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Peçonha

Altair Junior Bonfante


Rafael Soares Henrique
Ruan Antunes
Introdução
Peçonha: substância tóxica produzida e inoculada
em outro animal por aparato inoculatório
presente no ser vivo produtor

Diferença de peçonha e veneno


O que os diferencia é a presença de uma
estrutura para inocular (injetar, transmitir) essa
substância
Neurotoxinas
Neurotoxinas: As As neurotoxinas podem
neurotoxinas proteicas são se ligar a receptores
as mais comuns e são celulares específicos,
responsáveis pela maioria dos causando uma resposta
efeitos nocivos das picadas inadequada ou a
de cobras, escorpiões e ausência de resposta.
aranhas. Essas toxinas
geralmente atuam
bloqueando ou alterando a
função de canais iônicos ou
receptores celulares.
Composição quimica da Peçonha
Neurotoxina de
Cianobactérias
A: anatoxina-a

B: homoanatoxina-a

C: anatoxina-a(s)

D: estrutural geral
das saxitoxinas
Composição quimica da Peçonha

Fosfolipase a2

Essas enzimas
quebram as
membranas celulares,
causando danos aos
tecidos
Neurotóxica
Visão turva
Anisocoria (ocorre quando
as pupilas assumem
tamanhos desiguais
Diplopia (Percepção de 2
imagens de um único objeto
Face miastênica (Fraqueza
da musculatura da face)
Comum em Escorpiões,
Viúva Negra, Cobra Coral e
na família das cascavéis.
Proteolítica
Conhecida por destruir e
decompor as proteínas do corpo.
Inicia com uma pequena lesão
local e rubor, mas evolui para
bolhas, necroses e um imenso
edema.
É difícil e quase impossível de ser
curada, pois avança rapidamente e
pode causar amputações caso não
seja tratada ao menor sinal de
algum dos sintomas
Comum em Tarântulas, na
Jararaca, Surucucu e Jararaca
Verde
Hemolítica
Conhecida por destruir
hemácias
Causa falência renal
Urina preta
Comum em Aranha Marrom e
Cascavéis
Coagulante
Podem também levar a
alterações da função
plaquetária bem como
plaquetopenia
É aquela que, na verdade, não
coagula o sangue
exatamente, mas sim, impede
a coagulação
Causa hemorragias severas
Comum em Cobras Bothrops
ou Lachesis
Aplicações médicas e terapeuticas
O acidente ofídico ou ofidismo é caracterizado
pelo envenenamento decorrente da picada ou
mordida de serpentes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a cada ano, cerca de 5,4 milhões de casos
de acidentes ofídicos ocorrem na população
mundial.
Os venenos de serpentes são complexos e
compreendem-se em dezenas de diferentes
compostos conhecidos como toxinas. Cada
toxina tem um papel diferente, portanto um
veneno pode ter uma variedade de efeitos.
O uso medicinal de peçonhas de serpentes como
“remédios naturais” populares é bem
documentado na medicina tradicional oriental,
porém o veneno bruto do animal não é próprio
para o uso terapêutico, uma vez que a ação
conjunta das toxinas pode exercer intoxicação e
afetar o sistema fisiológico do indivíduo.

Uma das principais aplicações dos venenos de


serpentes se dá na produção do soro antiofídico,
utilizado no tratamento de acidentes por
picadas de serpentes.
Estudos de citotoxicidade de toxinas do veneno
da cascavel (Crotalus durissus terrificus) têm
fornecido dados promissores para uma futura
utilização do veneno no tratamento de câncer.
Como por exemplo o VRCTC-310-ONCO,
resultante da combinação de duas toxinas do
viperídeo, que vem sendo avaliada como um
potente agente antitumoral.
Medicamentos feitos com toxinas de serpentes:

CAPOTEN(Captopril): é o nome comercial dado ao


grande precursor dos remédios feitos a partir de
venenos de cobras, o captopril. Ele foi desenvolvido
através do isolamento de dois peptídeos presentes
na peçonha de jararaca (Bothrops jararaca). O
captopril é um remédio utilizado mundialmente no
tratamento de hipertensão arterial humana e,
também, de insuficiência cardíaca, pois é um
vasodilatador.
Integrilin(Eptifibatide): cujo princípio ativo é o
Eptifibatide obtido do veneno da cascavel Pigmeu
(Sistrurus miliarus barbouri), impede a agregação de
plaquetas sanguíneas, inibindo a coagulação sanguínea
em pacientes que apresentam problemas de
obstrução de artérias.

Aggrastat(tirofibana): Esse medicamento é


utilizado para prevenir a formação de coágulos do
sangue, que podem acarretar sérios problemas no
fluxo sanguíneo, além de ataques cardíacos. Essa
droga foi desenvolvida a partir da peçonha da
serpente Echis carinatus, que habita a região do
Oriente Médio e Ásia Central.
Plateltex: é um grande revolucionário na
engenharia de tecidos e terapia celular. Ele é
basicamente um gel rico em plaquetas que ajuda
na cicatrização. As plaquetas presentes no gel
retêm fatores de crescimento tecidual no local
da lesão, o que colabora com o processo de
cicatrização.
Antivenenos
O desenvolvimento de antivenenos é um processo
complexo, caro e demorado que envolve 5 etapas:

1ª identificação do animal peçonhento que


causou a picada: Isso é importante para
determinar o tipo de toxina que foi inoculada e
para selecionar o soro antiveneno correto.

2ª obtenção do veneno do animal peçonhento:


Isso pode ser feito coletando o veneno de
animais vivos ou de animais mortos.
3ª Purificação do veneno: Isso é feito para
remover impurezas e concentrar as toxinas.

4ª Produção do soro antiveneno: Isso é feito


injetando o veneno purificado em um animal,
como um cavalo ou um coelho. O animal
desenvolve anticorpos contra as toxinas, que
são então coletados do sangue do animal e
purificados.

5ª Avaliação do soro antiveneno: Isso é feito


testando o soro em animais para determinar
sua eficácia na neutralização da ação das
toxinas.

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