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Programa de Formação F2.P3.01.v00
Duração: 25 horas Data de início: 3 de julho de 2023 Data de fim: 4 de agosto de 2023
Horário: Sextas, das 17:00 às 22:00 Local: Escola Nacional de Emergência Médica
1. ENQUADRAMENTO GERAL
A morte súbita é um acontecimento inesperado, constituindo-se como uma das principais causas de morte em
todo o mundo, nos últimos 20 anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 20 mil pessoas, por dia,
em todo o mundo, são vítimas de morte súbita. Nos últimos anos, houve um aumento de mortes de quase 9 milhões,
por doença cardíaca. Além disso, numa análise efetuada aos equipamentos de Desfibrilhação Automática Externa
utilizados, logo após uma paragem cardíaca, indica uma elevada percentagem (76%) de vítimas com um incidente
arrítmico particular: Fibrilhação Ventricular. Sendo que, a cada minuto que passa, após uma Paragem
Cardiorrespiratória (PCR), a vítima perde 10% de hipóteses de sobrevivência, pelo que, ao fim de cinco minutos
sem assistência, a vítima tem apenas 50% de probabilidade de sobreviver.
Assim, está demonstrado que a desfibrilhação precoce, realizada entre 3 a 5 minutos após o colapso da vítima
(período em que o cérebro se mantém oxigenado), resulta em taxas de sobrevivência de 50 a 70%. E a utilização
do DAE, em PCR, na Europa, segundo o European Resuscitation Council, ainda é muito baixa (cerca de 28%).
Portanto, constitui-se como fundamental a intervenção rápida de quem presencia uma PCR, com base em
procedimentos específicos e devidamente enquadrados - a cadeia de sobrevivência. Os procedimentos
preconizados, quando devidamente executados, permitem diminuir substancialmente os índices de mortalidade
associados à PCR e aumentar, de forma significativa, a probabilidade de sobrevivência da vítima.
2. OBJETIVOS GERAIS
Esta unidade de formação visa desenvolver, nos formandos, competências de suporte à prestação de cuidados
em situações de urgência e emergência médica. Nomeadamente, na aplicação das técnicas de Suporte Básico de
Vida, da Posição Lateral de Segurança, de Desobstrução da Via Aérea, de Exame à Vítima e de Primeiros Socorros.
E que, assim, fiquem com uma imagem abrangente daquilo que é o Sistema Integrado de Emergência Médica.
MÓDULO 2
- Identificar o conceito de cadeia de sobrevivência e identificar os seus elos.
- Explicar a importância da cadeia de sobrevivência e qual o princípio subjacente a cada elo.
MÓDULO 3
- Reconhecer os riscos potenciais para o reanimador.
- Identificar as medidas a adotar para garantir a segurança do reanimador e da vítima.
- Identificar as medidas universais de proteção e reconhecer a sua importância.
MÓDULO 4
- Explicar o conceito de Suporte Básico de Vida (SBV) de acordo com o algoritmo vigente.
- Explicar o conceito de avaliação inicial, via aérea, respiração e circulação.
- Aplicar a sequência de procedimentos que permitam executar o SBV de acordo com o algoritmo vigente.
- Identificar os problemas associados à execução de manobras de SBV.
MÓDULO 5
- Identificar quando e como colocar uma vítima em posição lateral de segurança.
- Identificar as contraindicações para a posição lateral de segurança.
- Aplicar a sequência de atuação perante uma vítima com obstrução da via aérea.
MÓDULO 6
- Identificar as situações de obstrução parcial e total da via aérea.
- Identificar as causas e os tipos de obstrução da via aérea.
MÓDULO 7
- Identificar situações de perigo através da execução do exame à vítima.
MÓDULO 8
- Identificar as emergências médicas mais frequentes.
- Identificar os principais sinais e sintomas característicos das emergências médicas.
- Aplicar os primeiros socorros adequados a cada emergência médica.
MÓDULO 9
- Identificar os vários tipos de hemorragias.
- Identificar os sinais e sintomas mais comuns das hemorragias.
- Listar e descrever os vários métodos de controlo de hemorragias.
- Controlar uma hemorragia através dos métodos de controlo.
- Identificar os tipos de feridas mais comuns.
- Tratar uma ferida utilizando pensos e ligaduras.
- Identificar os tipos de queimaduras mais comuns.
- Tratar provisoriamente uma queimadura.
- Identificar os traumatismos mais comuns dos membros.
- Reconhecer o que fazer e/ou não fazer nestes casos.
MÓDULO 10
- Identificar as situações específicas que requerem a intervenção do profissional de Saúde.
- Explicar que as tarefas que se integram no âmbito da sua intervenção terão de ser sempre executadas com
orientação e supervisão de um profissional de saúde.
- Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão direta do profissional de saúde e aquelas que podem
ser executadas sozinho.
4. DESTINATÁRIOS
A ação de formação destina-se a todos os cidadãos, pela centralidade das suas competências. Contudo, foi
pensada para servir de atualização de competências a todos os elementos da função pública, que contactam
diretamente com os cidadãos. Além disso, foi concebido para formar equipas de prestação de cuidados a idosos,
ou seja, em Estruturas Residências para Pessoas Idosas, Centros de Dia e Serviços de Apoio Domiciliário e equipas
de educação e ensino de crianças e jovens, isto é, em Creches, Jardins de Infância e Escolas de 1.º, 2.º e 3.º Ciclo
e Secundário.
5. PRÉ-REQUISITOS
É recomendado que os formandos demonstrem conhecimentos básicos sobre fisiologia do sistema
cardiovascular e respiratório.
Além disso, tendo em conta a forma de organização da formação, é necessário que os formandos apresentem
um nível básico de domínio das ferramentas do Microsoft Office e de utilização de navegadores de internet (por
exemplo, google Chrome ou similares), devendo, para a frequência na ação, possuírem um computador com
ligação à internet.
6. NÚMERO DE FORMANDOS
A ação de formação, para que se desenvolva, deve contar com um mínimo de 5 formandos e um máximo de 25
formandos.
7. EQUIPA PEDAGÓGICA
Perfil do formador:
- Habilitações académicas: Formação de base e/ou complementar em Enfermagem ou similar;
- Experiência pedagógica: Mínima de 2 anos;
- Experiência profissional: Relevante na área, mínima de 2 anos;
- Portador de Certificado de Competências Pedagógicas.
8. METODOLOGIAS DE FORMAÇÃO
Será privilegiado o método ativo, em alternância com os métodos expositivo, interrogativo e demonstrativo.
Assim, a principal metodologia será o Ensino orientado para a aprendizagem baseada na resolução de
problemas, recorrendo às seguintes estratégias: Ambientes híbridos de aprendizagem: Modelo de Rotação por
estações; Ensino orientado para a aprendizagem por equipas; Diferenciação pedagógica de meios e produtos;
Trabalho prático: Hands-on; Grupos de discussão; Simulação/Dramatização/Role-play.
9. RECURSOS EDUCATIVOS
Para que, as estratégias anteriores, sejam implementadas com sucesso, serão aplicados os seguintes recursos:
manual de formação, diapositivos, vídeos, exercícios, algoritmos de atuação e, fichas de monitorização.
Cumulativamente, serão utilizados vários equipamentos, a saber: computador, coluna de som, projetor, tela,
quadro branco, marcadores, apagador, máscara de bolso/reanimação, equipamentos de proteção individual
(luvas, avental, viseira, máscara cirúrgica, colete refletor), manequim de reanimação, manequim de bebé,
lanterna Pupilar, cronómetro, Tensiómetro, Oxímetro, Estetoscópio, Esfigmomanómetro, Glicómetro, Lancetas,
Tira reagentes, Contentor de cortoperfurantes, Celuloses, Termómetro axilar e, Escala de Avaliação da Dor.
Por fim, para a dinamização das sessões à distância, será utilizada a plataforma Moodle e a plataforma Zoom.
12. CERTIFICAÇÃO
A conclusão com aproveitamento confere direito à atribuição de certificado de formação de acordo com o
modelo da Portaria nº 474/2010 de 8 de julho, emitido através do SIGO - Sistema de Informação e Gestão da Oferta
Educativa e Formativa. Para além da necessidade de aproveitamento, em todos os módulos que constituem a ação
de formação, o formando também deve ter uma assiduidade superior a 90% das horas da mesma.