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Terceira edição
27.04.2018
Versão corrigida
28.05.2018
Documento impresso em 11/02/2022 11:14:52, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO
Número de referência
ABNT NBR 17094-1:2018
69 páginas
© ABNT 2018
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Sumário Página
Prefácio..............................................................................................................................................viii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Regimes...............................................................................................................................7
4.1 Especificação de um regime .............................................................................................7
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17 Nível de ruído.....................................................................................................................53
18 Vibração ............................................................................................................................53
19 Correspondência entre potência nominal, rotação síncrona e carcaça .....................53
20 Requisitos construtivos ..................................................................................................55
20.1 Terminais de aterramento ................................................................................................55
20.2 Chaveta da ponta de eixo ................................................................................................56
21 Marcação ...........................................................................................................................56
21.1 Requisitos gerais .............................................................................................................56
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Figuras
Figura 1 – Regime tipo S1 – Regime contínuo..................................................................................8
Figura 2 – Regime tipo S2 – Regime de tempo limitado...................................................................9
Figura 3 – Regime tipo S3 – Regime intermitente periódico..........................................................10
Figura 4 – Regime tipo S4 – Regime intermitente periódico com partida.................................... 11
Figura 5 – Regime tipo S5 – Regime intermitente periódico com frenagem elétrica..................12
Figura 6 – Regime tipo S6 – Regime de funcionamento contínuo periódico
com carga intermitente.....................................................................................................13
Figura 7 – Regime tipo S7 – Regime de funcionamento contínuo periódico,
com frenagem elétrica......................................................................................................14
Figura 8 – Regime tipo S8 – Regime de funcionamento contínuo periódico, com mudanças
correspondentes de carga e de rotação.........................................................................15
Figura 9 – Regime tipo S9 – Regime com variações não periódicas de carga e rotação...........16
Figura 10 – Regime tipo S10 – Regime com cargas constantes distintas....................................18
Figura 11 – Limites das variações de tensão e de frequência em funcionamento......................25
Figura 12 – Correções dos limites de elevação de temperatura em função da temperatura
ambiente máxima ou da temperatura máxima do fluido refrigerante primário
(ver item 1 da Tabela 12)...................................................................................................44
Figura A.1 – Fator típico de redução da potência útil devido a um sistema de
tensões desequilibrado....................................................................................................64
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Tabelas
Tabela 1 – Valores preferenciais de tensões nominais...................................................................21
Tabela 2 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria N,
expressos pela razão para o conjugado nominal (Cn)..................................................29
Tabela 3 – Valores máximos de potência aparente com rotor bloqueado (Sp), para motores
categoria N e H, expressos pela razão para a potência de saída nominal (Pn)..........30
Tabela 4 – Momentos de inércia externos (J) para as potências normalizadas ..........................30
Tabela 5 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria H,
expressos pela razão para o conjugado nominal (Cn)..................................................34
Tabela 6 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria N,
com tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada”, expressos pela razão para
o conjugado nominal (Cn)................................................................................................35
Tabela 7 – Valores máximos de potência aparente com rotor bloqueado (Sp) para motores
com tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada”, expressos pela razão para a
potência de saída nominal (Pn)........................................................................................35
Tabela 8 – Momentos de inércia externos (J) para motores com tipo de proteção
“Ex e – Segurança aumentada.........................................................................................36
Tabela 9 – Limites de elevação da temperatura para motores resfriados indiretamente a ar....38
Tabela 10 – Limites de temperatura total para motores resfriados diretamente
e seus fluidos refrigerantes.............................................................................................40
Tabela 11 – Bases para a especificação de elevações de temperatura ou de temperaturas
totais em função do método de resfriamento................................................................41
Tabela 12 – Correções dos limites de elevação de temperatura no local de funcionamento
de enrolamentos resfriados indiretamente para levar em conta as condições de
funcionamento e as características nominais que não sejam as de referência.........43
Tabela 13 – Temperaturas ambientais máximas admitidas............................................................44
Tabela 14 – Correções dos limites de temperatura no local de funcionamento para os
enrolamentos resfriados diretamente a ar para levar em conta as condições de
funcionamento e as características nominais que não sejam as de referência.........45
Tabela 15 – Fatores de serviço..........................................................................................................46
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 17094-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Máquinas de Indução (CE-003:002.001). O Projeto de Revisão circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 11, de 13.11.2017 a 14.01.2018.
Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 17094-1:2013), a qual foi tecni-
camente revisada.
A ABNT NBR 17094, sob o título geral “Máquinas elétricas girantes”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Scope
This Part of the ABNT NBR 17094 specifies requirements for three-phase induction motors.
This Part of the ABNT NBR 17094 does not apply to induction motors for traction vehicles.
NOTE 1 For induction motors for traction vehicles, see IEC 60349 (all parts) and the IEC 60050-811.
NOTE 2 Induction motors covered by this Part of the ABNT NBR 17094 may be subject the requirements of
other Brazilian standards, as, for example:
—— ABNT NBR IEC 60079-1, Explosive atmospheres – Part 1: Equipment protection by flameproof enclosures “d”
—— ABNT NBR IEC 60079-7, Explosive atmospheres – Part 7: Equipment protection by increased safety “e”
1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 17094 especifica os requisitos para motores de indução trifásicos.
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1.2 Esta Parte da ABNT NBR 17094 não se aplica aos motores de indução para veículos de tração.
NOTA 1 Para motores de indução para veículos de tração, ver a IEC 60349, (todas as partes), e a
IEC 60050-811.
NOTA 2 Os motores de indução abrangidos por esta Parte da ABNT NBR 17094 podem estar sujeitos
a requisitos de outras Normas Brasileiras, como, por exemplo:
—— ABNT NBR IEC 60079-1, Atmosferas explosivas – Parte 1: Proteção de equipamentos por invólucros à
prova de explosão “d”;
—— ABNT NBR IEC 60079-7, Atmosferas explosivas – Parte 7: Proteção de equipamentos por segurança
aumentada “e”.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referên-
cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 15367, Máquinas elétricas girantes – Motores de indução – Marcação de cabos terminais
e sentido de rotação
ABNT NBR 15623-1, Máquina elétrica girante – Dimensões e séries de potências para máquinas
elétricas girantes – Padronização – Parte 1: Designação de carcaças entre 56 a 400 e flanges entre
55 a 1 080
ABNT NBR 15623-2, Máquina elétrica girante – Dimensões e séries de potências para máquinas
elétricas girantes – Padronização – Parte 2: Designação de carcaças entre 355 a 1 000 e flanges entre
1 180 a 2 360
ABNT NBR 15623-3, Máquina elétrica girante – Dimensões e séries de potências para máquinas
elétricas girantes – Padronização – Parte 3: Motores pequenos e flanges BF10 a BF50
ABNT NBR 17094-3, Máquinas elétricas girantes – Parte 3: Motores de indução trifásicos – Métodos
de ensaios
ABNT NBR IEC 60034-5, Máquinas elétricas girantes – Parte 5: Graus de proteção proporcionados
pelo projeto completo de máquinas elétricas girantes (Código IP) – Classificação
ABNT NBR IEC 60034-7, Máquinas elétricas girantes – Parte 7: Classificação dos tipos de construção,
arranjos de montagem e posição da caixa de terminais (Código IM)
ABNT NBR IEC 60034-9, Máquinas elétricas girantes – Parte 9: Limites de ruído
ABNT NBR IEC 60034-14, Máquinas elétricas girantes – Parte 14: Medição, avaliação e limites
da severidade de vibração mecânica de máquinas de altura de eixo igual ou superior a 56 mm
ABNT NBR IEC 60079-7, Atmosferas explosivas – Parte 7: Proteção de equipamentos por segurança
aumentada “e”
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IEC 60027-4, Letter symbols to be used in electrical technology – Part 4: Rotating electric machines
IEC 60034-15, Rotating electrical machines – Part 15: Impulse voltage withstand levels of form-wound
stator coils for rotating a.c. machines
IEC 60034-18-1, Rotating electrical machines – Part 18-1: Functional evaluation of insulation systems –
General guidelines
IEC/TS 60034-25, Rotating electrical machines – Part 25: AC electrical machines used in power drive
systems – Application guide
IEC 60664-1, Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1: Principles,
requirements and tests
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
NOTA Para outras definições que não sejam as de 3.14, 3.15, 3.21, 3.22, 3.23 e 3.33, referentes aos
métodos de resfriamento, ver ABNT NBR IEC 60034-6.
3.1
características nominais
conjunto de valores nominais e condições de funcionamento
3.2
carga
conjunto dos valores das grandezas elétricas e mecânicas que caracterizam as solicitações impostas
a uma máquina girante, por um circuito elétrico ou um dispositivo mecânico, em um dado instante
3.3
ciclo de regime
variação de carga com o tempo, que pode ou não se repetir, e na qual o tempo do ciclo é demasiada-
mente curto para que se atinja o equilíbrio térmico
3.4
conjugado com rotor bloqueado
CP
menor conjugado medido que o motor desenvolve em sua ponta de eixo, com o seu rotor bloqueado
em qualquer posição angular, sob tensão e frequência nominais
3.5
conjugado máximo
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Cmáx.
maior valor do conjugado assíncrono, em regime permanente, que o motor desenvolve sem queda
abrupta de rotação, sob tensão e frequência nominais
NOTA Esta definição não se aplica aos motores de indução cujo conjugado diminui continuamente quando
a rotação aumenta.
3.6
conjugado mínimo de partida
Cmín.
menor valor do conjugado assíncrono, em regime permanente, que o motor desenvolve entre a rotação
zero e a rotação correspondente ao conjugado máximo, sob tensão e frequência nominais
NOTA 1 Esta definição não se aplica aos motores de indução cujo conjugado diminui continuamente quando
a rotação aumenta.
3.7
conjugado nominal
Cn
conjugado que o motor desenvolve no seu eixo sob potência e rotação nominais
3.8
constante de tempo térmica equivalente
constante de tempo que, substituindo várias constantes de tempo individuais, determina aproxima-
damente a evolução de temperatura em um enrolamento após uma variação de corrente em degrau
3.9
corrente de partida
valor eficaz da corrente absorvida pelo motor a partir do repouso até a rotação de regime
3.10
corrente com rotor bloqueado
Ia
maior valor eficaz da corrente absorvida pelo motor, em regime permanente, com o seu rotor bloqueado
em qualquer posição angular, sob tensão e frequência nominais
3.11
desenergizado e em repouso
ausência completa de todo movimento e de toda alimentação elétrica ou de todo acionamento mecânico
3.12
efeito de inércia
soma (integral) dos produtos dos pesos elementares de um corpo pelos quadrados do dobro de suas
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NOTA 1 Esta grandeza é designada pelo símbolo literal GD2 e é expressa em newtons metro quadrado (N.m2).
NOTA 2 GD2 = 4 gJ, sendo GD2 em newtons metro quadrado (N.m2), momento de inércia (J) em quilogramas
metro quadrado (kg.m2) e aceleração da gravidade local (g) em metros por segundo quadrado (m/s2).
3.13
enrolamento encapsulado
enrolamento completamente envolvido ou selado por isolação moldada
3.14
enrolamento resfriado diretamente
enrolamento resfriado principalmente por um fluido refrigerante circulando em contato direto com
a parte resfriada através de condutores ocos, tubos, dutos, ou canais que, independentemente de sua
orientação, fazem parte integrante do enrolamento, internamente à isolação principal
3.15
enrolamento resfriado indiretamente
todo enrolamento que não é resfriado diretamente
NOTA Para 3.13 e 3.14, nos casos em que não for mencionado “diretamente” ou “indiretamente”, o enro-
lamento é considerado resfriado indiretamente.
3.16
ensaios de rotina
ensaios realizados em cada máquina, individualmente, para verificar a sua conformidade com certos
critérios
3.17
ensaios de tipo
ensaios realizados em uma ou mais unidades fabricadas segundo certo projeto, para demonstrar que
este projeto satisfaz certas condições especificadas
3.18
ensaios especiais
ensaios não considerados de tipo ou de rotina, devendo ser realizados somente mediante acordo
prévio entre fabricante e comprador
3.19
equilíbrio térmico
estado alcançado quando as elevações de temperatura das diversas partes da máquina não variam
mais que um gradiente de 1 K/30 min.
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NOTA O equilíbrio térmico pode ser determinado do gráfico da elevação de temperatura em função do
tempo quando as retas entre pontos no começo e no fim de dois intervalos de tempo razoáveis sucessivos
tiverem cada uma um gradiente menor que 1 K/30 min.
3.20
fator de duração do ciclo
razão entre o período de funcionamento em carga, incluindo a partida e a frenagem elétrica, e a dura-
ção do ciclo de regime, expressa em porcentagem
3.21
fluido refrigerante
fluido líquido ou gasoso por intermédio do qual o calor é transferido
3.22
fluido refrigerante primário
fluido líquido ou gasoso que, estando a uma temperatura inferior àquela das partes da máquina com
as quais está em contato, remove o calor dessas partes
3.23
fluido refrigerante secundário
fluido líquido ou gasoso que, estando a uma temperatura inferior à temperatura do fluido refrigerante
primário, remove o calor deste fluido refrigerante primário por meio de um trocador de calor da super-
fície externa da máquina
3.24
funcionamento em vazio
condição de funcionamento de uma máquina girando com potência de saída nula (mantidas as outras
condições normais de funcionamento)
3.25
isolação principal
isolação básica aplicada a partes vivas, destinada a assegurar a proteção contra choques elétricos
3.26
isolação suplementar
isolação adicional e independente da isolação principal, destinada a assegurar proteção contra cho-
ques elétricos no caso de falha da isolação principal
3.27
momento de inércia (dinâmico)
soma (integral) dos produtos das massas elementares de um corpo pelos quadrados de suas distâncias
radiais ao eixo de referência
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NOTA Esta grandeza é designada pelo símbolo literal J e é expressa em quilogramas metro quadrado (kg.m2).
3.28
plena carga
carga que solicita uma máquina a funcionar nas suas características nominais
[IEC 60050-411, 411-51-10]
3.29
potência aparente com rotor bloqueado
potência aparente de entrada com o rotor bloqueado sob tensão e frequência nominais
3.30
potência nominal
valor da potência de saída incluído nas características nominais, expresso em watts (W) ou os seus
múltiplos como, por exemplo, quilowatts (kW)
NOTA 1 Complementarmente à expressão em watts (W), a potência nominal pode ser indicada, por exemplo,
em cavalo-vapor (cv).
NOTA 2 É prática em alguns países expressar a potência mecânica disponível no eixo do motor em horsepower
(1 hp é equivalente a 746 W; 1 cv (cavalo-vapor) é equivalente a 736 W).
NOTA 3 As potências padronizadas em cv, equivalentes aos valores de potências em kW, estão indicadas
no Anexo D.
3.31
regime
indicação das cargas às quais a máquina é submetida, incluindo, se aplicável, períodos de partida,
de frenagem elétrica, de funcionamento em vazio e de repouso, bem como as suas durações e a sua
sequência no tempo
[IEC 60050-411, 411-51-06]
3.32
regime tipo
regime contínuo, de tempo limitado ou periódico, incluindo uma ou mais cargas que permanecem
constantes para a duração especificada, ou regime não periódico no qual geralmente a carga e a
rotação variam em uma faixa de funcionamento admissível
[IEC 60050-411, 411-51-13]
3.33
resfriamento
processo pelo qual o calor resultante das perdas que ocorrem em uma máquina é transferido para
um fluido refrigerante primário, o qual pode ser continuamente renovado ou resfriado por um fluido
refrigerante secundário em um trocador de calor
[IEC 60050-411, 411-44-01]
3.34
tensão nominal
Un
tensão de linha nos terminais da máquina à qual são referidas as outras características nominais
3.35
tolerância
desvio permitido entre o valor declarado de uma grandeza e o valor medido
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3.36
valor de plena carga
valor de uma grandeza para uma máquina funcionando a plena carga
3.37
valor nominal
valor de uma grandeza atribuído, geralmente pelo fabricante, a uma condição de funcionamento
especificada de uma máquina
NOTA A tensão nominal ou faixa da tensão nominal é o valor da tensão de linha entre os terminais da máquina.
4 Regimes
4.1 Especificação de um regime
É responsabilidade do comprador definir o tipo de regime. O comprador pode descrever o regime por um
dos seguintes métodos:
c) pela seleção de um dos tipos de regime S1 a S10 que não sejam menos severos que o regime real.
O tipo de regime deve ser designado pela abreviação apropriada, especificada em 4.2.
Uma expressão para o fator de duração do ciclo é dada na figura do tipo de regime correspondente.
Normalmente o comprador não pode prever os valores de momento de inércia do motor (JM) ou a
expectativa de vida térmica relativa (TL) para o regime de serviço S10 (ver Anexo B). Estes valores
são informados pelo fabricante.
Quando o comprador não declarar o tipo de regime, o fabricante deve considerar que o regime tipo S1
(regime contínuo) seja aplicado.
Funcionamento à carga constante, com duração suficiente para que o equilíbrio térmico seja alcançado
(ver Figura 1).
PV
Θ máx
Legenda
P carga
Pv perdas elétricas
Θ temperatura
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo
t tempo
Funcionamento à carga constante por um tempo determinado, inferior ao necessário para atingir
o equilíbrio térmico, seguido por um tempo de repouso de duração suficiente para restabelecer a
temperatura da máquina com até + 2 K em relação à temperatura do fluido refrigerante (ver Figura 2).
A abreviação apropriada é S2, seguida por uma indicação do tempo em funcionamento à carga
constante, por exemplo, S2 60 min.
P
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PV
Θmáx
∆tP
t
Legenda
P carga
Pv perdas elétricas
Θ temperatura
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo
t tempo
∆tp tempo em funcionamento à carga constante
Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de funcionamento com carga
constante e um tempo desenergizado e em repouso (ver Figura 3). Neste regime, o ciclo é tal que cor-
rente de partida não afeta significativamente a elevação de temperatura.
A abreviação apropriada é S3, seguida pelo fator de duração do ciclo, por exemplo, S3 25 %.
NOTA Regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.
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P
TC
∆ tP ∆ tR
PV
Θmáx
Legenda
P carga
Pv perdas elétricas
Θ temperatura
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo
t tempo
Tc duração de um ciclo
∆tP tempo de funcionamento à carga constante
∆tR tempo desenergizado e em repouso
Fator de duração do ciclo = ∆tP/Tc
Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de partida significativo,
um tempo de funcionamento com carga constante e um tempo de repouso (ver Figura 4).
A abreviação apropriada é S4, seguida pelo fator de duração do ciclo, pelo momento de inércia do
motor (JM) e pelo momento de inércia da carga (Jext), ambos referidos ao eixo do motor, por exemplo,
S4 25 % JM = 0,15 kg.m2 Jext = 0,7 kg.m2.
NOTA Regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.
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P
TC
∆ tP ∆ tR
PV
∆ tD
Θ máx
Legenda
P carga
Pv perdas elétricas
Θ temperatura
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo
t tempo
Tc duração de um ciclo
∆tD tempo de aceleração/partida
∆tP tempo de funcionamento à carga constante
∆tR tempo desenergizado e em repouso
Fator de duração do ciclo = (∆tD + ∆TP)/Tc
Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de partida, um tempo de fun-
cionamento à carga constante, um tempo de frenagem elétrica rápida e um tempo desenergizado e
em repouso (ver Figura 5).
A abreviação apropriada é S5, seguida pelo fator de duração do ciclo, pelo momento de inércia do
motor (JM) e pelo momento de inércia da carga (Jext), ambos referidos ao eixo do motor, por exemplo,
S5 25 % JM = 0,15 kg.m2 Jext = 0,7 kg.m2.
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NOTA Regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.
P
TC
∆tF
PV
∆ tP ∆ tR
∆ tD
Θmáx
Legenda
P carga Tc duração de um ciclo
Pv perdas elétricas ∆tD tempo de aceleração/partida
Θ temperatura ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tF tempo de frenagem elétrica
t tempo ∆tR tempo desenergizado e em repouso
4.2.6 Regime tipo S6 – Regime de funcionamento contínuo periódico com carga intermitente
Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de funcionamento à carga
constante e um tempo de funcionamento em vazio. Não existe tempo desenergizado e em repouso
(ver Figura 6).
A abreviação apropriada é S6, seguida pelo fator de duração do ciclo, por exemplo, S6 40 %.
NOTA Regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.
P
TC
∆ tP ∆ tV
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PV
Θmáx
Legenda
P carga t tempo
Pv perdas elétricas Tc duração de um ciclo
Θ temperatura ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tV tempo de funcionamento em vazio
Fator de duração do ciclo = ∆tp/Tc
4.2.7 Regime tipo S7 – Regime de funcionamento contínuo periódico com frenagem elétrica
Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de partida, um tempo de fun-
cionamento à carga constante e um tempo de frenagem elétrica. Não existe tempo desenergizado e
em repouso (ver Figura 7).
A abreviação apropriada é S7, seguida pelo momento de inércia do motor (JM) e pelo momento de inércia
da carga (Jext), ambos referidos ao eixo do motor, por exemplo, S7 JM = 0,4 kg.m2 Jext = 7,5 kg.m2.
NOTA O regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.
TC
P
∆tD ∆ tP ∆ tF
PV
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Θ
Θmáx
Legenda
P carga t tempo
Pv perdas elétricas TC duração de um ciclo
Θ temperatura ∆tD tempo de aceleração/partida
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
∆tF tempo de frenagem elétrica
Fator de duração do ciclo = 1
Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de funcionamento à carga
constante correspondente a uma determinada velocidade de rotação, seguido de um ou mais tempos
de funcionamento a outras cargas constantes correspondentes a diferentes rotações (por exemplo,
pela mudança do número de polos, no caso de motores de indução). Não existe tempo desenergizado
e em repouso (ver Figura 8).
A abreviação apropriada é S8, seguida pelo momento de inércia do motor (JM) e pelo momento
de inércia da carga (Jext), ambos referidos ao eixo do motor, juntamente com a carga, rotação e fator
de duração do ciclo para cada condição de rotação.
40 kW 1 460 rpm 30 %
25 kW 980 rpm 40 %
NOTA 1 O regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com
carga.
NOTA 2 No Brasil, a abreviatura rpm é comumente utilizada pelo setor de máquinas elétricas girantes para
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TC
P
∆tP2 ∆tP3
Θ
Θmáx
Legenda
P carga t tempo
Pv perdas elétricas TC duração de um ciclo
Θ temperatura ∆tD tempo de aceleração/partida
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
n rotação ∆tF tempo de frenagem elétrica
Fator de duração do ciclo = (∆tD +∆tP1)/TC; (∆tF1 + ∆tP2)/TC; (∆tF2 +∆tP3)/TC
4.2.9 Regime tipo S9 – Regime com variações não periódicas de carga e de rotação
Regime no qual geralmente a carga e a rotação variam não periodicamente, dentro da faixa de funcio-
namento admissível. Este regime inclui frequentemente sobrecargas aplicadas que podem ser muito
superiores à carga de referência (ver Figura 9).
Para este tipo de regime, uma carga constante adequadamente selecionada e baseada no regime
tipo S1 é tomada como carga de referência (“Pref” na Figura 9) para o conceito de sobrecarga.
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∆ tP
n ∆ tF
∆tD
∆tR
t
P
∆ tS
Pref
t
PV
Θ máx
Legenda
P carga t tempo
Pref carga de referência ∆tD tempo de aceleração/partida
Pv perdas elétricas ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
Θ temperatura ∆tF tempo de frenagem elétrica
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tR tempo desenergizado e em repouso
n rotação ∆tS tempo de funcionamento com sobrecarga
Figura 9 – Regime tipo S9 – Regime com variações não periódicas de carga e rotação
4.2.10 Regime tipo S10 – Regime com cargas e rotações constantes distintas
Regime que consiste em um número específico de valores distintos de cargas (ou cargas equivalentes)
e, se aplicável, rotação, sendo cada combinação carga/rotação mantida por um tempo suficiente para
permitir que a máquina alcance o equilíbrio térmico (ver Figura 10). A carga mínima durante um ciclo
de regime pode ter o valor zero (funcionamento em vazio ou repouso desenergizado).
A abreviação apropriada é S10, seguida pelo valor por unidade (p.u.) p/∆t para a carga e sua dura-
ção respectiva e pelo valor por unidade TL para a expectativa de vida térmica relativa do sistema
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de isolação. O valor de referência para a expectativa de vida térmica é a expectativa de vida térmica
na condição nominal para regime de operação contínuo e no limite permitido de elevação de tempera-
tura baseado no regime tipo S1. Para um período de repouso, a carga deve ser indicada pela letra “r”.
O valor de TL deve ser arredondado para um valor múltiplo de 0,05. Informações sobre o significado
deste parâmetro e a determinação de seu valor são dadas no Anexo B.
Para este tipo de regime, uma carga constante adequadamente selecionada e baseada no regime
tipo S1 deve ser tomada como carga de referência (“Pref” na Figura 10) para as cargas distintas.
Na conversão para valores em p.u., considerar para p e ∆t os valores de base Pref e TC, respectivamente.
NOTA Os valores distintos de carga são usualmente cargas equivalentes, baseadas na integração de
valores em um período de tempo. Não é necessário que cada ciclo de cargas seja exatamente o mesmo, mas
somente que cada carga dentro de um ciclo seja aplicada por tempo suficiente para que o equilíbrio térmico
seja atingido, e que cada ciclo de cargas possa ser integrado para dar a mesma expectativa de vida térmica.
P
TC
Pref
t1 t2 t3 t4
P1 P2 P3
P4 t
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PV
Θ ∆Θ1 ∆Θ 2
Θref
∆Θ4
Legenda
P carga t tempo
Pi carga constante de um período de carga dentro ti tempo de uma carga constante dentro de um
de um ciclo de cargas ciclo
Pref carga de referência baseada no regime tipo S1 TC duração de um ciclo
5 Características nominais
5.1 Declaração das características nominais
As características nominais, como definido em 3.1, devem ser atribuídas pelo fabricante. Na declaração
das características nominais, o fabricante deve selecionar uma das classes de características nominais
definidas em 5.2.1 a 5.2.6. A designação da classe de característica nominal deve ser escrita após a
potência nominal. Se nenhuma característica for anotada, características nominais para regime contínuo
são aplicadas.
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Quando componentes acessórios (como reatores, capacitores etc.) são conectados pelo fabricante
como parte da máquina, os valores das características nominais devem se referir aos terminais de alimen-
tação de todo o conjunto.
NOTA Isto não se aplica aos transformadores de potência conectados entre a máquina e a fonte de ali-
mentação.
Considerações especiais são requeridas quando forem definidas as características nominais para
máquinas alimentadas a partir de conversores estáticos. A IEC/TS 60034-25 dá orientações para o
caso de motores de indução de gaiola cobertos por esta Parte da ABNT NBR 17094.
Características nominais com as quais a máquina pode ser operada por um período ilimitado, e em
conformidade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17094.
Esta classe de características nominais corresponde ao regime tipo S1 e é designada como regime
tipo S1.
Características nominais com as quais a máquina pode ser operada por um período limitado, partindo
à temperatura ambiente, e em conformidade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17094.
Esta classe de características nominais corresponde ao regime tipo S2 e é designada como regime
tipo S2.
Características nominais com as quais a máquina pode ser operada no regime de ciclos, e em confor-
midade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17094.
A menos que especificado ao contrário, a duração de um ciclo de regime deve ser de 10 min e o fator
de duração do ciclo deve ter um dos seguintes valores: 15 %, 25 %, 40 % ou 60 %.
Características nominais com as quais a máquina pode ser operada não periodicamente, e em confor-
midade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17094.
Esta classe de características nominais corresponde ao regime tipo S9 e é designada como regime
tipo S9.
5.2.5 Características nominais para regime com cargas e rotações constantes distintas
Características nominais com as quais a máquina pode ser operada com a associação de cargas
e rotações do regime tipo S10 por um período ilimitado de tempo, e em conformidade com os requisitos
desta Parte da ABNT NBR 17094. A máxima carga permitida no ciclo deve levar em consideração todas
as partes do motor como, por exemplo, a expectativa de vida térmica relativa do sistema de isolação,
a temperatura dos rolamentos e a dilatação térmica de outras partes. A menos que especificado em
comum acordo entre o fabricante e o comprador, a carga máxima não pode exceder 1,15 vez o valor
da carga, com base no regime tipo S1. A carga mínima pode ter o valor zero, com máquina operando
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Esta classe de características nominais corresponde ao tipo de regime S10 e é designada como
regime tipo S10.
NOTA Outras normas podem especificar a carga máxima em termos de limite de temperatura ou elevação
de temperatura do enrolamento no lugar de carga relativa, por unidade (p.u.), de acordo com o regime tipo S1.
Características nominais, para o propósito de ensaios, com as quais a máquina pode ser operada em
carga constante até alcançar o equilíbrio térmico e que resulta na mesma elevação de temperatura do
enrolamento do estator que a elevação da temperatura média durante um ciclo de carga do regime
tipo especificado.
NOTA Recomenda-se que para a determinação de uma característica nominal equivalente seja conside-
rada a variação da carga, rotação e resfriamento do ciclo do regime.
Um motor fabricado para aplicação geral deve ter características nominais para regime de operação
contínuo e ser capaz de funcionar no regime tipo S1.
Se o regime não for especificado pelo comprador, aplica-se o regime tipo S1 e as características
nominais atribuídas devem ser para regime contínuo.
Quando um motor tiver características nominais para regime de tempo limitado, elas devem ser base-
adas no tipo de regime S2 (ver 4.2.2).
Quando um motor for destinado a acionar cargas variáveis, ou cargas incluindo um período de fun-
cionamento em vazio ou períodos de repouso, as características nominais devem ser para regime
periódico, com base em um dos tipos de regimes S3 a S8 (ver 4.2.3 a 4.2.8).
Quando um motor for destinado a acionar não periodicamente cargas variáveis a rotações variáveis,
incluindo sobrecargas, as características nominais devem ser para regime não periódico, com base
no tipo de regime S9 (ver 4.2.9).
Quando um motor for destinado a acionar cargas constantes distintas, incluindo períodos de sobrecarga
ou períodos de funcionamento em vazio (ou períodos de repouso), as características nominais devem
ser para regime com cargas constantes distintas, com base no tipo de regime S10 (ver 4.2.10).
a) para tipos de regime S1 a S8, o(s) valor(es) especificado(s) da(s) carga(s) constante(s) deve(m)
ser a(s) potência(s) nominal(is) (ver 4.2.1 a 4.2.8);
b) para tipos de regime S9 e S10, o valor de referência da carga baseado no tipo de regime S1 deve
ser considerado à potência nominal (ver 4.2.9 e 4.2.10).
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A potência nominal é a potência mecânica disponível no eixo e deve ser expressa em watts (W) ou
seus múltiplos.
NOTA Os valores preferenciais da potência nominal são escolhidos conforme a série ABNT NBR 15623.
Quando para motores de um tipo particular existir um norma específica, os valores da potência nominal estão
de acordo com o especificado nela.
Para máquinas com mais de uma característica nominal, a máquina deve estar de acordo com esta
Parte da ABNT NBR 17094 em todos os aspectos para cada condição nominal.
Para motores de múltiplas rotações, uma característica nominal deve ser definida para cada rotação.
Quando uma grandeza nominal (potência, tensão, rotação etc.) puder assumir vários valores ou variar
continuamente entre dois limites, as características nominais devem ser estabelecidas para estes
valores ou limites. Esta situação não se aplica à variação de tensão e frequência durante a operação,
conforme definido em 7.3, ou quando sistemas de partida forem utilizados.
Não é prático construir motores de todas as características nominais para todas as tensões nominais.
Em geral, para motores de indução trifásicos, com base nas considerações de projeto e fabricação,
os valores preferenciais para tensões nominais acima de 1,0 kV com relação à potência nominal são
apresentados na Tabela 1.
6.2 Altitude
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6.4.2 A temperatura do ar ambiente no local de funcionamento não pode ser inferior a 0 °C para
máquinas com uma ou mais das características a seguir:
NOTA Por motivos de segurança, recomenda-se que o teor de hidrogênio seja mantido sempre em 90 %
ou mais, no pressuposto de que o outro gás na mistura seja o ar.
Para o cálculo de eficiência de acordo com a ABNT NBR 17094-3, a composição-padrão da mistura
gasosa deve ser 98 % de hidrogênio e 2 % de ar em seu volume, nos valores especificados de
pressão e temperatura do gás refrigerante, salvo acordo em contrário. As perdas por ventilação devem
ser calculadas para a densidade correspondente.
Os motores de indução abrangidos por esta Parte da ABNT NBR 17094 devem ser adequados para
a frequência de 60 Hz.
Para tensão nominal dos motores trifásicos, recomenda-se uma das seguintes:
Para um motor de corrente alternada alimentado por conversor estático, as restrições na tensão,
frequência e forma de onda não se aplicam. Neste caso, as tensões nominais devem ser definidas por
acordo entre comprador e fabricante.
7.2.1 Motores de indução para uso em sistema de potência de frequência fixa, alimentados por
um gerador c.a. (local ou por rede de fornecimento), devem estar aptos a operar em uma tensão de
fornecimento com um fator harmônico de tensão (FHV) que não exceda:
●● 0,02 para motores trifásicos, mas excluindo motores de categoria N (ver Seção 8), a menos que
o fabricante declare o contrário;
k
Un2
FHV = ∑ n
n=2
onde
k = 13.
Motores trifásicos de corrente alternada devem estar aptos para operar em um sistema de tensões
trifásicas com uma componente de sequência negativa que não exceda 1 % da componente de
sequência positiva durante um período prolongado, ou 1,5 % durante um período curto, não superior
a alguns minutos, e uma componente de sequência zero que não exceda 1 % da componente de
sequência positiva.
1 Estas tensões constam na Tabela 4 da Resolução nº 505, de 26 de novembro de 2001, da Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL).
NOTA Nas proximidades de grandes cargas monofásicas (como fornos de indução) e nas áreas rurais,
particularmente nos sistemas mistos de indústrias e residências, os fornecimentos podem ser distorcidos
além dos limites anteriores. Ações especiais serão então necessárias.
7.2.2 Motores de corrente alternada alimentados por conversores estáticos devem tolerar conteúdos
de harmônicos mais elevados da tensão fornecida; ver IEC/TS 60034-25 para o caso de motores
de gaiola dentro do escopo da Seção 8.
NOTA Quando a tensão de alimentação for significantemente não senoidal, por exemplo, derivada de um
conversor estático, o valor eficaz da forma de onda total e o da fundamental são pertinentes e determinam
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Para motores de indução para uso em sistema de potência de frequência fixa, alimentado por um
gerador c.a. (local ou por rede de fornecimento), as combinações de variação de tensão e variação
de frequência são classificadas como zona A ou zona B, de acordo com a Figura 11.
Um motor de indução deve ser capaz de prover torque nominal continuamente dentro da zona A da
Figura 11, mas pode não atender completamente às suas características de desempenho a tensão
e frequência nominais (ver ponto de características nominais na Figura 11), apresentando alguns
desvios. As elevações de temperatura podem ser superiores àquelas obtidas à tensão e frequência
nominais.
Um motor de indução deve ser capaz de prover torque nominal na zona B, mas pode apresentar
desvios superiores àqueles da zona A, no que se refere às características de desempenho à tensão
e frequência nominais. As elevações de temperatura podem ser superiores às verificadas com tensão
e frequência nominais e muito provavelmente superiores àquelas da zona A. O funcionamento
prolongado na periferia da zona B não é recomendado.
NOTA 1 Nas condições de funcionamento reais, o motor é, às vezes, solicitado a funcionar fora do perímetro
da zona A. Recomenda-se limitar estes afastamentos em valor, duração e frequência de ocorrência. Convém
tomar medidas corretivas, quando possível, dentro de um tempo razoável, como, por exemplo, uma redução
de potência. Estas medidas podem evitar uma redução na vida útil do motor devido aos efeitos da temperatura.
NOTA 3 Um motor de indução somente partirá no limite inferior de tensão se seu conjugado de partida
for adequadamente combinado com o conjugado resistente da carga, mas isto não é uma exigência desta
seção. Para as características de partida de motores de categoria N, ver Seção 8.
Y
1,10
1,05
1
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1,03
3
1,03
0,95 0,98 1,02
X
1,00
0,97
2
0,95
0,90
Legenda
Devem ser capazes de funcionar continuamente com o neutro em um potencial próximo ou igual ao
de terra. Também devem ser capazes de funcionar em sistemas de neutro isolado com uma fase no
potencial de terra durante períodos pouco frequentes, de curta duração, como, por exemplo, suficien-
tes para a remoção de faltas. Caso se pretenda operar o motor continuamente ou por períodos prolon-
gados nesta condição de funcionamento, é necessário que o nível de isolamento seja adequado para
esta condição, o que deve ser definido nas instruções de operação.
Se os enrolamentos não tiverem o mesmo nível de isolamento nas extremidades de linha e de neutro,
isto deve ser indicado nas instruções de operação.
NOTA Para o aterramento ou interconexão de pontos neutros de motores, recomenda-se que os fabricantes
sejam consultados devido ao risco de circulação de componentes de sequência zero de correntes de todas
as frequências sob certas condições de funcionamento e de possíveis danos mecânicos ao enrolamento sob
condições de falta de linha-neutro.
7.5 Níveis de tensão suportáveis (pico e gradiente) para motores alimentados por
conversor
Para motores de indução, o fabricante deve declarar os valores-limite de tensão de pico e gradiente
de tensão em operação contínua.
Para motores de indução de gaiola dentro do escopo da Seção 8, ver também a IEC/TS 60034-25.
Para as distâncias de escoamento e isolação de barras de cobre nu, ver a IEC 60664-1.
O fabricante deve ser consultado para outras condições de funcionamento especiais que possam
afetar a construção ou o funcionamento do motor de indução, entre as quais estão as mencionadas
em 7.6.1 a 7.6.5.
b) fibras ou partículas em suspensão cujo acúmulo possa interferir com a ventilação normal;
f) atmosferas úmidas ou muito secas, infestação de insetos ou atmosferas propícias ao crescimento
de fungos;
b) limites de níveis de ruído inferiores aos especificados na ABNT NBR IEC 60034-9 são necessários;
c) o acionamento é feito por meio de correias em “V”, correias planas, correntes ou redutores;
f) a carga acionada requer um conjugado com rotor bloqueado superior ao valor mínimo da categoria.
8 Características de partida
8.1 Generalidades
Esta seção apresenta as características de partida aplicáveis a cinco categorias de motores de indução
de gaiola, de uma rotação, com frequência de 60 Hz, conforme especificados em 8.2, desde que:
Estas características de partida também são aplicáveis a motores de duas tensões, desde que
o nível de saturação magnética seja o mesmo para ambas as tensões, e para motores com tipo
de proteção “e – Segurança aumentada” com classe de temperatura T1 a T3, de acordo com a
ABNT NBR IEC 60079-7.
NOTA 1 Para motores com regime diferente do regime S1, as características de partida definidas em 8.2
podem não ser atendidas.
NOTA 2 Não é esperado que todos os fabricantes produzam motores para todas as categorias de partidas.
A escolha de uma característica específica de partida, de acordo com esta Parte da ABNT NBR 17094, pode
ser objeto de acordo entre fabricante e comprador.
NOTA 3 Aplicações específicas podem requerer a utilização de motores com características de partida
diferentes em relação às apresentadas nesta seção. Neste caso, estas características são objeto de acordo
entre o fabricante e o comprador.
NOTA 4 Os valores de conjugado e potência aparente informados nesta Parte da ABNT NBR 17094 são
valores-limite (isto é, mínimo ou máximo sem tolerância), mas convém observar que os valores informados
nos catálogos dos fabricantes podem incluir tolerâncias de acordo com a Seção 23.
NOTA 5 Os valores tabelados para potência aparente com rotor bloqueado são baseados no valor eficaz da
corrente de rotor bloqueado; no acionamento do motor existirá uma corrente de pico instantânea assimétrica
de meio ciclo que poderá variar de 1,8 vez a 2,8 vezes o valor da corrente com rotor bloqueado. O pico da
corrente e o tempo de decaimento são uma função do projeto do motor e do ângulo de chaveamento.
8.2 Motores de indução de gaiola, trifásicos, para tensão nominal igual ou inferior a
1 000 V, potência nominal igual ou inferior a 1 600 kW, e previstos para partida direta
(categorias N, H e D) ou partida estrela-triângulo (NY, HY)
Estes motores são classificados quanto ao projeto das características de partida em cinco categorias,
cujos parâmetros estão indicados em 8.2.1 a 8.2.5.
Esta categoria inclui os motores com conjugado de partida normal, previstos para partida direta,
com 2, 4, 6 ou 8 polos e de 0,12 kW a 1 600 kW.
O conjugado de partida, representado pelo conjugado com rotor bloqueado (Cp), pelo conjugado
mínimo de partida (Cmín.) e pelo conjugado máximo (Cmáx.), cada um expresso pela razão para o
conjugado nominal (Cn), deve ter seus valores mínimos à tensão nominal, conforme a Tabela 2 ou a
Tabela 6. Valores superiores são permitidos.
No entanto, para motores de dois polos com tipo de proteção “Ex e” (segurança aumentada), com
potência nominal maior que 100 kW, o conjugado de partida, a qualquer rotação entre zero e a rotação
correspondente ao conjugado máximo, não pode ser inferior a 1,3 vez o conjugado resistente de uma
carga que varia com o quadrado da rotação e deve passar pelo ponto correspondente a 70 % do
conjugado nominal do motor. Para estes motores, as características de conjugado devem estar de
acordo com os valores apresentados na Tabela 6.
NOTA O fator 1,3 foi escolhido para levar em conta uma queda de tensão de 10 % da tensão nominal nos
terminais do motor durante o período de aceleração.
A potência aparente com rotor bloqueado (Sp) é a potência aparente de entrada expressa pela razão
para a potência de saída nominal (Pn). Este valor não pode ser superior ao valor correspondente
indicado nas Tabelas 3 e 7. Os valores informados nas Tabelas 3 e 7 são independentes do número de
polos e são valores máximos à tensão nominal. Para motores com tipo de proteção “Ex e” (segurança
aumentada), o valor da potência aparente com rotor bloqueado deve estar de acordo com os valores
informados na Tabela 7.
Os motores devem ser capazes de suportar duas partidas consecutivas a frio (com retorno ao repouso
entre partidas) e uma partida a quente, após terem funcionado nas condições nominais. O conjugado
resistente devido à carga acionada é proporcional ao quadrado da rotação, passando pelo ponto
de conjugado nominal do motor, para um momento de inércia externo dado na Tabela 4 ou 8.
Em cada caso, uma partida adicional é permitida somente se a temperatura do motor antes da partida
não exceder a temperatura de equilíbrio térmico sob carga nominal.
No entanto, para motores de dois polos com tipo de proteção “Ex e” (segurança aumentada), com
potência nominal maior que 100 kW, o conjugado resistente devido à carga acionada é proporcional
ao quadrado da rotação e igual a 70 % do conjugado nominal do motor, para um momento de inércia
externo dado na Tabela 8. Após esta partida, carga com conjugado nominal é permitida.
NOTA Recomenda-se que o número de partidas seja reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.
Tabela 2 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria N, expressos
pela razão para o conjugado nominal (Cn)
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Número de polos
Faixa de 2 4 6 8
potência
kW Cp /Cn Cmín. /Cn Cmáx. /Cn Cp /Cn Cmín. /Cn Cmáx. /Cn Cp /Cn Cmín /Cn Cmáx. /Cn Cp /Cn Cmín. /Cn Cmáx. /Cn
0,12 ≤ Pn ≤ 0,63 1,9 1,3 2,0 2,0 1,4 2,0 1,7 1,2 1,7 1,5 1,1 1,6
0,63 < Pn ≤ 1,0 1,8 1,2 2,0 1,9 1,3 2,0 1,7 1,2 1,8 1,5 1,1 1,7
1,0 < Pn ≤ 1,6 1,8 1,2 2,0 1,9 1,3 2,0 1,6 1,1 1,9 1,4 1,0 1,8
1,6 < Pn ≤ 2,5 1,7 1,1 2,0 1,8 1,2 2,0 1,6 1,1 1,9 1,4 1,0 1,8
2,5 < Pn ≤ 4,0 1,6 1,1 2,0 1,7 1,2 2,0 1,5 1,1 1,9 1,3 1,0 1,8
4,0 < Pn ≤ 6,3 1,5 1,0 2,0 1,6 1,1 2,0 1,5 1,1 1,9 1,3 1,0 1,8
6,3 < Pn ≤ 10 1,5 1,0 2,0 1,6 1,1 2,0 1,5 1,1 1,8 1,3 1,0 1,7
10 < Pn ≤ 16 1,4 1,0 2,0 1,5 1,1 2,0 1,4 1,0 1,8 1,2 0,9 1,7
16 < Pn ≤ 25 1,3 0,9 1,9 1,4 1,0 1,9 1,4 1,0 1,8 1,2 0,9 1,7
25 < Pn ≤ 40 1,2 0,9 1,9 1,3 1,0 1,9 1,3 1,0 1,8 1,2 0,9 1,7
40 < Pn ≤ 63 1,1 0,8 1,8 1,2 0,9 1,8 1,2 0,9 1,7 1,1 0,8 1,7
63 < Pn ≤ 100 1,0 0,7 1,8 1,1 0,8 1,8 1,1 0,8 1,7 1,0 0,7 1,6
100 < Pn ≤ 160 0,9 0,7 1,7 1,0 0,8 1,7 1,0 0,8 1,7 0,9 0,7 1,6
160 < Pn ≤ 250 0,8 0,6 1,7 0,9 0,7 1,7 0,9 0,7 1,6 0,9 0,7 1,6
250 < Pn ≤ 400 0,75 0,6 1,6 0,75 0,6 1,6 0,75 0,6 1,6 0,75 0,6 1,6
400 < Pn ≤ 630 0,65 0,5 1,6 0,65 0,5 1,6 0,65 0,5 1,6 0,65 0,5 1,6
630 < Pn ≤ 1 600 0,5 0,3 1,6 0,5 0,3 1,6 0,5 0,3 1,6 0,5 0,3 1,6
Tabela 4 (continuação)
Número de polos 2 4 6 8
Potência Momento de inércia
kW kg.m2
11,0 0,260 1,469 4,047 8,309
15,0 0,343 1,942 5,351 10,984
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Tabela 4 (conclusão)
Número de polos 2 4 6 8
Potência Momento de inércia
kW kg.m2
500 8,057 45,579 125,602 257,836
530 8,491 48,034 132,365 271,719
560 8,923 50,474 139,089 285,523
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8.2.2.1 Esta categoria inclui os motores semelhantes aos de categoria N, porém previstos para
partida estrela-triângulo. Para estes motores na ligação estrela, os valores mínimos do conjugado
com rotor bloqueado e do conjugado mínimo de partida são iguais a 25 % dos valores indicados para
os motores de categoria N (ver Tabelas 2 ou 6).
Esta categoria inclui os motores com conjugado de partida elevado, previstos para partida direta, com 4,
6 ou 8 polos, e de 0,12 kW a 160 kW na frequência de 60 Hz.
NOTA Para motores de potência superior a 160 kW, as características de partida podem ser objeto de acordo
entre fabricante e comprador.
O conjugado de partida, representado pelo conjugado com rotor bloqueado (Cp), pelo conjugado
mínimo de partida (Cmín.) e pelo conjugado máximo (Cmáx.), cada um expresso pela razão para o
conjugado nominal (Cn), deve ter seus valores mínimos à tensão nominal, conforme a Tabela 5.
Valores superiores são permitidos.
Os motores devem ser capazes de suportar duas partidas consecutivas a frio (com retorno ao repouso
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entre partidas) e uma partida a quente, após terem funcionado nas condições nominais. O conjugado
resistente devido à carga acionada é considerado constante e igual ao conjugado nominal, indepen-
dentemente da rotação, para um momento de inércia externo de 50 % do valor dado na Tabela 4.
Em cada caso, uma partida adicional é permitida somente se a temperatura do motor antes da partida
não exceder a temperatura de equilíbrio térmico sob carga nominal.
NOTA O número de partidas pode ser reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.
8.2.4.1 Esta categoria inclui os motores semelhantes aos de categoria H, porém previstos para
partida estrela-triângulo. Para estes motores na ligação estrela, os valores mínimos do conjugado com
rotor bloqueado e do conjugado mínimo de partida são iguais a 25 % dos valores indicados para os
motores de categoria H (ver Tabela 5).
NOTA O número de partidas pode ser reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.
Esta categoria inclui motores com conjugado de rotor bloqueado elevado e escorregamento elevado,
previstos para partida direta, com quatro ou mais polos, de 0,37 kW a 110 kW.
O conjugado com rotor bloqueado (Cp) expresso pela razão para o conjugado nominal (Cn) deve ter
o valor mínimo, à tensão nominal, de 2,75.
O conjugado mínimo de partida e o conjugado máximo não são fornecidos porque nestes motores
o conjugado diminui continuamente quando a rotação aumenta.
O escorregamento na potência nominal deve ser igual ou superior a 5 %. São fornecidas três variações
diferentes de motores quanto ao valor do escorregamento: uma com 5 % a 8 %, outra acima de 8 %
a 13 %, para utilização em prensas de perfuração, tesouras e outras máquinas de inércia elevada,
onde é desejado utilizar a energia armazenada em um volante sob flutuações severas de carga e para
diminuir o elevado pico de demanda do sistema, e a terceira incluindo motores com escorregamento
acima de 13 %, para aplicações geralmente em regimes de tempo limitado, devido às perdas elevadas
no rotor, como, por exemplo, pontes rolantes, guinchos, elevadores etc.
A potência aparente com rotor bloqueado (Sp) é a potência aparente de entrada expressa pela razão
para a potência de saída nominal (Pn). Este valor não pode ser superior ao valor correspondente
indicado na Tabela 3. Os valores desta tabela são independentes do número de polos e são valores
máximos à tensão nominal.
Os motores devem ser capazes de suportar duas partidas consecutivas a frio (com retorno ao repouso
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entre partidas) e uma partida a quente, após terem funcionado nas condições nominais.
Em cada caso, uma partida adicional é permitida somente se a temperatura do motor antes da partida
não exceder a temperatura de equilíbrio térmico sob carga nominal.
NOTA O número de partidas pode ser reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.
Tabela 5 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria H,
expressos pela razão para o conjugado nominal (Cn)
Número de polos
Faixa de
potência 4 6 8
kW Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn
0,12 ≤ Pn ≤ 0,63 3,0 2,1 2,1 2,55 1,8 1,9 2,25 1,65 1,9
0,63 < Pn ≤ 1,0 2,85 1,95 2,0 2,55 1,8 1,9 2,25 1,65 1,9
1,0 < Pn ≤ 1,6 2,85 1,95 2,0 2,4 1,65 1,9 2,1 1,5 1,9
1,6 < Pn ≤ 2,5 2,7 1,8 2,0 2,4 1,65 1,9 2,1 1,5 1,9
2,5 < Pn ≤ 4,0 2,55 1,8 2,0 2,25 1,65 1,9 2,0 1,5 1,9
4,0 < Pn ≤ 6,3 2,4 1,65 2,0 2,25 1,65 1,9 2,0 1,5 1,9
6,3 < Pn ≤ 10 2,4 1,65 2,0 2,25 1,65 1,9 2,0 1,5 1,9
10 < Pn ≤ 16 2,25 1,65 2,0 2,1 1,5 1,9 2,0 1,4 1,9
16 < Pn ≤ 25 2,1 1,5 1,9 2,1 1,5 1,9 2,0 1,4 1,9
25 < Pn ≤ 40 2,0 1,5 1,9 2,0 1,5 1,9 2,0 1,4 1,9
40 < Pn ≤ 160 2,0 1,4 1,9 2,0 1,4 1,9 2,0 1,4 1,9
NOTA 1 Os valores de Cp/Cn são iguais a 1,5 vez os valores correspondentes da categoria N, não sendo, porém,
inferiores a 2,0.
NOTA 2 Os valores Cmín/Cn são iguais a 1,5 vez os valores correspondentes da categoria N, não sendo, porém, inferiores
a 1,4.
NOTA 3 Os valores de Cmáx./Cn são iguais aos valores correspondentes da categoria N, não sendo, porém, inferiores a
1,9 ou ao valor correspondente de Cmín/Cn.
Tabela 6 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria N,
com tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada”, expressos pela razão para
o conjugado nominal (Cn)
Número de polos
Faixa de
potência 2 4 6 8
kW
Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn
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0,12 ≤ Pn ≤ 0,63 1,7 1,1 1,8 1,8 1,2 1,8 1,5 1,1 1,6 1,4 1,0 1,6
0,63 < Pn ≤ 1,0 1,6 1,1 1,8 1,7 1,2 1,8 1,5 1,1 1,6 1,4 1,0 1,6
1,0 < Pn ≤ 1,6 1,6 1,1 1,8 1,7 1,2 1,8 1,4 1,0 1,7 1,3 1,0 1,6
1,6 < Pn ≤ 2,5 1,5 1,0 1,8 1,6 1,1 1,8 1,4 1,0 1,7 1,3 1,0 1,6
2,5 < Pn ≤ 4,0 1,4 1,0 1,8 1,5 1,1 1,8 1,4 1,0 1,7 1,2 0,9 1,6
4,0 < Pn ≤ 6,3 1,4 1,0 1,8 1,4 1,0 1,8 1,4 1,0 1,7 1,2 0,9 1,6
6,3 < Pn ≤ 10 1,4 1,0 1,8 1,4 1,0 1,8 1,4 1,0 1,6 1,2 0,9 1,6
10 < Pn ≤ 16 1,3 0,9 1,8 1,4 1,0 1,8 1,3 1,0 1,6 1,1 0,8 1,6
16 < Pn ≤ 25 1,2 0,9 1,7 1,3 1,0 1,7 1,3 1,0 1,6 1,1 0,8 1,6
25 < Pn ≤ 40 1,1 0,8 1,7 1,2 0,9 1,7 1,2 0,9 1,6 1,1 0,8 1,6
40 < Pn ≤ 63 1,0 0,7 1,6 1,1 0,8 1,6 1,1 0,8 1,6 1,0 0,7 1,6
63 < Pn ≤ 100 0,9 0,65 1,6 1,0 0,8 1,6 1,0 0,8 1,6 0,9 0,7 1,6
100 < Pn ≤ 160 0,8 0,6 1,6 0,9 0,7 1,6 0,9 0,7 1,6 0,8 0,6 1,6
160 < Pn ≤ 250 0,75 0,55 1,6 0,8 0,6 1,6 0,8 0,6 1,6 0,8 0,6 1,6
250 < Pn ≤ 400 0,7 0,55 1,6 0,7 0,55 1,6 0,7 0,55 1,6 0,7 0,55 1,6
400 < Pn ≤ 630 0,6 0,45 1,6 0,6 0,45 1,6 0,6 0,4 1,6 0,6 0,4 1,6
Tabela 7 – Valores máximos de potência aparente com rotor bloqueado (Sp) para motores
com tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada”, expressos pela razão para a potência
de saída nominal (Pn)
Faixa de potência Sp/Pn
kW kVA/kW
0,12 ≤ Pn ≤ 6,3 12
6,3 < Pn ≤ 63 11
63 < Pn ≤ 630 10
NOTA Para obter a relação Ia/In, multiplica-se o valor de kVA/kW pelo produto do
rendimento e fator de potência a plena carga.
onde
Ia é a corrente com rotor bloqueado;
In é a corrente nominal.
Tabela 8 (conclusão)
Número de polos
Potência 2 4 6 8
kW Momento de inércia
kg.m2
300 2,741 15,503 42,720 87,696
315 2,851 16,128 44,442 91,232
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9 Elevação de temperatura
9.1 Classificação térmica
Uma classificação térmica, conforme a ABNT NBR IEC 60085, deve ser atribuída aos sistemas
de isolação utilizados nos motores. A classificação deve ser designada pelo valor numérico da máxima
temperatura de utilização, expresso em graus Celsius (°C), para a qual o sistema de isolação é adequado.
É permitido acrescentar ao valor numérico, entre parênteses, a designação histórica por letra.
NOTA 1 Recomenda-se que a classificação térmica de um novo sistema de isolação não seja considerada
diretamente relacionada com a capacidade térmica dos diferentes materiais que o constituem.
NOTA 2 É aceitável continuar a utilizar as classificações existentes quando elas tiverem sido comprovadas
pela experiência.
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A Tabela 9 especifica os limites de elevação de temperatura (na unidade kelvin) aplicáveis aos motores
com enrolamentos resfriados indiretamente a ar, utilizando sistemas de isolação correspondentes às
classificações térmicas indicadas. A Tabela 10 especifica os limites de temperatura total para motores
com enrolamentos resfriados diretamente e para os fluidos refrigerantes. Estes limites aplicam-se a
motores operando à potência nominal e sob as condições de funcionamento no local da instalação
especificadas na Seção 6.
Enrolamentos de máquinas
1a) com potência de saída igual ou – 80 85b – 105 110b – 125 130b
superior a 5 000 kW (7 000 cv)
Tabela 9 (conclusão)
Classe térmica 130 (B) 155 (F) 180 (H)
T V D T V D T V D
Método de medição a
K K K K K K K K K
Item Partes da máquina
Enrolamentos de máquinas com
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No caso mais comum, onde o fluido refrigerante final é o ar, a temperatura de referência é a temperatura
do ar ambiente, exceto para o caso previsto em 9.3.1.4. Se as condições de funcionamento no local
da instalação diferirem daquelas especificadas na Seção 6, os limites de elevação de temperatura
ou de temperatura total devem ser corrigidos conforme 9.3.3.
Quando um motor funcionar com temperatura do fluido refrigerante inferior à máxima especificada para
este motor, os limites de elevação de temperatura e de temperatura total não podem ser superiores
àqueles que se aplicam com a temperatura máxima do fluido refrigerante, já aplicadas, se necessário,
as correções especificadas em 9.3.3.
T V D T V D
Método de medição a
°C °C °C °C °C °C
1 Ar Indireto Nenhum a 9
Ar ambiente
2 Ar Indireto Ar 9
Elevação da
Refrigerante
temperatura
primário na
3 Ar Indireto Água 9
entrada do
motor b
4 Ar Direto Nenhum a 10
Ar ambiente
5 Ar Direto Ar 10
Temperatura Gás na entrada
total do motor ou
6 Ar Direto Água 10 líquido na
entrada do
enrolamento
a Se o texto descrito em 9.3.1.4 se aplicar, o fluido refrigerante de referência é o que circula nos dutos para
entrada no motor e não o ar ambiente ao redor do motor.
b Para motores resfriados conforme o método especificado na 3.33, se a elevação de temperatura for
medida acima da temperatura do fluido refrigerante secundário na entrada do trocador de calor, os limites
de elevação de temperatura são os da Tabela 9, corrigidos conforme 9.3.1.3 e item 2 da Tabela 12.
Para um motor com enrolamentos resfriados indireta e diretamente, o limite de elevação de temperatura
ou de temperatura total de cada enrolamento deve ser conforme os requisitos da tabela aplicável.
9.3.1.2 Motores com características nominais para regime do tipo de tempo limitado (S2)
Para um motor ao qual foram atribuídas características nominais do tipo de tempo limitado (ver 4.2.2)
e cuja potência nominal seja inferior a 5 000 kW (ou 7 000 cv), os limites de elevação de temperatura
dados na Tabela 9, acrescidos de 10 K, não podem ser excedidos.
9.3.1.3.1 Para um motor utilizando o ar ambiente como fluido refrigerante secundário, a elevação
de temperatura deve ser medida acima da temperatura do ar ambiente.
9.3.1.3.2 Para um motor utilizando um trocador de calor resfriado a água, a elevação de temperatura
deve ser medida acima da temperatura do fluido refrigerante primário na entrada do motor, ou acima
da temperatura da água de resfriamento (fluido refrigerante secundário) na entrada do trocador de
calor. O fabricante deve indicar na placa de identificação o fluido refrigerante utilizado como referência
[ver 21.2 alínea j)].
9.3.1.3.3 Se um terceiro fluido refrigerante for utilizado, a elevação de temperatura deve ser medida
acima da temperatura do fluido refrigerante primário ou secundário, como em 9.3.1.3.2.
9.3.1.3.5 Se o fluido refrigerante de referência for o fluido refrigerante secundário, os limites de ele-
vação de temperatura devem ser os citados da Tabela 9, corrigidos, se necessário, conforme Tabela 12.
9.3.1.4 Motores resfriados por ar ou gás proveniente de fonte remota, por meio de dutos de
ventilação ou motores com trocadores de calor montados separadamente
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A temperatura do fluido refrigerante primário é definida no local onde ele entra no motor.
9.3.1.5 Motores com características nominais para regime do tipo não periódico (S9)
Para um motor ao qual foram atribuídas características nominais para regime do tipo não periódico
(ver 5.2.4), os limites de elevação de temperatura da Tabela 9 podem ser excedidos por períodos
curtos durante o funcionamento do motor.
Para um motor ao qual foram atribuídas características nominais com cargas constantes distintas
baseadas no regime tipo S10, os limites de elevação de temperatura da Tabela 9 podem ser excedidos
por períodos distintos de tempo durante o funcionamento do motor.
Quando as medições forem feitas por detector de temperatura embutido (DTE), os limites de elevação
de temperatura especificados na Tabela 9 devem ser reduzidos em 1 K para cada 1 000 V (ou fração)
acima de 12 000 V e até 17 000 V inclusive, e adicionalmente reduzidos em 0,5 K para cada 1 000 V
(ou fração) acima de 17 000 V.
9.3.3 Correções dos limites de elevação de temperatura ou de temperatura total para levar
em conta as condições de funcionamento no local da instalação diferentes das indicadas na
Seção 6
Para os motores ou enrolamentos resfriados indiretamente a ar, para os quais os limites de elevação
de temperatura estão especificados na Tabela 9, aplicam-se os requisitos de 9.3.3.1 e 9.3.3.2.
0 °C ≤ θc ≤ 40 °C
diferença entre 40 °C e a temperatura do flui-
Temperatura máxima
do refrigerante a, com um máximo de 30 K
do fluido refrigerante,
(ver Figura 12)
1 especificada ou resultante
na entrada da máquina (θc), Reduzidos de um valor igual à diferença entre
para altitudes até 1 000 m 40 °C < θc ≤ 60 °C a temperatura do fluido refrigerante e 40 °C
(ver Figura 12)
Mediante acordo entre o fabricante e o compra-
θc < 0 °C ou θc > 60 °C
dor
Temperatura máxima Aumentados em 15 K e adicionalmente, mediante
da água na entrada 5 °C ≤ θW ≤ 25 °C acordo entre o fabricante e o comprador, em um
dos trocadores de calor valor igual à diferença entre 25 °C e θW
resfriados à água ou
temperatura máxima
2 da água ambiente para
máquinas submersíveis com
Aumentados em 15 K e reduzidos da diferença
resfriamento de superfície θW > 25 °C
entre θW e 25 °C
externa e máquinas com
resfriamento por envoltória
de água (θW)
Nenhuma correção é aplicada por este único
motivo
Deve ser admitido que a diminuição do poder de
resfriamento resultante da altitude é compensa-
1 000 m < H ≤ 4 000 m
3 b Altitude (H) da por uma redução da temperatura ambiente
máxima abaixo de 40 °C, e que as temperaturas
totais admissíveis não ultrapassem 40 °C mais
as elevações de temperatura da Tabela 9 b
H > 4 000 m Mediante acordo entre fabricante e comprador
a Um aumento menor pode ser aplicado mediante acordo entre fabricante e comprador, pois a manutenção de tensões
mecânicas de origem térmica em componentes da máquina, principalmente se ela for de grande porte, dentro dos
limites admissíveis, pode obrigar a observação de gradientes de temperatura, no projeto desses componentes, menores
que os decorrentes das elevações de temperatura máximas especificadas para os enrolamentos, com consequente
redução dessas elevações a valores tais que os gradientes térmicos resultantes sejam toleráveis.
b Admitindo-se que a redução necessária na temperatura ambiente seja de 1 % dos limites de elevação de temperatura,
para cada 100 m de altitude acima de 1 000 m, a temperatura ambiente máxima aceitável no local de funcionamento,
baseada em uma temperatura ambiente máxima de 40 °C, para altitudes iguais ou inferiores a 1 000 m, deve ser a
indicada na Tabela 13 (baseada nos limites de elevação de temperatura dos itens 1-b) e 1-c) da Tabela 9).
40
Correção máxima
mediante acordo
30
20
correção ( K )
10
Correção normal
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-10
-20
-30
0 10 20 30 40 50 60
tem peratura am biente m áxim a ou tem peratura m áxim a do fluido refrigerante no local de
funcionam ento ( oC)
c) possuir um trocador de calor resfriado a água para resfriar o fluido refrigerante primário (ar ou líquido).
10 Fator de serviço
10.1 Os motores de indução abrangidos por esta Parte da ABNT NBR 17094, quando funcionando
a tensão e frequência nominais e com a elevação de temperatura de acordo com a Tabela 9, possuem
fator de serviço unitário.
10.2 Em aplicações onde são exigidas uma capacidade de sobrecarga, recomenda-se a utilização
de um motor de potência nominal superior à normalizada, para evitar que a elevação da temperatura
para a classificação térmica utilizada seja excedida e para fornecer o conjugado adequado.
10.3 No caso de motores monofásicos e polifásicos, abertos ou totalmente fechados com ventilação
externa, de potência nominal igual ou inferior a 150 kW, com classificação térmica 130(B) ou
155(F), o comprador pode optar pela escolha de um motor com fator de serviço. Fator de serviço
é um multiplicador que, quando aplicado à potência nominal do motor, indica a carga que pode ser
acionada continuamente sob tensão e frequência nominais e com limite de elevação de temperatura
do enrolamento, determinado pelo método da variação de resistência, 10 K acima do limite indicado
na Tabela 9. Os valores de rendimento, fator de potência e rotação podem diferir dos valores nominais,
porém o conjugado e a corrente com rotor bloqueado e o conjugado máximo permanecem inalterados.
A utilização do fator de serviço implica uma vida útil inferior àquela do motor com carga nominal.
10.4 O fator de serviço, quando especificado, deve ter o valor conforme indicado na Tabela 15.
11 Sobrecorrente ocasional
11.1 Generalidades
11.1.2 O efeito do aquecimento nos enrolamentos do motor varia aproximadamente com o produto
do tempo pelo quadrado da corrente. Uma corrente superior à corrente nominal provoca um aumento
adicional de temperatura. Salvo acordo em contrário entre fabricante e comprador, pode ser assumido
que o motor não funcionará com a sobrecorrente ocasional especificada por mais do que alguns cur-
tos períodos durante a sua vida.
Os motores trifásicos cuja potência nominal seja inferior ou igual a 315 kW e cuja tensão nominal seja
inferior ou igual a 1 kV devem ser capazes de suportar uma corrente igual a 1,5 vez a corrente nominal
durante um mínimo de 2 min.
NOTA Para os motores trifásicos de potência nominal superior a 315 kW, nenhuma sobrecorrente
ocasional é especificada.
Estes motores devem, qualquer que seja seu regime e construção, ser capazes de suportar durante
15 s, sem parada ou mudança brusca de rotação (sob aumento gradual do conjugado), um excesso
de conjugado de no mínimo 60 % do seu conjugado nominal, sob tensão e frequência nominais.
Os motores para regime tipo S9 devem ser capazes de suportar momentaneamente um excesso
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NOTA Para uma determinação aproximada das variações de temperatura devido à evolução das perdas
em função da corrente, a constante de tempo térmica equivalente, determinada conforme a ABNT NBR 17094-3,
pode ser utilizada.
12.2.1 Os motores destinados a aplicações específicas que exigem um conjugado elevado, por
exemplo, motores para equipamentos de elevação, devem ser objeto de acordo entre fabricante e
comprador.
12.2.2 Para os motores de indução de gaiola projetados para assegurar uma corrente de partida
inferior a 4,5 vezes a corrente nominal, o excesso de conjugado pode ser inferior a 60 % do seu
conjugado nominal, mas não inferior a 50 % deste valor.
12.2.3 No caso de motores de indução com características de partida especiais, por exemplo, motores
utilizados com frequência variável ou motores de indução alimentados por meio de conversores
estáticos, o valor do excesso de conjugado deve ser objeto de acordo entre fabricante e comprador.
NOTA Quando funcionando a rotações acima da rotação nominal, por exemplo, quando usado com
controle de rotação ajustável (inversor), os níveis de ruído (ver ABNT NBR IEC 60034-9) e vibração
(ver ABNT NBR IEC 60034-14) aumentam. O usuário pode requerer um balanceamento fino no rotor do
motor para funcionamento aceitável à rotação acima da nominal. A vida útil do rolamento pode ser reduzida.
Recomenda-se que seja dada atenção à vida útil de serviço da graxa e aos intervalos de relubrificação.
15 Sobrevelocidade
15.1 Os motores de indução devem ser projetados para, em uma emergência, suportar as rotações
especificadas na Tabela 17.
Tabela 17 – Sobrevelocidade
Velocidade especificada para ensaio de
Item Tipo de motor
sobrevelocidade
Todos os motores de indução, exceto os
1 1,2 vez a rotação nominal máxima
especificados a seguir
A rotação de disparo especificada para
Motores que podem ser, sob certas
2 o grupo, mas no mínimo 1,2 vez a rotação
circunstâncias, acionados pela carga
nominal máxima
Motores de indução de gaiola, trifásicos, de
única rotação e alimentados com tensão 1,2 vez a máxima rotação segura de
3
inferior ou igual a 1 kV, especificados na funcionamento
Seção 15
16 Rendimento e perdas
16.1 Valores de rendimento de plena carga
Para motores de indução de gaiola, trifásicos, com capacidade de operação contínua em suas condições
nominais sem que a elevação de temperatura ultrapasse a classe térmica especificada, uma rotação,
categorias N, H, NY, HY e as categorias equivalentes A, B e C, com refrigeração a ar, acoplada
ou solidária ao próprio eixo de acionamento do motor elétrico, de potência nominal igual ou superior
às indicadas nas Tabelas 18 e 19, 60 Hz ou 50 Hz para operação em 60 Hz, tensão nominal igual ou
inferior a 1 000 V, qualquer forma construtiva, são estabelecidas duas linhas padronizadas no que se
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refere ao rendimento de plena carga, especificadas em 16.1.1.1 e 16.1.1.2. Para quaisquer outros
motores de indução, não há valores de rendimento normalizados nem método de ensaio estabelecido,
cabendo ao fabricante marcar o rendimento na placa de identificação e indicar o método de ensaio.
NOTA 1 Os motores de formas construtivas verticais são ensaiados na horizontal com rolamentos radiais.
NOTA 2 Para motores com selo mecânico ou retentor, o rendimento é aferido em ensaios com a sua
retirada, ou seja, sem os selos ou retentores instalados.
Os motores desta classe possuem rendimento nominal (ver Nota 1) igual ou superior ao normalizado
para cada combinação de potência versus número de polos, conforme a Tabela 18. Este rendimento
nominal, na condição de plena carga, deve ser marcado na placa de identificação (ver Nota 2).
O rendimento mínimo obtido por meio de ensaio não pode ser inferior ao valor obtido pela aplicação
da tolerância estabelecida na Seção 23 ao rendimento nominal do motor.
NOTA 1 O rendimento nominal representa o rendimento médio de uma grande quantidade de motores do
mesmo projeto.
Tabela 18 (conclusão)
Potência nominal Número de polos
2 4 6 8
kW
Rendimento nominal
2,2 85,0 85,0 83,0 84,0
3,0 85,0 86,0 85,0 84,5
3,7 87,5 87,5 87,5 85,5
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Os motores desta classe possuem rendimento nominal (ver Nota 1) igual ou superior ao normalizado
para cada combinação de potência versus número de polos, conforme a Tabela 19. Este rendimento
nominal, na condição de plena carga, deve ser marcado na placa de identificação (ver Nota 2).
O rendimento mínimo obtido por meio de ensaio não pode ser inferior ao valor obtido pela aplicação
da tolerância estabelecida na Seção 23 ao rendimento nominal do motor.
NOTA 1 O rendimento nominal representa o rendimento médio de uma grande quantidade de motores do
mesmo projeto.
Tabela 19 (conclusão)
Potência nominal Número de polos
2 4 6 8
kW
Rendimento nominal
90,0 95,0 95,4 95,0 94,1
110 95,0 95,8 95,8 94,1
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Para os motores de 16.1.1.1 e 16.1.1.2, o rendimento e as perdas devem ser determinados de acordo
com o método de ensaio da ABNT NBR 17094-3, denominado “ensaio dinamométrico com medição
indireta das perdas suplementares e medição direta das perdas no estator (I2R), no rotor (I2R),
no núcleo e por atrito e ventilação”. O rendimento deve ser determinado à potência, tensão e frequência
nominais.
A potência requerida por itens auxiliares, como bombas ou ventiladores externos que sejam necessários
para a operação do motor, deve ser indicada em separado.
As perdas I2R devem ser corrigidas para uma temperatura igual à temperatura ambiente de 25 °C mais
a elevação de temperatura determinada com carga nominal pelo método da variação da resistência.
Quando a elevação de temperatura à potência nominal não tiver sido calculada, as perdas I2R devem
ser corrigidas para a temperatura de referência indicada na Tabela 20.
Para determinação da temperatura de referência, deve ser utilizada a classificação térmica marcada
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na placa de identificação. No caso em que a elevação de temperatura admissível for a de uma clas-
sificação térmica inferior, a temperatura de referência deve ser a correspondente a esta classificação
térmica inferior.
17 Nível de ruído
Os limites máximos do nível de potência sonora, em decibels, de um motor de indução, funcionando
em vazio, estão especificados na ABNT NBR IEC 60034-9.
18 Vibração
Os limites da severidade de vibração de um motor de indução desacoplado, dados em valores
eficazes máximos da velocidade de vibração, em milímetros por segundo, estão especificados na
ABNT NBR IEC 60034-14.
Por acordo entre o comprador e o fabricante, os motores das linhas IR2 e IR3 podem ser fornecidos
com carcaças diferentes da Tabela 21, respeitando os valores de rendimento estabelecidos na Seção 16.
0,37 63 71 80 90S
0,55 71 71 80 90L
0,75 71 80 90S 90L
1,1 80 80 90S 100L
1,5 80 90S 100L 112M
2,2 90S 90L 100L 132S
3,0 90L 100L 112M 132M
3,7 100L 100L 132S 132M
4,5 112M 112M 132S 160M
5,5 112M 112M 132M 160M
7,5 132S 132S 132M 160L
9,2 132M 132M 160M 180M/L
11 132M 132M 160M 180L
15 160M 160M 160L 180L
18,5 160M 160L 180L 200L
22 160L 180M 200L 225S
30 200M 200M 200L 225M
37 200L 200L 225M 250S
45 225S 225S 250S 250M
55 225M 225M 250M 280S
75 250M 250M 280S 280M
90 280S 280S 280M 315M
110 280M 280M 315M 315M
132 315S 315S 315M 355
150 315S 315S 315M 355
185 315M 315M 355 355
220 355 355 355 355
260 355 355 355 355
300 – 355 355
330 – 355 355
370 – 355
NOTA As potências padronizadas em cv, equivalentes aos valores de potências em
kW, estão indicadas no Anexo D.
20 Requisitos construtivos
20.1 Terminais de aterramento
20.1.1 Os motores de indução devem ser fornecidos com um terminal de aterramento ou outro
dispositivo para permitir a conexão de um condutor de proteção ou um condutor de aterramento.
Conforme a ABNT NBR 15367, as letras PE ou o símbolo deve identificar este dispositivo.
Este requisito não se aplica ao motor quando:
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b) este estiver destinado para montagem em aparelho contendo isolação suplementar; ou
c) tensões nominais até 50 V estiverem especificadas e estes forem destinados para uso em circuitos
seguros de extrabaixa tensão (SLV).
20.1.2 No caso de motores com tensões nominais maiores que 50 V, porém não excedendo 1 000 V,
o terminal para o condutor de aterramento deve estar localizado na proximidade dos terminais dos
condutores de linha, no interior da caixa de ligações, quando existente. Os motores com potência
nominal superior a 100 kW devem ter, adicionalmente, um terminal de aterramento fixado na carcaça.
20.1.3 Os motores com tensão nominal superior a 1 000 V devem ter um terminal de aterramento na
carcaça e, adicionalmente, um meio de conexão no interior da caixa de ligações para a blindagem
condutora do cabo, quando existente.
20.1.4 O terminal de aterramento deve ser projetado para assegurar uma boa conexão com o condutor
de aterramento, sem qualquer dano ao condutor ou ao terminal. As partes condutoras acessíveis não
energizadas devem ser conectadas umas às outras e ao terminal de aterramento por uma ligação
elétrica. Quando todos os mancais e o enrolamento do rotor forem isolados, o eixo deve ser ligado
eletricamente ao terminal de aterramento, a menos que o fabricante e o comprador concordem com
um meio alternativo de proteção.
20.1.5 Quando um terminal de aterramento é colocado na caixa de ligações, propõe-se que o condutor
de aterramento seja do mesmo metal que os condutores de linha. Quando um terminal de aterramento
é colocado na carcaça, o condutor de aterramento pode, mediante acordo, ser feito de outro metal
(por exemplo, em aço). Neste caso, a dimensão do terminal deve ser estudada em função da condu-
tividade do condutor.
20.1.6 O terminal de aterramento deve ser dimensionado para admitir um condutor de aterramento
cuja área da seção transversal esteja de acordo com a Tabela 22. Se for utilizado um condutor de
aterramento maior que o tamanho dado na Tabela 22, recomenda-se que a sua área se aproxime
tanto quanto possível de um dos outros valores desta tabela.
Para outras áreas da seção transversal dos condutores de linha, o condutor de aterramento ou de
proteção deve ter uma área transversal no mínimo equivalente a:
a) área do condutor de linha para áreas de seção transversal inferiores a 25 mm2;
c) 50 % da área de seção transversal do condutor de linha para áreas superiores a 50 mm2.
16 16
25 25
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
21 Marcação
21.1 Requisitos gerais
21.1.1 Todo motor de indução deve conter as informações indicadas em 21.2, marcadas de forma
legível, indelével e durável (por gravação, impressão ou outro meio aceitável), diretamente na carcaça
do motor ou em uma ou mais placas de identificação fixadas firmemente no motor, de modo a serem
facilmente visíveis na posição de utilização determinada pela sua forma construtiva e disposição de
montagem (ver ABNT NBR IEC 60034-7).
21.1.2 Os símbolos literais das grandezas, quando marcados, devem estar de acordo com a
IEC 60027-1 e IEC 60027-4 e as unidades devem ser conforme o quadro geral de unidades de medida
aprovado pelo Conmetro. As abreviações recomendadas para algumas informações a serem marca-
das estão colocadas entre parênteses em 21.2.
21.1.3 Se o motor for instalado em um equipamento de tal modo que sua marcação não seja facilmente
legível, o fabricante deve, mediante solicitação, fornecer uma placa adicional a ser colocada em local
adequado do equipamento.
21.1.4 Os motores com potência nominal igual ou inferior a 750 W e com dimensões não cobertos
pela série ABNT NBR 15623 e os motores embutidos para aplicação especial, com potência nominal
igual ou inferior a 3 kW, devem ser marcados no mínimo com as informações de 21.2, alíneas a),
b), c), k), l), m) e p). Em todos os outros casos, a marcação deve incluir no mínimo as informações
listadas em 21.2, quando aplicáveis.
21.1.5 As informações constantes em 21.2 estão ordenadas apenas para referência, mas a ordem
na qual são marcadas não é normalizada. Estas informações devem ser agrupadas de modo adequado.
Estas informações não necessariamente devem ser colocadas em uma única placa de identificação.
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21.1.6 Dois valores nominais diferentes devem ser indicados por X/Y e uma faixa de valores operativos
entre X e Y por X-Y.
NOTA O modelo é utilizado para identificar um ou mais motores, elétrica e mecanicamente idênticos.
d) denominação principal do equipamento: “motor de indução” e tipo do motor (de gaiola ou de anéis);
g) número desta Parte da ABNT NBR 17094, quando o motor nela se enquadrar;
h) designação da carcaça da máquina, quando esta se enquadrar na série ABNT NBR 15623;
i) grau de proteção proporcionado pelo invólucro, conforme a ABNT NBR IEC 60034-5 (IP-XX);
j) classificação térmica (ISOL). Quando as classificações térmicas do estator e do rotor forem
diferentes, ambas devem ser marcadas com a do estator em primeiro lugar;
NOTA 1 Quando o limite de elevação de temperatura (∆θ) ou de temperatura total (θ) for inferior ao normali-
zado para a respectiva classificação térmica, esta informação também é colocada na placa e, se necessário,
o método de medição.
NOTA 2 No caso de motores com enrolamentos resfriados indiretamente e com trocador de calor resfriado
a água, a classificação térmica é seguida por “P” ou “S” dependendo se a elevação de temperatura é medida
acima da temperatura do fluido refrigerante primário ou secundário (ver 9.3.1.3.2).
k) classe de características nominais ou regime tipo do motor (REG), quando esta(s) for(em) diferente(s)
do regime contínuo (regime tipo S1); ver Seção 4;
m) tensão(ões) nominal(is). Duas tensões nominais X e Y devem ser marcadas X/Y;
q) diagrama de ligações, para motores cuja ligação possa ser feita de vários modos. Este diagrama
deve estar marcado na placa de identificação ou marcado próximo à caixa de ligações ou no
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interior desta;
NOTA Os terminais são marcados indelevelmente, de modo a permitir a utilização correta do diagrama
de ligações.
t) tensão entre anéis coletores em circuito aberto e corrente rotórica sob condições nominais, para
motores de anéis (SEC);
w) razão da corrente com rotor bloqueado para a corrente nominal, devendo ser indicada a maior
razão no caso de motores de várias rotações (Ia/In);
x) temperatura ambiente máxima admissível, quando diferente de 40 °C (AMB). Temperatura máxima
admissível da água, quando diferente de 25 °C (água);
z) altitude para a qual o motor foi projetado, quando superior a 1 000 m (ALT);
ad) sentido de rotação para motores previstos para funcionamento em um único sentido de rotação;
NOTA 1 Para motores de anéis, são omitidas as informações das alíneas e), u), v) e w).
NOTA 2 Exceto para manutenção normal, quando um motor é reparado ou revisado, alterando suas
condições originais, uma placa adicional é fornecida para indicar o nome da companhia responsável pelo
trabalho, o ano do reparo e as alterações realizadas.
Sempre que solicitado pelo comprador, o fabricante deve fornecer uma folha de dados, incluindo os
dados especificados pelo comprador, complementados por outros que o fabricante julgar convenientes,
atendendo no mínimo ao Anexo C.
22 Inspeção
22.1 Relação dos ensaios
22.1.1 A inspeção de motores de indução, para verificação de seu desempenho, deve incluir ensaios
a serem realizados no motor, escolhidos entre os relacionados na Tabela 23.
22.1.2 Os ensaios devem ser realizados, sempre que possível, nas instalações do fabricante, conforme
a ABNT NBR 17094-3 ou norma específica indicada na Tabela 23. Quando não for possível este local
de ensaio, os ensaios a serem realizados e os métodos utilizados devem ser objeto de acordo entre
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22.1.3 Os requisitos a serem atendidos por ocasião dos ensaios constam em alguns casos na
especificação do comprador, mas quando isso não ocorrer, devem ser adotados os requisitos
constantes nesta Parte da ABNT NBR 17094 ou em alguma outra norma específica, objeto de acordo
entre fabricante e comprador, e constar na ordem de compra. Estes requisitos estão sujeitos às
tolerâncias indicadas na Seção 23.
NOTA Ensaios em que há solicitação de curvas características são considerados ensaios especiais
(ver itens 4, 5, 7 e 9 da Tabela 23).
22.2.2 Quando for impraticável a realização dos ensaios com rotor bloqueado, de partida e de conju-
gado máximo, sob tensão nominal, estes podem ser realizados com tensão reduzida.
Tabela 23 (continuação)
Tabela 23 (conclusão)
máximo da velocidade de
17 X Ver ABNT NBR IEC 60034-14
vibração em milímetros por
segundo)
Para motores com tensão
Medição da tangente do nominal ≥ 5 kV e ≤ 24 kV
18 X
ângulo de perdas e com potência nominal
≥ 5 MW (ver EN 50209)
23 Tolerâncias
A menos que declarado de outra forma, tolerâncias de valores declarados devem ser conforme espe-
cificado na Tabela 24.
Tabela 24 (continuação)
Item Grandeza Tolerância
Corrente com rotor bloqueado para
motores de gaiola com rotor em curto-
circuito e com qualquer equipamento de
partida especificado:
Anexo A
(informativo)
A.1 Generalidades
A.1.1 Quando o sistema trifásico de tensões aplicado aos terminais de um motor de indução trifásico
de gaiola não é equilibrado, as correntes no enrolamento do estator são desiguais. Uma pequena
porcentagem de desequilíbrio entre as tensões causa um desequilíbrio muito maior nas correntes.
—— o nível de ruído e a vibração podem aumentar com o aumento do desequilíbrio das tensões.
A vibração pode ser destrutiva para o motor ou para o sistema.
EXEMPLO Para os valores de tensões entre fases de 220 V, 215 V e 210 V, o valor médio da tensão é
de 215 V e o desvio máximo da tensão em relação ao valor médio é de 5 V e a porcentagem de desequilíbrio
das tensões é igual a:
5
100 × = 2,32 %
215
A.3.2 A equação de A.3.1 é dada para comodidade do usuário do motor e é somente uma
aproximação do valor relativo da componente de sequência negativa da tensão. A determinação mais
precisa pode ser feita pela decomposição do sistema trifásico em suas componentes simétricas. Para
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NOTA O valor exato da componente de sequência negativa das tensões pode ser superior ao valor obtido
pela equação em A.3.1.
NOTA A redução da potência pode não ser necessária quando o motor é projetado para funcionar
(sob condições nominais) a temperaturas inferiores àquelas dadas na Seção 6.
A.4.2 Valores típicos de redução de potência de motores de indução trifásicos de gaiola, categoria N
(ver Seção 8), estão indicados na Figura A.1. Para outras categorias de motores e para potências
nominais superiores a 630 kW, a curva de redução de potência pode ser diferente, sendo recomendável
consultar o fabricante ou examinar as medições de temperatura de funcionamento.
1
Fator de redução de potência
0,9
0,8
0,7
0 1 2 3 4 5
Desequilíbrio de tensões (porcento)
das correntes.
A.5.3 Quando é admissível ocorrer um desequilíbrio das tensões, recomenda-se que o usuário
instale dispositivos de proteção contra sobrecargas que sejam sensíveis à corrente máxima em vez
do valor médio da corrente.
Anexo B
(informativo)
B.1 A carga do motor equivale, em qualquer momento, ao regime tipo S1. Entretanto, o ciclo de
cargas pode incluir cargas diferentes da carga nominal baseada no regime tipo S1. Um ciclo de carga
formado de quatro combinações rotação/carga constantes e distintas é mostrado na Figura 10.
B.2 Conforme o valor e a duração das diferentes cargas dentro de um ciclo, a expectativa de vida
relativa do motor baseada no envelhecimento térmico do sistema de isolação pode ser calculada pela
equação a seguir:
n i ∆θ
1
=
TL i = ∑
∆ti × 2 k
1
onde
∆θi é a diferença entre a elevação de temperatura do enrolamento para cada uma das diferentes
cargas dentro de um ciclo e a elevação de temperatura admissível baseada no regime tipo
S1 com a carga de referência;
∆ti é o tempo relativo (em p.u.) de uma carga constante dentro de um ciclo de carga;
k é o aumento de elevação de temperatura, expresso em Kelvins (K), que causa uma redução
de 50 % na expectativa de vida térmica do sistema de isolação;
B.4 O valor de TL somente pode ser determinado quando, em adição à informação sobre o ciclo
de cargas, conforme a Figura 10, o valor de k para o sistema de isolação for conhecido. Este valor de
k deve ser determinado por meio experimental, em conformidade com a IEC 60034-18-1, para toda
faixa de temperatura coberta pelo ciclo de cargas, conforme a Figura 10.
B.5 É mais razoável indicar a grandeza TL como um valor relativo. Este valor pode ser utilizado
para estabelecer aproximadamente a variação real da expectativa de vida térmica em função daquela
do regime tipo S1 à potência nominal, pois pode ser assumido, considerando as diferentes cargas
existentes em um ciclo, que os outros efeitos sobre a expectativa de vida do motor (por exemplo,
tensões dielétricas, influências do meio ambiente) são aproximadamente os mesmos que existem no
caso do regime tipo S1 à potência nominal.
B.6 O fabricante do motor é responsável pela compilação correta dos vários parâmetros para
determinação do valor de TL.
Anexo C
(normativo)
Folha de dados
—— nome do comprador;
—— conjugado nominal;
—— conjugado máximo;
—— tipo de lubrificação;
—— tipo de acoplamento;
—— método de partida.
—— os acessórios incluídos;
—— os ensaios previstos/realizados.
Anexo D
(informativo)
Potência nominal
kW cv
0,037 1/20
0,06 1/12
0,09 1/8
0,12 1/6
0,18 1/4
0,25 1/3
0,37 1/2
0,55 3/4
0,75 1
1,1 1,5
1,5 2
2,2 3
3,0 4
3,7 5
4,5 6,0
5,5 7,5
7,5 10
9,2 12,5
11 15
15 20
18,5 25
22 30
30 40
37 50
45 60
55 75
75 100
90 125
110 150
132 175
150 200
185 250
220 300
260 350
300 400
330 450
370 500
Bibliografia
[1] ABNT NBR IEC 60034-6, Máquinas elétricas girantes – Parte 6: Métodos de resfriamento (Código IC)
[2] ABNT NBR IEC 60079-1, Atmosferas explosivas – Parte 1: Proteção de equipamentos por
invólucros à prova de explosão “d”
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[3] IEC 60034-12, Rotating electrical machines – Part 12: Starting performance of single-speed
three-phase cage induction motors
[4] IEC 60050-411, International electrotechnical vocabulary – Chapter 411: Rotating machines
[5] IEC 80000-4-811, International electrotechnical vocabulary – Chapter 811: Electric traction