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Unidade II

Solução de equações
3. Solução de Equações Algébricas
3.1 Zero de Função ou Raiz de Equação
3.2 Interpretação Geométrica
3.3 Tipos de Equações
3.4 Solução de Equações
3.5 Solução Analítica de Equações
3.6 Fases
3.7 Exercícios Resolvidos
3.8 Exercícios Propostos
3.9 Para saber mais

4. Localização Isolamento de Raízes


4.1 Teorema 1 - Número de Raízes
4.2 Teorema 2 - Multiplicidade de Raízes
4.3 Regra de Ruffini
4.4 Teorema 3 - Teorema de D'Alembert
4.5 Redução do grau de polinômios
4.6 Teorema 4 - Teorema de Cauchy-Bolzano
4.7 Teorema 5 - Teorema de Bolzano
4.8 Teorema 6 – Raiz Única
4.9 Fase-I: Localização e Isolamento das raízes
4.10 Teorema 7 - Critério de Parada
4.11 Exercícios Resolvidos
4.12 Exercícios Propostos
4.13 Para saber mais

5 Métodos de Refinamento
5.1 Resumo do método iterativo
5.2 Método da Bisseção
5.3 Método da Posição Falsa
5.4 Método do Ponto Fixo (MPF) ou das Aproximações Sucessivas
5.5 Método de Newton-Raphson
5.6 Método da Secante
5.7 Exercícios Propostos
5.8 Para saber mais

3. Solução de Equações Algébricas Página 25


6. Sistemas de Equações Lineares
6.1 Problema unidimensional
6.2 Problema bidimensional
6.3 Problema tridimensional
6.4 Sistema Linear
6.5 Dependência e Independência Linear
6.6 Sistemas Lineares com Vetores e Matrizes
6.7 Conceitos Básicos
6.8 Classificação dos Sistemas Lineares
6.9 Métodos Numéricos para resolução de Sistemas Lineares
6.10 Método Direto – Regra de Cramer
6.11 Método Direto – Gauss-Jordan
6.12 Método Direto – Eliminação de Gauss
a) Etapa-1
b) Etapa-2
c) Comparação com Gauss-Jordan
d) Exemplo
e) Pivoteamento Parcial
f) Pivoteamento Total
6.13 Esforço Computacional dos Métodos Diretos
6.14 Método Direto – Fatoração LU (Lower-Upper)
6.15 Introdução aos Métodos Iterativos
6.16 Método Iterativo de Gauss-Jacobi
6.17 Método Iterativo de Gauss-Seidel
6.18 Interpretação Geométrica
6.19 Avaliação da Convergência dos Métodos Iterativos
6.20 Exercícios Propostos

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3

Solução de Equações Algébricas


3.1 Zero de Função ou Raiz de Equação

Zero de Função ou Raiz de Equação é u ú ero ξ para o qual o valor da


função f(x) é zero, ou seja, ele atende a equação f ξ =0  Um número ξ é
uma raiz da equação f(x)=0 se f(ξ)=0.
Zero da função = Raiz da equação

Resolver uma equação f(x) = 0 significa encontrar números ξ que anulam


a função, ou seja números tais que f(ξ) = 0. Esses números são
denominados raízes.

3.2 Interpretação Geométrica

As raízes reais de uma equação f(x)=0 são os pontos onde a função f corta
ou toca o eixo Ox, ou seja, os pontos da interseção do gráfico de f com o
eixo Ox
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
-0,4
Raízes
-0,6
-0,8
-1,0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

3.3 Tipos de Equações Série de Potências

ln(1  x)  x    ...
x2 x3
Equações Algébricas (ou polinômios)- são aquelas cujos coeficientes e a 2 3

senx   x    ...
incógnita se encontram ligados pelas operações elementares, ou seja,
x3 x5
envolvem apenas as operações soma, subtração, divisão, multiplicação,
3! 5!
mais a extração de raízes quadradas, cúbicas, etc.
ex  1 x    ...
Equações Transcendentes – incluem as funções transcendentes (como x2 x3
seno e o logaritmo) que são funções expressas por desenvolvimentos em 2! 3!
série de potências.

3. Solução de Equações Algébricas Página 27


Equações Diferenciais - envolvem além da função - a incógnita – também
as suas derivadas obtidas com o operador df/dx (derivada)ou f /x
(derivada parcial).
Equações Integrais – - envolvem além da função - a incógnita – também a
sua integral obtida com o operador f.dx.
Equações de Diferenças Finitas – são obtidas através do operador  de
diferenças finitas

3.4 Solução de Equações

Algumas equações podem ser resolvidas analiticamente, i.e., algumas


raízes podem ser calculadas exatamente através de métodos analíticos.
São as equações:
 Algébricas do primeiro e segundo grau
 Certas classes de equações algébricas do terceiro e quarto grau
 Algumas equações transcendentes.

3.5 Solução Analítica de Equações

A solução analítica de um dado polinômio f (x) com grau n é a expressão


que determina as suas raízes, em função de seus coeficientes, envolvendo
somente as operações algébricas fundamentais e mais a extração de raízes
quadradas, cúbicas, etc.

(A) Solução Analítica de Equação de 1º Grau (Linear)

As equações algébricas do primeiro grau são as mais simples que se podem


encontrar, e são redutíveis por manipulação algébrica ao formato:
ax + b = 0  equação da reta y = ax + b cuja solução é: y = ax + b = 0 
ax = - b  x = - b / a

(B) Solução Analítica da Equação de 2º Grau (Cônica)

Manuseada desde o Antigo Egito, há cerca de 700 anos A. C., a equação de


2º grau foi posta na forma como hoje conhecemos somente no século XII,
graças à contribuição de Baskhara (matemático hindu) que descreveu sua
solução em versos, hoje conhecida como Método de Baskhara:

ax2 + bx + c = 0  Multiplicando os dois lados por 4a:


4a (ax2 + bx + c) = 4a.0 
4a2.x2 + 4a.b.x + 4a.c = 0  4a2.x2 + 4a.b.x = - 4a.c
Adicionando b2 aos dois lados: 4a2.x2 + 4a.b.x + b2 = b2 - 4a.c
Primeiro membro é um quadrado perfeito: (2a.x + b)2 = b2 - 4a.c
Bhaskara Akaria Extraindo raiz quadrada:
2ax  b   b 2  4ac  2ax  b  b 2  4ac
(1114-1185)

 b  b 2  4ac
 x Hipérbole
Círculo

Define-se:  = discriminante =
2a

= b2 - 4a.c
b 
Então: x 
Elípse

Parábola
2a
3. Solução de Equações Algébricas Página 28
Soma de raízes: x1 + x2 = - b/a ; Produto raízes: x1 . x2 = c/a Nota: Relações de Girard
Logo, para a=1  x2 – (x1+x2) x + (x1 . x2 ) = 0 para Eq.2º grau:
Dado as raízes x1 e x2 tem-se:
(C) Solução Analítica da Equação de 3º Grau (Cúbica) (x-x1).(x-x2) = 0
x.(x-x2) – x1.(x-x2) = 0
A solução da equação cúbica foi realizada em segredo no século XVI por del
Ferro (1465?-1526), e mais tarde, de forma independente, também por N. x2 – x.x2 – x.x1 +x1.x2 = 0
Tartaglia (1500?-57). x2 – x(x2 +x1) + x1.x2 = 0

Em 1545, no livro "Ars Magna", G. Cardano (1501-76) publicou a solução da Soma Produto
equação cúbica, naturalmente com as devidas referências a del Ferro e
Tartaglia.

As equações algébricas do terceiro grau são redutíveis à forma:


x3 + ax2 +bx +c =0  Adicionando termos nulos:
x3 .a.x2 3(a/3)2x 3(a/3)2x +b.x +c + a– a0
(x + a/3)3
x3 a)x2 3(a/3)2x a+(b-a2/3)x+a.b/3-a.b/3 +a3/32- a3/32+c –
a3/27 0 . Mais termos nulos são adicionados:
(x + a/3)3 +(b-a2/3)x+a.b/3-a.b/3 +a3/32- a3/32+c – a3/27 0
(x + a/3)3 +(b-a2/3)x+(b-a2/3)a/3+a3/32– a3/27 -a.b/3 +c 0
(x + a/3) +(b-a /3)(x+a/3)+(3a – a )/27 -a.b/3 +c 0
Girolamo Cardano
3 2 3 3 (1501 – 1576)

(x + a/3)3 +(b-a2/3)(x+a/3)+2a3/27 -a.b/3 +c 0


Nota:
p q (x+a)3 = x3+3ax2+3a2x+a3
colocando: p = b - a2/3 e q =2a3/27- a.b/3 + c, tem-se:
(x + a/3)3 + p.(x + a/3) + q = 0
Fazendo x =  – a/3 tem-se: ( – a/3 + a/3)3 + p ( – a/3 + a/3) + q = 0
Obtém-se a equação reduzida é: 3 + p.  + q = 0
Se  = u + v, tem-se:
(u+v)3+p(u+v)+q = 0  u3+v3+q+(3uv+p)(u+v) = 0
Ou seja: u3 + v3 = −q
γuv = −p
Sistema, com a soma e o produto das raízes (pode ser resolvido facilmente
por uma equação do 2º grau):
u3 + v3 = −q
u3v3 = (−p/3)3
u3 e v3 são as raízes da equação quadrática resolvente: y2 + qy − p3/27 = 0
Pela fórmula de Baskhara para equação do 2º grau:

 q  q 2  4 p 3 / 27  q  q 2  4 p 3 / 27
y1  e y2 
2 2
q q  4 p / 27  q
Ou seja: y1      p 3 / 27
2 3
q2
2 4 2 4

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q q 2  4 p 3 / 27  q
y2      p 3 / 27
q2
2 4 2 4
Neste caso tem-se o discriminante:  = q2 / 4 + p3 / 27
Portanto: y1 = -q/2 +  e y2 = -q/2 - 
Mas: y1 = u3 e y2 = v3, logo u = y11/3 e v = y21/3

u  3 q/2  e v  3 q/2 

Como a solução é  = u + v, então a solução final, denominada fórmula de


Nota: Cardano, fica:

1  3  q / 2    3  q / 2  
Quando a equação do 3º grau
tem uma raiz conhecida x1 

 2  3  q / 2     3  q / 2  
Q, tem-se f (x) = (x − x1)g(x),
ou seja uma das raízes dessa

 3   3  q / 2    3  q / 2  
equação é x1 e as demais
raízes são obtidas da equação

Onde:  e  são raízes cúbicas da unidade


de 2º grau: g(x) = 0.
Não há necessidade do uso da
fórmula de Cardano.  = ei π/
= os π/ + i sen π/   = − / + i√ /
 = ei π/
= os π/ - i sen π/   = − / - i√ /

Chamando:
u  3 q/2  e v  3 q/2 
Tem-se:
1 = u + v,
2 = -(u + v)/2 + (u – v) -3 /2 i
3 = -(u + v)/2 - (u – v) -3 /2 i

Se  > 0  1 raiz real e 2 imaginárias conjugadas


Se  = 0  3 raízes reais sendo 2 iguais
Se  < 0  3 raízes reais e desiguais


(D) Solução Analítica da Equação de 4º Grau (Quártica)
A solução da equação de quarto grau foi estabelecida em 1545 por
Lodovico Ferrari (1522-65), discípulo de Cardano, conforme mostrado a


seguir:

Seja a equação: x4 ax3 bx2 cx d 0


Reescrevendo a equação usando o processo que completa a quarta
potência, tem-se:
(x+a/4)4+p(x+a/4)2+q(x+a/4)+r= 0
Fazendo x =  – a/4, tem-se: ( – a/4+a/4)4+p( – a/4+a/4)2+q( –
Lodovico Ferrari a/4+a/4)+r= 0
Logo se tem a forma reduzida: 4 + p.2 +q. + r = 0
(1522-1565)

3. Solução de Equações Algébricas Página 30


Fazendo  = u+v+z, e elevando-se ao quadrado ambos os lados fica:
2 = (u+v+z)2  2 - (u+v+z)2 = 0 2 – [(u2 +v2 + z2)+2(uv+uz+vz)]= 0 Nota: Equação biquadrática é
  – (u +v + z )-2(uv+uz+vz)=0   – (u +v + z )=2(uv+uz+vz)
2 2 2 2 2 2 2 2
uma equação do 4º grau que
Elevando novamente ao quadrado: [ − (u +v +z )] = 4(uv + uz + vz) 
2 2 2 2 2 2
apresenta a seguinte forma:
4 − β(u2 +v2 + z2) 2 + (u2 +v2 + z2)2 = 4[u2v2 + u2z2 + v2z2 + 2(u2vz + px4 qx2 r 
uv2z + uvz2)]  Colocando y = x2 obtém-se
4 − β(u2 +v2 + z2) 2 + (u2 +v2 + z2)2 = 4(u2v2 + u2z2 + v2z2)+8uvz(u+v py2 qy r 
+z)  que é uma equação do 2º grau
4 − β(u2 +v2 + z2) 2 + (u2 +v2 + z2)2 = 4(u2v2 + u2z2 + v2z2)+8uvz() 
facilmente resolvida

4 − 2(u2 +v2 + z2) 2 − 8(uvz) + [(u2 +v2 + z2)2−4(u2v2 + u2z2 + v2z2)]= 0.


Assim, comparando com 4 + p.2 +q. + r = 0 (*) tem-se:
u2 +v2 + z2 = −p/2
uvz = −q/8 Raiz é =u+v+z
u v + u z + v z = (p − 4r)/16
2 2 2 2 2 2 2

Elevando ao quadrado a segunda igualdade:


u2 +v2 + z2 = −p/2
u2v2z2 = −q2/64 Raiz é =u2+v2+z2
u2v2 + u2z2 + v2z2= (p2 − 4r)/16
Assim, tem-se que u2,v2e z2são as raízes da cúbica resolvente (ver Relações
de Girard em Nota ao lado): Nota: Relações de Girard
y + (p/2)y + [(p − 4r)/16]y − q /64 = 0
3 2 2 2
para cúbica resolvente
Cuja solução fornece os números complexos: u2 = α, v2 = , z2 = . Dado as raízes x1, x2 e x2 tem-
se: (x-x1).(x-x2).(x-x3) = 0
Escolhendo duas raízes quadradas u = √α e v = √ , determina-se z =
x.(x-x2).(x-x3) –x1.(x-x2).(x-x3)=0
−q/8uv.
(x2 – x.x2).(x-x3) – (x.x1-x1.x2).
Como = z2 = q2/64u2v2 = (−q/8uv)2.
Assim,  = √α + √ + √ é uma raiz de (*). Tem-se então as quatro raízes:
.(x-x3) = 0
(x3 – x2.x3 – x2.x2+ x.x2.x3) –
1 = √α + √ + √ -(x2.x1-x.x1.x3 - x.x1.x2 -x1.x2.x3)

2 = √α − √ − √
=0

3 = −√α + √ − √
x3 – (x1+x2+x3)x2- (x2.x3 +x1.x3+
x1.x2).x –(x1.x2.x3) = 0
4 = −√α − √ + √ x1+x2+x3 = soma das raízes
x2.x3 +x1.x3+ x1.x2=soma prod.

(E) Solução Analítica de Equações  5º Grau


x1.x2.x3=produto das raízes

Para as equações de grau  4 é possível encontrar os valores das incógnitas


à custa de operações elementares - adição, subtração, multiplicação,
divisão e extração de raiz de índice inteiro.

Para e uação algé i a de g au n ≥ 5 tem-se: a0 + a1x + ... + anxn = 0


onde ai   (i = 0, 1, ..., n), an  0. Évarist Galois
(1811-1832)
3. Solução de Equações Algébricas Página 31
No final do século XVIII, o matemático italiano P. Ruffini deu uma prova
(com algumas lacunas em sua argumentação) da impossibilidade de se
resolver por radicais a equação do 5.o grau.

A primeira prova convincente da impossibilidade de resolução da equação


quíntica foi estabelecida, no início do século XIX, pelo matemático
norueguês N. H. Abel (1802-29).
Paolo Ruffini
(1765-1822) O trabalho de Abel foi completado pelo gênio francês E. Galois (1811-32),
que caracterizou as equações f (x) = 0, com grau arbitrário n, que são
solúveis por radicais, por meio de uma propriedade de certo grupo Gf de
permutações de suas raízes, atualmente denominado o grupo f de Galois.

Assim, os matemáticos Evaristo Galois e Henrique Abel acabaram


demonstrando que não é possível obter solução analítica para equações
algébricas completas de grau superior a quatro. Conclui-se, portanto, que
a equação geral de grau n ≥ 5 não pode se esolvida po radicais.

Assim, para polinômios de grau superior a quatro e para a grande maioria


Niels Henrik Abel das equações transcendentes o problema só pode ser resolvido por
(1802-1829) métodos numéricos

3.6 Fases

O cálculo numérico de uma raiz é feito em duas fases

 Fase-I: Localizar a raiz num intervalo [a,b]; Isolamento das raízes –


obter intervalo que contém a raiz determinar um intervalo [a; b], o
menor possível, que contenha uma única raiz

 Fase-II: Refinamento – obter aproximação para a raiz dentro de um


a determinada precisão

3.7 Exercícios Resolvidos

3.7.1 Resolver: x3 − x − 1 = 0

Solução:
Repare que a equação já está na forma reduzida 3 + p.  + q = 0 temos:
p = −1 e q = −1. Portanto

1  3  q / 2  q 2 / 4  p 3 / 27  3  q / 2  q 2 / 4  p 3 / 27

1  3   1 / 2  12 / 4  13 / 27  3   1 / 2  12 / 4  13 / 27 =
1  3 1 / 2  27  4 /4  27  3 1 / 2  27  4 /4  27
1  3 1 / 2  23 / 108  3 1 / 2  23 / 108

3. Solução de Equações Algébricas Página 32


1  3 0,5  0,21296  3 0,5  0,21296
1  3 0,5  0,46148  3 0,5  0,46148
1  3 0,96148  3 0,038521 = 0,98699 + 0,33773-= 1,3247565
 2  - 0,33773   - 0,98699
 3   - 0,33773  - 0,98699
Onde:

   i
1 3
2 2
Verificando:
x3 − x + 1 =(1,3247)3 – (1,3247) + 1 =-2,3246+1,3247+1=-0,99992+1
= 0,00008 0

3.7.2 Quais são as raízes da equação x3 − 3x + 2 = 0 ?

Solução
Repare que a equação já está na forma reduzida: 3 + p.  + q = 0
Onde p =-3 e q = 2
O discriminante é:  = q2 / 4 + p3 / 27   = 22/4 + (-3)3/27 = 1 – 1 = 0 
 3 raízes reais sendo 2 iguais
A = (-q/2 + 
B = (-q/2 - 
x1  A  B  3  1  3  1  23  1  3  8  2
 
x2   3  1   3  1  3  1     3  1  1 / 2  i 3 / 2  1 / 2  i 3 / 2 
 
 3  1  1 / 2  1 / 2  i 3 / 2  i 3 / 2  3  1(1)  3 (1) 3  1  3  1  1

x3   3  1   3  1  1
As raízes são: -2, 1 e 1

3.7.3 Quais são as raízes da equação: x3 - 5x2 + 8x - 4 = 0 ?

Solução
A equação está na forma: x3 + ax2 +bx +c =0
Onde: a = -5
b=8
c = -4
Colocando: p = b - a2/3 e q =2a3/27- a.b/3 + c, tem-se:
p =8 – 52/3=( 24 – 25)/3 = -1/3
q = -253/27 – (-58)/3 -4 =(-250 +360 -108)/27= 2/27

Equação na forma reduzida: 3 + (-1/3).  + (2/27) = 0


O discriminante é:  = q2 / 4 + p3 / 27   = (2/27)2/4 + (-1/3)3/27 =
4/(2724) – 1 / (2727) =
= 1/ 272 - 1/ 272 = 0  3 raízes reais sendo 2 iguais

A = (-q/2 + 
= (-q/2 - 

3. Solução de Equações Algébricas Página 33


1 = A + B = -
x1 = 1 – a/3  x1= -2/3 – (-5)/3 = (-2 + 5) / 3 = 3/3 =1

2 = -(A + B)/2 + (A – B) -3 /2 = -(-2/3)/2 + (0) -3 /2 =+1/3


x2 = 2 – a/3  x2 = 1/3 – (-5)/3 = (1 + 5) / 3 = 6/3 =2

3 = -(A + B)/2 - (A – B) -3 /2 = -(-2/3)/2 - (0) -3 /2 =+1/3


x3 = 3 – a/3  x3 = 1/3 – (-5)/3 = (1 + 5) / 3 = 6/3 =2

As raízes são 1, 2 e 2

3.8 Exercícios Propostos

3.8.1 Resolver: x3 -5x2 +7x -3 = 0

3.8.2 Resolver: x3 -3x2 -9x +27 = 0

3.8.3 Determinar a soma e o produto das raízes das equações


(A) f(x) = x2 - x - 2
(B) f(x) = 2x2 - 4x - 16
(C) f(x) = 2x2 + 8x
(D) f(x) = 4x2 - 24x + 36
(E) f(x) = x2 – 25

3.9 Para saber mais

[1] RUGGIERO, Márcia A.Gomes, LOPES, Vera Lúcia da Rocha. Cálculo


Numérico – Aspectos Teóricos e Computacionais. São Paulo: Pearson
Makron Books, 2005
[2] BASTOS, G. G. Notas de Álgebra. Fortaleza: Edições Livro Técnico,2002
[3] HUDSON, Ralph G. Manual do Engenheiro. Rio de Janeiro: LTC,1980
[4] BEYER, William H. CRC Standard Mathematical Tables.West Palm
Beach: CRC Press, Inc, 1978
[5] ALBRECHT, P. Análise Numérica: Um curso moderno. Rio de Janeiro:
Editora LTC
[6] HUMES, A. F. P. Noções de cálculo numérico. São Paulo: Editora Mc
Graw-Hill do Brasil
[7] CONTE, S. D. Elementos de Análise Numérica. São Paulo: Editora Globo
[8] STARK, A. P. Introdução aos métodos numéricos. Rio de Janeiro:
Editora Interciências

3. Solução de Equações Algébricas Página 34

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