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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 17094-1

Terceira edição
27.04.2018

Versão corrigida
28.05.2018
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Máquinas elétricas girantes


Parte 1: Motores de indução trifásicos —
Requisitos
Rotating electrical machines
Part 1: Induction motors three-phase — Requirements

ICS 29.160 ISBN 978-85-07-07508-0

Número de referência
ABNT NBR 17094-1:2018
69 páginas

© ABNT 2018
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Sumário Página

Prefácio..............................................................................................................................................viii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Regimes...............................................................................................................................7
4.1 Especificação de um regime .............................................................................................7
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4.2 Tipos de regimes.................................................................................................................8


4.2.1 Regime tipo S1 – Regime contínuo ..................................................................................8
4.2.2 Regime tipo S2 – Regime de tempo limitado ...................................................................9
4.2.3 Regime tipo S3 – Regime intermitente periódico ..........................................................10
4.2.4 Regime tipo S4 – Regime intermitente periódico com partidas................................... 11
4.2.5 Regime tipo S5 – Regime intermitente periódico com frenagem elétrica...................12
4.2.6 Regime tipo S6 – Regime de funcionamento contínuo periódico com carga
intermitente........................................................................................................................12
4.2.7 Regime tipo S7 – Regime de funcionamento contínuo periódico com frenagem
elétrica................................................................................................................................13
4.2.8 Regime tipo S8 – Regime de funcionamento contínuo periódico com mudanças
correspondentes de carga e de rotação.........................................................................14
4.2.9 Regime tipo S9 – Regime com variações não periódicas de carga e de rotação.......16
4.2.10 Regime tipo S10 – Regime com cargas e rotações constantes distintas....................17
5 Características nominais .................................................................................................19
5.1 Declaração das características nominais.......................................................................19
5.2 Classes de características nominais...............................................................................19
5.2.1 Características nominais para regime contínuo............................................................19
5.2.2 Características nominais para regime de tempo limitado.............................................19
5.2.3 Características nominais para regime periódico...........................................................19
5.2.4 Características nominais para regime não periódico....................................................19
5.2.5 Características nominais para regime com cargas e rotações constantes distintas....20
5.2.6 Características nominais para carga equivalente..........................................................20
5.3 Seleção de uma classe de características nominais.....................................................20
5.4 Atribuição da potência a uma classe de características nominais..............................21
5.5 Potência nominal...............................................................................................................21
5.6 Máquinas com mais de uma característica nominal......................................................21
5.7 Relação entre tensões e potências nominais.................................................................21
6 Condições de funcionamento no local de instalação....................................................22
6.1 Generalidades....................................................................................................................22
6.2 Altitude...............................................................................................................................22
6.3 Máxima temperatura do ar ambiente...............................................................................22
6.4 Mínima temperatura do ar ambiente................................................................................22
6.5 Temperatura da água como fluido refrigerante..............................................................22
6.6 Estocagem e transporte...................................................................................................22

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6.7 Pureza do hidrogênio como fluido refrigerante.............................................................22


7 Condições elétricas de funcionamento..........................................................................23
7.1 Alimentação elétrica.........................................................................................................23
7.2 Forma e simetria de tensões e correntes.......................................................................23
7.3 Variações de tensão e de frequência durante o funcionamento..................................24
7.4 Motores de indução trifásicos operando em um sistema de neutro isolado..............25
7.5 Níveis de tensão suportáveis (pico e gradiente) para motores alimentados por
conversor...........................................................................................................................26
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7.6 Condições de funcionamento especiais ........................................................................26


8 Características de partida................................................................................................27
8.1 Generalidades....................................................................................................................27
8.2 Motores de indução de gaiola, trifásicos, para tensão nominal igual ou inferior a
1 000 V, potência nominal igual ou inferior a 1 600 kW, e previstos para partida
direta (categorias N, H e D) ou partida estrela-triângulo (NY, HY)................................28
8.2.1 Motores de categoria N ....................................................................................................28
8.2.2 Motores de categoria NY..................................................................................................32
8.2.3 Motores de categoria H ....................................................................................................32
8.2.4 Motores de categoria HY .................................................................................................33
8.2.5 Motores de categoria D.....................................................................................................33
9 Elevação de temperatura..................................................................................................37
9.1 Classificação térmica........................................................................................................37
9.2 Elevação de temperatura de uma parte da máquina.....................................................38
9.3 Limites de elevação de temperatura e de temperatura total ........................................38
9.3.1 Aplicação das tabelas ......................................................................................................38
9.3.2 Correções dos limites de elevação de temperatura ou de temperatura total para os
enrolamentos do estator com tensão nominal superior a 12 000 V ............................42
9.3.3 Correções dos limites de elevação de temperatura ou de temperatura total para
levar em conta as condições de funcionamento no local da instalação diferentes
das indicadas na Seção 6.................................................................................................42
10 Fator de serviço ................................................................................................................45
11 Sobrecorrente ocasional .................................................................................................46
11.1 Generalidades ...................................................................................................................46
11.2 Valor da sobrecorrente ocasional ...................................................................................46
12 Excesso de conjugado momentâneo .............................................................................47
12.1 Motores de indução trifásicos para aplicação geral .....................................................47
12.2 Motores de indução trifásicos para aplicações específicas ........................................47
13 Conjugado mínimo de partida .........................................................................................47
14 Rotação segura de funcionamento para motores de indução de gaiola.....................47
15 Sobrevelocidade................................................................................................................48
16 Rendimento e perdas........................................................................................................49
16.1 Valores de rendimento de plena carga............................................................................49
16.1.1 Classes de rendimento.....................................................................................................49
16.2 Determinação do rendimento e das perdas....................................................................52

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17 Nível de ruído.....................................................................................................................53
18 Vibração ............................................................................................................................53
19 Correspondência entre potência nominal, rotação síncrona e carcaça .....................53
20 Requisitos construtivos ..................................................................................................55
20.1 Terminais de aterramento ................................................................................................55
20.2 Chaveta da ponta de eixo ................................................................................................56
21 Marcação ...........................................................................................................................56
21.1 Requisitos gerais .............................................................................................................56
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21.2 Lista de informações constantes na marcação ............................................................57


21.3 Folha de dados..................................................................................................................58
22 Inspeção.............................................................................................................................59
22.1 Relação dos ensaios.........................................................................................................59
22.2 Classificação dos ensaios................................................................................................59
23 Tolerâncias.........................................................................................................................61
Anexo A (informativo) Efeitos de um sistema de tensões desequilibrado sobre as
características de funcionamento de motores de indução trifásicos de gaiola.........63
A.1 Generalidades....................................................................................................................63
A.2 Efeitos de um sistema de tensões desequilibrado sobre as características de
funcionamento de um motor............................................................................................63
A.3 Cálculo da porcentagem de desequilíbrio das tensões................................................63
A.4 Redução da potência útil de um motor para evitar sobreaquecimento.......................64
A.5 Dispositivos de proteção contra sobrecargas para motores com redução da
potência..............................................................................................................................65
Anexo B (informativo) Guia para a aplicação do regime tipo S10 e para a obtenção do valor da
expectativa de vida térmica relativa (TL)........................................................................66
Anexo C (normativo) Folha de dados................................................................................................67
Anexo D (informativo) Potências padronizadas em kW, equivalentes aos valores de
potências em cv................................................................................................................68
Bibliografia..........................................................................................................................................69

Figuras
Figura 1 – Regime tipo S1 – Regime contínuo..................................................................................8
Figura 2 – Regime tipo S2 – Regime de tempo limitado...................................................................9
Figura 3 – Regime tipo S3 – Regime intermitente periódico..........................................................10
Figura 4 – Regime tipo S4 – Regime intermitente periódico com partida.................................... 11
Figura 5 – Regime tipo S5 – Regime intermitente periódico com frenagem elétrica..................12
Figura 6 – Regime tipo S6 – Regime de funcionamento contínuo periódico
com carga intermitente.....................................................................................................13
Figura 7 – Regime tipo S7 – Regime de funcionamento contínuo periódico,
com frenagem elétrica......................................................................................................14
Figura 8 – Regime tipo S8 – Regime de funcionamento contínuo periódico, com mudanças
correspondentes de carga e de rotação.........................................................................15

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Figura 9 – Regime tipo S9 – Regime com variações não periódicas de carga e rotação...........16
Figura 10 – Regime tipo S10 – Regime com cargas constantes distintas....................................18
Figura 11 – Limites das variações de tensão e de frequência em funcionamento......................25
Figura 12 – Correções dos limites de elevação de temperatura em função da temperatura
ambiente máxima ou da temperatura máxima do fluido refrigerante primário
(ver item 1 da Tabela 12)...................................................................................................44
Figura A.1 – Fator típico de redução da potência útil devido a um sistema de
tensões desequilibrado....................................................................................................64
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Tabelas
Tabela 1 – Valores preferenciais de tensões nominais...................................................................21
Tabela 2 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria N,
expressos pela razão para o conjugado nominal (Cn)..................................................29
Tabela 3 – Valores máximos de potência aparente com rotor bloqueado (Sp), para motores
categoria N e H, expressos pela razão para a potência de saída nominal (Pn)..........30
Tabela 4 – Momentos de inércia externos (J) para as potências normalizadas ..........................30
Tabela 5 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria H,
expressos pela razão para o conjugado nominal (Cn)..................................................34
Tabela 6 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria N,
com tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada”, expressos pela razão para
o conjugado nominal (Cn)................................................................................................35
Tabela 7 – Valores máximos de potência aparente com rotor bloqueado (Sp) para motores
com tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada”, expressos pela razão para a
potência de saída nominal (Pn)........................................................................................35
Tabela 8 – Momentos de inércia externos (J) para motores com tipo de proteção
“Ex e – Segurança aumentada.........................................................................................36
Tabela 9 – Limites de elevação da temperatura para motores resfriados indiretamente a ar....38
Tabela 10 – Limites de temperatura total para motores resfriados diretamente
e seus fluidos refrigerantes.............................................................................................40
Tabela 11 – Bases para a especificação de elevações de temperatura ou de temperaturas
totais em função do método de resfriamento................................................................41
Tabela 12 – Correções dos limites de elevação de temperatura no local de funcionamento
de enrolamentos resfriados indiretamente para levar em conta as condições de
funcionamento e as características nominais que não sejam as de referência.........43
Tabela 13 – Temperaturas ambientais máximas admitidas............................................................44
Tabela 14 – Correções dos limites de temperatura no local de funcionamento para os
enrolamentos resfriados diretamente a ar para levar em conta as condições de
funcionamento e as características nominais que não sejam as de referência.........45
Tabela 15 – Fatores de serviço..........................................................................................................46

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Tabela 16 – Máxima rotação segura de funcionamento (rpm) de motores de indução


de gaiola trifásicos de única rotação alimentados com tensão inferior ou igual
a 1 kV..................................................................................................................................48
Tabela 17 – Sobrevelocidade.............................................................................................................48
Tabela 18 – Menores valores de rendimento nominal a plena carga, para motores
da classe IR2 ou alto rendimento....................................................................................49
Tabela 19 – Menores valores de rendimento nominal a plena carga, para motores
da classe IR3 ou rendimento “Premium”........................................................................51
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Tabela 20 – Temperatura de referência............................................................................................53


Tabela 21 – Correspondência entre potência nominal, número de polos e carcaça
para os motores de indução, de aplicação geral, frequência 60 Hz.............................54
Tabela 22 – Áreas da seção transversal dos condutores de aterramento....................................56
Tabela 23 – Ensaios para verificação do desempenho de motores de indução..........................59
Tabela 24 – Tolerâncias......................................................................................................................61

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ABNT NBR 17094-1:2018

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.


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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 17094-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Máquinas de Indução (CE-003:002.001). O Projeto de Revisão circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 11, de 13.11.2017 a 14.01.2018.

Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 17094-1:2013), a qual foi tecni-
camente revisada.

Esta versão corrigida da ABNT NBR 17094-1:2018 incorpora a Errata 1, de 28.05.2018.

A ABNT NBR 17094, sob o título geral “Máquinas elétricas girantes”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

—— Parte 1: Motores de indução trifásicos – Requisitos

—— Parte 2: Motores de indução monofásicos – Requisitos

—— Parte 3: Motores de indução trifásicos – Métodos de ensaio

—— Parte 4: Motores de indução monofásicos – Métodos de ensaio

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Part of the ABNT NBR 17094 specifies requirements for three-phase induction motors.

This Part of the ABNT NBR 17094 does not apply to induction motors for traction vehicles.

NOTE 1 For induction motors for traction vehicles, see IEC 60349 (all parts) and the IEC 60050-811.

NOTE 2 Induction motors covered by this Part of the ABNT NBR 17094 may be subject the requirements of
other Brazilian standards, as, for example:

—— ABNT NBR IEC 60079-1, Explosive atmospheres – Part 1: Equipment protection by flameproof enclosures “d”

—— ABNT NBR IEC 60079-7, Explosive atmospheres – Part 7: Equipment protection by increased safety “e”

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 17094-1:2018

Máquinas elétricas girantes


Parte 1: Motores de indução trifásicos — Requisitos

1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 17094 especifica os requisitos para motores de indução trifásicos.
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1.2 Esta Parte da ABNT NBR 17094 não se aplica aos motores de indução para veículos de tração.

NOTA 1 Para motores de indução para veículos de tração, ver a IEC 60349, (todas as partes), e a
IEC 60050-811.

NOTA 2 Os motores de indução abrangidos por esta Parte da ABNT NBR 17094 podem estar sujeitos
a requisitos de outras Normas Brasileiras, como, por exemplo:

—— ABNT NBR IEC 60079-1, Atmosferas explosivas – Parte 1: Proteção de equipamentos por invólucros à
prova de explosão “d”;

—— ABNT NBR IEC 60079-7, Atmosferas explosivas – Parte 7: Proteção de equipamentos por segurança
aumentada “e”.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referên-
cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 15367, Máquinas elétricas girantes – Motores de indução – Marcação de cabos terminais
e sentido de rotação

ABNT NBR 15623-1, Máquina elétrica girante – Dimensões e séries de potências para máquinas
elétricas girantes – Padronização – Parte 1: Designação de carcaças entre 56 a 400 e flanges entre
55 a 1 080

ABNT NBR 15623-2, Máquina elétrica girante – Dimensões e séries de potências para máquinas
elétricas girantes – Padronização – Parte 2: Designação de carcaças entre 355 a 1 000 e flanges entre
1 180 a 2 360

ABNT NBR 15623-3, Máquina elétrica girante – Dimensões e séries de potências para máquinas
elétricas girantes – Padronização – Parte 3: Motores pequenos e flanges BF10 a BF50

ABNT NBR 17094-3, Máquinas elétricas girantes – Parte 3: Motores de indução trifásicos – Métodos
de ensaios

ABNT NBR IEC 60034-5, Máquinas elétricas girantes – Parte 5: Graus de proteção proporcionados
pelo projeto completo de máquinas elétricas girantes (Código IP) – Classificação

ABNT NBR IEC 60034-7, Máquinas elétricas girantes – Parte 7: Classificação dos tipos de construção,
arranjos de montagem e posição da caixa de terminais (Código IM)

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ABNT NBR 17094-1:2018

ABNT NBR IEC 60034-9, Máquinas elétricas girantes – Parte 9: Limites de ruído

ABNT NBR IEC 60034-14, Máquinas elétricas girantes – Parte 14: Medição, avaliação e limites
da severidade de vibração mecânica de máquinas de altura de eixo igual ou superior a 56 mm

ABNT NBR IEC 60085, Isolação elétrica – Avaliação térmica e designação

ABNT NBR IEC 60079-7, Atmosferas explosivas – Parte 7: Proteção de equipamentos por segurança
aumentada “e”
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IEC 60027-1, Letter symbols to be used in electrical technology – Part 1: General

IEC 60027-4, Letter symbols to be used in electrical technology – Part 4: Rotating electric machines

IEC 60034-15, Rotating electrical machines – Part 15: Impulse voltage withstand levels of form-wound
stator coils for rotating a.c. machines

IEC 60034-18-1, Rotating electrical machines – Part 18-1: Functional evaluation of insulation systems –
General guidelines

IEC/TS 60034-25, Rotating electrical machines – Part 25: AC electrical machines used in power drive
systems – Application guide

IEC 60664-1, Insulation coordination for equipment within low-voltage systems – Part 1: Principles,
requirements and tests

EN 50209, Test of insulation of bars and coils of high-voltage machines

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

NOTA Para outras definições que não sejam as de 3.14, 3.15, 3.21, 3.22, 3.23 e 3.33, referentes aos
métodos de resfriamento, ver ABNT NBR IEC 60034-6.

3.1
características nominais
conjunto de valores nominais e condições de funcionamento

[IEC 60050-411, 411-51-24]

3.2
carga
conjunto dos valores das grandezas elétricas e mecânicas que caracterizam as solicitações impostas
a uma máquina girante, por um circuito elétrico ou um dispositivo mecânico, em um dado instante

[IEC 60050-411, 411-51-01]

3.3
ciclo de regime
variação de carga com o tempo, que pode ou não se repetir, e na qual o tempo do ciclo é demasiada-
mente curto para que se atinja o equilíbrio térmico

[IEC 60050-411, 411-51-07]

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3.4
conjugado com rotor bloqueado
CP
menor conjugado medido que o motor desenvolve em sua ponta de eixo, com o seu rotor bloqueado
em qualquer posição angular, sob tensão e frequência nominais

[IEC 60050-411, 411-48-06]

3.5
conjugado máximo
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Cmáx.
maior valor do conjugado assíncrono, em regime permanente, que o motor desenvolve sem queda
abrupta de rotação, sob tensão e frequência nominais
NOTA Esta definição não se aplica aos motores de indução cujo conjugado diminui continuamente quando
a rotação aumenta.

3.6
conjugado mínimo de partida
Cmín.
menor valor do conjugado assíncrono, em regime permanente, que o motor desenvolve entre a rotação
zero e a rotação correspondente ao conjugado máximo, sob tensão e frequência nominais
NOTA 1 Esta definição não se aplica aos motores de indução cujo conjugado diminui continuamente quando
a rotação aumenta.

NOTA 2 Adicionalmente aos conjugados assíncronos em regime permanente, existem em rotações


específicas, conjugados harmônicos síncronos decorrentes do ângulo de carga do rotor. Para estas rotações,
o conjugado de aceleração pode ser negativo para alguns ângulos de carga do rotor. A experiência e o
cálculo mostram que esta é uma condição de funcionamento instável e que, em consequência, os conjugados
harmônicos síncronos não impedem a aceleração do motor e por isso são excluídos da definição.

3.7
conjugado nominal
Cn
conjugado que o motor desenvolve no seu eixo sob potência e rotação nominais

[IEC 60050-411, 411-48-05]

3.8
constante de tempo térmica equivalente
constante de tempo que, substituindo várias constantes de tempo individuais, determina aproxima-
damente a evolução de temperatura em um enrolamento após uma variação de corrente em degrau

3.9
corrente de partida
valor eficaz da corrente absorvida pelo motor a partir do repouso até a rotação de regime

[IEC 60050-411, 411-48-18]

3.10
corrente com rotor bloqueado
Ia
maior valor eficaz da corrente absorvida pelo motor, em regime permanente, com o seu rotor bloqueado
em qualquer posição angular, sob tensão e frequência nominais

[IEC 60050-411, 411-48-16]

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3.11
desenergizado e em repouso
ausência completa de todo movimento e de toda alimentação elétrica ou de todo acionamento mecânico

[IEC 60050-411, 411-51-03]

3.12
efeito de inércia
soma (integral) dos produtos dos pesos elementares de um corpo pelos quadrados do dobro de suas
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distâncias radiais ao eixo de referência

NOTA 1 Esta grandeza é designada pelo símbolo literal GD2 e é expressa em newtons metro quadrado (N.m2).

NOTA 2 GD2 = 4 gJ, sendo GD2 em newtons metro quadrado (N.m2), momento de inércia (J) em quilogramas
metro quadrado (kg.m2) e aceleração da gravidade local (g) em metros por segundo quadrado (m/s2).

3.13
enrolamento encapsulado
enrolamento completamente envolvido ou selado por isolação moldada

[IEC 60050-411, 411-39-06]

3.14
enrolamento resfriado diretamente
enrolamento resfriado principalmente por um fluido refrigerante circulando em contato direto com
a parte resfriada através de condutores ocos, tubos, dutos, ou canais que, independentemente de sua
orientação, fazem parte integrante do enrolamento, internamente à isolação principal

[IEC 60050-411, 411-44-08]

3.15
enrolamento resfriado indiretamente
todo enrolamento que não é resfriado diretamente

[IEC 60050-411, 411-44-09]

NOTA Para 3.13 e 3.14, nos casos em que não for mencionado “diretamente” ou “indiretamente”, o enro-
lamento é considerado resfriado indiretamente.

3.16
ensaios de rotina
ensaios realizados em cada máquina, individualmente, para verificar a sua conformidade com certos
critérios

[IEC 60050-411, 411-53-02]

3.17
ensaios de tipo
ensaios realizados em uma ou mais unidades fabricadas segundo certo projeto, para demonstrar que
este projeto satisfaz certas condições especificadas

[IEC 60050-411, 411-53-01]

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3.18
ensaios especiais
ensaios não considerados de tipo ou de rotina, devendo ser realizados somente mediante acordo
prévio entre fabricante e comprador

3.19
equilíbrio térmico
estado alcançado quando as elevações de temperatura das diversas partes da máquina não variam
mais que um gradiente de 1 K/30 min.
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NOTA O equilíbrio térmico pode ser determinado do gráfico da elevação de temperatura em função do
tempo quando as retas entre pontos no começo e no fim de dois intervalos de tempo razoáveis sucessivos
tiverem cada uma um gradiente menor que 1 K/30 min.

3.20
fator de duração do ciclo
razão entre o período de funcionamento em carga, incluindo a partida e a frenagem elétrica, e a dura-
ção do ciclo de regime, expressa em porcentagem

[IEC 60050-411, 411-51-09]

3.21
fluido refrigerante
fluido líquido ou gasoso por intermédio do qual o calor é transferido

[IEC 60050-411, 411-44-02]

3.22
fluido refrigerante primário
fluido líquido ou gasoso que, estando a uma temperatura inferior àquela das partes da máquina com
as quais está em contato, remove o calor dessas partes

[IEC 60050-411, 411-44-03]

3.23
fluido refrigerante secundário
fluido líquido ou gasoso que, estando a uma temperatura inferior à temperatura do fluido refrigerante
primário, remove o calor deste fluido refrigerante primário por meio de um trocador de calor da super-
fície externa da máquina

[IEC 60050-411, 411-44-04]

3.24
funcionamento em vazio
condição de funcionamento de uma máquina girando com potência de saída nula (mantidas as outras
condições normais de funcionamento)

[IEC 60050-411, 411-51-02]

3.25
isolação principal
isolação básica aplicada a partes vivas, destinada a assegurar a proteção contra choques elétricos

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3.26
isolação suplementar
isolação adicional e independente da isolação principal, destinada a assegurar proteção contra cho-
ques elétricos no caso de falha da isolação principal
3.27
momento de inércia (dinâmico)
soma (integral) dos produtos das massas elementares de um corpo pelos quadrados de suas distâncias
radiais ao eixo de referência
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NOTA Esta grandeza é designada pelo símbolo literal J e é expressa em quilogramas metro quadrado (kg.m2).
3.28
plena carga
carga que solicita uma máquina a funcionar nas suas características nominais
[IEC 60050-411, 411-51-10]
3.29
potência aparente com rotor bloqueado
potência aparente de entrada com o rotor bloqueado sob tensão e frequência nominais
3.30
potência nominal
valor da potência de saída incluído nas características nominais, expresso em watts (W) ou os seus
múltiplos como, por exemplo, quilowatts (kW)
NOTA 1 Complementarmente à expressão em watts (W), a potência nominal pode ser indicada, por exemplo,
em cavalo-vapor (cv).
NOTA 2 É prática em alguns países expressar a potência mecânica disponível no eixo do motor em horsepower
(1 hp é equivalente a 746 W; 1 cv (cavalo-vapor) é equivalente a 736 W).
NOTA 3 As potências padronizadas em cv, equivalentes aos valores de potências em kW, estão indicadas
no Anexo D.
3.31
regime
indicação das cargas às quais a máquina é submetida, incluindo, se aplicável, períodos de partida,
de frenagem elétrica, de funcionamento em vazio e de repouso, bem como as suas durações e a sua
sequência no tempo
[IEC 60050-411, 411-51-06]
3.32
regime tipo
regime contínuo, de tempo limitado ou periódico, incluindo uma ou mais cargas que permanecem
constantes para a duração especificada, ou regime não periódico no qual geralmente a carga e a
rotação variam em uma faixa de funcionamento admissível
[IEC 60050-411, 411-51-13]
3.33
resfriamento
processo pelo qual o calor resultante das perdas que ocorrem em uma máquina é transferido para
um fluido refrigerante primário, o qual pode ser continuamente renovado ou resfriado por um fluido
refrigerante secundário em um trocador de calor
[IEC 60050-411, 411-44-01]

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3.34
tensão nominal
Un
tensão de linha nos terminais da máquina à qual são referidas as outras características nominais

3.35
tolerância
desvio permitido entre o valor declarado de uma grandeza e o valor medido
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3.36
valor de plena carga
valor de uma grandeza para uma máquina funcionando a plena carga

[IEC 60050-411, 411-51-11]

NOTA Este conceito é aplicável à potência, ao conjugado, à corrente, à rotação etc.

3.37
valor nominal
valor de uma grandeza atribuído, geralmente pelo fabricante, a uma condição de funcionamento
especificada de uma máquina

[IEC 60050-411, 411-51-23]

NOTA A tensão nominal ou faixa da tensão nominal é o valor da tensão de linha entre os terminais da máquina.

4 Regimes
4.1 Especificação de um regime

É responsabilidade do comprador definir o tipo de regime. O comprador pode descrever o regime por um
dos seguintes métodos:

 a) numericamente, quando a carga não variar ou variar de forma conhecida;

 b) graficamente, por um gráfico das grandezas variáveis em função do tempo;

 c) pela seleção de um dos tipos de regime S1 a S10 que não sejam menos severos que o regime real.

O tipo de regime deve ser designado pela abreviação apropriada, especificada em 4.2.

Uma expressão para o fator de duração do ciclo é dada na figura do tipo de regime correspondente.

Normalmente o comprador não pode prever os valores de momento de inércia do motor (JM) ou a
expectativa de vida térmica relativa (TL) para o regime de serviço S10 (ver Anexo B). Estes valores
são informados pelo fabricante.

Quando o comprador não declarar o tipo de regime, o fabricante deve considerar que o regime tipo S1
(regime contínuo) seja aplicado.

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4.2 Tipos de regimes

4.2.1 Regime tipo S1 – Regime contínuo

Funcionamento à carga constante, com duração suficiente para que o equilíbrio térmico seja alcançado
(ver Figura 1).

A abreviação apropriada é S1.


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PV

Θ máx

Legenda

P carga
Pv perdas elétricas
Θ temperatura
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo
t tempo

Figura 1 – Regime tipo S1 – Regime contínuo

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4.2.2 Regime tipo S2 – Regime de tempo limitado

Funcionamento à carga constante por um tempo determinado, inferior ao necessário para atingir
o equilíbrio térmico, seguido por um tempo de repouso de duração suficiente para restabelecer a
temperatura da máquina com até + 2 K em relação à temperatura do fluido refrigerante (ver Figura 2).

A abreviação apropriada é S2, seguida por uma indicação do tempo em funcionamento à carga
constante, por exemplo, S2 60 min.

P
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PV

Θmáx

∆tP
t

Legenda

P carga
Pv perdas elétricas
Θ temperatura
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo
t tempo
∆tp tempo em funcionamento à carga constante

Figura 2 – Regime tipo S2 – Regime de tempo limitado

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4.2.3 Regime tipo S3 – Regime intermitente periódico

Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de funcionamento com carga
constante e um tempo desenergizado e em repouso (ver Figura 3). Neste regime, o ciclo é tal que cor-
rente de partida não afeta significativamente a elevação de temperatura.

A abreviação apropriada é S3, seguida pelo fator de duração do ciclo, por exemplo, S3 25 %.

NOTA Regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.
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P
TC

∆ tP ∆ tR

PV

Θmáx

Legenda

P carga
Pv perdas elétricas
Θ temperatura
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo
t tempo
Tc duração de um ciclo
∆tP tempo de funcionamento à carga constante
∆tR tempo desenergizado e em repouso
Fator de duração do ciclo = ∆tP/Tc

Figura 3 – Regime tipo S3 – Regime intermitente periódico

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4.2.4 Regime tipo S4 – Regime intermitente periódico com partidas

Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de partida significativo,
um tempo de funcionamento com carga constante e um tempo de repouso (ver Figura 4).

A abreviação apropriada é S4, seguida pelo fator de duração do ciclo, pelo momento de inércia do
motor (JM) e pelo momento de inércia da carga (Jext), ambos referidos ao eixo do motor, por exemplo,
S4 25 % JM = 0,15 kg.m2 Jext = 0,7 kg.m2.

NOTA Regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.
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P
TC

∆ tP ∆ tR
PV

∆ tD

Θ máx

Legenda

P carga
Pv perdas elétricas
Θ temperatura
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo
t tempo
Tc duração de um ciclo
∆tD tempo de aceleração/partida
∆tP tempo de funcionamento à carga constante
∆tR tempo desenergizado e em repouso
Fator de duração do ciclo = (∆tD + ∆TP)/Tc

Figura 4 – Regime tipo S4 – Regime intermitente periódico com partida

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4.2.5 Regime tipo S5 – Regime intermitente periódico com frenagem elétrica

Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de partida, um tempo de fun-
cionamento à carga constante, um tempo de frenagem elétrica rápida e um tempo desenergizado e
em repouso (ver Figura 5).

A abreviação apropriada é S5, seguida pelo fator de duração do ciclo, pelo momento de inércia do
motor (JM) e pelo momento de inércia da carga (Jext), ambos referidos ao eixo do motor, por exemplo,
S5 25 % JM = 0,15 kg.m2 Jext = 0,7 kg.m2.
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NOTA Regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.
P
TC

∆tF
PV
∆ tP ∆ tR

∆ tD

Θmáx

Legenda
P carga Tc duração de um ciclo
Pv perdas elétricas ∆tD tempo de aceleração/partida
Θ temperatura ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tF tempo de frenagem elétrica
t tempo ∆tR tempo desenergizado e em repouso

Figura 5 – Regime tipo S5 – Regime intermitente periódico com frenagem elétrica

4.2.6 Regime tipo S6 – Regime de funcionamento contínuo periódico com carga intermitente

Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de funcionamento à carga
constante e um tempo de funcionamento em vazio. Não existe tempo desenergizado e em repouso
(ver Figura 6).

A abreviação apropriada é S6, seguida pelo fator de duração do ciclo, por exemplo, S6 40 %.

NOTA Regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.

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P
TC

∆ tP ∆ tV
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PV

Θmáx

Legenda

P carga t tempo
Pv perdas elétricas Tc duração de um ciclo
Θ temperatura ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tV tempo de funcionamento em vazio
Fator de duração do ciclo = ∆tp/Tc

Figura 6 – Regime tipo S6 – Regime de funcionamento contínuo periódico


com carga intermitente

4.2.7 Regime tipo S7 – Regime de funcionamento contínuo periódico com frenagem elétrica

Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de partida, um tempo de fun-
cionamento à carga constante e um tempo de frenagem elétrica. Não existe tempo desenergizado e
em repouso (ver Figura 7).

A abreviação apropriada é S7, seguida pelo momento de inércia do motor (JM) e pelo momento de inércia
da carga (Jext), ambos referidos ao eixo do motor, por exemplo, S7 JM = 0,4 kg.m2 Jext = 7,5 kg.m2.

NOTA O regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com carga.

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TC
P

∆tD ∆ tP ∆ tF
PV
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Θ
Θmáx

Legenda

P carga t tempo
Pv perdas elétricas TC duração de um ciclo
Θ temperatura ∆tD tempo de aceleração/partida
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
∆tF tempo de frenagem elétrica
Fator de duração do ciclo = 1

Figura 7 – Regime tipo S7 – Regime de funcionamento contínuo periódico,


com frenagem elétrica

4.2.8 Regime tipo S8 – Regime de funcionamento contínuo periódico com mudanças


correspondentes de carga e de rotação

Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual incluindo um tempo de funcionamento à carga
constante correspondente a uma determinada velocidade de rotação, seguido de um ou mais tempos
de funcionamento a outras cargas constantes correspondentes a diferentes rotações (por exemplo,
pela mudança do número de polos, no caso de motores de indução). Não existe tempo desenergizado
e em repouso (ver Figura 8).

A abreviação apropriada é S8, seguida pelo momento de inércia do motor (JM) e pelo momento
de inércia da carga (Jext), ambos referidos ao eixo do motor, juntamente com a carga, rotação e fator
de duração do ciclo para cada condição de rotação.

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Por exemplo, S8 JM = 0,5 kg.m2 Jext = 6 kg.m2 16 kW 740 rpm 30 %

40 kW 1 460 rpm 30 %

25 kW 980 rpm 40 %

NOTA 1 O regime periódico implica que o equilíbrio térmico não seja alcançado durante a operação com
carga.

NOTA 2 No Brasil, a abreviatura rpm é comumente utilizada pelo setor de máquinas elétricas girantes para
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expressar a quantidade de rotações por minuto, substituindo a unidade r/min.

TC
P

∆tP2 ∆tP3

∆tD ∆tP1 ∆tF1


PV ∆tF2

Θ
Θmáx

Legenda
P carga t tempo
Pv perdas elétricas TC duração de um ciclo
Θ temperatura ∆tD tempo de aceleração/partida
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
n rotação ∆tF tempo de frenagem elétrica
Fator de duração do ciclo = (∆tD +∆tP1)/TC; (∆tF1 + ∆tP2)/TC; (∆tF2 +∆tP3)/TC

Figura 8 – Regime tipo S8 – Regime de funcionamento contínuo periódico, com mudanças


correspondentes de carga e de rotação

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4.2.9 Regime tipo S9 – Regime com variações não periódicas de carga e de rotação

Regime no qual geralmente a carga e a rotação variam não periodicamente, dentro da faixa de funcio-
namento admissível. Este regime inclui frequentemente sobrecargas aplicadas que podem ser muito
superiores à carga de referência (ver Figura 9).

A abreviação apropriada é S9.

Para este tipo de regime, uma carga constante adequadamente selecionada e baseada no regime
tipo S1 é tomada como carga de referência (“Pref” na Figura 9) para o conceito de sobrecarga.
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∆ tP
n ∆ tF
∆tD
∆tR
t

P
∆ tS

Pref
t

PV

Θ máx

Legenda

P carga t tempo
Pref carga de referência ∆tD tempo de aceleração/partida
Pv perdas elétricas ∆tP tempo de funcionamento à carga constante
Θ temperatura ∆tF tempo de frenagem elétrica
Θmáx. temperatura máxima atingida durante o ciclo ∆tR tempo desenergizado e em repouso
n rotação ∆tS tempo de funcionamento com sobrecarga

Figura 9 – Regime tipo S9 – Regime com variações não periódicas de carga e rotação

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4.2.10 Regime tipo S10 – Regime com cargas e rotações constantes distintas

Regime que consiste em um número específico de valores distintos de cargas (ou cargas equivalentes)
e, se aplicável, rotação, sendo cada combinação carga/rotação mantida por um tempo suficiente para
permitir que a máquina alcance o equilíbrio térmico (ver Figura 10). A carga mínima durante um ciclo
de regime pode ter o valor zero (funcionamento em vazio ou repouso desenergizado).

A abreviação apropriada é S10, seguida pelo valor por unidade (p.u.) p/∆t para a carga e sua dura-
ção respectiva e pelo valor por unidade TL para a expectativa de vida térmica relativa do sistema
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de isolação. O valor de referência para a expectativa de vida térmica é a expectativa de vida térmica
na condição nominal para regime de operação contínuo e no limite permitido de elevação de tempera-
tura baseado no regime tipo S1. Para um período de repouso, a carga deve ser indicada pela letra “r”.

NOTA pi = Pi / Pn = carga em p.u.

Por exemplo, S10 p/Δt = 1,1/0,4; 1/0,3; 0,9/0,2; r/0,1 TL = 0,6

O valor de TL deve ser arredondado para um valor múltiplo de 0,05. Informações sobre o significado
deste parâmetro e a determinação de seu valor são dadas no Anexo B.

Para este tipo de regime, uma carga constante adequadamente selecionada e baseada no regime
tipo S1 deve ser tomada como carga de referência (“Pref” na Figura 10) para as cargas distintas.
Na conversão para valores em p.u., considerar para p e ∆t os valores de base Pref e TC, respectivamente.

NOTA Os valores distintos de carga são usualmente cargas equivalentes, baseadas na integração de
valores em um período de tempo. Não é necessário que cada ciclo de cargas seja exatamente o mesmo, mas
somente que cada carga dentro de um ciclo seja aplicada por tempo suficiente para que o equilíbrio térmico
seja atingido, e que cada ciclo de cargas possa ser integrado para dar a mesma expectativa de vida térmica.

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P
TC

Pref

t1 t2 t3 t4

P1 P2 P3
P4 t
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PV

Θ ∆Θ1 ∆Θ 2
Θref

∆Θ4

Legenda
P carga t tempo
Pi carga constante de um período de carga dentro ti tempo de uma carga constante dentro de um
de um ciclo de cargas ciclo
Pref carga de referência baseada no regime tipo S1 TC duração de um ciclo

Pv perdas elétricas ΔΘi diferença entre a elevação de temperatura


do enrolamento para cada variação de carga
dentro de um ciclo, e a elevação de tempera-
tura baseada no regime tipo S1 com carga de
referência
Θ temperatura n rotação
Θref temperatura na carga de referência baseada
no regime tipo S1

Figura 10 – Regime tipo S10 – Regime com cargas constantes distintas

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5 Características nominais
5.1 Declaração das características nominais
As características nominais, como definido em 3.1, devem ser atribuídas pelo fabricante. Na declaração
das características nominais, o fabricante deve selecionar uma das classes de características nominais
definidas em 5.2.1 a 5.2.6. A designação da classe de característica nominal deve ser escrita após a
potência nominal. Se nenhuma característica for anotada, características nominais para regime contínuo
são aplicadas.
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Quando componentes acessórios (como reatores, capacitores etc.) são conectados pelo fabricante
como parte da máquina, os valores das características nominais devem se referir aos terminais de alimen-
tação de todo o conjunto.
NOTA Isto não se aplica aos transformadores de potência conectados entre a máquina e a fonte de ali-
mentação.

Considerações especiais são requeridas quando forem definidas as características nominais para
máquinas alimentadas a partir de conversores estáticos. A IEC/TS 60034-25 dá orientações para o
caso de motores de indução de gaiola cobertos por esta Parte da ABNT NBR 17094.

5.2 Classes de características nominais


5.2.1 Características nominais para regime contínuo

Características nominais com as quais a máquina pode ser operada por um período ilimitado, e em
conformidade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17094.

Esta classe de características nominais corresponde ao regime tipo S1 e é designada como regime
tipo S1.

5.2.2 Características nominais para regime de tempo limitado

Características nominais com as quais a máquina pode ser operada por um período limitado, partindo
à temperatura ambiente, e em conformidade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17094.

Esta classe de características nominais corresponde ao regime tipo S2 e é designada como regime
tipo S2.

5.2.3 Características nominais para regime periódico

Características nominais com as quais a máquina pode ser operada no regime de ciclos, e em confor-
midade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17094.

Esta classe de características nominais corresponde a um dos regimes periódicos tipo S3 a S8 e é


designada como o regime tipo correspondente.

A menos que especificado ao contrário, a duração de um ciclo de regime deve ser de 10 min e o fator
de duração do ciclo deve ter um dos seguintes valores: 15 %, 25 %, 40 % ou 60 %.

5.2.4 Características nominais para regime não periódico

Características nominais com as quais a máquina pode ser operada não periodicamente, e em confor-
midade com os requisitos desta Parte da ABNT NBR 17094.

Esta classe de características nominais corresponde ao regime tipo S9 e é designada como regime
tipo S9.

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5.2.5 Características nominais para regime com cargas e rotações constantes distintas

Características nominais com as quais a máquina pode ser operada com a associação de cargas
e rotações do regime tipo S10 por um período ilimitado de tempo, e em conformidade com os requisitos
desta Parte da ABNT NBR 17094. A máxima carga permitida no ciclo deve levar em consideração todas
as partes do motor como, por exemplo, a expectativa de vida térmica relativa do sistema de isolação,
a temperatura dos rolamentos e a dilatação térmica de outras partes. A menos que especificado em
comum acordo entre o fabricante e o comprador, a carga máxima não pode exceder 1,15 vez o valor
da carga, com base no regime tipo S1. A carga mínima pode ter o valor zero, com máquina operando
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a vazio ou estando desenergizada e em repouso. Considerações para a aplicação desta classe de


características nominais são apresentadas no Anexo B.

Esta classe de características nominais corresponde ao tipo de regime S10 e é designada como
regime tipo S10.

NOTA Outras normas podem especificar a carga máxima em termos de limite de temperatura ou elevação
de temperatura do enrolamento no lugar de carga relativa, por unidade (p.u.), de acordo com o regime tipo S1.

5.2.6 Características nominais para carga equivalente

Características nominais, para o propósito de ensaios, com as quais a máquina pode ser operada em
carga constante até alcançar o equilíbrio térmico e que resulta na mesma elevação de temperatura do
enrolamento do estator que a elevação da temperatura média durante um ciclo de carga do regime
tipo especificado.

NOTA Recomenda-se que para a determinação de uma característica nominal equivalente seja conside-
rada a variação da carga, rotação e resfriamento do ciclo do regime.

Esta classe de características nominais, se aplicada, é designada “equ”.

5.3 Seleção de uma classe de características nominais

Um motor fabricado para aplicação geral deve ter características nominais para regime de operação
contínuo e ser capaz de funcionar no regime tipo S1.

Se o regime não for especificado pelo comprador, aplica-se o regime tipo S1 e as características
nominais atribuídas devem ser para regime contínuo.

Quando um motor tiver características nominais para regime de tempo limitado, elas devem ser base-
adas no tipo de regime S2 (ver 4.2.2).

Quando um motor for destinado a acionar cargas variáveis, ou cargas incluindo um período de fun-
cionamento em vazio ou períodos de repouso, as características nominais devem ser para regime
periódico, com base em um dos tipos de regimes S3 a S8 (ver 4.2.3 a 4.2.8).

Quando um motor for destinado a acionar não periodicamente cargas variáveis a rotações variáveis,
incluindo sobrecargas, as características nominais devem ser para regime não periódico, com base
no tipo de regime S9 (ver 4.2.9).

Quando um motor for destinado a acionar cargas constantes distintas, incluindo períodos de sobrecarga
ou períodos de funcionamento em vazio (ou períodos de repouso), as características nominais devem
ser para regime com cargas constantes distintas, com base no tipo de regime S10 (ver 4.2.10).

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5.4 Atribuição da potência a uma classe de características nominais

Na determinação das características nominais, proceder conforme a seguir:

 a) para tipos de regime S1 a S8, o(s) valor(es) especificado(s) da(s) carga(s) constante(s) deve(m)
ser a(s) potência(s) nominal(is) (ver 4.2.1 a 4.2.8);

 b) para tipos de regime S9 e S10, o valor de referência da carga baseado no tipo de regime S1 deve
ser considerado à potência nominal (ver 4.2.9 e 4.2.10).
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5.5 Potência nominal

A potência nominal é a potência mecânica disponível no eixo e deve ser expressa em watts (W) ou
seus múltiplos.

NOTA Os valores preferenciais da potência nominal são escolhidos conforme a série ABNT NBR 15623.
Quando para motores de um tipo particular existir um norma específica, os valores da potência nominal estão
de acordo com o especificado nela.

5.6 Máquinas com mais de uma característica nominal

Para máquinas com mais de uma característica nominal, a máquina deve estar de acordo com esta
Parte da ABNT NBR 17094 em todos os aspectos para cada condição nominal.

Para motores de múltiplas rotações, uma característica nominal deve ser definida para cada rotação.

Quando uma grandeza nominal (potência, tensão, rotação etc.) puder assumir vários valores ou variar
continuamente entre dois limites, as características nominais devem ser estabelecidas para estes
valores ou limites. Esta situação não se aplica à variação de tensão e frequência durante a operação,
conforme definido em 7.3, ou quando sistemas de partida forem utilizados.

5.7 Relação entre tensões e potências nominais

Não é prático construir motores de todas as características nominais para todas as tensões nominais.
Em geral, para motores de indução trifásicos, com base nas considerações de projeto e fabricação,
os valores preferenciais para tensões nominais acima de 1,0 kV com relação à potência nominal são
apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 – Valores preferenciais de tensões nominais


Tensão nominal Potência nominal mínima
kV kW
1,0 < Un ≤ 3,0 100
3,0 < Un ≤ 6,0 150
6,0 < Un ≤ 11,0 800
11,0 < Un ≤ 15,0 2 500

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6 Condições de funcionamento no local de instalação


6.1 Generalidades
A menos que especificado o contrário, os motores devem ser adequados para as seguintes condições
de funcionamento no local de instalação. Para condições de funcionamento diferentes, são dadas
correções em 9.3.3.

6.2 Altitude
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Altitude não superior a 1 000 m acima do nível do mar.

6.3 Máxima temperatura do ar ambiente


A temperatura do ar ambiente no local de funcionamento não pode ser superior a 40 °C.

6.4 Mínima temperatura do ar ambiente


6.4.1 A temperatura do ar ambiente no local de funcionamento não pode ser inferior a – 15 °C para
qualquer máquina, exceto as mencionadas em 6.4.2.

6.4.2 A temperatura do ar ambiente no local de funcionamento não pode ser inferior a 0 °C para
máquinas com uma ou mais das características a seguir:

 a) potência nominal superior a 3,3 kW/rpm;

 b) potência nominal inferior a 600 W;

 c) mancal de deslizamento;

 d) água como fluido refrigerante primário ou secundário.

6.5 Temperatura da água como fluido refrigerante


Para referência de temperatura da água como fluido refrigerante, ver Tabela 11. Para outras tempe-
raturas da água como fluido refrigerante, ver Tabela 12. A temperatura da água de resfriamento não
pode ser inferior a + 5 °C.

6.6 Estocagem e transporte


Quando são esperadas temperaturas abaixo do especificado em 6.4, durante o transporte, estocagem
ou após a instalação, o comprador deve informar ao fabricante e especificar a temperatura mínima
esperada.

6.7 Pureza do hidrogênio como fluido refrigerante


Máquinas resfriadas a hidrogênio devem ser capazes de operar na potência nominal em condições
nominais com um fluido refrigerante contendo não menos que 95 % de hidrogênio em seu volume.

NOTA Por motivos de segurança, recomenda-se que o teor de hidrogênio seja mantido sempre em 90 %
ou mais, no pressuposto de que o outro gás na mistura seja o ar.

Para o cálculo de eficiência de acordo com a ABNT NBR 17094-3, a composição-padrão da mistura
gasosa deve ser 98 % de hidrogênio e 2 % de ar em seu volume, nos valores especificados de
pressão e temperatura do gás refrigerante, salvo acordo em contrário. As perdas por ventilação devem
ser calculadas para a densidade correspondente.

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7 Condições elétricas de funcionamento


7.1 Alimentação elétrica

Os motores de indução abrangidos por esta Parte da ABNT NBR 17094 devem ser adequados para
a frequência de 60 Hz.

Para tensão nominal dos motores trifásicos, recomenda-se uma das seguintes:

220 V 1, 380 V 1, 440 V, 2 300 V, 4 000 V, 6 600 V e 13 200 V.


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Para um motor de corrente alternada alimentado por conversor estático, as restrições na tensão,
frequência e forma de onda não se aplicam. Neste caso, as tensões nominais devem ser definidas por
acordo entre comprador e fabricante.

7.2 Forma e simetria de tensões e correntes

7.2.1 Motores de indução para uso em sistema de potência de frequência fixa, alimentados por
um gerador c.a. (local ou por rede de fornecimento), devem estar aptos a operar em uma tensão de
fornecimento com um fator harmônico de tensão (FHV) que não exceda:

●● 0,02 para motores trifásicos, mas excluindo motores de categoria N (ver Seção 8), a menos que
o fabricante declare o contrário;

●● 0,03 para motores de categoria N.

O FHV deve ser calculado usando a equação a seguir:

k
Un2
FHV = ∑ n
n=2

onde

Un é o valor por unidade do harmônico de tensão (referido à tensão nominal Un);

n é a ordem do harmônico (não divisível por três, no caso de motores trifásicos);

k = 13.

Motores trifásicos de corrente alternada devem estar aptos para operar em um sistema de tensões
trifásicas com uma componente de sequência negativa que não exceda 1 % da componente de
sequência positiva durante um período prolongado, ou 1,5 % durante um período curto, não superior
a alguns minutos, e uma componente de sequência zero que não exceda 1 % da componente de
sequência positiva.

Se os limites de deformação e de desequilíbrio ocorrerem simultaneamente em funcionamento com


carga nominal, a temperatura resultante no motor não pode ser prejudicial e o excesso de elevação
de temperatura resultante em relação aos limites especificados nesta Parte da ABNT NBR 17094 não
pode ultrapassar 10 K.

1 Estas tensões constam na Tabela 4 da Resolução nº 505, de 26 de novembro de 2001, da Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL).

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NOTA Nas proximidades de grandes cargas monofásicas (como fornos de indução) e nas áreas rurais,
particularmente nos sistemas mistos de indústrias e residências, os fornecimentos podem ser distorcidos
além dos limites anteriores. Ações especiais serão então necessárias.

7.2.2 Motores de corrente alternada alimentados por conversores estáticos devem tolerar conteúdos
de harmônicos mais elevados da tensão fornecida; ver IEC/TS 60034-25 para o caso de motores
de gaiola dentro do escopo da Seção 8.

NOTA Quando a tensão de alimentação for significantemente não senoidal, por exemplo, derivada de um
conversor estático, o valor eficaz da forma de onda total e o da fundamental são pertinentes e determinam
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o desempenho do motor de indução.

7.3 Variações de tensão e de frequência durante o funcionamento

Para motores de indução para uso em sistema de potência de frequência fixa, alimentado por um
gerador c.a. (local ou por rede de fornecimento), as combinações de variação de tensão e variação
de frequência são classificadas como zona A ou zona B, de acordo com a Figura 11.

Um motor de indução deve ser capaz de prover torque nominal continuamente dentro da zona A da
Figura 11, mas pode não atender completamente às suas características de desempenho a tensão
e frequência nominais (ver ponto de características nominais na Figura 11), apresentando alguns
desvios. As elevações de temperatura podem ser superiores àquelas obtidas à tensão e frequência
nominais.

Um motor de indução deve ser capaz de prover torque nominal na zona B, mas pode apresentar
desvios superiores àqueles da zona A, no que se refere às características de desempenho à tensão
e frequência nominais. As elevações de temperatura podem ser superiores às verificadas com tensão
e frequência nominais e muito provavelmente superiores àquelas da zona A. O funcionamento
prolongado na periferia da zona B não é recomendado.

NOTA 1 Nas condições de funcionamento reais, o motor é, às vezes, solicitado a funcionar fora do perímetro
da zona A. Recomenda-se limitar estes afastamentos em valor, duração e frequência de ocorrência. Convém
tomar medidas corretivas, quando possível, dentro de um tempo razoável, como, por exemplo, uma redução
de potência. Estas medidas podem evitar uma redução na vida útil do motor devido aos efeitos da temperatura.

NOTA 2 Os limites de elevação de temperatura ou de temperatura total, conforme esta Parte da


ABNT  NBR  17094, são aplicáveis no ponto de características nominais e podem ser progressivamente
excedidos à medida que o ponto de funcionamento se afasta do ponto de características nominais. Para
as condições de operação nos limites da zona A, as elevações de temperatura e as temperaturas totais
podem exceder em aproximadamente 10 K os limites de elevação de temperatura e de temperatura total
especificados nesta Parte da ABNT NBR 17094.

NOTA 3 Um motor de indução somente partirá no limite inferior de tensão se seu conjugado de partida
for adequadamente combinado com o conjugado resistente da carga, mas isto não é uma exigência desta
seção. Para as características de partida de motores de categoria N, ver Seção 8.

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Y
1,10

1,05
1
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1,03
3

1,03
0,95 0,98 1,02
X
1,00

0,97
2
0,95

0,90

Legenda

1 zona A X frequência – (p.u.)


2 zona B (exterior a zona A) Y tensão – (p.u.)
3 ponto de características nominais

Figura 11 – Limites das variações de tensão e de frequência em funcionamento

7.4 Motores de indução trifásicos operando em um sistema de neutro isolado

Devem ser capazes de funcionar continuamente com o neutro em um potencial próximo ou igual ao
de terra. Também devem ser capazes de funcionar em sistemas de neutro isolado com uma fase no
potencial de terra durante períodos pouco frequentes, de curta duração, como, por exemplo, suficien-
tes para a remoção de faltas. Caso se pretenda operar o motor continuamente ou por períodos prolon-
gados nesta condição de funcionamento, é necessário que o nível de isolamento seja adequado para
esta condição, o que deve ser definido nas instruções de operação.

Se os enrolamentos não tiverem o mesmo nível de isolamento nas extremidades de linha e de neutro,
isto deve ser indicado nas instruções de operação.

NOTA Para o aterramento ou interconexão de pontos neutros de motores, recomenda-se que os fabricantes
sejam consultados devido ao risco de circulação de componentes de sequência zero de correntes de todas
as frequências sob certas condições de funcionamento e de possíveis danos mecânicos ao enrolamento sob
condições de falta de linha-neutro.

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7.5 Níveis de tensão suportáveis (pico e gradiente) para motores alimentados por
conversor
Para motores de indução, o fabricante deve declarar os valores-limite de tensão de pico e gradiente
de tensão em operação contínua.

Para motores de indução de gaiola dentro do escopo da Seção 8, ver também a IEC/TS 60034-25.

Para motores de alta-tensão, ver a IEC 60034-15.


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Para as distâncias de escoamento e isolação de barras de cobre nu, ver a IEC 60664-1.

7.6 Condições de funcionamento especiais


Para condições de funcionamento diferentes daquelas indicadas na Seção 6, as correções a serem
adotadas constam em 9.3.3. Quanto às condições referidas em 7.2 e 7.3, na própria seção já há infor-
mações sobre o que ocorre quando elas variam. Também a Seção 11 e o Anexo A apresentam reco-
mendações sobre as condições elétricas.

O fabricante deve ser consultado para outras condições de funcionamento especiais que possam
afetar a construção ou o funcionamento do motor de indução, entre as quais estão as mencionadas
em 7.6.1 a 7.6.5.

7.6.1 O fabricante deve ser consultado em casos de exposição a:

 a) poeiras combustíveis, explosivas, abrasivas ou condutoras;

 b) fibras ou partículas em suspensão cujo acúmulo possa interferir com a ventilação normal;

 c) emanações químicas, gases inflamáveis ou explosivos;

 d) radiação nuclear;

 e) vapor d’água, ar salino ou vapor de óleo;

 f) atmosferas úmidas ou muito secas, infestação de insetos ou atmosferas propícias ao crescimento
de fungos;

 g) choque, vibração ou carga mecânica anormal, proveniente de fontes externas;

 h) empuxo axial ou radial anormal, imposto ao eixo do motor.

7.6.2 O fabricante deve ser consultado em casos de funcionamento em que:

 a) a tensão de alimentação é desequilibrada em mais do que 1 % (ver Anexo A);

 b) limites de níveis de ruído inferiores aos especificados na ABNT NBR IEC 60034-9 são necessários;

 c) o acionamento é feito por meio de correias em “V”, correias planas, correntes ou redutores;

 d) a carga acionada é de elevada inércia;

 e) a carga acionada é do tipo alternativo (bombas e compressores alternativos);

 f) a carga acionada requer um conjugado com rotor bloqueado superior ao valor mínimo da categoria.

7.6.3 O fabricante deve ser consultado em casos de funcionamento em rotações diferentes da


rotação nominal.

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7.6.4 O fabricante deve ser consultado em casos de funcionamento em locais insuficientemente


ventilados, em poços ou em posição inclinada.

7.6.5 O fabricante deve ser consultado em casos de funcionamento quando sujeito a:

 a) cargas que causem impacto torsional;

 b) sobrecargas anormais repetitivas;

 c) inversão ou frenagem elétrica;


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 d) partidas frequentes;

 e) partidas com tensão reduzida.

8 Características de partida
8.1 Generalidades

Esta seção apresenta as características de partida aplicáveis a cinco categorias de motores de indução
de gaiola, de uma rotação, com frequência de 60 Hz, conforme especificados em 8.2, desde que:

—— tenha tensão única até 1 000 V,

—— seja para uso com partida direta ou partida estrela-triângulo,

—— seja para regime tipo S1,

—— seja construído com qualquer grau de proteção.

Estas características de partida também são aplicáveis a motores de duas tensões, desde que
o nível de saturação magnética seja o mesmo para ambas as tensões, e para motores com tipo
de proteção “e – Segurança aumentada” com classe de temperatura T1 a T3, de acordo com a
ABNT NBR IEC 60079-7.

NOTA 1 Para motores com regime diferente do regime S1, as características de partida definidas em 8.2
podem não ser atendidas.

NOTA 2 Não é esperado que todos os fabricantes produzam motores para todas as categorias de partidas.
A escolha de uma característica específica de partida, de acordo com esta Parte da ABNT NBR 17094, pode
ser objeto de acordo entre fabricante e comprador.

NOTA 3 Aplicações específicas podem requerer a utilização de motores com características de partida
diferentes em relação às apresentadas nesta seção. Neste caso, estas características são objeto de acordo
entre o fabricante e o comprador.

NOTA 4 Os valores de conjugado e potência aparente informados nesta Parte da ABNT NBR 17094 são
valores-limite (isto é, mínimo ou máximo sem tolerância), mas convém observar que os valores informados
nos catálogos dos fabricantes podem incluir tolerâncias de acordo com a Seção 23.

NOTA 5 Os valores tabelados para potência aparente com rotor bloqueado são baseados no valor eficaz da
corrente de rotor bloqueado; no acionamento do motor existirá uma corrente de pico instantânea assimétrica
de meio ciclo que poderá variar de 1,8 vez a 2,8 vezes o valor da corrente com rotor bloqueado. O pico da
corrente e o tempo de decaimento são uma função do projeto do motor e do ângulo de chaveamento.

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8.2 Motores de indução de gaiola, trifásicos, para tensão nominal igual ou inferior a
1 000 V, potência nominal igual ou inferior a 1 600 kW, e previstos para partida direta
(categorias N, H e D) ou partida estrela-triângulo (NY, HY)

Estes motores são classificados quanto ao projeto das características de partida em cinco categorias,
cujos parâmetros estão indicados em 8.2.1 a 8.2.5.

8.2.1 Motores de categoria N


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Esta categoria inclui os motores com conjugado de partida normal, previstos para partida direta,
com 2, 4, 6 ou 8 polos e de 0,12 kW a 1 600 kW.

8.2.1.1 Conjugado de partida

O conjugado de partida, representado pelo conjugado com rotor bloqueado (Cp), pelo conjugado
mínimo de partida (Cmín.) e pelo conjugado máximo (Cmáx.), cada um expresso pela razão para o
conjugado nominal (Cn), deve ter seus valores mínimos à tensão nominal, conforme a Tabela 2 ou a
Tabela 6. Valores superiores são permitidos.

O conjugado de partida, a qualquer rotação entre zero e a rotação correspondente ao conjugado


máximo, não pode ser inferior a 1,3 vez o conjugado resistente de uma carga que varia com o quadrado
da rotação, passando pelo ponto de conjugado nominal do motor.

No entanto, para motores de dois polos com tipo de proteção “Ex e” (segurança aumentada), com
potência nominal maior que 100 kW, o conjugado de partida, a qualquer rotação entre zero e a rotação
correspondente ao conjugado máximo, não pode ser inferior a 1,3 vez o conjugado resistente de uma
carga que varia com o quadrado da rotação e deve passar pelo ponto correspondente a 70 % do
conjugado nominal do motor. Para estes motores, as características de conjugado devem estar de
acordo com os valores apresentados na Tabela 6.

NOTA O fator 1,3 foi escolhido para levar em conta uma queda de tensão de 10 % da tensão nominal nos
terminais do motor durante o período de aceleração.

8.2.1.2 Potência aparente com rotor bloqueado

A potência aparente com rotor bloqueado (Sp) é a potência aparente de entrada expressa pela razão
para a potência de saída nominal (Pn). Este valor não pode ser superior ao valor correspondente
indicado nas Tabelas 3 e 7. Os valores informados nas Tabelas 3 e 7 são independentes do número de
polos e são valores máximos à tensão nominal. Para motores com tipo de proteção “Ex e” (segurança
aumentada), o valor da potência aparente com rotor bloqueado deve estar de acordo com os valores
informados na Tabela 7.

8.2.1.3 Requisitos de partida

Os motores devem ser capazes de suportar duas partidas consecutivas a frio (com retorno ao repouso
entre partidas) e uma partida a quente, após terem funcionado nas condições nominais. O conjugado
resistente devido à carga acionada é proporcional ao quadrado da rotação, passando pelo ponto
de conjugado nominal do motor, para um momento de inércia externo dado na Tabela 4 ou 8.

Em cada caso, uma partida adicional é permitida somente se a temperatura do motor antes da partida
não exceder a temperatura de equilíbrio térmico sob carga nominal.

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No entanto, para motores de dois polos com tipo de proteção “Ex e” (segurança aumentada), com
potência nominal maior que 100 kW, o conjugado resistente devido à carga acionada é proporcional
ao quadrado da rotação e igual a 70 % do conjugado nominal do motor, para um momento de inércia
externo dado na Tabela 8. Após esta partida, carga com conjugado nominal é permitida.

NOTA Recomenda-se que o número de partidas seja reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.

Tabela 2 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria N, expressos
pela razão para o conjugado nominal (Cn)
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Número de polos

Faixa de 2 4 6 8
potência
kW Cp /Cn Cmín. /Cn Cmáx. /Cn Cp /Cn Cmín. /Cn Cmáx. /Cn Cp /Cn Cmín /Cn Cmáx. /Cn Cp /Cn Cmín. /Cn Cmáx. /Cn

0,12 ≤ Pn ≤ 0,63 1,9 1,3 2,0 2,0 1,4 2,0 1,7 1,2 1,7 1,5 1,1 1,6

0,63 < Pn ≤ 1,0 1,8 1,2 2,0 1,9 1,3 2,0 1,7 1,2 1,8 1,5 1,1 1,7

1,0 < Pn ≤ 1,6 1,8 1,2 2,0 1,9 1,3 2,0 1,6 1,1 1,9 1,4 1,0 1,8

1,6 < Pn ≤ 2,5 1,7 1,1 2,0 1,8 1,2 2,0 1,6 1,1 1,9 1,4 1,0 1,8

2,5 < Pn ≤ 4,0 1,6 1,1 2,0 1,7 1,2 2,0 1,5 1,1 1,9 1,3 1,0 1,8

4,0 < Pn ≤ 6,3 1,5 1,0 2,0 1,6 1,1 2,0 1,5 1,1 1,9 1,3 1,0 1,8

6,3 < Pn ≤ 10 1,5 1,0 2,0 1,6 1,1 2,0 1,5 1,1 1,8 1,3 1,0 1,7

10 < Pn ≤ 16 1,4 1,0 2,0 1,5 1,1 2,0 1,4 1,0 1,8 1,2 0,9 1,7

16 < Pn ≤ 25 1,3 0,9 1,9 1,4 1,0 1,9 1,4 1,0 1,8 1,2 0,9 1,7

25 < Pn ≤ 40 1,2 0,9 1,9 1,3 1,0 1,9 1,3 1,0 1,8 1,2 0,9 1,7

40 < Pn ≤ 63 1,1 0,8 1,8 1,2 0,9 1,8 1,2 0,9 1,7 1,1 0,8 1,7

63 < Pn ≤ 100 1,0 0,7 1,8 1,1 0,8 1,8 1,1 0,8 1,7 1,0 0,7 1,6

100 < Pn ≤ 160 0,9 0,7 1,7 1,0 0,8 1,7 1,0 0,8 1,7 0,9 0,7 1,6

160 < Pn ≤ 250 0,8 0,6 1,7 0,9 0,7 1,7 0,9 0,7 1,6 0,9 0,7 1,6

250 < Pn ≤ 400 0,75 0,6 1,6 0,75 0,6 1,6 0,75 0,6 1,6 0,75 0,6 1,6

400 < Pn ≤ 630 0,65 0,5 1,6 0,65 0,5 1,6 0,65 0,5 1,6 0,65 0,5 1,6

630 < Pn ≤ 1 600 0,5 0,3 1,6 0,5 0,3 1,6 0,5 0,3 1,6 0,5 0,3 1,6

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Tabela 3 – Valores máximos de potência aparente com rotor bloqueado (Sp),


para motores categoria N e H, expressos pela razão para a potência de saída nominal (Pn)
Faixa de potência Sp/Pn
kW kVA/kW
Pn ≤ 0,4 22
0,4 < Pn ≤ 0,63 19
0,63 < Pn ≤ 1,0 17
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1,0 < Pn ≤ 6,3 15


6,3 < Pn ≤ 25 14
25 ≤ Pn ≤ 63 13
63 < Pn ≤ 630 12
630 < Pn ≤ 1 600 11
NOTA Para obter a relação Ia/In, multiplica-se o valor de kVA/kW pelo produto do
rendimento e fator de potência a plena carga.
onde
Ia é a corrente com rotor bloqueado;
In é a corrente nominal.

Tabela 4 – Momentos de inércia externos (J) para as potências normalizadas (continua)


Número de polos 2 4 6 8
Potência Momento de inércia
kW kg.m2
0,12 0,004 0,025 0,069 0,142
0,18 0,006 0,036 0,100 0,205
0,25 0,009 0,049 0,134 0,276
0,37 0,012 0,069 0,191 0,392
0,55 0,018 0,099 0,273 0,561
0,75 0,023 0,131 0,361 0,741
1,10 0,033 0,185 0,510 1,046
1,50 0,043 0,244 0,674 1,383
2,20 0,061 0,345 0,951 1,952
3,00 0,081 0,456 1,257 2,580
3,70 0,097 0,551 1,518 3,116
5,50 0,139 0,787 2,169 4,452
7,50 0,184 1,041 2,867 5,886

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Tabela 4 (continuação)
Número de polos 2 4 6 8
Potência Momento de inércia
kW kg.m2
11,0 0,260 1,469 4,047 8,309
15,0 0,343 1,942 5,351 10,984
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18,5 0,415 2,345 6,462 13,266


22,0 0,485 2,741 7,553 15,504
30,0 0,641 3,623 9,985 20,497
37,0 0,774 4,376 12,059 24,754
45,0 0,923 5,219 14,382 29,523
55,0 1,105 6,252 17,229 35,367
75,0 1,461 8,265 22,776 46,755
90,0 1,722 9,739 26,838 55,092
110 2,062 11,667 32,150 65,997
132 2,430 13,747 37,883 77,766
150 2,726 15,423 42,502 87,248
160 2,890 16,346 45,044 92,465
185 3,293 18,627 51,331 105,372
200 3,532 19,981 55,062 113,031
220 3,849 21,771 59,994 123,155
250 4,318 24,425 67,309 138,171
260 4,473 25,303 69,727 143,135
280 4,781 27,048 74,536 153,008
300 5,088 28,781 79,311 162,810
315 5,316 30,073 82,871 170,118
330 5,543 31,359 86,415 177,392
355 5,920 33,489 92,285 189,442
370 6,145 34,760 95,787 196,631
400 6,591 37,286 102,749 210,924
425 6,961 39,377 108,511 222,752
450 7,328 41,456 114,239 234,511
475 7,694 43,523 119,936 246,204

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Tabela 4 (conclusão)
Número de polos 2 4 6 8
Potência Momento de inércia
kW kg.m2
500 8,057 45,579 125,602 257,836
530 8,491 48,034 132,365 271,719
560 8,923 50,474 139,089 285,523
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600 9,494 53,707 148,000 303,814


630 9,920 56,118 154,643 317,452
710 11,047 62,493 172,209 353,512
NOTA 1 Os valores de inércia são dados em termos de m.r 2, em que m é a massa e r é o raio
médio de giração.
NOTA 2 O momento de inércia é definido na ISO/IEC 80000-4:2006, número 3-7.
NOTA 3 Para valores de potência intermediários e maiores, o momento de inércia externo é
calculado pela seguinte equação, com a qual os valores desta Tabela foram obtidos:

J = 0,03 Pn0,9 × p 2,5


onde
J é o momento de inércia externo expresso em quilogramas metro quadrado (kg.m2);
Pn é a potência de saída nominal, expressa em quilowatts (kW);
p é o número de pares de polos.

8.2.2 Motores de categoria NY

8.2.2.1 Esta categoria inclui os motores semelhantes aos de categoria N, porém previstos para
partida estrela-triângulo. Para estes motores na ligação estrela, os valores mínimos do conjugado
com rotor bloqueado e do conjugado mínimo de partida são iguais a 25 % dos valores indicados para
os motores de categoria N (ver Tabelas 2 ou 6).

8.2.2.2 Os requisitos de partida são os mesmos especificados para os motores de categoria N.


Adicionalmente, entretanto, é necessário que o conjugado resistente seja reduzido, pois o conjugado
de partida em “estrela” pode ser insuficiente para acelerar algumas cargas a uma rotação aceitável.
NOTA Recomenda-se que o número de partidas seja reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.

8.2.3 Motores de categoria H

Esta categoria inclui os motores com conjugado de partida elevado, previstos para partida direta, com 4,
6 ou 8 polos, e de 0,12 kW a 160 kW na frequência de 60 Hz.

NOTA Para motores de potência superior a 160 kW, as características de partida podem ser objeto de acordo
entre fabricante e comprador.

8.2.3.1 Conjugado de partida

O conjugado de partida, representado pelo conjugado com rotor bloqueado (Cp), pelo conjugado
mínimo de partida (Cmín.) e pelo conjugado máximo (Cmáx.), cada um expresso pela razão para o
conjugado nominal (Cn), deve ter seus valores mínimos à tensão nominal, conforme a Tabela 5.
Valores superiores são permitidos.

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8.2.3.2 Potência aparente com rotor bloqueado


A potência aparente com rotor bloqueado (Sp) é a potência aparente de entrada expressa pela razão
para a potência de saída nominal (Pn). Este valor não pode ser superior ao valor correspondente
indicado na Tabela 3. Os valores desta tabela são independentes do número de polos e são valores
máximos à tensão nominal.

8.2.3.3 Requisitos de partida

Os motores devem ser capazes de suportar duas partidas consecutivas a frio (com retorno ao repouso
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entre partidas) e uma partida a quente, após terem funcionado nas condições nominais. O conjugado
resistente devido à carga acionada é considerado constante e igual ao conjugado nominal, indepen-
dentemente da rotação, para um momento de inércia externo de 50 % do valor dado na Tabela 4.

Em cada caso, uma partida adicional é permitida somente se a temperatura do motor antes da partida
não exceder a temperatura de equilíbrio térmico sob carga nominal.

NOTA O número de partidas pode ser reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.

8.2.4 Motores de categoria HY

8.2.4.1 Esta categoria inclui os motores semelhantes aos de categoria H, porém previstos para
partida estrela-triângulo. Para estes motores na ligação estrela, os valores mínimos do conjugado com
rotor bloqueado e do conjugado mínimo de partida são iguais a 25 % dos valores indicados para os
motores de categoria H (ver Tabela 5).

8.2.4.2 Os requisitos de partida são os mesmos especificados para os motores de categoria H.


Adicionalmente, entretanto, é necessário que o conjugado resistente seja reduzido, pois o conjugado
de partida em “estrela” pode ser insuficiente para acelerar algumas cargas a uma rotação aceitável.

NOTA O número de partidas pode ser reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.

8.2.5 Motores de categoria D

Esta categoria inclui motores com conjugado de rotor bloqueado elevado e escorregamento elevado,
previstos para partida direta, com quatro ou mais polos, de 0,37 kW a 110 kW.

8.2.5.1 Conjugado de partida

O conjugado com rotor bloqueado (Cp) expresso pela razão para o conjugado nominal (Cn) deve ter
o valor mínimo, à tensão nominal, de 2,75.

O conjugado mínimo de partida e o conjugado máximo não são fornecidos porque nestes motores
o conjugado diminui continuamente quando a rotação aumenta.

O escorregamento na potência nominal deve ser igual ou superior a 5 %. São fornecidas três variações
diferentes de motores quanto ao valor do escorregamento: uma com 5 % a 8 %, outra acima de 8 %
a 13 %, para utilização em prensas de perfuração, tesouras e outras máquinas de inércia elevada,
onde é desejado utilizar a energia armazenada em um volante sob flutuações severas de carga e para
diminuir o elevado pico de demanda do sistema, e a terceira incluindo motores com escorregamento
acima de 13 %, para aplicações geralmente em regimes de tempo limitado, devido às perdas elevadas
no rotor, como, por exemplo, pontes rolantes, guinchos, elevadores etc.

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8.2.5.2 Potência aparente com rotor bloqueado

A potência aparente com rotor bloqueado (Sp) é a potência aparente de entrada expressa pela razão
para a potência de saída nominal (Pn). Este valor não pode ser superior ao valor correspondente
indicado na Tabela 3. Os valores desta tabela são independentes do número de polos e são valores
máximos à tensão nominal.

8.2.5.3 Requisitos de partida

Os motores devem ser capazes de suportar duas partidas consecutivas a frio (com retorno ao repouso
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entre partidas) e uma partida a quente, após terem funcionado nas condições nominais.

Em cada caso, uma partida adicional é permitida somente se a temperatura do motor antes da partida
não exceder a temperatura de equilíbrio térmico sob carga nominal.

NOTA O número de partidas pode ser reduzido ao mínimo, visto que afeta a vida útil do motor.

Tabela 5 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria H,
expressos pela razão para o conjugado nominal (Cn)
Número de polos
Faixa de
potência 4 6 8
kW Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn

0,12 ≤ Pn ≤ 0,63 3,0 2,1 2,1 2,55 1,8 1,9 2,25 1,65 1,9
0,63 < Pn ≤ 1,0 2,85 1,95 2,0 2,55 1,8 1,9 2,25 1,65 1,9
1,0 < Pn ≤ 1,6 2,85 1,95 2,0 2,4 1,65 1,9 2,1 1,5 1,9
1,6 < Pn ≤ 2,5 2,7 1,8 2,0 2,4 1,65 1,9 2,1 1,5 1,9
2,5 < Pn ≤ 4,0 2,55 1,8 2,0 2,25 1,65 1,9 2,0 1,5 1,9
4,0 < Pn ≤ 6,3 2,4 1,65 2,0 2,25 1,65 1,9 2,0 1,5 1,9
6,3 < Pn ≤ 10 2,4 1,65 2,0 2,25 1,65 1,9 2,0 1,5 1,9
10 < Pn ≤ 16 2,25 1,65 2,0 2,1 1,5 1,9 2,0 1,4 1,9
16 < Pn ≤ 25 2,1 1,5 1,9 2,1 1,5 1,9 2,0 1,4 1,9
25 < Pn ≤ 40 2,0 1,5 1,9 2,0 1,5 1,9 2,0 1,4 1,9
40 < Pn ≤ 160 2,0 1,4 1,9 2,0 1,4 1,9 2,0 1,4 1,9

NOTA 1 Os valores de Cp/Cn são iguais a 1,5 vez os valores correspondentes da categoria N, não sendo, porém,
inferiores a 2,0.
NOTA 2 Os valores Cmín/Cn são iguais a 1,5 vez os valores correspondentes da categoria N, não sendo, porém, inferiores
a 1,4.
NOTA 3 Os valores de Cmáx./Cn são iguais aos valores correspondentes da categoria N, não sendo, porém, inferiores a
1,9 ou ao valor correspondente de Cmín/Cn.

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Tabela 6 – Valores mínimos do conjugado com rotor bloqueado (Cp), do conjugado mínimo
de partida (Cmín.) e do conjugado máximo (Cmáx.) para motores de categoria N,
com tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada”, expressos pela razão para
o conjugado nominal (Cn)
Número de polos
Faixa de
potência 2 4 6 8

kW
Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn Cp/Cn Cmín./Cn Cmáx./Cn
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0,12 ≤ Pn ≤ 0,63 1,7 1,1 1,8 1,8 1,2 1,8 1,5 1,1 1,6 1,4 1,0 1,6

0,63 < Pn ≤ 1,0 1,6 1,1 1,8 1,7 1,2 1,8 1,5 1,1 1,6 1,4 1,0 1,6

1,0 < Pn ≤ 1,6 1,6 1,1 1,8 1,7 1,2 1,8 1,4 1,0 1,7 1,3 1,0 1,6

1,6 < Pn ≤ 2,5 1,5 1,0 1,8 1,6 1,1 1,8 1,4 1,0 1,7 1,3 1,0 1,6

2,5 < Pn ≤ 4,0 1,4 1,0 1,8 1,5 1,1 1,8 1,4 1,0 1,7 1,2 0,9 1,6

4,0 < Pn ≤ 6,3 1,4 1,0 1,8 1,4 1,0 1,8 1,4 1,0 1,7 1,2 0,9 1,6

6,3 < Pn ≤ 10 1,4 1,0 1,8 1,4 1,0 1,8 1,4 1,0 1,6 1,2 0,9 1,6

10 < Pn ≤ 16 1,3 0,9 1,8 1,4 1,0 1,8 1,3 1,0 1,6 1,1 0,8 1,6

16 < Pn ≤ 25 1,2 0,9 1,7 1,3 1,0 1,7 1,3 1,0 1,6 1,1 0,8 1,6

25 < Pn ≤ 40 1,1 0,8 1,7 1,2 0,9 1,7 1,2 0,9 1,6 1,1 0,8 1,6

40 < Pn ≤ 63 1,0 0,7 1,6 1,1 0,8 1,6 1,1 0,8 1,6 1,0 0,7 1,6

63 < Pn ≤ 100 0,9 0,65 1,6 1,0 0,8 1,6 1,0 0,8 1,6 0,9 0,7 1,6

100 < Pn ≤ 160 0,8 0,6 1,6 0,9 0,7 1,6 0,9 0,7 1,6 0,8 0,6 1,6

160 < Pn ≤ 250 0,75 0,55 1,6 0,8 0,6 1,6 0,8 0,6 1,6 0,8 0,6 1,6

250 < Pn ≤ 400 0,7 0,55 1,6 0,7 0,55 1,6 0,7 0,55 1,6 0,7 0,55 1,6

400 < Pn ≤ 630 0,6 0,45 1,6 0,6 0,45 1,6 0,6 0,4 1,6 0,6 0,4 1,6

Tabela 7 – Valores máximos de potência aparente com rotor bloqueado (Sp) para motores
com tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada”, expressos pela razão para a potência
de saída nominal (Pn)
Faixa de potência Sp/Pn
kW kVA/kW
0,12 ≤ Pn ≤ 6,3 12
6,3 < Pn ≤ 63 11
63 < Pn ≤ 630 10
NOTA Para obter a relação Ia/In, multiplica-se o valor de kVA/kW pelo produto do
rendimento e fator de potência a plena carga.
onde
Ia é a corrente com rotor bloqueado;
In é a corrente nominal.

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Tabela 8 – Momentos de inércia externos (J) para motores com


tipo de proteção “Ex e – Segurança aumentada” (continua)
Número de
2 4 6 8
polos
Potência Momento de inércia
kW kg.m2
0,12 0,005 0,027 0,076 0,155
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0,18 0,006 0,038 0,105 0,215


0,25 0,009 0,050 0,137 0,281
0,37 0,013 0,073 0,200 0,411
0,55 0,017 0,094 0,259 0,532
0,75 0,021 0,121 0,333 0,684
1,10 0,029 0,165 0,455 0,933
1,50 0,037 0,212 0,585 1,200
2,20 0,051 0,289 0,797 1,636
3,00 0,066 0,372 1,025 2,104
3,70 0,078 0,441 1,215 2,493
5,50 0,107 0,608 1,674 3,437
7,50 0,138 0,781 2,153 4,419
11,0 0,188 1,065 2,936 6,026
15,0 0,242 1,370 3,774 7,747
18,5 0,287 1,623 4,473 9,182
22,0 0,330 1,868 5,147 10,565
30,0 0,424 2,401 6,617 13,583
37,0 0,503 2,846 7,842 16,097
45,0 0,589 3,335 9,189 18,863
55,0 0,694 3,923 10,811 22,193
75,0 0,892 5,044 13,898 28,531
90,0 1,033 5,846 16,110 33,071
110 1,216 6,878 18,954 38,908
132 1,409 7,973 21,970 45,100
150 1,563 8,842 24,367 50,020
160 1,647 9,317 25,675 52,705
185 1,853 10,480 28,879 59,282
200 1,973 11,163 30,761 63,146
280 2,592 14,660 40,398 82,930

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Tabela 8 (conclusão)
Número de polos
Potência 2 4 6 8
kW Momento de inércia
kg.m2
300 2,741 15,503 42,720 87,696
315 2,851 16,128 44,442 91,232
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330 2,960 16,747 46,149 94,735


355 3,141 17,767 48,961 100,508
370 3,248 18,373 50,630 103,934
400 3,460 19,571 53,931 110,709
425 3,634 20,556 56,645 116,281
450 3,806 21,530 59,329 121,791
475 3,976 22,494 61,985 127,243
500 4,145 23,448 64,615 132,642
530 4,345 24,581 67,738 139,052
560 4,544 25,702 70,827 145,394
600 4,805 27,179 74,898 153,750
630 4,998 28,275 77,917 159,948
710 5,507 31,150 85,839 176,211
NOTA 1 Os valores de inércia são dados em termos de m.r2, em que m é a massa e r é o raio médio
de giração.
NOTA 2 O momento de inércia é definido na ISO/IEC 80000-4, número 3-7.
NOTA 3 Para os valores de potência intermediários e maiores, o momento de inércia externo é
calculado pela seguinte equação, com a qual os valores desta tabela foram obtidos:

J = 0,027 × Pn0,81 × p 2,5


onde
J é o momento de inércia externo em quilogramas metro quadrado (kg.m2);
Pn é a potência de saída nominal, em quilowatts (kW);
p é o número de pares de polos.

9 Elevação de temperatura
9.1 Classificação térmica

Uma classificação térmica, conforme a ABNT NBR IEC 60085, deve ser atribuída aos sistemas
de isolação utilizados nos motores. A classificação deve ser designada pelo valor numérico da máxima
temperatura de utilização, expresso em graus Celsius (°C), para a qual o sistema de isolação é adequado.
É permitido acrescentar ao valor numérico, entre parênteses, a designação histórica por letra.

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É responsabilidade do fabricante do motor interpretar os resultados obtidos no ensaio de durabilidade


térmica em função do tipo do motor e de sua aplicação, de acordo com as seções aplicáveis
da IEC 60034-18-1.

NOTA 1 Recomenda-se que a classificação térmica de um novo sistema de isolação não seja considerada
diretamente relacionada com a capacidade térmica dos diferentes materiais que o constituem.

NOTA 2 É aceitável continuar a utilizar as classificações existentes quando elas tiverem sido comprovadas
pela experiência.
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9.2 Elevação de temperatura de uma parte da máquina

A elevação de temperatura ∆θ de uma parte de uma máquina é a diferença entre a temperatura


desta parte da máquina, determinada por método apropriado, conforme a ABNT NBR 17094-3,
e a temperatura do fluido refrigerante medida conforme a ABNT NBR 17094-3.

9.3 Limites de elevação de temperatura e de temperatura total

9.3.1 Aplicação das tabelas

A Tabela 9 especifica os limites de elevação de temperatura (na unidade kelvin) aplicáveis aos motores
com enrolamentos resfriados indiretamente a ar, utilizando sistemas de isolação correspondentes às
classificações térmicas indicadas. A Tabela 10 especifica os limites de temperatura total para motores
com enrolamentos resfriados diretamente e para os fluidos refrigerantes. Estes limites aplicam-se a
motores operando à potência nominal e sob as condições de funcionamento no local da instalação
especificadas na Seção 6.

A Tabela 11 enumera os sistemas de resfriamento e especifica qual das Tabelas 9 ou 10 é aplicável


a cada sistema; a coluna 6 da Tabela 11 indica os fluidos refrigerantes de referência; os limites de
elevação de temperatura ou de temperatura total são especificados com referência à temperatura
máxima desse fluido refrigerante, medida conforme a ABNT NBR 17094-3. A temperatura máxima do
fluido refrigerante primário é especificada ou resulta da temperatura máxima especificada para o fluido
refrigerante secundário e do projeto de um trocador de calor.

Tabela 9 – Limites de elevação da temperatura para motores resfriados


indiretamente a ar (continua)
Classe térmica 130 (B) 155 (F) 180 (H)
T V D T V D T V D
Método de medição a
K K K K K K K K K
Item Partes da máquina

Enrolamentos de máquinas
1a) com potência de saída igual ou – 80 85b – 105 110b – 125 130b
superior a 5 000 kW (7 000 cv)

Enrolamentos de máquinas com


1b) potência de saída e entre 200 kW – 80 90b – 105 115b – 125 135b
(300 cv) e 5 000 kW (7 000 cv)

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Tabela 9 (conclusão)
Classe térmica 130 (B) 155 (F) 180 (H)
T V D T V D T V D
Método de medição a
K K K K K K K K K
Item Partes da máquina
Enrolamentos de máquinas com
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potência de saída de 200 kW


1c) – 80 – – 105 – – 125 –
(300 cv) ou menos, exceto os que
constam nos itens 1d) e 1e) c
Enrolamentos de máquinas
1d) com potência de saída menor que – 85 – – 110 – – 130 –
600 Wc
Enrolamentos de máquinas
autorrefrigeradas sem ventilador
1e) – 85 – – 110 – – 130 –
(IC40) e/ou enrolamentos
encapsulados c
A elevação da temperatura de qualquer parte não pode
Enrolamentos permanentemente
2 ser prejudicial à sua isolação ou a qualquer outra parte
curto-circuitados
adjacente
A elevação da temperatura de qualquer parte não
Anéis coletores, porta-escovas e pode ser prejudicial à sua isolação ou a qualquer outra
3
escovas parte adjacente, bem como o funcionamento normal do
conjunto de escovas e anéis coletores
Núcleos magnéticos e todos os
A elevação de temperatura de qualquer parte não pode
componentes estruturais em
4 ser prejudicial à sua isolação ou a qualquer outra parte
contato direto ou não com a
adjacente
isolação (excluindo os mancais)
a T = termométrico, V = variação da resistência, D = detectores de temperatura embutidos.
b Uma correção deve ser efetuada nestes itens no caso de enrolamentos de tensão superior a 12 000 V
(ver 9.3.2.1).
c No caso da utilização do método de ensaio de superposição para enrolamentos de máquinas de potência
nominal igual ou inferior a 200 kW e de classificações térmicas 130 (B) e 155 (F), os limites de elevação
de temperatura fixados para o método da variação da resistência podem ser excedidos em 5 K.

No caso mais comum, onde o fluido refrigerante final é o ar, a temperatura de referência é a temperatura
do ar ambiente, exceto para o caso previsto em 9.3.1.4. Se as condições de funcionamento no local
da instalação diferirem daquelas especificadas na Seção 6, os limites de elevação de temperatura
ou de temperatura total devem ser corrigidos conforme 9.3.3.

Quando um motor funcionar com temperatura do fluido refrigerante inferior à máxima especificada para
este motor, os limites de elevação de temperatura e de temperatura total não podem ser superiores
àqueles que se aplicam com a temperatura máxima do fluido refrigerante, já aplicadas, se necessário,
as correções especificadas em 9.3.3.

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Tabela 10 – Limites de temperatura total para motores resfriados diretamente


e seus fluidos refrigerantes
Classe térmica 130 (B) 155 (F)

T V D T V D
Método de medição a
°C °C °C °C °C °C

Item Partes da máquina


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1 Fluido refrigerante na saída dos


enrolamentos resfriados diretamente.
Estas temperaturas são preferidas
em relação aos valores dados
no item 2 para a definição das
características nominais
a) Gás (ar, hélio etc.) 110 – – 130 – –
b) Água 90 – – 90 – –
2 Enrolamentos:
a) Resfriados a gás – – 120 b – – 145 b
b) Resfriados a líquido – – 120 b – – 145 b
A temperatura de qualquer parte não pode ser
Enrolamentos permanentemente
3 prejudicial à sua isolação ou a qualquer outra parte
curto-circuitados
adjacente
A temperatura de qualquer parte não pode ser
Anéis coletores, porta-escovas e prejudicial à sua isolação ou a qualquer outra parte
4
escovas adjacente, bem como o funcionamento normal do
conjunto das escovas e porta-escovas
Núcleos magnéticos e todos os
A temperatura de qualquer parte não pode ser pre-
componentes estruturais em contato
5 judicial à sua isolação ou a qualquer outra parte
direto ou não com a isolação
adjacente
(excluindo os mancais)
a T = termométrico, V = variação da resistência, D = detectores de temperatura embutidos.
b Nenhuma correção no caso de enrolamentos de alta-tensão é aplicável a estes itens.

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Tabela 11 – Bases para a especificação de elevações de temperatura ou de temperaturas


totais em função do método de resfriamento
1 2 3 4 5 6
A Tabela
Fluido Fluido Número citada na Fluido
Método de
Item refrigerante refrigerante da coluna 4 refrigerante
resfriamento
primário secundário tabela especifica os de referência
limites de
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1 Ar Indireto Nenhum a 9
Ar ambiente
2 Ar Indireto Ar 9
Elevação da
Refrigerante
temperatura
primário na
3 Ar Indireto Água 9
entrada do
motor b
4 Ar Direto Nenhum a 10
Ar ambiente
5 Ar Direto Ar 10
Temperatura Gás na entrada
total do motor ou
6 Ar Direto Água 10 líquido na
entrada do
enrolamento
a Se o texto descrito em 9.3.1.4 se aplicar, o fluido refrigerante de referência é o que circula nos dutos para
entrada no motor e não o ar ambiente ao redor do motor.
b Para motores resfriados conforme o método especificado na 3.33, se a elevação de temperatura for
medida acima da temperatura do fluido refrigerante secundário na entrada do trocador de calor, os limites
de elevação de temperatura são os da Tabela 9, corrigidos conforme 9.3.1.3 e item 2 da Tabela 12.

9.3.1.1 Motores com enrolamentos resfriados indireta e diretamente

Para um motor com enrolamentos resfriados indireta e diretamente, o limite de elevação de temperatura
ou de temperatura total de cada enrolamento deve ser conforme os requisitos da tabela aplicável.

9.3.1.2 Motores com características nominais para regime do tipo de tempo limitado (S2)

Para um motor ao qual foram atribuídas características nominais do tipo de tempo limitado (ver 4.2.2)
e cuja potência nominal seja inferior a 5 000 kW (ou 7 000 cv), os limites de elevação de temperatura
dados na Tabela 9, acrescidos de 10 K, não podem ser excedidos.

9.3.1.3 Motores com enrolamentos resfriados indiretamente e com trocadores de calor

9.3.1.3.1 Para um motor utilizando o ar ambiente como fluido refrigerante secundário, a elevação
de temperatura deve ser medida acima da temperatura do ar ambiente.

9.3.1.3.2 Para um motor utilizando um trocador de calor resfriado a água, a elevação de temperatura
deve ser medida acima da temperatura do fluido refrigerante primário na entrada do motor, ou acima
da temperatura da água de resfriamento (fluido refrigerante secundário) na entrada do trocador de
calor. O fabricante deve indicar na placa de identificação o fluido refrigerante utilizado como referência
[ver 21.2 alínea j)].

9.3.1.3.3 Se um terceiro fluido refrigerante for utilizado, a elevação de temperatura deve ser medida
acima da temperatura do fluido refrigerante primário ou secundário, como em 9.3.1.3.2.

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9.3.1.3.4 Se o fluido refrigerante de referência for o ar ambiente ou o fluido refrigerante primário,


os limites de elevação de temperatura devem ser aqueles da Tabela 9 corrigidos, se necessário,
conforme Tabela 12.

9.3.1.3.5 Se o fluido refrigerante de referência for o fluido refrigerante secundário, os limites de ele-
vação de temperatura devem ser os citados da Tabela 9, corrigidos, se necessário, conforme Tabela 12.

9.3.1.4 Motores resfriados por ar ou gás proveniente de fonte remota, por meio de dutos de
ventilação ou motores com trocadores de calor montados separadamente
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A temperatura do fluido refrigerante primário é definida no local onde ele entra no motor.

9.3.1.5 Motores com características nominais para regime do tipo não periódico (S9)

Para um motor ao qual foram atribuídas características nominais para regime do tipo não periódico
(ver 5.2.4), os limites de elevação de temperatura da Tabela 9 podem ser excedidos por períodos
curtos durante o funcionamento do motor.

9.3.1.6 Motores com características nominais com cargas constantes distintas

Para um motor ao qual foram atribuídas características nominais com cargas constantes distintas
baseadas no regime tipo S10, os limites de elevação de temperatura da Tabela 9 podem ser excedidos
por períodos distintos de tempo durante o funcionamento do motor.

9.3.2 Correções dos limites de elevação de temperatura ou de temperatura total para os


enrolamentos do estator com tensão nominal superior a 12 000 V

9.3.2.1 Enrolamentos resfriados indiretamente a ar

Quando as medições forem feitas por detector de temperatura embutido (DTE), os limites de elevação
de temperatura especificados na Tabela 9 devem ser reduzidos em 1 K para cada 1 000 V (ou fração)
acima de 12 000 V e até 17 000 V inclusive, e adicionalmente reduzidos em 0,5 K para cada 1 000 V
(ou fração) acima de 17 000 V.

9.3.2.2 Enrolamentos resfriados diretamente a gás ou líquido

Nenhuma correção deve ser feita.


NOTA O fluxo de calor passa principalmente para o fluido refrigerante no interior dos condutores e não
através da isolação principal do enrolamento.

9.3.3 Correções dos limites de elevação de temperatura ou de temperatura total para levar
em conta as condições de funcionamento no local da instalação diferentes das indicadas na
Seção 6

Para os motores ou enrolamentos resfriados indiretamente a ar, para os quais os limites de elevação
de temperatura estão especificados na Tabela 9, aplicam-se os requisitos de 9.3.3.1 e 9.3.3.2.

Para os motores ou enrolamentos resfriados diretamente por ar ou líquido, aplicam-se os requisitos


da Tabela 14; os limites de temperatura total para estes motores estão especificados na Tabela 10.
NOTA Em 9.3.3.1 e 9.3.3.2, o termo “fluido refrigerante” significa o fluido refrigerante de referência
apropriado ao método de resfriamento especificado na coluna 6 da Tabela 11.

9.3.3.1 Se um motor, ao qual se aplica a Tabela 9, funcionar em condições de serviço diferentes


daquelas definidas em 6.2 a 6.5, os limites de elevação de temperatura à carga nominal devem ser
aqueles especificados na Tabela 9, corrigidos conforme Tabela 12. Do mesmo modo, para os motores
aos quais é aplicável a Tabela 10, as correções da Tabela 14 devem ser feitas.

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Tabela 12 – Correções dos limites de elevação de temperatura no local de funcionamento


de enrolamentos resfriados indiretamente para levar em conta as condições de
funcionamento e as características nominais que não sejam as de referência
Condições de funcionamento Correções dos limites de elevação
Item
ou características nominais de temperatura (∆θ) da Tabela 9

Nenhum aumento deve ser efetuado


Mediante acordo entre fabricante e comprador,
podem ser aumentados em um valor igual à
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0 °C ≤ θc ≤ 40 °C
diferença entre 40 °C e a temperatura do flui-
Temperatura máxima
do refrigerante a, com um máximo de 30 K
do fluido refrigerante,
(ver Figura 12)
1 especificada ou resultante
na entrada da máquina (θc), Reduzidos de um valor igual à diferença entre
para altitudes até 1 000 m 40 °C < θc ≤ 60 °C a temperatura do fluido refrigerante e 40 °C
(ver Figura 12)
Mediante acordo entre o fabricante e o compra-
θc < 0 °C ou θc > 60 °C
dor
Temperatura máxima Aumentados em 15 K e adicionalmente, mediante
da água na entrada 5 °C ≤ θW ≤ 25 °C acordo entre o fabricante e o comprador, em um
dos trocadores de calor valor igual à diferença entre 25 °C e θW
resfriados à água ou
temperatura máxima
2 da água ambiente para
máquinas submersíveis com
Aumentados em 15 K e reduzidos da diferença
resfriamento de superfície θW > 25 °C
entre θW e 25 °C
externa e máquinas com
resfriamento por envoltória
de água (θW)
Nenhuma correção é aplicada por este único
motivo
Deve ser admitido que a diminuição do poder de
resfriamento resultante da altitude é compensa-
1 000 m < H ≤ 4 000 m
3 b Altitude (H) da por uma redução da temperatura ambiente
máxima abaixo de 40 °C, e que as temperaturas
totais admissíveis não ultrapassem 40 °C mais
as elevações de temperatura da Tabela 9 b
H > 4 000 m Mediante acordo entre fabricante e comprador
a Um aumento menor pode ser aplicado mediante acordo entre fabricante e comprador, pois a manutenção de tensões
mecânicas de origem térmica em componentes da máquina, principalmente se ela for de grande porte, dentro dos
limites admissíveis, pode obrigar a observação de gradientes de temperatura, no projeto desses componentes, menores
que os decorrentes das elevações de temperatura máximas especificadas para os enrolamentos, com consequente
redução dessas elevações a valores tais que os gradientes térmicos resultantes sejam toleráveis.
b Admitindo-se que a redução necessária na temperatura ambiente seja de 1 % dos limites de elevação de temperatura,
para cada 100 m de altitude acima de 1 000 m, a temperatura ambiente máxima aceitável no local de funcionamento,
baseada em uma temperatura ambiente máxima de 40 °C, para altitudes iguais ou inferiores a 1 000 m, deve ser a
indicada na Tabela 13 (baseada nos limites de elevação de temperatura dos itens 1-b) e 1-c) da Tabela 9).

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40
Correção máxima
mediante acordo
30

20
correção ( K )

10
Correção normal
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-10

-20

-30
0 10 20 30 40 50 60
tem peratura am biente m áxim a ou tem peratura m áxim a do fluido refrigerante no local de
funcionam ento ( oC)

Figura 12 – Correções dos limites de elevação de temperatura em função da temperatura


ambiente máxima ou da temperatura máxima do fluido refrigerante primário
(ver item 1 da Tabela 12)

Tabela 13 – Temperaturas ambientais máximas admitidas


Temperatura
°C
Altitude
m Classificação térmica
130 (B) 155 (F) 180 (H)
1 000 40 40 40
2 000 32 30 28
3 000 24 19 15
4 000 16 9 3

9.3.3.2 As correções da Tabela 14 são aplicáveis se um motor com os enrolamentos resfriados


diretamente:

 a) utilizar o ar ambiente como o único fluido refrigerante, ou

 b) utilizar o ar ambiente como o fluido refrigerante secundário, ou

 c) possuir um trocador de calor resfriado a água para resfriar o fluido refrigerante primário (ar ou líquido).

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Tabela 14 – Correções dos limites de temperatura no local de funcionamento para os


enrolamentos resfriados diretamente a ar para levar em conta as condições de
funcionamento e as características nominais que não sejam as de referência
Condições de funcionamento ou Correções dos limites de temperatura da
Item
características nominais Tabela 10
Reduzidos da diferença entre 40 °C e θc
Entretanto, mediante acordo entre fabricante e
0 °C ≤ θc ≤ 40 °C comprador, uma redução menor pode ser apli-
Temperatura
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cada, desde que para θc  <  10 °C a redução


do fluido
1 seja feita no mínimo igual à diferença entre
refrigerante de
10 °C e θc a
referência (θc)
40 °C < θc ≤ 60 °C Nenhuma correção
θc < 0 °C ou θc > 60 °C Mediante acordo entre o fabricante e o comprador
Nenhuma correção. O fluxo de calor passa
Tensão nominal
principalmente para o fluido refrigerante no inte-
2 do enrolamento Un > 12 kV
rior dos condutores e não através da isolação
do estator (Un)
principal do enrolamento
a Nenhuma destas correções deve ser feita no limite de temperatura total especificado na Tabela 10 para
um fluido refrigerante primário líquido, uma vez que este limite é estabelecido por outros fatores, em um
nível inferior àquele correspondente à classificação térmica da isolação.

10 Fator de serviço
10.1 Os motores de indução abrangidos por esta Parte da ABNT NBR 17094, quando funcionando
a tensão e frequência nominais e com a elevação de temperatura de acordo com a Tabela 9, possuem
fator de serviço unitário.

10.2 Em aplicações onde são exigidas uma capacidade de sobrecarga, recomenda-se a utilização
de um motor de potência nominal superior à normalizada, para evitar que a elevação da temperatura
para a classificação térmica utilizada seja excedida e para fornecer o conjugado adequado.

10.3 No caso de motores monofásicos e polifásicos, abertos ou totalmente fechados com ventilação
externa, de potência nominal igual ou inferior a 150 kW, com classificação térmica 130(B) ou
155(F), o comprador pode optar pela escolha de um motor com fator de serviço. Fator de serviço
é um multiplicador que, quando aplicado à potência nominal do motor, indica a carga que pode ser
acionada continuamente sob tensão e frequência nominais e com limite de elevação de temperatura
do enrolamento, determinado pelo método da variação de resistência, 10 K acima do limite indicado
na Tabela 9. Os valores de rendimento, fator de potência e rotação podem diferir dos valores nominais,
porém o conjugado e a corrente com rotor bloqueado e o conjugado máximo permanecem inalterados.
A utilização do fator de serviço implica uma vida útil inferior àquela do motor com carga nominal.

10.4 O fator de serviço, quando especificado, deve ter o valor conforme indicado na Tabela 15.

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Tabela 15 – Fatores de serviço


Potência nominal Fator de serviço
Rotação síncrona
kW rpm
3 600 1 800 1 200 900
0,037 1,4 1,4 1,4 1,4
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0,06 1,4 1,4 1,4 1,4


0,09 1,4 1,4 1,4 1,4
0,12 1,35 1,35 1,35 1,35
0,18 1,35 1,35 1,35 1,35
0,25 1,35 1,35 1,35 1,35
0,37 1,25 1,25 1,25 1,15 a
0,55 1,25 1,25 1,15 a 1,15 a
0,75 1,25 1,15 a 1,15 a 1,15 a
1,1 a 150 1,15 a 1,15 a 1,15 a 1,15 a
NOTA As potências padronizadas em cv, equivalentes aos valores
de potências em kW, estão indicadas no Anexo D.
a No caso de motores de gaiola, estes fatores de serviço se aplicam
somente às categorias N e H.

11 Sobrecorrente ocasional
11.1 Generalidades

11.1.1 A capabilidade de sobrecorrente de motores de indução é dada com a finalidade de coordenar


estes motores com os dispositivos de comando e proteção. O ensaio para demonstrar esta capabili-
dade não consta nesta Parte da ABNT NBR 17094.

11.1.2 O efeito do aquecimento nos enrolamentos do motor varia aproximadamente com o produto
do tempo pelo quadrado da corrente. Uma corrente superior à corrente nominal provoca um aumento
adicional de temperatura. Salvo acordo em contrário entre fabricante e comprador, pode ser assumido
que o motor não funcionará com a sobrecorrente ocasional especificada por mais do que alguns cur-
tos períodos durante a sua vida.

11.2 Valor da sobrecorrente ocasional

Os motores trifásicos cuja potência nominal seja inferior ou igual a 315 kW e cuja tensão nominal seja
inferior ou igual a 1 kV devem ser capazes de suportar uma corrente igual a 1,5 vez a corrente nominal
durante um mínimo de 2 min.

NOTA Para os motores trifásicos de potência nominal superior a 315 kW, nenhuma sobrecorrente
ocasional é especificada.

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12 Excesso de conjugado momentâneo


12.1 Motores de indução trifásicos para aplicação geral

Estes motores devem, qualquer que seja seu regime e construção, ser capazes de suportar durante
15 s, sem parada ou mudança brusca de rotação (sob aumento gradual do conjugado), um excesso
de conjugado de no mínimo 60 % do seu conjugado nominal, sob tensão e frequência nominais.

Os motores para regime tipo S9 devem ser capazes de suportar momentaneamente um excesso
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de conjugado determinado conforme o regime especificado.

NOTA Para uma determinação aproximada das variações de temperatura devido à evolução das perdas
em função da corrente, a constante de tempo térmica equivalente, determinada conforme a ABNT NBR 17094-3,
pode ser utilizada.

12.2 Motores de indução trifásicos para aplicações específicas

12.2.1 Os motores destinados a aplicações específicas que exigem um conjugado elevado, por
exemplo, motores para equipamentos de elevação, devem ser objeto de acordo entre fabricante e
comprador.

12.2.2 Para os motores de indução de gaiola projetados para assegurar uma corrente de partida
inferior a 4,5 vezes a corrente nominal, o excesso de conjugado pode ser inferior a 60 % do seu
conjugado nominal, mas não inferior a 50 % deste valor.

12.2.3 No caso de motores de indução com características de partida especiais, por exemplo, motores
utilizados com frequência variável ou motores de indução alimentados por meio de conversores
estáticos, o valor do excesso de conjugado deve ser objeto de acordo entre fabricante e comprador.

13 Conjugado mínimo de partida


Exceto se especificado em contrário, os valores mínimos de conjugado mínimo de partida para motores
categoria N e H não podem ser inferiores a 30 % do conjugado nominal do motor.

14 Rotação segura de funcionamento para motores de indução de gaiola


Todos os motores de indução de gaiola, de carcaça inferior ou igual a 315 e tensão inferior ou igual
a 1 kV, devem ser capazes de funcionar segura e continuamente até a rotação apropriada conforme
especificado na Tabela 16, salvo informação contrária declarada na placa de identificação.

NOTA Quando funcionando a rotações acima da rotação nominal, por exemplo, quando usado com
controle de rotação ajustável (inversor), os níveis de ruído (ver ABNT NBR IEC 60034-9) e vibração
(ver ABNT NBR IEC 60034-14) aumentam. O usuário pode requerer um balanceamento fino no rotor do
motor para funcionamento aceitável à rotação acima da nominal. A vida útil do rolamento pode ser reduzida.
Recomenda-se que seja dada atenção à vida útil de serviço da graxa e aos intervalos de relubrificação.

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Tabela 16 – Máxima rotação segura de funcionamento (rpm) de motores de indução


de gaiola trifásicos de única rotação alimentados com tensão inferior ou igual a 1 kV
Número de polos
Carcaça
2 4 6
≤ 100 5 200 3 600 2 400
112 5 200 3 600 2 400
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132 4 500 2 700 2 400


160 4 500 2 700 2 400
180 4 500 2 700 2 400
200 4 500 2 300 1 800
225 3 600 2 300 1 800
250 3 600 2 300 1 800
280 3 600 2 300 1 800
315 3 600 2 300 1 800
NOTA Os valores nesta Tabela podem ter que ser reduzidos de encontro
com os requisitos da série ABNT NBR IEC 60079.

15 Sobrevelocidade
15.1 Os motores de indução devem ser projetados para, em uma emergência, suportar as rotações
especificadas na Tabela 17.

Tabela 17 – Sobrevelocidade
Velocidade especificada para ensaio de
Item Tipo de motor
sobrevelocidade
Todos os motores de indução, exceto os
1 1,2 vez a rotação nominal máxima
especificados a seguir
A rotação de disparo especificada para
Motores que podem ser, sob certas
2 o grupo, mas no mínimo 1,2 vez a rotação
circunstâncias, acionados pela carga
nominal máxima
Motores de indução de gaiola, trifásicos, de
única rotação e alimentados com tensão 1,2 vez a máxima rotação segura de
3
inferior ou igual a 1 kV, especificados na funcionamento
Seção 15

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16 Rendimento e perdas
16.1 Valores de rendimento de plena carga
Para motores de indução de gaiola, trifásicos, com capacidade de operação contínua em suas condições
nominais sem que a elevação de temperatura ultrapasse a classe térmica especificada, uma rotação,
categorias N, H, NY, HY e as categorias equivalentes A, B e C, com refrigeração a ar, acoplada
ou solidária ao próprio eixo de acionamento do motor elétrico, de potência nominal igual ou superior
às indicadas nas Tabelas 18 e 19, 60 Hz ou 50 Hz para operação em 60 Hz, tensão nominal igual ou
inferior a 1 000 V, qualquer forma construtiva, são estabelecidas duas linhas padronizadas no que se
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refere ao rendimento de plena carga, especificadas em 16.1.1.1 e 16.1.1.2. Para quaisquer outros
motores de indução, não há valores de rendimento normalizados nem método de ensaio estabelecido,
cabendo ao fabricante marcar o rendimento na placa de identificação e indicar o método de ensaio.

NOTA 1 Os motores de formas construtivas verticais são ensaiados na horizontal com rolamentos radiais.

NOTA 2 Para motores com selo mecânico ou retentor, o rendimento é aferido em ensaios com a sua
retirada, ou seja, sem os selos ou retentores instalados.

16.1.1 Classes de rendimento

16.1.1.1 Classe IR2 ou alto rendimento

Os motores desta classe possuem rendimento nominal (ver Nota 1) igual ou superior ao normalizado
para cada combinação de potência versus número de polos, conforme a Tabela 18. Este rendimento
nominal, na condição de plena carga, deve ser marcado na placa de identificação (ver Nota 2).
O rendimento mínimo obtido por meio de ensaio não pode ser inferior ao valor obtido pela aplicação
da tolerância estabelecida na Seção 23 ao rendimento nominal do motor.

Os motores desta classe seguem a padronização de carcaça conforme Seção 19.

NOTA 1 O rendimento nominal representa o rendimento médio de uma grande quantidade de motores do
mesmo projeto.

NOTA 2 O rendimento é expresso em porcentagem, com três dígitos.

Tabela 18 – Menores valores de rendimento nominal a plena carga, para motores


da classe IR2 ou alto rendimento (continua)
Potência nominal Número de polos
2 4 6 8
kW
Rendimento nominal
0,12 59,5 64,0 50,5 40,0
0,18 64,0 68,0 55,0 46,0
0,25 68,0 70,0 59,5 52,0
0,37 72,0 72,0 64,0 58,0
0,55 74,0 75,5 68,0 62,0
0,75 80,0 80,5 80,0 70,0
1,1 82,5 81,5 77,0 77,0
1,5 83,5 84,0 83,0 82,5

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Tabela 18 (conclusão)
Potência nominal Número de polos
2 4 6 8
kW
Rendimento nominal
2,2 85,0 85,0 83,0 84,0
3,0 85,0 86,0 85,0 84,5
3,7 87,5 87,5 87,5 85,5
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4,4 88,0 88,5 87,5 85,5


5,5 88,5 89,5 88,0 85,5
7,5 89,5 89,5 88,5 88,5
9,2 89,5 90,0 88,5 88,5
11,0 90,2 91,0 90,2 88,5
15,0 90,2 91,0 90,2 89,5
18,5 91,0 92,4 91,7 89,5
22,0 91,0 92,4 91,7 91,0
30,0 91,7 93,0 93,0 91,0
37,0 92,4 93,0 93,0 91,7
45,0 93,0 93,6 93,6 91,7
55,0 93,0 94,1 93,6 93,0
75,0 93,6 94,5 94,1 93,0
90,0 94,5 94,5 94,1 93,6
110 94,5 95,0 95,0 93,6
132 94,7 95,0 95,0 94,5
150 95,0 95,0 95,0 94,5
185 95,4 95,0 95,0 95,0
220 94,5 95,5 95,0 95,0
260 95,0 95,5 95,4 95,0
300 – 95,5 95,4 –
330 – 95,8 95,4 –
370 – 95,8 – –
NOTA As potências padronizadas em cv, equivalentes aos valores de potências em kW,
estão indicadas no Anexo D.

16.1.1.2 Classe IR3 ou rendimento “Premium”

Os motores desta classe possuem rendimento nominal (ver Nota 1) igual ou superior ao normalizado
para cada combinação de potência versus número de polos, conforme a Tabela 19. Este rendimento
nominal, na condição de plena carga, deve ser marcado na placa de identificação (ver Nota 2).
O rendimento mínimo obtido por meio de ensaio não pode ser inferior ao valor obtido pela aplicação
da tolerância estabelecida na Seção 23 ao rendimento nominal do motor.

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Os motores desta classe seguem a padronização de carcaça conforme Seção 19.

NOTA 1 O rendimento nominal representa o rendimento médio de uma grande quantidade de motores do
mesmo projeto.

NOTA 2 O rendimento é expresso em porcentagem com três dígitos.

Tabela 19 – Menores valores de rendimento nominal a plena carga, para motores


da classe IR3 ou rendimento “Premium” (continua)
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Potência nominal Número de polos


2 4 6 8
kW
Rendimento nominal
0,12 62,0 66,0 64,0 59,5
0,18 65,6 69,5 67,5 64,0
0,25 69,5 73,4 69,0 68,0
0,37 73,4 78,2 75,3 72,0
0,55 76,8 79,0 79,5 74,0
0,75 80,5 83,5 a 82,5 75,5
1,1 84,0 86,5 b 87,5 c 78,5
1,5 85,5 86,5 88,5 d 84,0
2,2 86,5 89,5 e 89,5 f 85,5
3,0 88,5 89,5 89,5 86,5
3,7 88,5 89,5 89,5 86,5
4,4 88,5 89,5 89,5 86,5
5,5 89,5 91,7 g 91,0 86,5
7,5 90,2 91,7 91,0 89,5
9,2 91,0 92,4 91,7 89,5
11,0 91,0 92,4 91,7 89,5
15,0 91,0 93,0 91,7 90,2
18,5 91,7 93,6 93,0 90,2
22,0 91,7 93,6 93,0 91,7
30,0 92,4 94,1 94,1 91,7
37,0 93,0 94,5 94,1 92,4
45,0 93,6 95,0 94,5 92,4
55,0 93,6 95,4 94,5 93,6
75,0 94,1 95,4 95,0 93,6

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Tabela 19 (conclusão)
Potência nominal Número de polos
2 4 6 8
kW
Rendimento nominal
90,0 95,0 95,4 95,0 94,1
110 95,0 95,8 95,8 94,1
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132 95,4 96,2 95,8 94,5


150 95,4 96,2 95,8 94,5
185 95,8 96,2 95,8 95,0
220 95,8 96,2 95,8 95,0
260 95,8 96,2 95,8 95,0
300 95,8 96,2 95,8 95,0
330 95,8 96,2 95,8 95,0
370 95,8 96,2 95,8 95,0
NOTA As potências padronizadas em cv, equivalentes aos valores de potências em kW,
estão indicadas no Anexo D.
a Para motores na carcaça 80, o valor mínimo de rendimento é 83,0 %.
b Para motores na carcaça 80, o valor mínimo de rendimento é 84,0 %.
c Para motores na carcaça 90, o valor mínimo de rendimento é 85,5 %.
d Para motores na carcaça 100, o valor mínimo de rendimento é 86,5 %.
e Para motores na carcaça 90, o valor mínimo de rendimento é 87,5 %.
f Para motores na carcaça 100, o valor mínimo de rendimento é 87,0 %.
g Para motores na carcaça 112, o valor mínimo de rendimento é 91,0 %.

16.2 Determinação do rendimento e das perdas

Para os motores de 16.1.1.1 e 16.1.1.2, o rendimento e as perdas devem ser determinados de acordo
com o método de ensaio da ABNT NBR 17094-3, denominado “ensaio dinamométrico com medição
indireta das perdas suplementares e medição direta das perdas no estator (I2R), no rotor (I2R),
no núcleo e por atrito e ventilação”. O rendimento deve ser determinado à potência, tensão e frequência
nominais.

As perdas a serem incluídas na determinação do rendimento são as seguintes:

 a) perdas I2R no enrolamento do estator;

 b) perdas I2R no enrolamento do rotor;

 c) perdas no núcleo;

 d) perdas por atrito e ventilação;

 e) perdas suplementares.

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A potência requerida por itens auxiliares, como bombas ou ventiladores externos que sejam necessários
para a operação do motor, deve ser indicada em separado.

As perdas I2R devem ser corrigidas para uma temperatura igual à temperatura ambiente de 25 °C mais
a elevação de temperatura determinada com carga nominal pelo método da variação da resistência.
Quando a elevação de temperatura à potência nominal não tiver sido calculada, as perdas I2R devem
ser corrigidas para a temperatura de referência indicada na Tabela 20.

Para determinação da temperatura de referência, deve ser utilizada a classificação térmica marcada
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na placa de identificação. No caso em que a elevação de temperatura admissível for a de uma clas-
sificação térmica inferior, a temperatura de referência deve ser a correspondente a esta classificação
térmica inferior.

Tabela 20 – Temperatura de referência


Classificação térmica do isolamento 130 (B) 155 (F) 180 (H)
Temperatura de referência
95 115 130
°C

17 Nível de ruído
Os limites máximos do nível de potência sonora, em decibels, de um motor de indução, funcionando
em vazio, estão especificados na ABNT NBR IEC 60034-9.

18 Vibração
Os limites da severidade de vibração de um motor de indução desacoplado, dados em valores
eficazes máximos da velocidade de vibração, em milímetros por segundo, estão especificados na
ABNT NBR IEC 60034-14.

19 Correspondência entre potência nominal, rotação síncrona e carcaça


Para os motores de indução de aplicação geral, trifásicos, rotor de gaiola, grau de proteção IP44
ou superior, conforme a ABNT NBR IEC 60034-5, classe térmica B, F ou H, categoria N, NY, H, HY,
frequência nominal 60 Hz ou 50 Hz para operação em 60 Hz, tensão nominal inferior ou igual a 1 000
V e altura de eixo 63 mm a 355 mm, as carcaças são padronizadas para cada combinação de potência
nominal em regime contínuo e rotação síncrona, conforme consta na Tabela 21.

Por acordo entre o comprador e o fabricante, os motores das linhas IR2 e IR3 podem ser fornecidos
com carcaças diferentes da Tabela 21, respeitando os valores de rendimento estabelecidos na Seção 16.

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Tabela 21 – Correspondência entre potência nominal, número de polos e carcaça


para os motores de indução, de aplicação geral, frequência 60 Hz
Potência nominal Número de polos
2 4 6 8
kW
Carcaça
0,18 63 63 71 80
0,25 63 63 71 80
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0,37 63 71 80 90S
0,55 71 71 80 90L
0,75 71 80 90S 90L
1,1 80 80 90S 100L
1,5 80 90S 100L 112M
2,2 90S 90L 100L 132S
3,0 90L 100L 112M 132M
3,7 100L 100L 132S 132M
4,5 112M 112M 132S 160M
5,5 112M 112M 132M 160M
7,5 132S 132S 132M 160L
9,2 132M 132M 160M 180M/L
11 132M 132M 160M 180L
15 160M 160M 160L 180L
18,5 160M 160L 180L 200L
22 160L 180M 200L 225S
30 200M 200M 200L 225M
37 200L 200L 225M 250S
45 225S 225S 250S 250M
55 225M 225M 250M 280S
75 250M 250M 280S 280M
90 280S 280S 280M 315M
110 280M 280M 315M 315M
132 315S 315S 315M 355
150 315S 315S 315M 355
185 315M 315M 355 355
220 355 355 355 355
260 355 355 355 355
300 – 355 355
330 – 355 355
370 – 355
NOTA As potências padronizadas em cv, equivalentes aos valores de potências em
kW, estão indicadas no Anexo D.

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20 Requisitos construtivos
20.1 Terminais de aterramento

20.1.1 Os motores de indução devem ser fornecidos com um terminal de aterramento ou outro
dispositivo para permitir a conexão de um condutor de proteção ou um condutor de aterramento.

Conforme a ABNT NBR 15367, as letras PE ou o símbolo deve identificar este dispositivo.
Este requisito não se aplica ao motor quando:
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 a) este estiver instalado com isolação suplementar; ou

 b) este estiver destinado para montagem em aparelho contendo isolação suplementar; ou

 c) tensões nominais até 50 V estiverem especificadas e estes forem destinados para uso em circuitos
seguros de extrabaixa tensão (SLV).

20.1.2 No caso de motores com tensões nominais maiores que 50 V, porém não excedendo 1 000 V,
o terminal para o condutor de aterramento deve estar localizado na proximidade dos terminais dos
condutores de linha, no interior da caixa de ligações, quando existente. Os motores com potência
nominal superior a 100 kW devem ter, adicionalmente, um terminal de aterramento fixado na carcaça.

20.1.3 Os motores com tensão nominal superior a 1 000 V devem ter um terminal de aterramento na
carcaça e, adicionalmente, um meio de conexão no interior da caixa de ligações para a blindagem
condutora do cabo, quando existente.

20.1.4 O terminal de aterramento deve ser projetado para assegurar uma boa conexão com o condutor
de aterramento, sem qualquer dano ao condutor ou ao terminal. As partes condutoras acessíveis não
energizadas devem ser conectadas umas às outras e ao terminal de aterramento por uma ligação
elétrica. Quando todos os mancais e o enrolamento do rotor forem isolados, o eixo deve ser ligado
eletricamente ao terminal de aterramento, a menos que o fabricante e o comprador concordem com
um meio alternativo de proteção.

20.1.5 Quando um terminal de aterramento é colocado na caixa de ligações, propõe-se que o condutor
de aterramento seja do mesmo metal que os condutores de linha. Quando um terminal de aterramento
é colocado na carcaça, o condutor de aterramento pode, mediante acordo, ser feito de outro metal
(por exemplo, em aço). Neste caso, a dimensão do terminal deve ser estudada em função da condu-
tividade do condutor.

20.1.6 O terminal de aterramento deve ser dimensionado para admitir um condutor de aterramento
cuja área da seção transversal esteja de acordo com a Tabela 22. Se for utilizado um condutor de
aterramento maior que o tamanho dado na Tabela 22, recomenda-se que a sua área se aproxime
tanto quanto possível de um dos outros valores desta tabela.

Para outras áreas da seção transversal dos condutores de linha, o condutor de aterramento ou de
proteção deve ter uma área transversal no mínimo equivalente a:

 a) área do condutor de linha para áreas de seção transversal inferiores a 25 mm2;

 b) 25 mm2 para áreas de seção transversal entre 25 mm2 e 50 mm2;

 c) 50 % da área de seção transversal do condutor de linha para áreas superiores a 50 mm2.

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Tabela 22 – Áreas da seção transversal dos condutores de aterramento


Seção do condutor de
Seção do condutor de linha
aterramento ou de proteção
mm2
mm2
4 4
6 6
10 10
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16 16
25 25
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185

20.2 Chaveta da ponta de eixo


Quando a ponta de eixo de um motor de indução tiver rasgo de chaveta, ela deve ser fornecida com
uma chaveta inteira, de forma e comprimento normais.

21 Marcação
21.1 Requisitos gerais
21.1.1 Todo motor de indução deve conter as informações indicadas em 21.2, marcadas de forma
legível, indelével e durável (por gravação, impressão ou outro meio aceitável), diretamente na carcaça
do motor ou em uma ou mais placas de identificação fixadas firmemente no motor, de modo a serem
facilmente visíveis na posição de utilização determinada pela sua forma construtiva e disposição de
montagem (ver ABNT NBR IEC 60034-7).

21.1.2 Os símbolos literais das grandezas, quando marcados, devem estar de acordo com a
IEC 60027-1 e IEC 60027-4 e as unidades devem ser conforme o quadro geral de unidades de medida
aprovado pelo Conmetro. As abreviações recomendadas para algumas informações a serem marca-
das estão colocadas entre parênteses em 21.2.

21.1.3 Se o motor for instalado em um equipamento de tal modo que sua marcação não seja facilmente
legível, o fabricante deve, mediante solicitação, fornecer uma placa adicional a ser colocada em local
adequado do equipamento.

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21.1.4 Os motores com potência nominal igual ou inferior a 750 W e com dimensões não cobertos
pela série ABNT NBR 15623 e os motores embutidos para aplicação especial, com potência nominal
igual ou inferior a 3  kW, devem ser marcados no mínimo com as informações de 21.2, alíneas a),
b), c), k), l), m) e p). Em todos os outros casos, a marcação deve incluir no mínimo as informações
listadas em 21.2, quando aplicáveis.

21.1.5 As informações constantes em 21.2 estão ordenadas apenas para referência, mas a ordem
na qual são marcadas não é normalizada. Estas informações devem ser agrupadas de modo adequado.
Estas informações não necessariamente devem ser colocadas em uma única placa de identificação.
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21.1.6 Dois valores nominais diferentes devem ser indicados por X/Y e uma faixa de valores operativos
entre X e Y por X-Y.

21.2 Lista de informações constantes na marcação

As informações constantes na marcação são as seguintes:

 a) nome e/ou marca do fabricante;

 b) modelo (MOD) atribuído pelo fabricante;

NOTA O modelo é utilizado para identificar um ou mais motores, elétrica e mecanicamente idênticos.

 c) número de série (nº) e/ou código de data de fabricação;

 d) denominação principal do equipamento: “motor de indução” e tipo do motor (de gaiola ou de anéis);

 e) classe de rendimento do motor, conforme 16.1.1;

 f) número de fases;

 g) número desta Parte da ABNT NBR 17094, quando o motor nela se enquadrar;

 h) designação da carcaça da máquina, quando esta se enquadrar na série ABNT NBR 15623;

NOTA Pode ser omitida quando constar no modelo.

 i) grau de proteção proporcionado pelo invólucro, conforme a ABNT NBR IEC 60034-5 (IP-XX);

 j) classificação térmica (ISOL). Quando as classificações térmicas do estator e do rotor forem
diferentes, ambas devem ser marcadas com a do estator em primeiro lugar;

NOTA 1 Quando o limite de elevação de temperatura (∆θ) ou de temperatura total (θ) for inferior ao normali-
zado para a respectiva classificação térmica, esta informação também é colocada na placa e, se necessário,
o método de medição.

NOTA 2 No caso de motores com enrolamentos resfriados indiretamente e com trocador de calor resfriado
a água, a classificação térmica é seguida por “P” ou “S” dependendo se a elevação de temperatura é medida
acima da temperatura do fluido refrigerante primário ou secundário (ver 9.3.1.3.2).

 k) classe de características nominais ou regime tipo do motor (REG), quando esta(s) for(em) diferente(s)
do regime contínuo (regime tipo S1); ver Seção 4;

 l) potência(s) nominal(is);

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 m) tensão(ões) nominal(is). Duas tensões nominais X e Y devem ser marcadas X/Y;

 n) frequência nominal;

 o) corrente(s) nominal(is), com marcação similar à das tensões;

 p) rotação(ões) nominal(is);

 q) diagrama de ligações, para motores cuja ligação possa ser feita de vários modos. Este diagrama
deve estar marcado na placa de identificação ou marcado próximo à caixa de ligações ou no
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interior desta;

NOTA Os terminais são marcados indelevelmente, de modo a permitir a utilização correta do diagrama
de ligações.

 r) sobrevelocidade admissível, quando diferente de 1,2 vez a rotação nominal;

 s) fator de potência nominal;

 t) tensão entre anéis coletores em circuito aberto e corrente rotórica sob condições nominais, para
motores de anéis (SEC);

 u) rendimento nominal para motores de categorias N e H;

 v) categoria, quando aplicável, conforme a Seção 8 (CAT);

 w) razão da corrente com rotor bloqueado para a corrente nominal, devendo ser indicada a maior
razão no caso de motores de várias rotações (Ia/In);

 x) temperatura ambiente máxima admissível, quando diferente de 40 °C (AMB). Temperatura máxima
admissível da água, quando diferente de 25 °C (água);

 y) temperatura ambiente mínima admissível, quando diferente da especificada em 6.4;

 z) altitude para a qual o motor foi projetado, quando superior a 1 000 m (ALT);

 aa) fator de serviço, quando diferente de 1,0;

 ab) massa total aproximada do motor, quando superior a 30 kg;

 ac) números dos rolamentos;

 ad) sentido de rotação para motores previstos para funcionamento em um único sentido de rotação;

NOTA 1 Para motores de anéis, são omitidas as informações das alíneas e), u), v) e w).

NOTA 2 Exceto para manutenção normal, quando um motor é reparado ou revisado, alterando suas
condições originais, uma placa adicional é fornecida para indicar o nome da companhia responsável pelo
trabalho, o ano do reparo e as alterações realizadas.

21.3 Folha de dados

Sempre que solicitado pelo comprador, o fabricante deve fornecer uma folha de dados, incluindo os
dados especificados pelo comprador, complementados por outros que o fabricante julgar convenientes,
atendendo no mínimo ao Anexo C.

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22 Inspeção
22.1 Relação dos ensaios
22.1.1 A inspeção de motores de indução, para verificação de seu desempenho, deve incluir ensaios
a serem realizados no motor, escolhidos entre os relacionados na Tabela 23.

22.1.2 Os ensaios devem ser realizados, sempre que possível, nas instalações do fabricante, conforme
a ABNT NBR 17094-3 ou norma específica indicada na Tabela 23. Quando não for possível este local
de ensaio, os ensaios a serem realizados e os métodos utilizados devem ser objeto de acordo entre
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fabricante e comprador e constar na ordem de compra.

22.1.3 Os requisitos a serem atendidos por ocasião dos ensaios constam em alguns casos na
especificação do comprador, mas quando isso não ocorrer, devem ser adotados os requisitos
constantes nesta Parte da ABNT NBR 17094 ou em alguma outra norma específica, objeto de acordo
entre fabricante e comprador, e constar na ordem de compra. Estes requisitos estão sujeitos às
tolerâncias indicadas na Seção 23.

22.1.4 A solicitação de ensaios com a presença de um inspetor do comprador ou de um representante


autorizado deve ter acordo prévio com o fabricante e constar na ordem de compra.

22.2 Classificação dos ensaios


22.2.1 A Tabela 23, além de indicar os ensaios que podem ser realizados em motores de indução
para verificação do seu desempenho, classifica-os em ensaios de rotina, de tipo e especiais (ver 3.16,
3.17 e 3.18).

NOTA Ensaios em que há solicitação de curvas características são considerados ensaios especiais
(ver itens 4, 5, 7 e 9 da Tabela 23).

22.2.2 Quando for impraticável a realização dos ensaios com rotor bloqueado, de partida e de conju-
gado máximo, sob tensão nominal, estes podem ser realizados com tensão reduzida.

Tabela 23 – Ensaios para verificação do desempenho de motores de indução (continua)

Relação dos ensaios Classificação do ensaio


Item Observações
Ensaio (de/para) Rotina Tipo Especial
Medição da resistência de
1 X X
isolamento
Medição da resistência
elétrica do enrolamento
2 X X
(do estator e do rotor para
motores de anéis, a frio)
3 Dielétrico X X Ver ABNT NBR 17094-3
Em vazio (sob tensão Permite a determinação da
nominal) soma das perdas no núcleo
para determinação de: e das perdas por atrito e
4 X X ventilação
4.1 Potência de entrada
4.2 Corrente
4.3 Sentido de rotação Sequência de fase positiva

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Tabela 23 (continuação)

Relação dos ensaios Classificação do ensaio


Item Observações
Ensaio (de/para) Rotina Tipo Especial
Com rotor bloqueado
para determinação de:
Não aplicável a motores
5 5.1 Corrente X
com rotor bobinado
5.2 Conjugado
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5.3 Potência absorvida


Medição da tensão Aplicável somente a
6 X X
secundária motores com rotor bobinado
Partida com levantamento
das curvas características
conjugado versus rotação
versus corrente rotação, Não aplicável a motores
para determinação de: com rotor bobinado, exceto
7 X
7.1 Conjugado de partida, para o conjugado máximo.
incluindo os valores dos Ver Seção 12
conjugados mínimo
e máximo
7.2 Corrente de partida
8 Temperatura X Ver Seção 9
Determinação do
rendimento
9 X
a 100 %, 75 % e 50 % da
potência nominal
Determinação das perdas
10 a 100 %, 75 % e 50 % da X
potência nominal
Determinação do fator de
11 potência a 100 %, 75 % e X
50 % da potência nominal
Determinação do
escorregamento a 100 %,
12 X
75 % e 50 % da potência
nominal
Determinação do conjugado
13 X
máximo
14 Sobrevelocidade X Ver Seção 15
Nível de ruído (potência
15 X Ver ABNT NBR IEC 60034-9
sonora em vazio)

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Tabela 23 (conclusão)

Relação dos ensaios Classificação do ensaio


Item Observações
Ensaio (de/para) Rotina Tipo Especial
Tensão no eixo e Geralmente feito em motores
16 medição da resistência de X com potência nominal
isolamento do mancal ≥ 350 kW (500 cv)
Vibração (valor eficaz
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máximo da velocidade de
17 X Ver ABNT NBR IEC 60034-14
vibração em milímetros por
segundo)
Para motores com tensão
Medição da tangente do nominal ≥ 5 kV e ≤  24 kV
18 X
ângulo de perdas e com potência nominal
≥ 5 MW (ver EN 50209)

23 Tolerâncias
A menos que declarado de outra forma, tolerâncias de valores declarados devem ser conforme espe-
cificado na Tabela 24.

Tabela 24 – Tolerâncias (continua)


Item Grandeza Tolerância
+ sem limite
Rendimento η a
− 0,2 × (1 − η)
1 η ≥ 0,851
− 0,15 × (1 − η)
η < 0,851
Valores em p.u.
− 1/6 × (1 – cosϕ), sendo 0,02 o valor
mínimo
e 0,07 o valor máximo a ser utilizado.
Exemplo: sendo 0,92 o fator de potência
declarado de um determinado motor:
2 Fator de potência, cosϕ − 1/6 × (1 – 0,92) = 0,013. Neste caso o
valor a ser adotado é 0,02. Então:
0,92 – 0,02 = 0,90.
0,90 é o valor de fator de potência mínimo
que o motor pode apresentar como
resultado de ensaio
Escorregamento (a plena carga e à
temperatura de funcionamento) de:
3
a) Pn < 1 kW ± 30 % do escorregamento garantido
b) Pn ≥ 1 kW ± 20 % do escorregamento garantido

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Tabela 24 (continuação)
Item Grandeza Tolerância
Corrente com rotor bloqueado para
motores de gaiola com rotor em curto-
circuito e com qualquer equipamento de
partida especificado:

4 a) motores especificados pela categoria Nenhuma tolerância no limite superior,


ou pelo correspondente valor máximo da porém sem limite inferior
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potência aparente com rotor bloqueado


(ver Seção 8)
b) motores não especificados conforme a) b + 20 % do valor garantido, porém sem
limite inferior
Conjugado com rotor bloqueado para:
a) motores especificados pela categoria Nenhuma tolerância no limite inferior
ou pelo correspondente valor mínimo do
5 conjugado (ver Seção 8)
b) motores não especificados conforme a) b −15 % do valor garantido. Não há limite
superior, salvo acordo entre fabricante e
comprador
Conjugado mínimo de partida para:
a) motores especificados pela categoria Nenhuma tolerância no limite inferior
6 ou pelo correspondente valor mínimo do
conjugado (ver Seção 8)
b) motores não especificados conforme a) b −15 % do valor garantido
Conjugado máximo para:
a) motores especificados pela categoria Nenhuma tolerância no limite inferior
ou pelo correspondente valor mínimo do
conjugado (ver Seção 8)
7
b) motores não especificados conforme a) b −10 % do valor garantido, desde que,
aplicada esta tolerância, o conjugado
permaneça igual ou superior a 1,6 vez ou
1,5 vez o conjugado nominal (ver Seção 13)
8 Momento de inércia ± 10 % do valor garantido
a A determinação do rendimento consta na ABNT NBR 17094-3.
b Quando for especificada a categoria e um valor garantido diferente do normalizado, a tolerância aplicada
ao valor garantido não pode resultar em um valor inferior (caso dos conjugados) ou em um valor superior
(caso da corrente com rotor bloqueado) ao normalizado para a categoria.

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Anexo A
(informativo)

Efeitos de um sistema de tensões desequilibrado sobre as características


de funcionamento de motores de indução trifásicos de gaiola
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A.1 Generalidades
A.1.1 Quando o sistema trifásico de tensões aplicado aos terminais de um motor de indução trifásico
de gaiola não é equilibrado, as correntes no enrolamento do estator são desiguais. Uma pequena
porcentagem de desequilíbrio entre as tensões causa um desequilíbrio muito maior nas correntes.

A.1.2 A aplicação de um sistema de tensões desequilibrado a um motor de indução trifásico introduz


uma componente de sequência negativa na tensão, e isto produz no entreferro um campo magnético de
sentido inverso ao deslocamento do rotor, tendendo a produzir correntes elevadas nos enrolamentos.
Uma pequena componente de sequência negativa na tensão pode produzir correntes bem superiores
àquelas existentes na condição de um sistema de tensões equilibrado. Consequentemente, a elevação
da temperatura de um motor funcionando com um sistema de tensões desequilibrado será superior
àquela do motor funcionando nas mesmas condições de carga, porém com um sistema de tensões
equilibrado.

A.2 Efeitos de um sistema de tensões desequilibrado sobre as características


de funcionamento de um motor
Os efeitos são os seguintes:

—— as correntes à rotação de funcionamento normal desequilibram fortemente, aproximadamente


seis a dez vezes o desequilíbrio das tensões. As correntes com rotor bloqueado desequilibram
na mesma proporção que o desequilíbrio das tensões, porém a potência aparente com o motor
bloqueado terá apenas um pequeno aumento;

—— os conjugados de rotor bloqueado, mínimo durante a partida e máximo serão menores. Se o


desequilíbrio das tensões for muito severo, os conjugados podem não ser adequados para a
aplicação do motor;

—— a rotação a plena carga diminuirá levemente;

—— o nível de ruído e a vibração podem aumentar com o aumento do desequilíbrio das tensões.
A vibração pode ser destrutiva para o motor ou para o sistema.

A.3 Cálculo da porcentagem de desequilíbrio das tensões


A.3.1 A porcentagem de desequilíbrio das tensões é calculada facilmente pelo usuário do motor
a partir da medição das tensões nas três fases, e da utilização da equação do desequilíbrio de tensão
porcentual que é igual a 100 vezes o desvio máximo da tensão em relação à tensão média dividido
pela tensão média.

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EXEMPLO Para os valores de tensões entre fases de 220 V, 215 V e 210 V, o valor médio da tensão é
de 215 V e o desvio máximo da tensão em relação ao valor médio é de 5 V e a porcentagem de desequilíbrio
das tensões é igual a:

5
100 × = 2,32 %
215

A.3.2 A equação de A.3.1 é dada para comodidade do usuário do motor e é somente uma
aproximação do valor relativo da componente de sequência negativa da tensão. A determinação mais
precisa pode ser feita pela decomposição do sistema trifásico em suas componentes simétricas. Para
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desequilíbrios das tensões superiores a 5 %, é necessário um estudo da componente de sequência


negativa das correntes.

NOTA O valor exato da componente de sequência negativa das tensões pode ser superior ao valor obtido
pela equação em A.3.1.

A.4 Redução da potência útil de um motor para evitar sobreaquecimento


A.4.1 O sistema trifásico de tensões deve ser praticamente equilibrado conforme 7.2. Em algumas
aplicações um desequilíbrio maior do que aquele admitido em 7.2 é inevitável e consequentemente
certa redução da potência útil do motor será necessária para diminuir a possibilidade de danos devidos
a sobreaquecimento.

NOTA A redução da potência pode não ser necessária quando o motor é projetado para funcionar
(sob condições nominais) a temperaturas inferiores àquelas dadas na Seção 6.

A.4.2 Valores típicos de redução de potência de motores de indução trifásicos de gaiola, categoria N
(ver Seção 8), estão indicados na Figura A.1. Para outras categorias de motores e para potências
nominais superiores a 630 kW, a curva de redução de potência pode ser diferente, sendo recomendável
consultar o fabricante ou examinar as medições de temperatura de funcionamento.

1
Fator de redução de potência

0,9

0,8

0,7
0 1 2 3 4 5
Desequilíbrio de tensões (porcento)

Figura A.1 – Fator típico de redução da potência útil devido a um sistema de


tensões desequilibrado

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A.5 Dispositivos de proteção contra sobrecargas para motores com redução


da potência
A.5.1 Quando um motor tem sua potência reduzida para funcionamento em um sistema de tensões
desequilibrado, a escolha e o ajuste do dispositivo de proteção contra sobrecargas devem levar em
conta a combinação do fator de redução de potência aplicado ao motor e o aumento da corrente
resultante do desequilíbrio das tensões. Este é um problema complexo, envolvendo a variação das
correntes do motor em função da carga e do desequilíbrio das tensões, em adição às características
do dispositivo de proteção contra sobrecargas no que se refere à corrente máxima ou ao valor médio
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das correntes.

A.5.2 Na ausência de informação específica, recomenda-se que os dispositivos de proteção contra


sobrecargas sejam escolhidos e/ou ajustados no valor mínimo que não cause desligamento para
o fator de redução da potência e o desequilíbrio das tensões aplicáveis.

A.5.3 Quando é admissível ocorrer um desequilíbrio das tensões, recomenda-se que o usuário
instale dispositivos de proteção contra sobrecargas que sejam sensíveis à corrente máxima em vez
do valor médio da corrente.

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Anexo B
(informativo)

Guia para a aplicação do regime tipo S10 e para a obtenção do valor da


expectativa de vida térmica relativa (TL)
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B.1 A carga do motor equivale, em qualquer momento, ao regime tipo S1. Entretanto, o ciclo de
cargas pode incluir cargas diferentes da carga nominal baseada no regime tipo S1. Um ciclo de carga
formado de quatro combinações rotação/carga constantes e distintas é mostrado na Figura 10.

B.2 Conforme o valor e a duração das diferentes cargas dentro de um ciclo, a expectativa de vida
relativa do motor baseada no envelhecimento térmico do sistema de isolação pode ser calculada pela
equação a seguir:

n i ∆θ
1
=
TL i = ∑
∆ti × 2 k
1

onde

TL é a expectativa de vida térmica relativa, expressa em porcentagem (%), da expectativa de


vida térmica no caso de regime tipo S1 à potência nominal;

∆θi é a diferença entre a elevação de temperatura do enrolamento para cada uma das diferentes
cargas dentro de um ciclo e a elevação de temperatura admissível baseada no regime tipo
S1 com a carga de referência;

∆ti é o tempo relativo (em p.u.) de uma carga constante dentro de um ciclo de carga;

k é o aumento de elevação de temperatura, expresso em Kelvins (K), que causa uma redução
de 50 % na expectativa de vida térmica do sistema de isolação;

n é o número de cargas distintas.

B.3 O valor de TL é parte integrante da identificação precisa da classe de características nominais.

B.4 O valor de TL somente pode ser determinado quando, em adição à informação sobre o ciclo
de cargas, conforme a Figura 10, o valor de k para o sistema de isolação for conhecido. Este valor de
k deve ser determinado por meio experimental, em conformidade com a IEC 60034-18-1, para toda
faixa de temperatura coberta pelo ciclo de cargas, conforme a Figura 10.

B.5 É mais razoável indicar a grandeza TL como um valor relativo. Este valor pode ser utilizado
para estabelecer aproximadamente a variação real da expectativa de vida térmica em função daquela
do regime tipo S1 à potência nominal, pois pode ser assumido, considerando as diferentes cargas
existentes em um ciclo, que os outros efeitos sobre a expectativa de vida do motor (por exemplo,
tensões dielétricas, influências do meio ambiente) são aproximadamente os mesmos que existem no
caso do regime tipo S1 à potência nominal.

B.6 O fabricante do motor é responsável pela compilação correta dos vários parâmetros para
determinação do valor de TL.

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Anexo C
(normativo)

Folha de dados

C.1 A folha de dados deve conter no mínimo o seguinte:


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—— todos os dados constantes na marcação conforme Seção 21;

—— nome do comprador;

—— identificação do pedido do comprador;

—— forma construtiva (ver ABNT NBR IEC 60034-7);

—— conjugado nominal;

—— conjugado com rotor bloqueado para motores de gaiola;

—— conjugado máximo;

—— rendimentos adicionais a 75 % e 50 % da potência nominal;

—— fatores de potência adicionais a 75 % e 50 % da potência nominal;

—— tempo admissível com rotor bloqueado, partindo da temperatura de funcionamento;

—— tipo de lubrificação;

—— tipo de carga acionada, quando fornecido pelo comprador;

—— momento de inércia (J) ou efeito de inércia (GD2) da carga;

NOTA Salvo especificação em contrário, este dado é conforme Seção 8.

—— tipo de acoplamento;

NOTA Salvo especificação em contrário, considerar acoplamento direto.

—— método de partida.

NOTA Salvo especificação em contrário, considerar partida direta.

C.2 É recomendável também indicar:

—— a especificação da escova no caso de motores de anéis;

—— os acessórios incluídos;

—— os ensaios previstos/realizados.

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Anexo D
(informativo)

Potências padronizadas em kW, equivalentes aos valores de


potências em cv
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Potência nominal
kW cv
0,037 1/20
0,06 1/12
0,09 1/8
0,12 1/6
0,18 1/4
0,25 1/3
0,37 1/2
0,55 3/4
0,75 1
1,1 1,5
1,5 2
2,2 3
3,0 4
3,7 5
4,5 6,0
5,5 7,5
7,5 10
9,2 12,5
11 15
15 20
18,5 25
22 30
30 40
37 50
45 60
55 75
75 100
90 125
110 150
132 175
150 200
185 250
220 300
260 350
300 400
330 450
370 500

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR IEC 60034-6, Máquinas elétricas girantes – Parte 6: Métodos de resfriamento (Código IC)

[2]  ABNT NBR IEC 60079-1, Atmosferas explosivas – Parte 1: Proteção de equipamentos por
invólucros à prova de explosão “d”
Documento impresso em 11/02/2022 11:14:52, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO

[3]  IEC 60034-12, Rotating electrical machines – Part 12: Starting performance of single-speed
three-phase cage induction motors

[4]  IEC 60050-411, International electrotechnical vocabulary – Chapter 411: Rotating machines

[5]  IEC 80000-4-811, International electrotechnical vocabulary – Chapter 811: Electric traction

[6]  ISO/IEC 80000-4, Quantities and units – Part 4: Mechanics

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