃ STOFFEL LUDWIG
MORGANA WEINGAERTNER BLASI MEINCKE

GOOD VISION
Tecnologia Assistiva para Pessoas com Deficiência Visual

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA

CURSO TÉCNICO DE ELETROTÉCNICA

Júlia Gabriela Gomes - 21000503@liberato.com

Kauã Stoffel Ludwig - 21000017@liberato.com

Morgana Weingaertner Blasi Meincke - 21000039@liberato.com

Vinícius André Uberti


Orientador
FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA
CESP – Comitê de Ética e Segurança na Pesquisa

TERMO DE REVISÕES E AUTORIZAÇÕES DE SEGURANÇA E ÉTICA

Título do Projeto:

Código Identificador do CESP:

DECLARAÇÃO DE REVISÃO DO ALUNO


Declaro (amos) que redigi (mos) este PLANO DE PESQUISA de acordo com as diretrizes da Escola, regras
nacionais e internacionais na condução da pesquisa. Estamos cientes dos riscos descritos detalhadamente no item
“Avaliação de Riscos” e iremos tomar as medidas de segurança indicadas. Estamos submetendo o Plano de Pesquisa
às revisões e autorizações necessárias antes da execução prática.
Aluno (a) 1: Assinatura:______________________
Aluno (a) 2: Assinatura:______________________
Aluno (a) 3: Assinatura:______________________
Aluno (a) 4: Assinatura:______________________
Atenção: a MOSTRATEC e a maior parte das feiras de ciências limita a participação a grupos de até 3 estudantes.
Grupos com 4 integrantes inscritos declaram ciência a essa determinação, que independe da atuação do CESP.

E-mail do aluno coordenador da pesquisa: Celular: Clique para digitar nº celular.

A) TERMO DE REVISÃO E APROVAÇÃO DO ORIENTADOR


Declaro que li o Plano de Pesquisa apresentado pelos alunos e revisei os aspectos de segurança e ética
envolvidos na pesquisa e procedimentos experimentais. A metodologia descreve adequadamente os materiais,
métodos, os possíveis riscos e medidas de proteção a serem adotados. Autorizo a execução experimental do Plano a
partir da data de aprovação com o seguinte parecer:
( ) o(s) aluno(s) possui(em) treinamento adequado para manipular os materiais, equipamentos e procedimentos
propostos;
( ) o(s) aluno(s) NÃO possui(em) treinamento adequado e/ou habilitação legal para executarem sozinhos alguns
dos procedimentos propostos, sendo necessário, nestas etapas, o acompanhamento direto do seguinte
SUPERVISOR DESIGNADO:Clique aqui para digitar nome SD. Assinatura: ______________________

ORIENTADOR: Assinatura:__________________ Data:___/___/___


CO-ORIENTADOR: Assinatura:__________________ Data:___/___/___

B) TERMO DE REVISÃO E AUTORIZAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS LEGAIS POR MENOR DE IDADE


Declaro que li o Plano de Pesquisa elaborado pelo meu (minha) filho (a), estou ciente dos possíveis riscos,
da execução da pesquisa, bem como as medidas de segurança e ética a serem adotadas. Autorizo meu (minha) filho
(a) a executá-lo.
Responsável aluno (a) 1: Assinatura: ____________________
Responsável aluno (a) 2: Assinatura : ____________________
Responsável aluno (a) 3: Assinatura: _____________________
Responsável aluno (a) 4: Assinatura: _____________________
RESUMO

O projeto proposto “Good Vision - Tecnologia Assistiva para Pessoas com


Deficiência Visual” visa desenvolver um dispositivo que auxiliaria pessoas com
deficiência visual na identificação de obstáculos em ambientes externos, buscando
mais praticidade, segurança e autonomia para o indivíduo. Com isso, foi projetado
um óculos que teria em si acoplado um sistema com sensor de distância que, ao
identificar um obstáculo iminente, enviaria um sinal para pulseiras localizadas nos
pulsos que trariam uma resposta vibrotátil. A partir de dados do IBGE (2010)
utilizados pela Pesquisa Nacional de Saúde, foi estimado que de 200,6 milhões de
PcD, 3,6% eram deficiência visual, o que resulta em cerca de 7 milhões de
indivíduos. Tendo isso em mente e estudando mais profundamente, foi possível
identificar pessoas com pouca, muita dificuldade, ou até quem não conseguem de
maneira alguma enxergar. Por isso é importante visar uma maior acessibilidade e
para isso escolhemos utilizar de uma TA, uma tecnologia que vem se mostrando útil
e eficaz, apesar de ainda não muito explorada. As propostas e objetivos foram
organizados em 4 etapas fundamentais, uma pesquisa bibliográfica para a
familiarização do grupo ao assunto; uma análise de mercado, encontrando produtos
semelhantes para analisar, trazer melhorias e um orçamento melhor; o
planejamento do protótipo o qual, pelo tempo disponível para realizar o projeto, será
focado em realizar apenas um esquema do produto; e a análise final. Por enquanto
há apenas uma estimativa para o orçamento, levando em consideração apenas os
componentes principais do protótipo, o valor que temos atualmente é de R$477,94.
Com o andamento da pesquisa não foi possível a realização do desenvolvimento do
esquemático elétrico em um software, então a análise será quantitativa, feita com
base nos produtos semelhantes ao em desenvolvimento. No final, conseguimos
chegar em uma ideia que traria uma maior segurança contra lesões acidentais,
entretanto o auxílio na locomoção ficará pendente e por conta disso pensamos no
desenvolvimento de um aplicativo móvel para direcionar o caminho da pessoa.

Palavras-chave: Deficiência visual, Tecnologia Assistiva, Deficiência, Acessibilidade


ABSTRACT

The project proposal “Good Vision - Assistive Technology for the Visually Impaired”
seeks to develop a device that helps the visually impairment, to identify obstacles in
external environments, bringing more practicality, security and autonomy for the
individual. With that in mind, a pair of glasses was designed that would have a
system with a distance sensor attached that, when identifying an imminent obstacle,
would send a signal to bracelets located on the wrists that would bring a vibrotactile
response. Based on IBGE data (2010) used by the National Health Survey (PNS), it
was estimated that of the 200.6 million people with visual impairment, 3.6% were
visually impaired, which results in about 7 million individuals. Thinking about it and
studying more, it was possible to identify people with little or a lot of difficulty, or even
those who can't see anything. That's why it's important to have greater accessibility
and for that we chose to use a TA, a technology that has proven to be useful and
effective, although still little explored. The proposals and objectives were organized
into 4 fundamental stages, a bibliographical research to familiarize the group with the
theme; a market analysis, finding similar products to analyze, leading to
improvements and a better budget; the prototype planning which, due to the time
available for the execution of the project, will focus on making only a schematic of
the product; and the final analysis. For now there is only an estimate for the budget,
taking into account only the main components of the prototype, the value we
currently have is R$ 477.94. With the progress of the research it was not possible to
carry out the development of the electrical scheme in a software, so the analysis will
be quantitative, made on the basis of similar products for development. In the end,
we managed to come up with an idea that would bring greater security against
accidental injuries, however assistance in locomotion will be pending and that is why
we thought of developing a mobile application to direct the person's path.

Keywords: Visual impairment, Assistive Technology, Deficiency, Accessibility


LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Categorias de deficiência visual 12


Quadro 02: Prevalência da cegueira por faixa etária 15
Quadro 03: Classes de Bluetooth 23
Quadro 04: Orçamento 27
Quadro 05: Cronograma 27
LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Estimativa da população brasileira em cada classe social 14


Figura 02: Cálculo estimado de cegos com base socioeconômica 14
Figura 03: Diagrama de pinagem do Arduino UNO Rev3 20
Figura 04: Motor BLDC de vibração 22
Figura 05: Módulo HC-06 22
Figura 06: Fluxograma da metodologia 24
Figura 07: Diagrama de blocos do Protótipo 26
LISTA DE ABREVIAÇÕES
CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia;
PcD - Pessoa com deficiência;
IBGE - Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Estatística;
OMS - Organização Mundial da Saúde
TA - Tecnologia Assistiva
WHO - World Health Organization
SUMÁRIO

RESUMO 4
1 INTRODUÇÃO 11
1.1 Tema 11
1.2 Justificativa 11
1.3 Problema 12
1.4 Hipótese 12
1.5 Objetivos 12
1.5.1 Objetivo Geral 12
1.5.2 Objetivos Específicos 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13
2.1 Definição e classificação da deficiência visual 13
2.1.1 A cegueira 14
2.2 A Deficiência visual no Brasil 14
2.2.1 Demografia das Pessoas com Deficiência Visual 16
2.2.2 A relação com a infraestrutura das cidades 16
2.3 Tecnologia assistiva 17
2.3.1 Bengala 18
2.3.2 Produtos semelhantes ao projeto 18
2.4 Materiais e tecnologias 19
2.4.1 Sensor de presença 20
2.4.1.1 Detalhes importantes no sensor de presença 20
2.4.2 Arduíno 21
2.4.2.1 Placa Arduino UNO Rev3 21
2.4.2.2 Software Arduino (IDE) 22
2.4.3 Módulo motor BLDC de vibração 22
2.4.6 Módulo Bluetooth 23
2.4.6.1 Protocolo Bluetooth 24
3 METODOLOGIA 25
3.1 Classificação da pesquisa 25
3.2 Etapas da metodologia 25
3.3 Pesquisa de Mercado 26
3.4 Planejamento do Protótipo 26
3.5 Duração da pesquisa 27
3.6 Orçamento 28
3.7 Cronograma 28
4 ANÁLISE DE RESULTADOS 29
4.1 Comparação com produtos semelhantes 29
5 CONCLUSÃO 30
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 30
10

1 INTRODUÇÃO

No dia 15 de abril, sexta-feira, estávamos na Fundação Escola Técnica


Liberato Salzano Vieira da Cunha quando na aula da disciplina de projetos de
pesquisa, com o orientador do projeto, Vinícius André Uberti, nesse momento ele
fez um dinâmica com uns cartões, a turma foi distribuída nos seus respectivos
grupos de projetos, foram distribuídos quatro papéis por grupo contendo ícones e
imagens variadas, caso o grupo precisasse seria distribuído mais um papel. A
dinâmica envolvia os integrantes a, com base nas imagens, pensar em uma ideia de
um projeto e em seguida tentar formular um tema para ela. Após um período de
conversa, o grupo separou algumas ideias e apresentou ao professor. No final da
aula tínhamos uma ideia formada: um óculos que através de um par de sensores de
proximidade auxiliaria PcD visual a se locomover com mais liberdade e autonomia.

1.1 Tema

Desenvolvimento de um dispositivo com sensor para identificação de


obstáculos, ligado a pulseiras para uma resposta sensitiva que auxiliaria na
locomoção, em ambientes externos, para pessoas com deficiência visual.

1.2 Justificativa

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021), a deficiência visual


varia entre, “cegueira” e “baixa visão” ou “visão subnormal”, essas classificações se
baseiam em valores quantitativos de acuidade visual, que se forem inferiores ou
iguais a 6/12 já são inclusos no títulos de pessoa com deficiência (PcD) visual. De
acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2013), que usou como base os
dados do último censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2010), que estimou 200,6 milhões de residentes em domicílios particulares,
sendo entre eles 6,2% portadores de alguma deficiência, Tratando-se,
especificamente, dos 3,6%, as PcD visual, totalizam cerca de 7 milhões de pessoas,
para maior compreensão da situação elas foram divididas em três categorias: Não
consegue de modo algum, grande dificuldade, alguma dificuldades. Sabendo disso
e visando uma maior acessibilidade para pessoas com essas condições o uso de
11

Tecnologias Assistivas (TA), vem se mostrando muito úteis e eficazes; contudo


ainda não muito explorados, com base nisso, nos perigos rotineiros e nas
dificuldades de locomoção de pessoas com esse problema em locais abertos foi
pensado esse projeto.

1.3 Problema

Como seria possível desenvolver um dispositivo eficaz para auxiliar na


locomoção, em ambientes exteriores, de pessoas com deficiência visual?

1.4 Hipótese

Com o desenvolvimento de uma Tecnologia Assistiva (TA) que utilizará de


sensores de proximidade e uma resposta vibrotátil é possível amparar pessoas com
deficiência no locomoção em ambientes externos com mais segurança e
praticidade.

1.5 Objetivos

1.5.1 Objetivo Geral

Desenvolver um dispositivo capaz de ajudar pessoas com deficiência visual a


se locomover em ambientes externos com segurança e facilidade.

1.5.2 Objetivos Específicos

● Estudar as principais dificuldades de pessoas com deficiência visual no seu


cotidiano, em especial para sua locomoção.
● Fazer uma análise de mercado para conhecer outros produtos/ protótipos que
também tentaram resolver o mesmo problema.
● Usando de um Software especializado criar o projeto elétrico do protótipo.
● Montar o protótipo do projeto desenhado anteriormente.
12

● Analisar o desempenho do protótipo, visando a segurança, sua eficiência na


detecção de obstáculos, a precisão de sua resposta, a possibilidade de ser
usado únicamente (sem uma bengala).

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Definição e classificação da deficiência visual

A Classificação Internacional de Doenças - 11° revisão (CID 11) divide quatro


níveis de função visual:
● visão normal
● deficiência visual moderada
● deficiência visual grave
● cegueira
A categorização do nível de deficiência visual de uma pessoa é definido por
dois fatores oftalmológicos, a acuidade visual, que é a capacidade de reconhecer
certo objeto a determinada distância; e o campo visual, sendo a amplitude da área
alcançada pela visão.
Essa classificação do nível de dificuldade é dada pelo seguinte quadro
elaborado seguindo as recomendações do CID (2002) e da Consultoria da
Organização Mundial da Saúde:

Quadro 01: Categorias de deficiência visual


13

Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) (2019)

2.1.1 A cegueira

Como pode ser visto no Quadro 01, o status de cego não é dado apenas para
pessoas as quais têm perda total da visão, mas também para pessoas que a
deficiência é tamanha para incapacitar o sujeito de executar tarefas básicas e
rotineiras, levando ao conceito de “cegueira parcial” ou “cegueira legal” que requisita
o enquadro em uma das seguintes características:
● Visão corrigida do melhor olho de 20/400 ou menor, ou:
● Diâmetro mais largo do campo visual com medida inferior a 20 graus de arco,
ainda que sua acuidade visual nesse estreito campo possa ser superior a
20/400 (este campo visual restrito é chamado de “visão em túnel”).

2.2 A Deficiência visual no Brasil

Por causa da escassez que há nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia


e Estatística (IBGE) (2010) de várias regiões, torna-se inviável estimar com
segurança os dados de PcD visual no Brasil. Contudo essa situação pode ser
14

levemente contornada se usado dos métodos das estatísticas mundiais que


mostram que a situação socioeconômica da população tem influência direta nisso.
A bases para calcular a prevalência da cegueira é a seguinte:
● 0,3% da população em regiões de boa economia e com bons serviços de
saúde;
● 0,6% da população em regiões com economia e serviços de saúde
razoáveis.;
● 0,9% da população em regiões de economia e serviços de saúde precários;
● 1,2% da população em regiões de por economia e serviços de saúde muito
precários
Usando os seguintes dados do IBGE (2018) e da OMS (2004) podemos obter
estes resultados resultados:

Figura 01: Estimativa da população brasileira em cada classe social

Fonte: CBO (2019)

Figura 02: Cálculo estimado de cegos com base socioeconômica


15

Fonte: CBO (2019)


*No cálculo as Classes B e C foram incorporadas como intermediárias.

2.2.1 Demografia das Pessoas com Deficiência Visual

Com base em pesquisas realizadas em 55 países pela OMS, foi obtido de


dados no ano de 2002 de forma global, as nações foram subdivididas em 15
sub-regiões. Na interpretação desses dados e de forma bem instintiva foi possível
perceber que independente da classe social a qual o sujeito pertence os casos mais
graves de deficiência visual se concentram em pessoas com maior idade, sendo a
ser 15 a 30 vezes mais comum em pessoas com mais de 80 anos que em com até
40 anos.

Quadro 02: Prevalência da cegueira por faixa etária

Fonte: CBO (2019)

2.2.2 A relação com a infraestrutura das cidades

No Brasil, em janeiro de 2012, entra em vigor a Lei 12.587 que institui a


Política Nacional de Mobilidade Urbana, que pela gestão do Sistema Nacional de
Mobilidade Urbana tem por objetivo o acesso universal à cidade, transporte de
pessoas e de carga e a infra estrutura.
Essa lei é um marco imprescindível no aumento da dignidade e da melhor
condição na infraestrutura das vias nas cidades. Pensando pelo ponto de vista das
16

PcD, que são um dos públicos que mais sofrem com a precarização das vias
urbanas, ademais trazendo benefícios para a totalidade de uma população. A lei
tem como objetivo um acesso maior e mais digno às cidades e transportes, sendo
eles descritos no artigo quatro. Também possui como alvo a promoção do
desenvolvimento sustentável do desenvolvimento urbano, como podemos ver em
seu sétimo artigo:
Art. 7º A Política Nacional de Mobilidade Urbana possui os seguintes
objetivos: I - reduzir as desigualdades e promover a inclusão social; II -
promover o acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais; III -
proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere
à acessibilidade e à mobilidade; IV - promover o desenvolvimento sustentável
com a mitigação dos custos ambientais e socioeconômicos dos
deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades; e V - consolidar a gestão
democrática como instrumento e garantia da construção contínua do
aprimoramento da mobilidade urbana. (Brasil, 2012, s.p., grifo nosso)
Como visto por Barbosa (2016) em seu estudo, a capacidade da mobilidade,
de ir e vir é fundamental para a identidade das próprias pessoas, para experiências
de vida e a construção de oportunidades, tendo, em caso contrário, uma parte
extremamente íntima da pessoa, em especial aquelas que já possuem alguma
limitação para alguma locomoção, privada devido a condições de infraestrutura
precárias. Para mais é possível perceber em sua pesquisa que esse público possui
ciência da relevância que a mobilidade urbana teria para a inclusão desse grupo na
sociedade. Contudo mesmo com a aplicação vigente, principalmente essas pessoas
relatam, o que já é óbvio a olhos de qualquer um, que essa realidade dos objetivos
descritos ainda está muito distante de uma realidade para a maioria dos municípios.

2.3 Tecnologia assistiva

Segundo dados do último censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE, 2010) aproximadamente 7 milhões de pessoas estão
dentro de alguma classificação de deficiência visual. Essas pessoas muitas vezes
passam por dificuldades na sua locomoção, pois normalmente as estradas não
possuem a sinalização necessária para que possam ser utilizadas de forma
autônoma e com segurança.
17

O direito descrito no art. 5º, inciso XV, da Constituição Federal (Brasil, 1988),
o de ir e vir, pode entrar em cheque com essas situações, uma Pessoa com
Deficiência (PcD) é privada de sua locomoção por questões de segurança e falta de
infraestrutura das estradas. O uso de Tecnologias Assistivas (TA) vem se tornando
uma alternativa cada vez mais presente para suprir essas carências. O objetivo de
uma TA é, acima de tudo: "Proporcionar à pessoa com deficiência maior
independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua
comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu
aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.” (BERSCH,
TONOLLI, 2006), embora sejam uma excelente forma para auxiliar a locomoção de
uma PcD visual, elas ainda não são muito populares e nem são de fácil adição, com
exceção de uma.

2.3.1 Bengala

Atualmente a TA usada mais amplamente é a bengala simples, porém essa,


que muito auxilia grande parte da população com deficiência visual, devido a seu
baixo custo e alta praticidade, tem suas desvantagens, como não proteger de
obstáculos suspensos. É nesse sentido que as TA mais tecnológicas entram em
ação, para evitar acidentes e demais lesões em regiões superiores do corpo.

2.3.2 Produtos semelhantes ao projeto

A Universidade de Pernambuco realizou uma pesquisa que trazia à tona o


auxílio dessas tecnologias em relação à orientação espacial, identificação de
obstáculos e o direcionamento de pessoas com deficiência visual. A análise dos
dados obtidos resultou na divisão de quatro tipos de TA que continuam sendo
constantemente trabalhadas e melhoradas, dentre eles, a mais utilizada, os
aplicativos de celulares.
Dentro do quarteto temos o mapa tátil, uma estrutura que utiliza do relevo e
leitura em braile para guiar a PcD visual, além também de contraste de cores e QR
code. Em seguida, há o piso tátil, uma espécie de “caminho” texturizado na qual o
atrito entre ele e a bengala, do utilizador, produz um tipo de som que auxilia na
locomoção. Indo para área mais auditiva, existe o cinto vibrotátil, com uma espécie
18

de motor, ele envia vibrações de variadas intensidades dependendo da aproximação


de obstáculos, tudo isso via bluetooth.
Contudo, não são 100% eficazes, apresentando problemas em relação a
desviar de obstáculos em locais com muito barulho, sendo mais recomendável em
ambientes internos, e como no caso de aplicativos, a falta de conexão com eles,
seja por falta de internet ou sinal de GPS. Por isso ainda precisam ser melhor
aprimorados.
No ano de 2016, na Universidade Federal de Santa Catarina, foi apresentado
o projeto o cujo nome é “Óculos Inteligente”, tinha como objetivo auxiliar a
locomoção de pessoas com deficiência visual para que se sentissem mais
confiantes e independentes na hora de realizar as tarefas do cotidiano. O protótipo
do projeto consiste em um óculos com um sensor ultrassônico que envia sinais a um
pequeno motor de vibração localizado na na haste da armação do óculos. O motor
possui padrões de vibração que variam a intensidade de acordo com a proximidade
de objetos suspensos, podendo detectar objetos entre 120 cm e 15 cm de distância
do usuário.
Outro exemplo encontrado, é o “Óculos Sonar Para Deficientes Visuais”,
UNIP- universidade paulista (2009), que, como no projeto citado anteriormente, visa
tornar a locomoção de pessoas com deficiência visual mais segura e prática. O
óculos possui um sensor ultrassônico conectado a um receptor sonar (fone de
ouvido), que emite um som repetidamente (bip) que tem a velocidade alterada de
acordo com a distância do usuário para qual o objeto, que pode variar entre 150 cm
e 20 cm.

2.4 Materiais e tecnologias

Dentre os materiais principais para o desenvolvimento do protótipo do projeto


foram escolhidos, um sensor de distância para a detecção da proximidade do
obstáculo, o Arduino UNO R3 para controlar todo o circuito, um motor de vibração
que será o responsável por produzir a resposta vibrotátil como alerta e um módulo
Bluetooth que interconectará o Arduino do motor de vibração, com o Arduino que
comanda os sensores.
19

2.4.1 Sensor de presença

Como explicado no livro Sensores industriais : Fundamentos e aplicações


(2020) , os sensores de presença são “componentes de sinalização e comando que
executam detecção de qualquer material sem que haja contato mecânico entre
eles”.
O funcionamento dos sensores ultrassônicos são baseados basicamente no
uso de cristais piezoelétricos em um emissor e um receptor, porém contam com
muitas partes em sua composição. Na emissão são produzidas ondas de uma
frequência específica e muito alta, que após colidirem com algum objeto são
refletidas gerando um eco quando voltam a se encontrar com o receptor que só
interpreta o sinal caso a frequência reconhecida seja a mesma do que emitida.
Assim impedindo muitas interferências. Esses dispositivos medem a propagação
desse eco, o tempo de ida da onda até o objeto e da volta para o emissor, que é
emitido ciclicamente, essa medição de pulsos sonoros é convertida em sinais
elétricos. A qualidade da detecção do eco depende diretamente do material no qual
as ondas são rebatidas e da distância entre esses dois pontos.
A construção do sensor faz com que ele emita um sinal em formato de cone,
os objetos só são detectados quando entram no raio de alcance. Esses
equipamentos detectam uma ampla variedade de materiais.

2.4.1.1 Detalhes importantes no sensor de presença

A precisão da medição é a diferença entre a distância real do objeto pela


calculada no sensor, essa discrepância pode ser gerada pela capacidade de
reflexão do material ou por outros fatores que alteram a velocidade do som no ar.
Materiais que com maior isolamento acústico e mais viscosos tendem a gerar uma
maior diferença
Na escolha do seu sensor deve-se ficar atento à área de detecção pois
dependendo dos objetos e da sua distância trabalhada um certo tipo específico de a
sensor. Além do mais, outro fator importante é a zona morta, essa é uma área onde
o cálculo do caos neiva de ser confiável, ele é uma distância mínima recomendada
para que esse cálculo não seja distorcido e impreciso.
20

A atenuação das ondas sonora no ar é a perda de sua força no tempo, ela é


causada por meios externos principalmente com ligação ao estado do ar, como
temperatura, pressão e umidade, quanto cada vez mais quente, maior pressão e
mais úmido, maior vai ser essa perda o que resulta em uma distância máxima
menor do que o esperado, por isso devem ser feitas adequações.

2.4.2 Arduíno

O Arduino é uma plataforma eletrônica de código aberto com um hardware e


software de uso acessível. O Arduino se originou no Ivrea Interaction Design
Institute para ser uma ferramenta de fácil prototipagem rápida, com o objetivo de
ajudar estudantes sem formação em eletrônica e programação, entretanto a placa
Arduino se espalhou e popularizou-se, se modificando para sua proposta atual de
democratizar o uso de tecnologias digitais e de componentes eletrônicos.

2.4.2.1 Placa Arduino UNO Rev3

O placa do Arduino UNO Rev3, segundo a descrição do próprio produtor


possui as seguintes características: “microcontroladora baseada no ATmega328P (
folha de dados ). Possui 14 pinos de entrada/saída digital (dos quais 6 podem ser
usados ​como saídas PWM), 6 entradas analógicas, um ressonador cerâmico de 16
MHz (CSTCE16M0V53-R0), uma conexão USB, um conector de energia, um
cabeçalho ICSP e um botão de reset .” como mostrado no diagrama de pinagem na
Figura 03:

Figura 03: Diagrama de pinagem do Arduino UNO Rev3


21

Fonte: store-usa.arduino.cc

2.4.2.2 Software Arduino (IDE)

Para facilitar ainda mais a programação com a placa, o Arduino disponibiliza


uma Integrated Development Environment (IDE) ou Ambiente de desenvolvimento
integrado, um software aberto e completo para programação de um código, tudo em
um só interface de usuário, servindo na escrita, no upload para a placa e no debug
do código.
O software é hospedado pelo GitHub, que é um serviço em nuvem para
hospedagem o GitHub é um serviço baseado em nuvem que hospeda um sistema
de controle de versão (VCS), que são códigos atualizáveis por uma equipe inteira,
desde que recebam permissão para isso.

2.4.3 Módulo motor BLDC de vibração

Um motor Brushless DC (BLDC) ou motor de corrente contínua sem escovas


é são motores elétricos movidos por eletroímãs com pares um ou mais pares de
pólos em seu disco. O Módulo escolhido foi o 1027 ele possui dois pares de
22

polaridades magnéticas que funcionam a 4 - 5V. Devido a não possuir escovas a


utilização de motores BLDC precisam de muito menos reparos, com isso uma vida
útil mais longa e com menos problemas
A característica principal desses módulos de vibração é que o disco
polarizado tem o peso disforme o que faz com que quando energizados, as bobinas
fazem-lo girar e devido a má distribuição de peso, causado pela sua forma, ao invés
dele apenas continuar a rotação ele cria uma turbulência e começa a vibrar.
Podemos ver a estrutura do modelo escolhido na Figura 04:

Figura 04: Motor BLDC de vibração

Fonte: www.ineedmotors.com (2020)

2.4.6 Módulo Bluetooth

Como o Arduino UNO Rev3 não possui uma placa para transmissão de
dados sem fio faz-se necessário o uso de placas externas, para isso foi-se escolhido
o Módulo HC-06, devido a seu baixo custo e ampla distribuição, sendo facilmente
encontrável em lojas de eletrônicos. Ele pode ser visto na Figura 05:

Figura 05: Módulo HC-06


23

Fonte: flaviobabos.com.br (2021)


O HC-06 possui a versão de Bluetooth 2.0+EDR ele é de classe dois o que
indica que sua distância máxima de trabalho é em torno de 10 metros e consumo
uma potência máxima de 2.5 mW. O módulo deve ser alimentado por 3,3 - 5V,
porém nas suas portas TX e RX deve-se ser aplicado 3,3V, não 5V, assim
necessitando de um divisor de tensão para poder ser utilizado com segurança junto
ao Arduino.

2.4.6.1 Protocolo Bluetooth

O Bluetooth é uma uma PAN (Personal Area Network), um protocolo de


comunicação via rádio pessoal de baixa potência que permite a interação entre dois
dispositivos sem o uso de cabos entre eles, ele trabalha em frequências entre 2,4 e
2,485 GHz.
Essa tecnologia foi criada em 1994 pela empresa Ericsson como uma
alternativa de comunicação wireless ao protocolo RS-232. Hoje em dia ela é
desenvolvida e aprimorada pelo Bluetooth Special Interest Group que é um
somatório de empresas responsáveis pela atualização da tecnologia.
Ele é um protocolo licenciado, o que significa que para ter o selo estampado
em um produto ele precisa seguir algumas especificações. Cada versão possui seus
requisitos próprios. Atualmente existem cinco versões, sendo a 5.0 a mais atual e
mais rápida na transmissão de dados.
Além disso existem 3 classes de Bluetooth que segmentam pela distância
máxima de emissão de dados e a potência, como possível de ver no Quadro 03:

Quadro 03: Classes de Bluetooth


24

Fonte: blog.eletrogate.com

3 METODOLOGIA

Neste capítulo será especificado o formato pelo qual o projeto será


desenvolvido, detalhando as etapas que foram e serão seguidas.

3.1 Classificação da pesquisa

O atual projeto de pesquisa será elaborado uma pesquisa tecnológica,


visando a o projeto de um protótipo de uma Tecnologia Assistiva (TA), sua
abordagem será qualitativa devido a necessidade de avaliações gerais do produto,
com um objetivo exploratório e delineamento experimental para a criação de uma
nova TA capaz de resolver as dificuldades de locomoção de Pessoas com
Deficiência (PcD) Visual, toda a pesquisa será elaborada in vitro.

3.2 Etapas da metodologia

Abaixo (Figura 06) está descrito em etapas e representado por um


fluxograma em ordem cronológica os principais processos que serão realizados na
presente pesquisa.

Figura 06: Fluxograma da metodologia

Fonte: Os autores (2022)


25

Durante a Etapa 1 (Pesquisa bibliográfica) será elaborada uma pesquisa para


a familiarização do assunto para o grupo, para a busca pelas principais dificuldades
encontradas para PcD visual.
Na Etapa 2 (Pesquisa de mercado) será realizada uma pesquisa visando
encontrar outros produtos e protótipos semelhantes ao imaginado pelo grupo,
podendo assim diferenciar-se e encontrar pontos de melhoria para o passo
seguinte.
Após a conclusão da Pesquisa de mercado, inicia-se a Etapa 3
(Planejamento do protótipo), segundo observação do orientador do projeto, não será
possível realizar no tempo previsto a montagem e testagem do protótipo, ademais
será feita sua esquematização em um software adequado, para assim, se
necessário, posteriormente em uma continuação a montagem do produto ser
possível sem muitas dificuldades. Serão ainda realizados testes dentro do software
para correção de falhas no protótipo.
Com a finalização do planejamento do protótipo, na Etapa 4 (Análise de
dados) faremos uma análise qualitativa dos dados de precisão dos testes realizados
na Etapa 3, para enfim avaliar o desempenho do protótipo e conferir sua viabilidade,
através da análise de dos materiais necessários para sua possível futura montagem.

3.3 Pesquisa de Mercado

Durante pesquisa de mercado foram encontrados dois produtos semelhantes


ao nosso, o Óculos Sonar para deficientes visuais (GONZATTO, 2012) e o Óculos
inteligente (MORALES, 2016). Para essa análise resolvemos focar nas
características do protótipo e nos custos de montagem.

3.4 Planejamento do Protótipo

Como método encontrado pelo grupo para poder auxiliar PcD visual,
principalmente, na sua própria locomoção de forma mais autônoma e segura.
Visando trazer uma forma alternativa às tradicionais e com menor custo, foi
proposto a ideia de dois sensores de distância que seriam anexados da parte frontal
do suporte, escolhido como uma armação de óculos, um em cada extremidade para
que eles calculem áreas diferentes. Com a identificação de um objeto com uma
26

proximidade menor do que a que será estipulada, enviaria-se um sinal através de


protocolo Bluetooth para que uma pulseira, com um receptor Bluetooth e um motor
de vibração, vibrasse. o cálculo seria feito novamente, e se caso a distância do
obstáculo fosse menor ainda que a anterior, o processo se repetiria com um sinal
para a pulseira vibrar com mais intensidade. Assim se repetindo até que a distância
entre os sensores e o objeto seja maior que a estipulada previamente.
O planejamento do protótipo pode ser dado da seguinte forma:

Figura 07: Diagrama de blocos do Protótipo

Fonte: Os autores (2022).

3.5 Duração da pesquisa

A pesquisa teve início em março de 2022 e tem previsão de término para


novembro de 2022.
27

3.6 Orçamento

A previsão dos gastos que serve como base pode ser dada através do
Quadro 04. Esse orçamento foi feito pensando nos principais componentes para a
montagem do protótipo do vigente projeto, porém não conta com todos os itens
necessários como resistores, jumpers e demais componentes.

Quadro 04: Orçamento

Fonte: Os autores (2022)

3.7 Cronograma

Abaixo (Quadro 05) está está esquematizado todas as etapas do projeto:

Quadro 05: Cronograma


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Fonte: os autores (2022)

4 ANÁLISE DE RESULTADOS

Com o andamento do projeto não foi possível a realização do


desenvolvimento do protótipo em um software, então a análise será quantitativa,
feita com base nos produtos semelhantes ao vigente projeto.

4.1 Comparação com produtos semelhantes

O protótipo Óculos Sonar para deficientes visuais (GONZATTO, 2012)


montou um protótipo com um custo de aproximadamente R$ 120,00, embora o
custo seja menor que o do vigente projeto, ele acaba seguindo por um lado que o
grupo discutiu ser inviável, o qual seria a utilização de fones de ouvido, já que a
audição é um dos principais meios para a auxiliar na locomoção, e com a obstrução
desse importante canal poderia dar lugar a diversas situações de risco que
poderiam ser evitadas facilmente.
Outro protótipo que teve seus custos de protótipo foi o Óculos inteligente
(MORALES, 2016), a ideia do produto é bem semelhante ao que tivemos, contudo o
modo como foi feito impede a identificação aproximada da localização do obstáculo,
que faríamos com a utilização de duas pulseiras com mais de um ponto de vibração
nelas. A utilização de um meio para a identificação do objeto foi considerada pelo
grupo como algo fundamental para, principalmente, a redução de danos acidentais e
29

para maior agilidade na esquiva, evitando assim do utilizador necessitar ficar


procurando, ou tateando, para precisar desviar.

5 CONCLUSÃO

O presente relatório visava a validação da hipótese proposta, o


desenvolvimento de uma TA, que além de promover uma maior segurança no trajeto
de PcD visual, auxiliaria na sua locomoção.
Como conclusão desse projeto, em sua situação atual, não cumpre
plenamente todos os objetivos não servindo suficientemente para a tarefa de auxiliar
em uma locomoção em ambientes externos de mais autônoma de uma PcD,
contudo a parte de proporcionar uma maior segurança contra lesões seria atendida
com êxito. Além do mais, devido ao tempo de desenvolvimento, não foi possível a
criação física de um protótipo, nem a produção de seus devidos esquemas elétricos.
Para que o problema da locomoção seja corrigido foi pensado a ideia de
juntamente ao protótipo o desenvolvimento de um aplicativo móvel para direcionar o
caminho da pessoa. Assim resolvendo de maneira relativamente simples o
problema em aberto.
O grupo conclui esse relatório com algum interesse na continuidade do
projeto, levando em consideração os objetivos não finalizados e as melhorias
possíveis.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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obstáculos”. Folha de Pernambuco, 2019. Disponível em:
<https://www.folhape.com.br/noticias/pessoas-com-deficiencia-visual-relatam-seus-
maiores-obstaculos/98782/>. Acesso em: 14 de maio de 2022.

BERSCHE, Rita, TONOLLI, José. “Introdução ao Conceito de Tecnologia Assistiva e


Modelos de Abordagem da Deficiência.” Bengala Legal, 2006. Disponível em:
<http://www.bengalalegal.com/tecnologia-assistiva>. Acesso em: 14 de maio de
2022
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Brasil. (2012, 03 de janeiro). Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as


diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana; revoga dispositivos dos
Decretos-Leis nos 3.326, de 3 de junho de 1941, e 5.405, de 13 de abril de 1943, da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de
1o de maio de 1943, e das Leis nos 5.917, de 10 de setembro de 1973, e 6.261, de
14 de novembro de 1975; e dá outras providências. Brasília: Diário oficial da União.
Acesso em: 24 nov. 2022.

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Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de
Pós-Graduação–Universidade do Vale do Paraíba, 2012.

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Arduino. Blog Eletrogate, 2022. Disponível em:
<https://blog.eletrogate.com/modulos-bluetooth-hc05-e-hc06-para-comunicacao-com
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MORALES, V. H. F.; PEREIRA, I. A.; MARIN, O. Y.; ARAUJO, G. C. Óculos


Inteligentes. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA BIOMÉDICA, 9., 2016, Uberlândia.
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