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ARTIGO 09: INFLUENCE OF CUTTING SPEED ON DRY MACHINABILITY

OF AISI 304 STAINLESS STEEL

1. Introdução:
A liga de Inox AISI 304 SS é amplamente utilizada na área industrial e
comercial devido à alta resistência à corrosão. Porém, tal processo de usinagem
se torna difícil uma vez que ocorre o endurecimento do material devido as
temperaturas na região de usinagem.
Uma das soluções possívelmente implementadas seria a utilização do
fluido de corte. Todavia, como o mesmo pode causar danos ao ambiente e até
mesmo o operador, além de culminar em um maior preço final de produção.
Portanto, o experimento teve como intuito realizar o teste no mesmo
material (tubo de inox), no mesmo período de tempo com os mesmos parâmetros
usinagem, variando apenas as velocidades de corte.

2. Objetivos:

Analisar a diferença do desgaste nas ferramentas de corte, relacionando


as temperaturas presentes na zona de corte e também um aspecto microscópico
da peça de corte afim de observar microestruturas presentes na superfície.

3. Materiais e Métodos:

 Foram utilizados 4 tubos iguais de Inox AISI 304SS com diâmetro externo de
95.67mm.
 4 Bits de usinagem de tugstênio sem película (TTS-66 grade).
 Termômetro a laser para aferição de temperatura.
 Dinamômetro e amplificador para aquisição da força de corte.
 Microscópio eletronico para visualização da ponta da ferramenta de corte.
Para cada ensaio, realizou-se a usinagem do tubo onde foi medido sua
temperatura, força de corte e posteriormente a visualização microscópica para aferir o
que ocorreu na superfície além de uma análise para saber quais elementos foram
encruados em regiões de acúmulo (Built-Up-Edge). Foram utilizadas as velocidades de
corte de 66, 146, 190 e 247 m/min, com tempo por ensaio de 40 segundos para todos.
4. Resultados e Conclusão:
Foi observado que com o aumento da velocidade de corte, ocorre o
aumento da temperatura na zona de corte, devido ao maior contato entre a peça e
a ferramenta, elevando também a força de corte.
O aumento do desgaste do flanco ocorreu progressivamente com o
aumento da velocidade de corte, sendo ocasionado pelas maiores temperaturas
gerando o amolecimento do material e consequentemente maior desgaste. Nota-
se nas análises EDS, conforme o aumento da velocidade de corte, houve o maior
acumulo de resíduos “W” (material da ferramenta), confirmando tal desgaste.
Posteriormente, também observa-se que a variação da velocidade de
corte afeta o raio de saída dos cavacos, sendo em baixas velocidade com raios
maiores (menos “encaracolados”) do que os cavacos produzidos à altas
velocidades.
Em adição, foi destacado a variação de cor dos cavacos nas diferentes
situações, sendo as usinagens de baixa velocidade com cor de cavaco
predominantemente cinza claro, alterando-se até atingir altas velocidades onde a
cor predominante se torna cinza escuro. Esse fato ocorre devido ao progressivo
aumento de temperatura que altera a tonalidade do cavaco.
Dando ênfase em vistas gerais do experimento, abstrai-se que o aumento
da velocidade de corte gera o aumento da força de corte e por consequência
aumento da temperatura na região de corte, em que no experimento em questão
houve o decréscimo após certa velocidade (Vc = 190 m/min), podendo ser
gerado por algum erro de aquisição. Por fim, como reflexo dos vestígios das
usinagens, atribui-se que adesão, abrasão, queima do cavaco por altas
temperaturas ( o qual encrua posteriormente na ferramenta) geram o desgaste da
ferramenta, tirando suas precisas propriedades geométricas.

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