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Raquel M. Gaspar
Janeiro 2017
Estas soluções não são isentas de erros e/ou typos. Agradece-se aos alunos que durante o
estudo identifiquem essas gralhas que as assinalem e entreguem à docente, no dia do exame,
uma lista. Obrigada!
Exercício 1.1
1 8 4 12 0
2 4 2 6 0
3 12 6 18 0
4 0 0 0 10.7
1
1 2 3 4
1 1 1 1 0
2 1 1 1 0
3 1 1 1 0
4 0 0 0 1
Carteira Variância
A (1/2)2 8 + (1/2)2 2 + 2 1/2 1/2 ( 4) = 0.5
B 12.5
C 4.6
D 2
E 7
F (1/3)2 8 + (1/3)2 2 + (1/3)2 18 + 2 1/3 1/3 ( 4)
+ 2 1/3 1/3 12 + 2 1/3 1/3 ( 6) = 3.6
G 2
H 6.7
I (1/4)2 8 + (1/4)2 2 + (1/4)2 18 + (1/4)2 10.7
+ 2 1/4 1/4 ( 4) + 2 1/4 1/4 12 + 2 1/4
1/4 0 + 2 1/4 1/4 ( 6) + 2 1/4 1/4 0 + 2 1/4
1/4 0 = 2.7
d) Todas as correlações são extremas, -1, 0 ou 1. Ver nos slides das aulas a representação gráfica
de carteiras de 2 ativos. No caso dos 2 ativos, é importante saber não só a representação gráfica
mas também a dedução analítica da expressão e interpretação. Para os casos de carteiras de 3
e 4 ativos é necessário saber que o conjunto de todas as carteiras possíveis passa a ser uma área
limitada (pelo teorema do envelope) por uma hipérbole que representa-se a fronteira de
carteiras eficientes.
Exercício 1.2
a) A fórmula da variância de uma carteira homogénea que consta do formulário pode ser
reescrita como:
sendo a media das variâncias dos ativos individuais, a média das covariâncias entre todos
os pares de ativos e N o número de ativos da carteira.
2
Sabemos que a media das variâncias é 50, logo = 50 e como a média das covariâncias é 10
b) A variância da carteira de risco mínimo é igual à média das covariâncias, logo a carteira de
risco mínimo tem um risco de . Ter um risco apenas 10% superior ao
Exercício 1.3
a) Se considerarmos carteiras de apenas um ativo então média das variâncias das carteiras será
idêntica à média das variâncias dos ativos individuais, . No entanto, em carteiras
homogéneas com grande número de ativos, a variância das carteiras tenderá para a média das
covariâncias entre todos os pares de ativos da carteira, .
Assim sendo, a “fracção da variância da carteira que pode ser diversificado através de uma
carteira suficientemente grande” é dada pelo seguinte rácio:
Como a medias das variâncias individuais, , em qualquer dos países é de 50, temos que a
3
100 20.3 10.4
Exercício 1.4
Como vimos no Exercício 1.2 uma fórmula alternativa de escrever a variância de carteiras
homogéneas é .
2
Da análise da tabela sabemos a variância média, p 46.619 e a covariância média,
2
ij 7.058 já que há medida que o número de ativos aumenta temos lim p ij .
N
Com estes dados sabemos, e para descobrir o número de activos da carteira com variância média
inferior a 8 temos que resolver:
Exercício 1.5
Como , temos
Ou seja, xA=62,5% e xB=37,5%, dado que nos interessa a solução em que xA > 0 e xB > 0.
4
1.2 Oportunidades de Investimento e Fronteiras Eficientes
Exercício 1.6
C = 8%
b) A carteira que tem risco mínimo é uma carteira que tem risco nulo, ou seja, p 0.
Graficamente (ver gráfico acima) corresponde ao ponto C. Portanto, temos que:
Logo, a carteira é composta em 33% pelo activo 1 e em 67% do activo 2. A rendibilidade esperada
vai ser de:
5
Exercício 1.7
a) Para resolver esta alínea vamos começar por determinar as rendibilidades esperadas, as
variâncias e a covariância.
Assim, temos que:
1
R1 E R1 20 14 8 14%
3
1
R2 E R2 16 12 8 12%
3
Daqui pode-se ver que as rendibilidades dos dois ativos estão positiva e perfeitamente
correlacionadas, de modo que o conjunto de oportunidades de investimento, combinando os
ativos 1 e 2, é dado por uma recta que passa nos pontos ( 24,14) e ( 32 / 3,12) .
Analiticamente temos: Graficamente temos:
Graficamente, temos que:
Rp
R1 14% 1
R 2 12% 2
8%
8%
p
2 1
b) Admitindo que não há operações de short-selling, pode-se ver no gráfico anterior que a
carteira com risco mínimo vai ser constituída somente pelo ativo 2. Consequentemente
32
Rp R2 12%, ( rendimento esperado) p 2 , (risco)
3
Se admitirmos operações de short-selling, i.e., se admitirmos endividamento, vamos ter:
6
são avessos ao risco. Então as carteiras eficientes são todas as carteiras que estão situadas na
recta .
Exercício 1.8
Como vimos no Exercício 1.7 o conjunto de oportunidades de investimento gerado por dois ativos
positiva e negativamente correlacionados é dado por duas rectas. Para derivar as equações,
comecemos pela equação do desvio-padrão nesse caso.
Exercício 1.9
a) Ver slides das aulas e resoluções anteriores.
b) (i) Quando ρ é 1, a combinação menos arriscadas dos ativos 1 e 2 é investir 100% no ativo 2
(assumindo que não há short sales). Logo X1 0, X 2 1 . O risco desta carteira é obviamente
e .
7
(iii) Quando ρ é 0, sabemos que existe uma combinação dos dois ativos que minimiza o risco, mas
onde o risco não é 0%. Assim sendo temos que começar por escrever a fórmula do risco de uma
Exercício 1.10
Se a rendibilidade do ativo sem risco for de 10% o ativo sem risco é o único ativo eficiente. O
ativo 1 tem a mesma rendibilidade esperada, mas com risco e o ativo 2 tem menor rendibilidade
esperada apesar de ser um ativo de risco.
Exercício 1.11
Para determinarmos a única carteira eficiente composta só por ativos de risco, temos que
maximizar o índice de Sharpe de carteiras compostas pelos ativos A,B,C sujeito à restrição que a
soma, em módulo, das proporções investidas nos diversos ativos tem que somar um (definição de
Lintner).
É sabido que das condições de primeira ordem do problema de maximização resulta o seguinte
sistema:
A carteira eficiente composta só por ativos de risco, e usando a definição de Lintner para as vendas
a descoberto é, para cada um dos RF sugeridos:
RF = 6% RF = 8% RF = 10%
Z1 3.510067 1.852348 0.194631
Z2 1.043624 0.526845 0.010070
Z3 0.348993 0.214765 0.080537
8
X1 0.715950 0.714100 0.682350
X2 0.212870 0.203100 0.035290
X3 0.711800 0.082790 0.282350
OBS: No ficheiro de excel estão ainda resolvidos o caso de vendas a descoberto sem qualquer
tipo de limitação.
Exercício 1.12
Uma vez que as carteiras A e B são eficientes, sabemos que se pode deduzir toda a fronteira
através de combinações de A e B. Uma vez que XB = 1 XA é fácil deduzir qual a combinação de A
e B que tem variância mínima (MV). Para isso basta derivar a formula da variância da carteira em
ordem a X A e igualar a zero. A solução vem
1
X BGMV 1 GMV
XA 1
3
A rendibilidade esperada e o risco da carteira de variância mínima são, respectivamente,
Para determinar a expressão algébrica da fronteira eficiente (FE) temos que considere todas as
combinações de A e B, ou seja qualquer carteira p que resolva o seguinte sistema:
Como as vendas a descoberto não estão limitadas contínua para além do ponto de maior risco (ver
representação gráfica abaixo).
9
Representação Gráfica
Exercício 1.13
a) Dado que as rendibilidades das carteiras A e B que nos dão a fronteira eficiente e seguem uma
distribuição normal. Então sabemos que:
10
b) Neste caso temos
OBS: espera-se que o aluno saiba identificar a solução graficamente. A dedução analítica
exata é complexa e encontra-se fora do âmbito de FGC
11
d) Critério subjacente à alínea a) é o Telser, à alínea b) o de Roy e à c) o de Kataoka.
Exercício 1.14
OBS: Ver ficheiro de excel
12
1.4 Alargamento do Universo de Seleção
Exercício 1.15
Por diversificação entende-se a combinação de títulos de risco diferente numa carteira no
sentido de manter o rendimento e diminuir o risco total da carteira.
No limite, com = -1, a diversificação é máxima porque os títulos respondem de forma inversa
ao rendimento de mercado.
Por sua vez, a diversificação internacional acontece quando o número de títulos da carteira (N)
tende para infinito. Ou seja, só assim é possível reduzir o risco da carteira a um valor mínimo
coincidente com a covariância média, porque:
N 1 temos:
E quando N o primeiro termo tende para zero e o segundo pata a covariância média, ou
seja, a variância da carteira, , tende para a covariância média.
Exercício 1.16
a) Determinemos, primeiro, as rendibilidades “brutas” (i.e. 1+rendibilidade habitual) cambiais do
ponto de vista de cada um dos investidores:
(1 + RX) (1 + R*X)
Período (Investidor Americano) (Investidor Inglês)
1 2.5/3 = 0.833 3/2.5 = 1.200
2 2.5/2.5 = 1.000 2.5/2.5 = 1.000
3 2/2.5 = 0.800 2.5/2 = 1.250
4 1.5/2 = 0.750 2/1.5 = 1.333
5 2.5/1.5 = 1.667 1.5/2.5 = 0.600
A rendibilidade total, para o investidor Americano, de um investimento no Reino Unido vem dada
por (1 + RX)(1 + RUK) 1.
De igual modo, a rendibilidade total para o investidor inglês, de um investimento nos Estados
Unidos, é: (1 + R*X)(1 + RUS) 1.
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Rendibilidades Totais para o Investidor Americano
Período Investimento EUA Investimento Reino Unido
1 10% (0.833)(1.05) 1 = 12.5%
2 15% (1)(0.95) 1 = 5.0%
3 5% (0.8)(1.15) 1 = 8.0%
4 12% (0.75)(1.08) 1 = 19.0%
5 6% (1.667)(1.1) 1 = 83.3%
Média 7.6% 7.76%
14
Exercício 1.17
Exercício 1.18
Para responder temos que achar a carteira de variância mínima. Como só temos dois ativos:
2
X1GMV 2 1 2 12
2 2
1 2 2 1 2 12
sendo X1 a proporção investida no ativo 1 e X2 = 1 - X1.
Para as ações, US = 13.59, N = 16.70 e N,US = 0.423. Logo, a carteira de variância mínima é:
2
GMV
19.0 15.39 19.0 0.423
XUS 0.6771 67.71%
2 2
15.39 19.0 2 15.39 19.0 0.423
GMV GMV
XN 1 XUS 0.3229 32.29%
Para as obrigações, US = 6.92, N = 12.87 e N,US = 0.527. So the minimum-risk portfolio is:
GMV
XUS 0.9924 99.24%
GMV GMV
XN 1 XUS 0.0076 0.76%
Para os bilhetes do tesouro, US = 1.01, N = 10.01 e N,US = 0.220. So the minimum-risk portfolio
is:
GMV GMV GMV
XUS 0.9673 96.73% XN 1 XUS 0.0327 3.27%
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