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TICS 3 - 2º período

Acadêmica: Isabel Weis

1. Quais as manifestações clínicas do tétano e sua relação com as alterações no


Sistema Nervoso?

Tétano acidental - O tétano acidental (decorrente de acidentes) é, geralmente, é


adquirido através da contaminação de ferimentos (mesmo pequenos) com esporos
do Clostridium tetani, que são encontrados no ambiente (solo, poeira, esterco,
superfície de objetos - principalmente quando metálicos e enferrujados). O
Clostridium tetani, quando contamina ferimentos, sob condições favoráveis
(presença de tecidos mortos, corpos estranhos e sujeira), torna-se capaz de
multiplicar-se e produzir tetanospasmina, que atua em terminais nervosos, induzindo
contraturas musculares intensas.
Tétano neonatal - As gestantes que nunca foram vacinadas, além de estarem
desprotegidas, não passam anticorpos protetores para o filho, o que acarreta risco
de tétano neonatal para o recém nascido (criança com até 28 dias de idade). O
tétano neonatal (tétano umbilical, "mal dos sete dias") é adquirido quando ocorre
contaminação do cordão umbilical com esporos do Clostridium tetani. A
contaminação pode ocorrer durante a secção do cordão com instrumentos não
esterilizados ou pela utilização subsequente de substâncias contaminadas para
realização de curativo no coto umbilical (esterco, fumo, pó de café, teia de aranha
etc).

2. Qual o mecanismo de ação da toxina tetânica no Sistema Nervoso Central e


Sistema Nervoso Periférico?

Essas bactérias são comumente encontradas no solo e entram no corpo humano


através de um corte ou ferida. À medida que as bactérias se reproduzem nos
tecidos, elas liberam uma proteína neurotóxica. Esta toxina, chamada de
tetanospasmina, é captada pelas terminações axonais de neurônios motores
somáticos. A tetanospasmina segue, então, ao longo dos axônios até atingir o corpo
celular neuronal na medula espinal. Uma vez na medula espinal, a tetanospasmina é
liberada pelo neurônio motor. Está, então, bloqueia seletivamente a liberação de
neurotransmissor nas sinapses inibidoras.

Referências
1. PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8ª ed. Guanabara Koogan, 2010.
2. SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2017

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