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‭ OENÇA:‬‭Tétano‬

D
‭Doença toxêmica aguda, altamente fatal, causada por toxinas do C.tetani, caracterizada por paralisia espástica.‬

‭ETIOLOGIA‬ -‭ Clostridium tetani;‬


‭- Anaeróbica;‬
‭- Bacilo Gram + esporulado;‬

‭- Forma de “palito de fósforo”; Forma vegetativa cílios de superfície;‬

‭- Habitat: solo, fezes, trato gastrointestinal;‬

‭ orma esporulada é a forma de resistência, apresentada quando o ambiente não está agradável‬
F
‭Forma vegetativa: forma em que o ambiente está ok, permitindo a replicação do bacilo.‬

‭- equinos são os mais sensíveis‬

‭- Neurotóxico‬

‭ PIDEMIOL‬
E ‭- Quando exposto ao sol, dependendo da intensidade da radiação, ela sobrevive por 12 dias;‬
‭OGIA‬
‭- Morbidade varia de acordo com a região, clima ou estação;‬

-‭ Letalidade:‬
‭Bovinos jovens: 80 - 100%‬
‭Adultos: recuperação‬
‭Equinos: variável‬

‭- Porta de entrada é variável‬

‭ em vacina para homem e animais‬


T
‭Vacina das 10 doenças: vacina polivalente contra vários tipos de CLostrídios‬
‭Vacina confere imunidade para a toxina tetânica‬

‭Protocolo pós-cirúrgico de equinos inclui vacinação e soro antitetânico - presença de clostrídios no TGI‬
‭PATOGENIA‬ -‭ Período de incubação variável, dependendo de:‬
‭*Dimensão do ferimento: quanto maior a área de anaerobiose, mais fácil para a multiplicação;‬
‭*Número de bactérias inoculadas: quanto mais, menor o período de incubação;‬
‭*Grau de anaerobiose: relacionado a dimensão do ferimento, precisa ser profundo;‬
‭*Título de antitoxina: anticorpos;‬

‭- Se não houver anaerobiose não tem tétano. Ocorre em lesões profundas, perfurante.‬

-‭ Multiplicação local:‬
‭*Condição de anaerobiose;‬
‭*Ferimentos profundos, perfurantes e purulentas.‬

-‭ Produção de toxinas: imediata ou meses após a inoculação; sem capacidade invasora - permanece no foco da infecção.‬
‭Toxina é um produto natural do processo de replicação da bactéria, no organismos do hospedeiro isso causa destruição tecidual‬
‭Essa produção pode ser significativa, de forma imediata: quando as condições são favoráveis ou apenas meses após a entrada‬

‭ ão tem capacidade invasora: ele permanece no local onde entrou‬


N
‭Não ocorre septicemia‬
‭Soro antitetânico e vacinação não conseguem levar a cura - bactéria continua presente no tecido e produzindo toxinas‬
‭Precisa encontrar a lesão‬
‭Antibióticos não conseguem chegar em áreas necrosadas‬
‭Limpeza local deve ser feita‬

-‭ Toxinas:‬
‭*Tetanolisina: Causa lise, gerando necrose tecidual local. Aumento do ambiente de anaerobiose. Prepara o terreno para a proliferação do‬
‭Clostridium tetani. Só se dissemina no local da lesão, de ação local. Hemólise → Disseminação da infecção → necrose tecidual local (gera‬
‭anaerobiose) → lise dos glóbulos sanguíneos.‬

*‭ Tetanospasmina: Uma das mais potentes neurotoxinas conhecidas. Se dissemina até chegar na região inter-neurônio, impedindo o processo‬
‭de descontração muscular. Célula de Renshaw ou neurônio internuncial, ou interneurônio. A toxina impede a liberação de GABA (sinaliza o‬
‭processo de descontração muscular) , Impede a liberação de glicina, impedindo o processo de descontração muscular sem esses dois‬
‭neurotransmissores. A toxina consegue chegar no encéfalo, causando alterações que só surgem meses depois (Efeito retardado). Falha de‬
‭comunicação nervosa por incapacidade de liberação do neurotransmissor: ele continua sendo produzido e o seu receptor está intacto.‬
‭Neurônios excitatórios e inibitórios modulam a força de contração. Não havendo a inibição ocorre apenas o estímulo excitatório, estimulando a‬
‭ ontração, assim a musculatura fica progressivamente mais contraída, rígida, impede a exocitose de vesícula contendo neurotransmissores.‬
c
‭Essa lesão não consegue ser visualizada no microscópio - nenhum achado na necropsia, histopatologico.‬

*‭ Não-esparmogênica: Hiperestimulação do Sistema Nervoso Simpático. Evolução do quadro clínico leva a paralisia respiratória, espasmo‬
‭tetânico grave e fatal.‬
‭Animal morre por parada respiratória e cardíaca ou animal resistem um tempo, antes de morrer apresentam acidose metabólica e anorexia,‬
‭seguindo por morte.‬

‭ INAIS‬
S -‭ O início da sintomatologia: 2 sem a 1 mês após inoculação bacteriana.‬
‭CLÍNICOS‬ ‭- Rigidez e claudicação;‬
‭- Postura extensão da cabeça (cavalo de pau);‬
‭- Rigidez dos músculos da face (Riso sardônico (postura de orelhas e lábios retraídos em direção à nuca) e lábios estáticos e sem movimentos;‬
‭- Expressão ansiosa e alerta;‬
‭- Estrabismo ventrolateral;‬
‭- Prolapso da 3º pálpebra (bem característico em ruminantes);‬
‭- Restrição dos movimentos mandibulares;‬
‭- Tetania do músculo masseter;‬
‭- salivação intensa e espumosa;‬
‭- tentativas de engolir seguidas de regurgitação pelo nariz;‬
‭- cauda levantada;‬
‭- resposta exagerada a estímulos;‬
‭- Rigidez dos membros posteriores (andar errante e instável);‬
‭- tremores musculares;‬
‭- constipação;‬

-‭ Retenção urinária (incapacidade de assumir posição de micção); Com progressão: - curvatura da coluna; desvio lateral da cauda; marcha‬
‭dificultada; autotraumatização; membros posteriores paralisados em abdução e anteriores para frente; convulsões estimuladas (som, toque…);‬
‭Opistótono - cabeça e pescoço distendidos (Raiva também pode assumir esse posicionamento).‬

‭ IAGNÓSTI‬
D ‭- Exame clínico: espasmos musculares; prolapso de 3ª pálpebra; lesão recente.‬
‭CO‬
-‭ Isolamento do agente causador:‬
‭Coleta de material de ferida profunda e aí faz esfregaço.‬
‭- O prognóstico é reservado - depende da intensidade do quadro clínico; período de incubação; espécie acometida.‬

‭ RATAMENT‬ -‭ O tratamento tem como objetivo eliminar o C.tetani usando antibióticos; neutralizar a toxina usando antitoxina; evitar paralisia respiratória‬
T
‭O‬ ‭usando relaxante muscular.‬
‭Manter o relaxamento muscular até a eliminação e destruição da toxina.‬

-‭ Ferimento:‬
‭Realizar drenagem, limpeza e oxigenação; Infiltração de penicilina potássica G (Pentabiótico) e penicilina G procaína.‬

‭- Diminuir a exposição a estímulos.‬

‭PROFILAXIA‬ -‭ Vacinação;‬
‭- Desinfecção adequada dos instrumentos cirúrgicos e pele;‬
‭- Imunidade passiva - antitoxina após lesão dura de 10 a 14 dias;‬

-‭ após cirurgias de equinos antitoxina e toxóide‬


‭- antitoxina: imunidade a curto prazo;‬
‭- toxóide: imunidade a longo prazo‬

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