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A GRANDE FAMÍLIA
JHS
Oromoeté, Helio !
Sumário
Prefácio – por Luiz Lúcio Daniel, Diretor de Divulgação .......................................................................... 4
Prefácio – Luiz Lúcio Daniel, Diretor de Divulgação ............................................................................................. 4
Ritual Nobre Especial em 02.10.2021
(Palavras
Ritual NobredeEspecial
V. Leonardo Faria de
(Palavras Jefferson de Souza)
V. Leonardo Faria..........................................................................
Jefferson de Souza) ............................................ 5 5
Ritual Nobre
Ritual NobreEspecial
Especial,em
Elegia02.10.2021
ao V. Helio , Elegia
Jefferson ao V. deHelioSouza Jefferson
(por Elcio de de Souza Sousa Lopes,
(por Elcio de Sousa Lopes, Diretor Templário) ..................................................................................... 6
Diretor Templário) ...................................................................................................................................................... 6
Homenagens:
Homenagens:
• Meu amado Tio (por
• Meu AlinaTio
amado Ricco Jefferson
– por Alina de Souza)
Ricco ......................................................................................................
Jefferson de Souza ......................................................................... 8 8
• Falar do V. •Helio
Falaré do
o mesmo
V. Helioqueé ofalarmesmo de Amor, queCarinhofalar deeamor, Respeito Carinho e Respeito –
(por Ariel Ricco Jefferson de Souza) ............................................................................................................................
por Ariel Ricco Jefferson de Souza ..................................................................................................... 8 8
• Depoimento •O deVen.
Elielson
HelioVianna Gomes,
Jefferson de Diretor
Souza –Administrativo
por Elielson .............................................................................
Vianna Gomes, Diretor Administrativo 10 ....10
• Depoimento de Cristina
• Helio Souza
Jefferson de...................................................................................................................................................
Souza – por Cristina Souza ...................................................................................... 21 21
• O Amoroso• do Terceiro Trono
O Amoroso (por EzioTrono
do Terceiro Calanca – por Garcia/
Ezio Nova Calanca Xavantina-MT)
Garcia/ Nova ............................................
Xavantina-MT ................. 22 22
• O amigo Helio (por Sergio
• O amigo Helio de–Oliveira,
por Sergio Porto/Portugal)
de Oliveira, ............................................................................................
Porto/Portugal .................................................................. 23 23
• O meu até •sempre
O meuaoaté V. sempre
Helio (por aoPaulo V. Helio Cardoso – porNunes) Paulo ........................................................................................
Cardoso .......................................................................... 25 25
• Helio Jefferson de Souza,
• Helio JeffersonEterna Saudade
de Souza, (por José
Eterna Saudade Serrão,–Lisboa/Portugal)
por José Serrão,................................................
Lisboa/Portugal ................. 28 28
• Minhas Experiências com o V. Heliocom
• Minhas Experiências (por Myriamo V. Helio Gozzi,- por Vera Cruz/Ba)
Myriam Gozzi, ..............................................................
Vera Cruz/Ba ............................... 31 31
• Helio Jefferson de Souza
• V. Helio (por Sergio
Jefferson de Souza, Tambosi, porCuritiba/PR)
Sergio Tambosi, ......................................................................................
Curitiba/PR ..................................................... 34 34
• Pequena homenagem ao nosso V. Ex-Presidente
• Pequena homenagem ao nosso V.(por José Ribeiro,–Coordenador
Ex-Presidente por José Ribeiro,
do SGR, Nova Xavantina/MT ......... ................................................................................................................................
Coordenador do SGR, Nova Xavantina/MT ................................................................................ 35 35
• Lembranças com o V. Heliocom
• Lembranças (poroElza V. HelioDalva–de por Souza)
Elza Dalva ...................................................................................................
de Souza ................................................................... 36 36
• Helio Jefferson
HeliodeJefferson
Souza (por deMauro
SouzaLeslie, – porIporá/MT)Mauro Leslie, ..................................................................................................
Iporá/MT ... 37 37
01/10/2021 – por Kenio Nogueira, Joinville/SC ... 38
• 01/10/2021
Louvor (porJefferson
ao v. Helio Kenio Nogueira,
de Souza Joinville/SC)
– por Irene ....................................................................................................................
Marques Alexandria ... 38 38
Breves Incômios a Helio Jefferson de Souza – por Marcio Cambahuba, Representação de Cuiabá/MT ...
39• Louvor ao V. Helio Jefferson de Souza (por Irene Marques Alexandria) ............................................................... 38
Na ALESP Deputado Castello Branco homenageia V. Helio ... 40
• Breves Incômios a Helio Jefferson de Souza (por Marcio Cambahuba,
Representação de Cuiabá/MT ........................................................................................................................................ 39
• Na ALESP Deputado Castello Branco homenageia V. Helio ........................................................................................ 40
NOSSA CAPA:
Fato é que, na sua maturidade, para reger os destinos da Instituição, o Excelso Esperado,
Venerável Helio Jefferson de Souza, como digníssimo Presidente da SBE, recebeu, em 1969, um
montante de 25 unidades da então STB e, ao longo de 52 anos de sua liderança, quadruplicou
esse número em unidades espalhadas em solo brasileiro e algumas em terras estrangeiras. No
árduo compromisso com o progresso da iniciação do gênero humano, ergueu o estandarte da Fé
no Futuro, criando caminhos e pontes que fizeram a Instituição ser conhecida nos quatro cantos
do mundo.
Prontidão para agir foi o que nunca faltou ao Esperado, pois carregava em si as forças
que arrastam legiões de mônadas das gerações para o coroamento glorioso do ciclo ariano.
Olhar atento para buscar o lado luminoso e risonho do Mundo dos Mortais agia a seu modo –
intuitivo -, trazendo, em si, o aura da alegria e das boas novas que enchem os corações de Espe-
rança e de Coragem. Portador de um temperamento ágil, comunicativo e saudável, tinha, em si, a
graça de superar prontamente os desconfortos e os desgastes que fizeram parte da sua espinho-
sa jornada, mas que, enfim, nunca foram motivos para desistir da honrosa missão de bem condu-
zir a Instituição fundada pelos seus amados Pais.
Sem ofender, cuidadosamente, tinha o dom de desfazer o imaginário dos que o cercavam
com histórias de fenômenos e milagres que, para o ambiente iniciático de livres pensadores, não
contam com aplausos nem adesões. Ao invés da mistificação e do devocionalismo, que sempre
puseram em risco a coletividade, promoveu, no círculo iniciático, a aliança das correntes de pu-
reza mística e da intelectualidade, bem fundamentada e bem intencionada.
Sua especial atenção para reconhecer, fazer amigos e elogiá-los em seus talentos con-
correu para estabelecer com eles o ambiente próprio do reino da fraternidade, do progresso, da
esperança e da alegria. Visionário das nobres e grandes causas, não poupava esforços para estar
presente nos eventos que promoviam a união dos ideais nobres e dos vários ramos do saber.
Abriu nossos corações para o caminho da amizade e da assistência fraterna àqueles que se
encontravam em maiores dificuldades. Ensinou-nos pacientemente as regras do comportamento
respeitoso que asseguram a formalidade e a convivência ética dos civilizados. Fez com que, tais
como Édipos modernos, puséssemos os pés no chão e a mão na massa para erguer o Novo Edifí-
cio Humano.
Suas antevisões, frutos de sua percepção intuitiva, caracterizaram a delicada administra-
ção de um Colégio Iniciático para acolher e, nobilitantemente, preparar legiões de discípulos,
fraternos e altruístas, para o dignificante serviço de divulgar os saberes que, dia a dia, revelam o
despontar da Era de Aquarius, a Era de Maitreia.
Sua abençoada regência, com o auxílio direto e incondicional de seus digníssimos Irmãos,
possibilitou, no Colégio Iniciático da SBE, o estabelecimento de Mestrias, ritos e critérios para a
composição de várias Ordens Secretas, Estatutos, Regimentos Internos, Protocolos de Reuniões
e de Assembleias produtivas. Assim, com o respaldo interno de uma Instituição de características
ainda não classificáveis dentre as organizações civis, garantiu-a na sua aspirada expansão no
mundo, sem risco de exposição de seu precioso acervo e de seus filiados.
Além de suas ocupações na condução da Instituição, como Presidente da SBE e Grão-
Mestre da Ordem do Santo Graal, sua natureza flexível e de extraordinária memória para gravar
datas, nomes e histórias possibilitou-lhe atuar em vários setores da vida humana, como o fez,
destacadamente, na cobertura jornalística da inenarrável construção de Brasília, a Capital da
Esperança.
Parte de seus sonhos para o progresso e expansão da Instituição no mundo foi gloriosa-
mente realizada e outra parte ficou na memória de seus leais continuadores que não medirão
esforços para honrar a sua confiança.
Gratidão infinita Àquele que, laureado, deixa o cenário humano conduzindo para o Mundo
dos Imperecíveis a arca valedoura - plena de realizações e de experiências adquiridas entre dores
e alegrias - para que mais gloriosa ainda seja a Obra dos Imortais.
Elcio de Sousa Lopes - Diretor-Templário da SBE
...
Da esquerda para a direita, Vs. Ana Maria, Felicia, Ariel e Sergio Henrique e mais
abaixo à esquerda. V. Alina
O Venerável Helio Jefferson de Souza partiu, em 30 de setembro de 2021, desta vida terrena para outros planos su-
periores, conforme aprendemos nos estudos da Sociedade Brasileira de Eubiose fundada pelos seus genitores, o Professor
Henrique José de Souza e D. Helena Jefferson de Souza. Da mesma forma como se sentiu profundamente a partida destes
dois eminentes personagens, reconhecidos de elevada hierarquia espiritual, que dedicaram toda a sua vida em prol da evolu-
ção da humanidade a partir do solo brasileiro, o mesmo podemos dizer com relação ao Venerável Helio, que não deveria ter
ido embora.
Quanto a se reconhecer o resultado do valioso
trabalho desempenhado pelo Venerável Helio durante a
sua vida, sobretudo a partir de 28 de setembro de 1969,
quando assumiu a Presidência da SBE e a Grã-Mestria
da Ordem do Santo Graal, substituindo os seus pais e
mestres, desejamos relatar a seguir a nossa participa-
ção.
Envolvidos por uma amizade que fez nos tor-
narmos grandes amigos, tive a oportunidade de acom-
panhá-lo em variadas atividades, viajando, organizando
grupos de Irmãos e participando dos eventos progra-
mados.
Adotava atitudes firmes e possuía uma memó-
ria privilegiada; sabia resolver sem dificuldades os mais
variados assuntos. Mas o sofrimento do físico come-
çou a aparecer e vinha se agravando nos últimos anos.
Suportava tudo, apenas citava as dores ou os males que
V. Helio Jefferson de Souza incomodavam. Se entrasse uma conversa, não seria mo
tivo para atrapalhar outro assunto que estivesse tra tando; continuava e tomava as medidas necessárias. Era capaz de atender
um telefonema e ficar atento às conversas em volta, a ponto de após a ligação terminar, se de interesse, trocava opinião sobre
o que estavam falando. Não deixava para depois o que podia ser feito logo. Compareceu a todas as Convenções da SBE:
São Lourenço 72 anuais, Nova Xavantina 20 bianuais e Ilha de Itaparica 19 bianuais. Mais as Convenções e Encontros em
Portugal iniciados em 1991.
Conv. S.Lourenço 2014 Conv. São Lourenço 2008 Conv. São Lourenço 2018
Mas, ao visitá-lo no dia 27 de setembro em sua residência em São Lourenço, os sofrimentos no seu físico, que já
vinham se manifestando, estavam piores, enquanto a cabeça demonstrava muito boa. Conversamos bastante e animado para
fazer viagem no final do ano. Foram falados assuntos de Obra e até fez recomendações para o Rio. Não há dúvida que sabia
disfarçar as dores que tanto o afligiam.
Para as comemorações do centenário da fundação espiritual da Obra no dia seguinte, 28 de setembro, Ele gravou um
áudio muito significativo, recordando nomes de antigos e atuais Irmãos, colaboradores mais aproximados na sua gestão que
completara 52 anos, desculpando-se por escapar alguns. Não esqueceu de se referir a muitos outros Irmãos que trabalharam
pelo engrandecimento da Instituição.
No dia 29 de setembro, Ele viajou para São Paulo, como estava progra-
mado, para se submeter a urgentes exames de saúde. Voltamos para o Rio de
Janeiro. Ainda na estrada, tive a notícia que tinha chegado bem e a sua viagem
tinha sido normal. No dia 30 me fez ligação telefônica em torno das 12 horas;
falou que na noite anterior não se sentiu bem, mas melhorou, e me pediu pro-
vidência sobre um assunto, o qual foi resolvido.
Eis que ao anoitecer sofre uma crise cardíaca grave como confirmou o
diagnóstico, e apesar dos pedidos de atendimento médico urgente e providên-
cias que os Veneráveis Sérgio Henrique e Pedro Pirola realizaram, o Venerável
Helio veio a falecer. A notícia correu rápida e o sentimento de tristeza profun-
da tomou conta de todos da SBE. Não se queria acreditar. V. Helio e Elielson, juntos sempre participando de
Começamos a pensar em algumas atitudes recentes do Venerável Helio. importantes resoluções
Na partida do Venerável Jefferson Henrique de Souza em 17 de agosto, perce-
bia-se que tinha ficado muito abalado. Foi ele quem me deu a notícia ainda de madrugada, com a voz diferente, super emo-
cionada. Depois lembrou da aproximação do mês de setembro, por esse período ser chegado a ocorrências na Obra, ora de
muitas alegrias, ora de muitas tristezas.
Dessa apreensão deve ter surgido a ideia, que me comunicou, que me seriam enviados uns atos assinados para execu-
ções futuras quando houvesse necessidade, mas não era para divulgar. Adiantou-me que o Venerável Leonardo estava ciente.
Ficamos alertas porque tudo indicava que fatos importantes na Obra estariam para acontecer.
Viajamos na manhã do dia 1º de outubro do Rio para São Lourenço, com meu filho Cláudio e os Veneráveis Ariel e
Alina, a fim de estarmos presentes nas exéquias. Lá procurei o Venerável Leonardo, admitindo ele, tomar posse nas funções,
segundo determinava a vontade do Venerável Helio Jefferson de Souza expressa nos documentos assinados. Situação similar
à ocorrida quando a Venerável D. Helena Jefferson de Souza assumiu a Presidência da STB no Templo, por intermédio do
então Diretor Social Ven. José César do Rego Monteiro Filho, ao lado do Professor Henrique José de Souza falecido nas
primeiras horas daquele dia 09.09.1963. O Venerável Leonardo concordou que eu fosse o seu intermediário, considerando
não poder comparecer por motivo de saúde.
Assim foi procedido, antes solicitando à Venerável Selene Jefferson de Souza um espaço de tempo para apresentar
algumas saudosas palavras de despedida pela partida do Venerável e amigo Helio e fazer ciência a todos da existência dos
documentos que seriam lidos, permitindo a posse, nos respectivos cargos vagos, dos Veneráveis Leonardo Faria Jefferson de
Souza e Ariel Ricco Jefferson de Souza. Entendo que noutros planos transcendentes o Venerável Helio ficou satisfeito pelo
atendimento à sua justa vontade.
Embora fosse um momento de tristeza, pode-se ressaltar o perfil próprio que se distingue em pessoas do APTA.
Trata-se da maneira atenciosa do Venerável Ariel ao agradecer o desfecho tranquilo do ato que acabara de ser realizado. Por
sua vez, dias depois, foi do Venerável Leonardo, ao me convidar especialmente para a comemoração em 23 de outubro do
início de sua gestão como Presidente da SBE, em sua sede em São Lourenço (MG), e que veio a ter as presenças do Prefeito,
autoridades municipais e centenas de Irmãos; logo em seguida houve a Assembleia Geral destinada à devida alteração do
estatuto.
Para a cerimônia da Consagração de Grão-Mestre da Ordem do Santo Graal, ao alcançar o alto da Montanha Moreb
acompanhado pelo meu filho Cláudio e mais dois Irmãos Vens. José Eduardo Piovesana e Antônio José Silva, o Venerável
Leonardo já se encontrava no local da sagrada Pedra. Teve a gentileza de se deslocar e vir me cumprimentar, o que mostra a
grandeza da sua pessoa.
• Vida e Personalidade de V. Helio
Continuemos a descrever todos os valores que reconhecemos da vida e da per-
sonalidade do Venerável Helio Jefferson de Souza.
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 1º de março de 1938, uma terça-feira
de carnaval, na Rua Coelho Neto nº 9, confluência de três Bairros: Flamengo, Laranjei-
ras e Botafogo. A casa ainda existe e tem boa conservação.
Gostava muito de comemorar a data do seu aniversário. Ainda não tinha as-
sumido o comando da Obra, mas os Irmãos do Rio mais chegados tinham prazer em
convidar na data natalícia. Lembro do ano de 1968. Entramos numa loja para escolher
e experimentar um sapato de presente. Ficou tão contente que saiu da loja usando o
novo.
Noutro aniversário em 1978, lançou-se no Rio o livro EUBIOSE, A VER-
DADEIRA INICIAÇÃO, reedição do livro O Verdadeiro Caminho da Iniciação que
estava esgotado. A novidade da nova edição é que contém centenas de chamadas nu-
meradas facilitando a consulta a informações reveladas pelo Professor Henrique, que
escreveu este livro 13 dias antes de começar a 2ª grande guerra.
Houve satisfação do APTA nesse lançamento, ao qual também compareceram
a Venerável D. Helena e os Veneráveis Selene e Jefferson, porque a palavra Eubiose pre-
cisava ser mais divulgada para ampla compreensão de todos. Depois do lançamento do livro, seguiu-se um jantar servido na
Churrascaria Gaúcha.
O surpreendente desta noite muito estrelada foi que ocorreram inúmeros relatos da aparição de Discos Voadores so-
brevoando o Rio de Janeiro e regiões próximas. O noticiário no dia seguinte foi farto nas citações e nos detalhes. Perguntei
à Venerável D. Helena se poderia nos confirmar o noticiário. Ela respondeu positivamente.
Até os primeiros anos deste milênio, comemoramos o aniversário
do Venerável Helio aqui no Rio. Muitas vezes recebemos Irmãos de fora
do Rio. Mas muito bonita foi a comemoração de gala em São Paulo dos
seus 60 anos, que mereceu na organização a participação especial da Ve-
nerável Nizia.
Nestes últimos anos, as comemorações do seu aniversário ocorre-
ram em São Lourenço e São Paulo, sob a organização da Diretora Social
Sandra Bastos. Recordo da comemoração no elegante restaurante Itália,
no alto do prédio em São Paulo, bem organizado pelo Diretor Social Ro-
dolpho Molino.
Interessante e significativo foi o comemorativo aos 70 anos reali-
zado no exterior, em Santiago do Chile. Nada de se estranhar, Ele já tinha
ido aos 7 Postos Representativos da Obra; às 7 Catedrais do Ocidente vin-
culadas ao mistério do Santo Graal; visitado países da Europa por onde
a Obra teve papel importante em épocas diferentes, principalmente em
Portugal, em que deixou em funcionamento dois Departamento da SBE e
uma Representação; e Representantes em Paris (França), Bérgamo (Itália),
Comemoração do aniversário de 70 anos do V. Helio na Repres. Londres (Inglaterra) e Sydney (Austrália).
Chile com Paz Victoria e Cesar Arenas
Enfim, Ele tornara-se um homem internacional.
Coroamos a série de aniversários comemorados com o dos 80 anos, realizado em São Lourenço, a Capital Espiritual
do Mundo e a Sede da Obra na face da Terra. Compareceram mais de 300 participantes: familiares, Irmãos da SBE e amigos.
Este número elevado diz tudo.
Cabe ainda analisar a data e o local do nascimento. Primeiro de
março é a data da fundação do Rio de Janeiro por Estácio de Sá em 1565 no local chamado de Morro Cara de Cão, vizinho
ao Pão de Açúcar. Esse, como todos sabem, é um dos 3 principais maciços da cidade sob o ponto de vista esotérico e que se
relaciona ao 4º Senhor. Os outros dois, o Corcovado e a Pedra da Gávea, respectivamente, aos 5º e 6º Senhores, como ensina
o Professo Henrique. 1º de março marca o fim da guerra do Paraguai em 1870. Por isso, Recife, Salvador, Rio, São Paulo etc.
possuem ruas homenageando o Primeiro de Março. Isso tudo mostra que essa data tem um elevado peso vibratório.
Quanto a nascer numa 3ª feira do Rei Momo, o Venerável Helio não escondia sua simpatia pelo carnaval; decorava e
cantava músicas de escolas de samba. Isso caracteriza a forte polaridade da sua vida: ser sensível à Obra e exprimir alegrias
terrenas. O Professor Henrique dizia que o que mais queria dos discípulos é que entendessem a Lei da Polaridade. Quando
o sambódromo do Rio foi inaugurado, veio conhecer e passou a noite inteira assistindo aos desfiles.
Sobre esportes, assistia sempre corridas de automóvel e quando jovem jogava futebol. Possuía brevê de aviador. Me-
nor de idade, um time de futebol quis contratá-lo, certamente para aproveitar suas táticas de jogar bola, mas na hora de seu
pai o Professor Henrique ter que assinar o contrato, não aprovou, dizendo que passaria a se tornar célebre por outras coisas.
Era torcedor fervoroso do Clube Flamengo. Sem fanatismo e respeitando-
-se a diversidade das grandes torcidas dos times existentes no Brasil e no mundo.
Mas os índices não dizem que o Flamengo é o da maior torcida? Por causa disso
quando ganha é também o que provoca maior número de brasileiros que ficam
alegres...
Como mais uma polaridade, pode-se apontar na preferência a chama do seu
patriotismo. Era seu ideal que o Brasil fosse um país mais organizado, sem corrup-
ção nem pobreza, em que to-
dos os habitantes vivessem
bem e alegres, dando exemplo
positivo a todos os países. Sa-
bemos da sua imensa satisfa-
ção ao título que a Obra e a
SBE tiveram com a aprovação
do Dia Nacional da Eubiose.
E não é verde e ama-
relo, que são as cores caracte-
rísticas do Brasil conhecidas
no mundo inteiro, que o Pro-
fessor Henrique escolheu para
Era um torcedor fervoroso do Flamengo e o bolo a sua capa nobre no Templo?
do seu aniverário foi uma homenagem a esse Além de, em outras vezes no Capa verde amarela mostra o amor ao Brasil como o seu pai
time tempo do Professor Henri-
que, no Ritual Especial de 20 de fevereiro de 1981 utilizou o seu paramento nobre Verde-Amarelo e solicitou ao Venerável
Jefferson e a este que formássemos suas colunas. Naquele ano começava a entrar na política pois iria concorrer, e de fato
ganhou, ao pleito de Vereador em São Lourenço.
No Ritual de 28 de setembro de 2005 ele pediu aos Irmãos: havendo guerra ou ameaça, mentalizassem a Pomba do
Espírito Santo; mentalizassem comida aos que passam fome e, a Ioga do Globo Azul, onde houvesse corrupção!
A Pomba do Espírito Santo vibra na criança no ato de consagração à Obra. Visitou o Professor Henrique em
15.12.1951 quando sobrevoou a Secretaria da STB dando 3 voltas, saindo pela janela aberta por onde tinha entrado e voltou
para o espaço infinito. Noutro andar do prédio, os Irmãos Vidal e Verinha ouviram o bater das asas. A Ven. Verinha achou
parecido com o bater das teclas de máquina de escrever.
Como pessoa humana, o Venerável Helio possuía uma robusta qualidade cheia de otimismo, admitindo pleno sucesso
em tudo que fosse planejado, quer nas coisas cotidianas, quer em projetos de maior envergadura. Em todos os momentos
mantinha grande confiança na Obra, a ponto de estar ao lado dele dava-nos tranquilidade, segurança e certeza de que impre-
vistos prejudiciais não surgiriam. Nas inúmeras viagens que fizemos juntos com nossas esposas, ou em caravanas com vários
Irmãos, não há registro de ocorrência grave. Toda viagem que se fazia, às vezes com aparência de passeio, tinha envolvimento
em assunto de Obra.
Desde o seu nascimento estava admitido para a grande missão de
comandar a Obra do Eterno na face da Terra, fato que veio a ocorrer em 27
de setembro de 1969, quando a Venerável D. Helena renunciou as funções de
Presidente da STB em favor do Venerável Helio, que ao assumir legalmente
teve como primeiro ato adotar o nome Eubiose para a Instituição.
Pela manhã do dia 28 de setembro de1969, o Ven. Helio presidiu a
Assembleia Geral que já estava convocada e que aprovou por unanimidade o
nome SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE e o novo estatuto, que
transformou as Casas Capitulares e Delegados em Departamentos e Repre-
sentações e, também pela primeira vez, passou a constar no estatuto os no-
mes dos filhos dos Gêmeos Espirituais como dirigentes da SBE.
Concluída a Assembleia Geral cuja ata foi assinada por 111 Irmãos
presentes, todos foram convidados para participar do cerimonial de consa- D. Helena renuncia em favor do V. Helio
gração de Grão-Mestre da Ordem do Santo Graal no alto da sagrada Monta-
tanha Moreb, que veio a ser realizada pela Excelsa Allahmirah na Pedra que hoje é tombada por lei municipal e em que os
Gêmeos Espirituais realizaram a fundação espiritual da Obra em 28 de setembro de1921.
Destaco que no instante em que o Venerável Helio se ajoelhou para prestar o compromisso de completa fidelidade
à Obra do Eterno na face da Terra e por ela trabalhar por toda a sua vida, o Ven. Sebastião Vieira Vidal, Grão-Templário da
OSG e Mordomo do Templo de São Lourenço, falou bem alto “Todos os Membros presentes da Guarda do Graal, de joelhos”. Segui-
ram-se as bonitas palavras da Excelsa Allahmirah dizendo que não tinha dúvidas de que o Venerável Helio saberia cumprir o
seu dever e desejava sorte e felicidade. E todos nós ali presentes satisfeitos pela participação nessa fase bem sucedida da Obra.
Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.13
HERMÉS /DEZEMBRO 2021
Aliás, anos antes, precisamente em 12 de junho de 1961, o Professor Henrique, Senhor Akbel, já tinha passado ao Venerável
Helio o seu anel do Segundo Trono. Ele utilizou-o permanentemente desde esse momento. O Venerável Helio contou-me
histórias interessantes sobre o anel, que desaparecia sem perceber talvez por algum descuido e quando via, estava o anel de
volta às suas mãos.
Na nossa amizade, o Venerável Helio procurava acompanhar o crescimento dos meus filhos. Aos quinze anos, for-
matura, casamentos e nossas bodas, sempre comparecia. Nos aniversários não esquecia as datas para cumprimentar. Por sua
vez, da parte do que ocorria com Ele e com os Membros do APTA, lembrava-se de me avisar para dar ciência ou se desejava
a minha participação.
No sentido de dar expansão à
Obra no Norte e Nordeste, foi pro-
gramada em 1994 uma viagem inicia-
da em Manaus, onde passamos alguns
dias com o saudoso administrador
Manoel Roberto Pessoa que, após re-
alizadas atividades na capital amazo-
nense, foi conosco a Belém do Pará.
Era ideia do Venerável Helio resta-
belecer a Unidade da Obra naquele
grande Estado, instalada na época do
Professor Henrique. O Ven. Manoel
Pessoa tinha sondado um Irmão ori-
ginário do Departamento de Manaus
que estava morando em Belém para Com Manoel Pessoa, admin. de Manaus Lançamento da pedra fundamental de Manaus 2008
Representante da SBE.
Chegamos em Belém num momento tumultuado, mas interessante para
o Venerável Helio, os dois dias da Procissão do Sírio de Nazaré, considerada o
maior acontecimento religioso do Brasil. A massa humana de fiéis é tão grande
que as lojas e prédios por onde a Procissão passa se protegem com tapumes para
evitar danos. Por isso tivemos que entrar no hotel pelos fundos.
Seguimos para o interior do Maranhão, a cidade de Carolina, para atender
desejo do Irmão Renato Carvalho Rego de dinamizar seu trabalho. Renato é hoje
muito conhecido de todos. É sobrinho de um antigo Irmão Dr. Ivan Carvalho
Aires, médico que morou no Rio e tinha uma excelente oratória ao falar da Obra.
Em Carolina o Venerável Helio recebeu uma grande homenagem da Maçonaria
local. Até hoje a unidade de Carolina funciona. Renato Rego, o Coronel Renato, da cidade de Carolina
Depois fomos para a capital São Luís que tinha um grupo formado pelo
Ven. Renato que participava de estudos da Obra. O Venerável Helio criou a Representação de São Luís, nomeando a Ven.
Clarissa Fernandes responsável pela Unidade e a Ven. Maria Amparo responsável pelo Ensino. Essa Unidade continua fun-
cionando.
Tomamos o rumo da capital do Ceará, para o Ven. Helio encontrar-se com a Representante em Fortaleza a fim de
fazer melhorar o seu trabalho de Obra.
O fato que a presença do Venerável Helio deu estímulo, pois a Unidade de Fortaleza nunca deixou de existir. De lá
para cá já tivemos 3 Representantes, mas continua.
A próxima escala foi no Estado de Sergipe. Viajamos para a capital Aracaju. Foi notável a alegria com que o casal de
Irmãos Vens. Eunaldo Costa e D. Lourdes Helena nos receberam. Foram três dias de festas para eles e para todos os Irmãos
da localidade. Parecia que eles estavam se sentindo em sonho e jamais imaginariam que o Presidente da SBE pudesse ir lá
para visitá-los e tratar de assuntos da Obra. Da parte do Venerável Helio, se lembrava bastante dessa proveitosa visita, pois
de vez em quando gostava de repetir assuntos e piadas acontecidas em Aracaju.
Partimos para a etapa final da viagem que tinha começado em Manaus e fomos para Sal-
vador. Após uns dias na capital baiana, e como tinha sido combinado que precisava comemorar
os quarenta anos da fun-
O V. Helio, ao lado
dação da OT neste ciclo de do Prefeito de Salva-
evolução, foi programada dor inauguram, em
a realização de Ritual Es- 15.09.1997, o monu-
pecial no Templo-Obelis- mento em homenagem
ao Prof. Henrique José
co, na Ilha de Itaparica. de Souza,fundador da
Para abrilhantar o SBE e que nasceu nes-
Ritual houve a satisfação sa cidade, quando o
de estarem presentes em endereço era Travessa
Portão da Piedade nº
Salvador naqueles dias as 9 e depois foi aprova-
Veneráveis Selene e Felí- do como Praça com o
cia, que tinham viajado de nome do homenageado
é difícil de aprender Eubiose. Mas uma coisa eu tenho certeza: Aonde o Venerável Hélio for e vou atrás”.
Isso é sentimento... sentimento de amizade, de credibilidade! Quer dizer, acredita naquilo que nós falamos de tão
longe.
Eu digo sempre que sou o mais português dos brasileiros. Eu me sinto em Portugal como se estivesse na minha
casa. Eu senti isso agora mesmo em Paris, me sentindo mal de saúde eu disse: “Eu preciso ir embora pra casa”. Mas a casa não
era o Brasil, a casa era Portugal. Eu precisava chegar aqui. De modo que a nossa saudação a esses Irmãos portugueses que
mantém acesa a chama da nossa Obra nessa terra tão querida por todos nós.
Meus Irmãos brasileiros que nos acompanharam sempre em todas as nossas viagens e sempre visitando Portugal,
o nosso agradecimento pela companhia e pelo estímulo que nos dá, fazendo com que essa chama vibre cada vez mais forte
e que nós, juntos, aqui emanados, fraternos e amigos, consigamos carregar essa Obra tão grande, muito especialmente
para a pátria do Avatara.
Obrigado a todos.
Bijam.
Catedral de Salvador, BA, Templo do Trono de Deus, Ritual em 16.05.1999 em Srinagar, Índia.
em 1997 Ritual no 4º Posto Representativo em Sydney em
02.05.1999 realizado no Hotel Intercontinental
Ritual em 16.05.1999 em Srinagar, Índia. A grande satisfação do V. Helio na sua fala ao terminar o Ritual,
não só pelo fato de ter completado os Rituais nos Setes Postos da Obra no mundo, como também de co- Ritual em 22.05.1999 para saudar Goa, local
memorar os 100 anos que o seu genitor, o Professor Henrique José de Souza, tinha estado naquele lugar onde se manifestou a Excelsa Allahmirah (que
em missão sagrada. Em seguida, Ele próprio começou a distribuir aos presentes as flores que enfeitavam é tida na Obra como a Primeira Helena)
o Ritual.
Esclarecido que em cada lugar do Posto Representativo da Obra se realizava Ritual e apenas em dois as condições
não permitiram e só ocorreram Concentração de modo discreto.
Numa viagem nossa aos Estados Unidos, a Irmã Libby Marilyn Collins, que foi designada Representante da SBE
nesse país e tomou posse em 22 de agosto de 1992, apresentou o desejo de consagrar à nossa Obra o seu neto Rashan David
Llamas Gouveia. Consultei o Venerável Helio, tendo ele concordado. A própria Libby providenciou a espada e a lâmpada.
Assim, o Venerável Helio realizou o Ritual de consagração e eu e minha esposa Martha tivemos a honra de sermos os padri-
nhos do garoto Rashan, que soubemos foi a primeira criança norte-americana consagrada à Obra. Na ilustração fotográfica
no momento do Ritual, o garoto aparece nos braços da sua genitora, a Ven. Catarina.
Libby Collins foi designada representante da SBE nos Estados Unidos, em El Rashan, neto de Libby foi a primeira criança norte-americana consa-
Moro, onde morava grada na Obra
Posteriormente, a Ven. Libby voltou para o Brasil, veio a falecer em 26 de junho de 2009 e o Rashan é um rapaz
residindo atualmente no Brasil, próximo do Rio de Janeiro.
No que diz respeito às minhas obrigações com a Obra e com o Venerável Helio, não posso esquecer e me sentir
muito honrado com a confiança que Ele me depositava. Desde 1979, quando reorganizou o Grão-Conselho da Ordem do
Santo Graal, instituído em 1952 pelo Professor Henrique José de Souza, me escolheu para a função de Grão-Chanceler e,
em 1987, quando adotou que a Presidência da SBE ficaria só com os principais Membros do APTA e a Diretoria ficaria com
Irmãos escolhidos por Ele, me chamou para Diretor Administrativo, determinando que a Presidência da CECON (Comissão
Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.18
HERMÉS /DEZEMBRO 2021
Quanto ao Sistema Geográfico do Roncador, só a partir da quinta Convenção em 1990 começaram as consagrações
das setes cidades: Convenção de 1990, cidades de Campinápolis (09 de agosto) e Água Boa (11 de agosto); Convenção de
1992, Barra do Garças (08 de agosto); em 15 de novembro de 1993, Vila Rica; Convenção de 1994, São Félix do Araguaia
(08 de agosto); em 08de abril de 1995, Cocalinho, às 06 horas, e Canarana, às 18 horas.
Como todos sabem, o Templo do Roncador foi fundado em 10 de fevereiro de 1976, mas o seu funcionamento di-
nâmico, e também o do Templo-Obelisco, só começou graças ao ideal do Venerável Hélio de criar e realizar as respectivas
Convenções. Essas permitiram a presença periódica nesses dois Templos de centenas de Irmãos de várias partes do país e do
exterior.
Quando o Venerável assumiu em 1969, a concentração de Irmãos era toda no eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais-Bra-
sília. No entanto, digno de registro que ao longo de sua jornada nesses mais de 50 anos na Presidência da SBE, o Ven. Hélio
conseguiu ampliar exponencialmente o tamanho da instituição. Passou de em torno 10 unidades com endereços fixos para os
atuais mais de 100 Departamentos e Representações, inclusive no exterior.
Pensando sempre em trabalhar cada vez mais pela Obra,
desde os anos 1990 intensificando o seu trabalho na Presidência
da SBE, realizando viagens a Portugal onde formava amigos que
terminavam conhecendo e se interessando pela Obra, resolveu
Ele criar em 1991 a primeira Convenção Internacional de Eu-
biose em Portugal, conseguindo compor a viagem com cerca de
40 Irmãos brasileiros. Anualmente, viajava a Portugal realizando
Convenção ou Encontro e isso fez o trabalho da Obra espalhar-
-se no exterior, onde hoje conta com 10 unidades.
Quando reestruturou a SBE em 1987, mantendo a Presi-
dência só com Membros do APTA que são Membros do Grão-
-Conselho da OSG e a Diretoria com Irmãos também Membros
do Grão-Conselho da OSG escolhidos pelo Presidente, o Ve-
nerável Helio nomeou-me Diretor Administrativo e responsável Reunião em Sintra - 1991
pelas Convenções da SBE. No meu caso, já era Grão-Chanceler
da OSG desde 1979 e funcionava como Ad-ministrador do Departamento do Rio de Janeiro-Centro, tendo-me afastado da
Administração do Rio para assumir a Diretoria Administrativa.
Acumulei a função de organizar as Convenções da SBE sob a supervisão da Presidência, as quais tenho a satisfação
de informar que, acompanhando o Venerável Helio, felizmente compareci a todas.
A exemplo do Professor Henrique, que aceitou contatos com a Maçonaria, o Venerável Helio procurou aproximação
em Lojas Maçônicas do Rio e de São Paulo, sendo bem recebido e homenageado em diversas cerimônias especiais. Essas
lojas maçônicas foram criadas por Irmãos-maçons da SBE que por isso facilitavam e valorizavam o apoio e a visita do Vene-
rável Helio e dos Membros do APTA.
De todo o esforço para se obter um resultado proveitoso, o mais importante foi o contato com o Presidente do Palá-
cio Maçônico em Brasília Dr. Carlos Murilo, que resultou numa grande amizade com o Venerável Helio. Dr. Murilo ofereceu
fazer um ofício apresentando o Venerável Helio ao Chefe da Maçonaria Inglesa. A apresentação ocorreu numa visita nossa
agendada ao Palácio Maçônico Inglês. Corremos todo o Palácio. A Ven. Gessi Geisa Gonzaga chegou a tocar em órgão no
Santuário do Palácio Maçônico Inglês acordes do Mantran Búdico.
O Dr. Carlos Murilo recebeu no Templo Maçônico de Brasília o Venerável Helio, que retribuiu com Ritual Nobre no
dia 28.09.1998 no Templo de São Lourenço com a presença do Dr. Carlos Murilo e dezenas de Maçons. Foi oferecido um
jantar de duzentos e cinquenta talheres no Hotel Regência.
Chegou a ser examinado oficialmente entre os dois altos dignitários das duas grandes doutrinas, a Eubiose e a Maço-
naria, o Venerável Helio e o Dr. Carlos Murilo, um acordo em que a Maçonaria passaria a aceitar Irmãos da Obra no 2º ou 3º
Grau e Maçons seriam aceitos no Grau Astaroth na SBE. O Venerável Helio, muito animado com esse projeto, dizia que a
Obra e a Maçonaria são como duas linhas paralelas que se encontram no infinito.
Infelizmente, tanto esforço no projeto que já parecia ter um sucesso final sofreu um baque muito forte porque o Dr.
Carlos Murilo foi atingido por um mal súbito e veio a falecer. Nada mais se falou sobre o acordo.
Numa altura em que se sucedem as homenagens, mais do que merecidas, ao GMOSG e Presidente da SBE, achei
que deveria escrever sobre outra faceta do Ven. Helio Jefferson de Souza e dissertar um pouco sobre a sua amizade. Não
para me tentar evidenciar e fazer estandarte de ter sido seu amigo íntimo – porque muitos outros houveram e que mais
conviveram com ele – mas porque muito acima dos seus títulos havia um homem justo, carinhoso, sensível, emocional e
amigo dos seus amigos que outros talvez não tenham tido a possibilidade de sentir tão de perto. Assim que, quando me
pediram para escrever sobre ele, eu decidi contar alguns pequenos episódios que vivenciamos juntos e decidi chamar a este
testemunho.
O amigo Helio
Conheci-o nos anos 90 do século passado, ainda antes da primeira Convenção Internacional em Portugal, numa
das suas muitas visitas que regularmente fazia a este País irmão. Naquele tempo Ele ficava frequentemente hospedado em
casa dos meus tios Maria da Conceição e Moreira Azevedo e foi aí que o conheci, ainda eu não pensava em ingressar na
SBE. E daí que, antes de ser meu Grão-Mestre ou presidente, se tornou meu amigo. Ele adorava os meus tios e também
o meu pai (apesar deste nunca ter tido qualquer interesse por Eubiose ou qualquer tipo de espiritualismo) com quem cos-
tumava conversar, partilhar um whisky e ouvir uns fados.
A nossa amizade aumentou em Fevereiro de 1997 quando, após o falecimento da minha tia, eu decidi viajar para o
Brasil para prestar o meu juramento para a Série Interna. Não cabe aqui detalhar pormenores, mas apenas dizer que não
tenho palavras para contar – e muito menos agradecer – a maneira como ele me recebeu, acarinhou e hospedou em sua
residência. Lembro-me bem que um dia saímos juntos e durante algumas horas ele levou-me no seu carro a conhecer São
Paulo. De retorno a casa, enquanto ele tratava de alguns assuntos, a sua esposa D. Nísia perguntou-me o que tínhamos
feito nessa tarde e quando eu lhe contei ela arregalou os olhos, abriu a boca de espanto e disse-me “Sérgio, ele nunca fez isso
a ninguém”. Ainda hoje não sei o que teria eu feito para merecer tal honra, mas nesse momento percebi como era grande a
sua amizade.
De retorno a Portugal rapidamente fui “pescado” pelo de-
partamento do Porto para ajudar a preparar a Convenção Interna-
cional que se aproximava. Um dia recebo um fax do Brasil (sim,
naquele tempo usávamos trocar mensagens por fax) escrito à mão
com alguns assuntos que era preciso tratar e terminava “com um
abraço do seu irmão” e uma assinatura que eu não reconheci. Como
só tinha o telefone do Ven. Helio liguei-lhe, contei-lhe do fax e
que não sabia quem mo tinha mandado. Tinha sido ele mesmo.
Não tinha assinado “Grão-Mestre” nem “Presidente”… apenas
“seu irmão”. Aí eu aprendi o valor da modéstia.
Ainda a respeito dessa Convenção Internacional de 1997,
um dia estávamos no hotel a fazer uma reunião preparatória e
eu sugeri publicar um anúncio no jornal a publicitar o início da
Convenção. Como toda a gente achou uma boa ideia ali mesmo
pedi ao meu tio Moreira de Azevedo, na altura administrador do Sergio Oliveira com V. Helio durante um momento de alegria na
departamento, algum dinheiro para ir ao jornal tratar do assunto. Convenção de 2017
Como eu tinha acabado de entrar na Série Interna fiquei estupefacto e desolado, mas quando olhei para o Ven. Helio
ele simplesmente discretamente meteu a mão ao bolso, entregou-me duas notas do seu dinheiro e disse “Vai lá tratar do
anúncio”. E foi assim que percebi a sua generosidade.
Era de uma educação extrema. Nos elevadores, estando senhoras no grupo, ele nunca entrava na frente dan-
do-lhes sempre a prioridade. Um dia eu cometi a gaffe de dar o primeiro passo para entrar no elevador do hotel Porto
Palácio e ele, muito discretamente, segurou meu casaco por trás e fez sinal com os olhos que as senhoras deveriam entrar
primeiro. Não falou nada, nem precisava. O seu exemplo era tudo. Naquele dia aprendi a refinar o meu cavalheirismo e a
minha educação.
Tinha sempre uma história para contar e contava-as muito bem. Histórias suas, de seu pai, de sua mãe, dos seus
amigos… e toda a gente o adorava ouvir. E tinha uma memória excecional. Sabia todos os números de telefone, todas as
datas e lembrava-se de pormenores da sua infância… era uma autêntica enciclopédia humana e todos os que o escutavam
sempre aprendiam algo novo.
Nos últimos anos, quando vinha ao Porto, era sempre eu que o levava quando se precisava deslocar de automóvel.
E eu nunca tinha percebido o quanto ele adorava que eu o transportasse até ao dia em que, tendo um jantar da Convenção
marcado para as oito e meia da noite, eu lhe comuniquei que ia arranjar alguém para o levar porque eu precisava de ir na
frente, às seis horas. Acho que nunca irei esquecer o seu olhar triste, quase infantil, quando me perguntou “e nós não po-
demos ir com você?”. Eu ainda balbuciei que sim, se era essa a sua vontade, mas que iria chegar ao restaurante duas horas
mais cedo. “Não tem mal” – respondeu-me – “passa aqui às seis, então”. Assim foi feita a sua vontade e assim percebi
que, acima do seu próprio conforto, privilegiava a companhia dos seus amigos.
Teria muito mais histórias para contar, todas elas demonstrando o carácter e as qualidades daquele que foi Grão-
-Mestre e Presidente e, acima de tudo, amigo, mas não haveria espaço no jornal para as contar. E outras, por serem dema-
siado pessoais, ficarão apenas na minha memória como uma feliz recordação.
Sérgio Oliveira, administrador do Depto. Porto/Portugal
venerável Helio a um restaurante onde ele seria homenageado por um Grupo de Cavaleiros da Ordem do Ararat. No veículo
que eu dirigia ele comunicou-me (não foi convite, foi uma comunicação) que eu era o novo Grão-Sacerdote. Surpreso, per-
guntei-lhe: “mas a escolha não é por sorteio, em um ritual?” Ele respondeu-me: “Desta vez, não”.
Não me foi dada opção de recusar. Considerei como uma convocação, uma missão.
• CONVIVÊNCIA E APRENDIZADO
Foram anos de uma convivência amiga, fraterna e ao mesmo tempo respeitosa. Aconteciam almoços, jantares. Vários
Natais, Dia dos Pais que ele se convidava para passar com a minha família, e sempre no apartamento da minha filha Janaína
que era mais espaçoso e, portanto, oferecia maior conforto.
Nunca se apagará da minha memória a brincadeira do “amigo oculto”, quando ao entregar-me o presente, já que
tirara o meu nome, disse: “O meu amigo é um dos meus cinco maiores amigos”.
Eu sempre o considerei o MEU MAIOR AMIGO.
Na função de Diretor Templário, almoçávamos com certa frequência no “Restaurante Almanara”, o que me propi-
ciou aquilatar o fortíssimo senso de fidelidade do Venerável Helio a locais e a pessoas, e, mais que isto, aos amigos e àqueles
aos quais depositava a sua confiança.
O local era frequentado por ele desde muitos anos; de uma época em que residira em São Paulo/Santo André, para
atender a sua atividade profissional e empresarial de então.
Ele não me dizia diretamente o que queria e o que
pensava. Expunha uma ideia sem impor a sua vontade. Mas eu
entendia que o seu pensamento era a sua vontade e procurava
cumpri-la à risca.
Surpreendeu-me diversas vezes com o seu raciocínio
rápido e diferenciado. Havia ocasiões em que eu levava a ele
algumas dúvidas e propunha mais de uma alternativa para a
solução, com uma incontrolável vaidade de estar levando a
ELE, não problemas, mas soluções. E ELE vinha com uma
alternativa não imaginada por mim e que, naturalmente, era a
mais lógica.
• O “INCOMPREENDIDO”
No “Livro do Bebê” , escrito em sua homenagem pelo V. Helio com e Paulo Cardoso numa reunião da Convenção de São Lourenço
seu Pai, o nosso Mestre Henrique José de Souza, está dito: em 2016
“... Serás sempre o incompreendido, o enigmático, para o qual nem mesmo este diário possui valor!”
No memorável ritual do dia 28 de setembro de 2005, aguardado por muitos como o da vinda de Maitreia, o Venerável
HELIO, no Altar do Templo, entre outras coisas disse:
“Para conscientização dos veneráveis irmãos, neste momento sagrado, eu, Grão-Mestre, após haver levantado a Taça do Santo Graal,
ASSUMO FÍSICA, MENTAL E CARMICAMENTE, A RESPONSABILIDADE DE CRIAR UM MUNDO NOVO, A
COMEÇAR DO BRASIL QUE, AÍ SIM, SERÁ A PÁTRIA DO AVATARA”.
“Ao assumir este compromisso estou seguro da responsabilidade que cairá sobre mim que espero poder aguentar, POIS CONTO COM
QUE CADA IRMÃO DA OBRA, ESTEJA ONDE ESTIVER NOS AJUDARÁ, pois todo o nosso trabalho começa hoje para uma
Nova Era de Paz, Amor e Sabedoria”.
Apesar da clareza contida nestas palavras ELE não foi COMPREENDIDO, ou NÃO FOI ACREDITADO.
Estes acontecimentos trouxeram-me à memória a Carta de 28 de Janeiro de 1941, dirigida à Linha dos Serápis. Ini-
ciando-a, o nosso Mestre que assinou a Carta como “BAAL-BEY”, entre outras coisas disse:
“É comovente, é doloroso o que ides ler nas presentes linhas, a respeito da data de hoje, 28 de Janeiro de 1941: Faz muitos dias, preveni a
todos vós, por intermédio da Coluna J e, consequentemente, da DIRETORIA SOCIAL, que para comemorar tão preciosa data, em que começa
o CICLO DOS ARCANOS MAIORES, deveria ser realizada uma sessão, por mais insignificante que fosse... Pois bem, NINGUÉM,
ABSOLUTAMENTE NINGUÉM se lembrou... Vim para casa tristíssimo por ver que ‘a falta de vigilância mental continua na Obra’”.
Em 2014, numa entrevista dada pelo VEN. HELIO aos Irmãos em Curitiba, eu pude confirmar o que já percebera
ainda em 2005. Na entrevista ELE proferiu as seguintes palavras:
“... Eu não tenho remorso de nada do que eu fiz ou do que pretendo fazer. Do que eu já fiz e do que falei, eu não tenho remorso. Mas eu
me SENTI MUITO ABANDONADO DEPOIS DAQUELA MINHA FALA DE 2005, que eu assumi, até carmicamente, o dever
de fazer do Brasil a Pátria do Avatara, realmente como deveria ser. Como deverá ser”.
Em uma manhã do início de Abril de 2007 o venerável Helio – residia no Rio de Janeiro – estava em São Lourenço,
aonde eu residia desde 2002. Chamou-me à sua casa e comunicou-me que devido a algumas contingências (que eu não vou
aqui relatar) eu deveria deixar as funções de Sacerdote Templário em São Lourenço, mas que continuaria como Diretor
Templário e Grão-Sacerdote. Ao dizer-me isto ele chorou. Eu o abracei e disse-lhe “Eu estarei com você até o fim”. Neste
momento entrou na sala o seu filho, Venerável Sérgio Henrique. Mudamos de assunto e eu fui ao Templo apresentar aos
Irmãos, que aguardavam o Ritual do meio-dia, o novo Sacerdote nosso Irmão Sílvio Piantino. Um mês depois eu pedi a ele,
por telefone, que me dispensasse da função de Diretor Templário. Era a terceira vez que eu fazia tal pedido. Ele quis ainda
recusar dizendo-me: “Eles não querem atingir a você; querem atingir a mim”. Ao que eu respondi: “Não será por meu intermédio que
o atingirão”.
Ainda hoje eu tento perdoar àqueles que o fizeram chorar.
Aqui eu transcrevo algumas palavras com as quais eu o homenageei no dia 01 de março de 2018, ao ensejo dos seus
80 anos de idade, em uma memorável festividade em São Lourenço:
Eu agradeço à vida que me proporcionou conviver
com um Homem-Deus – HELIUS - que chorou por mim e
chorou comigo.
Eu agradeço à vida que me deu um amigo – um
Deus-Homem - HELIO - que riu comigo e riu de mim.
Eu agradeço à vida que me proporcionou conviver com um
Homem-Deus – HELIUS – que me permitiu chorar com
ELE e chorar por ELE.
Eu agradeço à vida que me deu um amigo – um
Deus-Homem - HELIO - que me permitiu rir DELE e rir
com ELE.
Eu agradeço à vida que me deu amigos, que me deu
Irmãos... que me deu esta Família Espiritual, onde eu aprendi
que para sermos Irmãos, primeiro precisamos ser amigos;
onde eu descobri que AQUELE que isto me ensinou só po-
deria ser um MESTRE, o MEU MESTRE, o NOSSO MES-
TRE = HELIUS!
Paulo Cardoso na festa de 50 anos do V. Helio à frente da SBE
E eu escolhi para esta homenagem ao AMIGO, ao
IRMÃO e ao MESTRE, as palavras proferidas por LOHEN-
GRIN, ao despedir-se do Rei Henrique. Disse Lohengrin ao
Rei:
“Prestai atenção, Majestade: Não posso vos acompanhar. Um Guarda do Santo Graal, uma vez reconhecido, se fosse lutar por vós,
seria privado de sua força humana.
Contudo, majestade, deixai que vos profetize o seguinte: Uma grande vitória será vossa: vossa causa será de Deus! As hordas do Oriente
nunca, mesmo nos dias longínquos futuros, vencer-vos-ão, não vencerão nestas nobres terras”!
• DESPEDIDA
No dia 08 de março de 2020, eu o conduzi até Valinhos-SP, onde se comemorava o aniversário da nossa Venerável
Irmã Márcia (da Fundação HJS).
Foi a última vez que nos vimos.
Na quarta-feira seguinte ele foi para São Lourenço, de onde só retornou a São Paulo 18 meses depois, ou seja, no
dia 29 de setembro de 2021, conforme já havia programado 40 dias antes.
Tão logo chegou a São Paulo, eram 14’30 horas, telefonou-me. Falamos rapidamente.
No dia 30 de setembro de 2021, falei com ele aí pelas 11’30 horas. Deu-me notícias sobre os exames que iria fazer
ainda naquele dia. Às 15’00 horas voltei a ligar-lhe preocupado com o seu estado de saúde. Insisti com ele para que se in-
ternasse em um hospital. Disse-me que estava aguardando um médico que o visitaria ainda naquela tarde e que me daria
notícias.
Foi a última vez que nos falamos.
Honremos os Grandes Reis do Passado, na pessoa daquele que é a sua origem e síntese, o REI MELKI-TSEDEK!
Reverenciemos os seus legítimos sucessores!
Confiemos no Rei do Futuro, Aquele que por direito hierarquico há de nos conduzir!
NEVOEIRO
(Fernando Pessoa in Mensagem)
Todos os Grandes Seres, até na sua morte nos deixam mensagens que cumpre interpretar, assim o «engenho e a
arte» nos permitam.
O Venerável Helio retornou à Casa do Pai, pelas 20h30m (hora de
São Paulo), no dia 30 de Setembro de 2021.
Escolheu partir (assim o determinou a Lei que a Tudo e a Todos
rege) no mês de Setembro.
Setembro, o mês da Apresentação dos Gémeos Espirituais aos
Ilustres e Excelsos Cavaleiros da Ordem de Mariz, na Sagrada Serra de
Sintra (28 de Setembro de 1800).
Setembro, o mês em que o Brasil é declarado independente, pelo
grito do Manu Pedro nas margens do Rio Ipiranga, (7 de Setembro de
1822).
Setembro, o mês do nascimento de seu Pai já em solo Brasileiro
(15 de Setembro de 1883, em Salvador da Baía,) e da sua passagem (9 de
Setembro de 1963 em São Paulo)
Setembro, o mês da fundação espiritual da Obra, na Montanha Sa-
grada do Monte Moreb (28 de Setembro de 1921)
Setembro, o mês em que a nossa Instituição adoptou o nome de
Sociedade Brasileira de Eubiose e em que ele próprio assumiu as funções
de seu Presidente e Grão-Mestre da Ordem do Santo Graal (28 de Setem-
bro de 1969).
Setembro, o mês 9 do nosso Calendário. E como o 9 tem, neste
contexto, significado acrescido!
Retornou o nosso já saudoso Grão-Mestre com 83 anos de idade.
Os mesmos 83 anos que mediaram a apresentação dos Gémeos e o seu
aparecimento físico na face da Terra. V. Helio e José Serrão durante a palestra na Con-
83 que nos remete para o número 11 (1 e/+ 1), como expressão venção de 2019
dos Gémeos.
83 que nos remete para o número 11 (1 e/+ 1), como expressão dos Gémeos.
Retornou 44 dias depois da passagem do saudoso e Excelso Mestre Jefferson Henrique de Souza.
44, o duplo quadrado tão usado pelos Construtores nas gloriosas Catedrais Góticas.
44 que nos remete para o 8, como expressão do infinito. 8 como oitava parte do círculo ou o compasso aberto
num angulo de 45º (a joia do Grão-Mestre na Ordem Maçónica).
44, o número de poemas de que é composta a principal obra poética de Fernando Pessoa, A Mensagem, que
termina exactamente com o “Nevoeiro” e um grito pungente: É a HORA!!!
Fala-nos o poema de Portugal, a Pátria do Avatara, como já falámos noutros momentos, que, segundo o poeta, é
hoje “Nevoeiro”.
E é nessa dor intensa, de uma Pátria a definhar e mergulhada na incerteza, que emerge a chamada, o grito para
despertar, o apelo à Fénix, para que das chamas ressurja mais bela e vigorosa do que nunca, para que o destino se cumpra
e a Obra se realize de acordo com a Vontade do Eterno.
É a Hora!!!
O mais português de todos os Brasileiros, como a si mesmo se apelidava, talvez tenha querido dizer-nos a todos
nós, que, depois da negritude da noite escura da Alma, do nevoeiro que nos abraça, chegarão pela manhã os primeiros
raios de um Novo Sol radiante e luminoso.
Talvez nos tenha querido dizer que, como nós, as Pátrias irão romper as Mayas do Passado e do Presente e res-
surgir no Esplendor da Missão que lhes incumbe.
Amou Portugal como muito poucos. Nunca o escondeu, antes pelo contrário.
Sempre se orgulhou da sua Alma Lusa e nunca se coibiu de a expressar, fosse onde fosse.
Também por isso, Portugal ficou mais pobre. Mas também por isso, Portugal ganha ânimo e os seus dizem «Pre-
sente!».
É a Hora!!!
A pandemia e agora a morte não lhe permitiram voltar a Portugal, como tanto ansiava.
Recordo uma mensagem de voz, que guardo religiosamente, que teve a gentiliza de me enviar no dia 10 de Agosto
de 2020, logo após a minha Apresentação no 1.º Congresso Internacional de Eubiose com o tema: “Eubiose e Cidada-
nia”.
Transcrevo: «Venerável e Querido Irmão José Serrão, acabei de assistir à sua palestra, uma maravilha de palestra. O nosso muito
obrigado. Parabéns novamente. Estou saudoso de Portugal. Esta pandemia atrapalhou a nossa viagem este ano, mas espero, com muito prazer,
estarmos juntos em Maio do ano que vem. Tomara que isto termine. Muitíssimo obrigado pela participação. Muito agradecido e muito feliz.
A sua palestra engrandeceu muito este nosso Congresso, que foi a compensação, a falta da Convenção de Nova Xavantina. Daqui a mais ou
menos uma hora e meia, estaremos encerrando e eu vou falar um pouco de Política sobre uma pergunta que fizeram ao Venerável Irmão sobre
corrupção. Eu vou falar a respeito disso. Um grande abraço.»(sic)
O mesmo desejo manifestou a todos os que estiveram presentes na Sagrada Serra de Sintra no Ritual de Passagem
à Série Interna no dia 11 de Setembro deste ano. Através de uma videochamada, assistiu a todo o Ritual e antes, numa
saudação, expressou a sua vontade de estar em Portugal no ano 2022.
Afirmou sentir-se feliz aqui e não deixou de reafirmar (nenhum de nós poderia imaginar que era a última vez) que
era o mais Português de todos os Brasileiros.
Foi a última vez que nos cumprimentámos e que nos falámos.
Termino partilhando com quem tiver a gentileza de ler estas palavras, que brotam mais do coração do que da
razão, que me perdoem os cultores da língua escrita, uma conversa que ocorreu, na cidade do Porto, minutos antes de eu
apresentar uma Palestra sobre “A Eubiose em Portugal”.
A pretexto de confirmar a presença em Portugal do seu Irmão, nosso Venerável e já Saudoso Jefferson Henrique
de Souza, nos idos de 1973, aproximei-me do Venerável Helio.
Não só confirmou o facto, como as circunstâncias que lhe deram origem e, ainda, relembrou, com palavras suas,
aquele momento de regresso ao local do conhecido Acidente de Lisboa e a declaração de «Tudo está consumado» que a
sua Augusta Mãe proclamou então, caminhando de braço dado entre os seus dois Filhos.
A conversa continuou num modo muito coloquial, mas também muito íntimo.
À colação veio a morte recente de alguns Irmãos, um deles amigo comum, e a partilha da dor que vivenciou ao
ver partir o seu filho. Disse-me, num desabafo compungido: «Um Pai nunca deveria passar pela dor da morte de um
filho».
Contou-me, ainda, sobre o momento da morte do seu Pai, o nosso Excelso Mestre e a sua conversa com a sua
Mãe, a nossa Augusta D. Helena, que o convocava para assumir o lugar do seu Pai.
As dúvidas que sentiu. O receio de não estar preparado para o encargo que lhe estava destinado. Precisava de
tempo… confidenciou-me.
As dificuldades e os obstáculos que enfrentou ao assumir o leme desta Nau onde todos navegamos. As dificulda-
des do ontem e do hoje…
Mais do que as palavras, guardo comigo no coração a humildade de quem, sendo o que era, sofria em si mesmo
a dureza da Lei.
De Alguém que também era Homem, com todas as suas grandezas e todas as suas fraquezas e debilidades. Com
as suas ilusões e desilusões. Que sofria com a miséria humana, os seus apegos, os seus anseios egóicos e as suas vãs gló-
rias. Que sofria, mais ainda, quando tudo isso se manifesta nos discípulos de JHS.
Jamais esquecerei aquele dia 23 de Abril de 2019. Não por ser a última vez que vi e estive fisicamente com o Ve-
nerável Helio, mas por tudo o que aprendi com Ele.
Pela lição de Vida.
Por me ter feito entender o sentido profundo de «fez-Se carne e habitou entre nós».
reuniões Ele começou a cantar o Hino da Escola e nem todos lembravam a letra e então busquei e minha fita que continha
exatamente esta música. Com que felicidade Ele cantava e a gente o acompanhava.
Se não me falha a memória em 1999, nos mudamos definitivamente para Itaparica e Ele passava as “férias” na casa
do Irmão Aginoel na localidade de Caixa Pregos.
Como éramos dos poucos que tinha carro e tempo disponíveis, nossa função era de, quando solicitado, ficar a seu
serviço.
Um dia foi com o Joel pegar camarão que havia encomendado do pescador que morava próximo ao Templo e lem-
brou que tinha que fazer algo lá. O Joel perguntou se Ele queria aproveitar o caminho ao que respondeu: “Não posso porque
estou de bermuda.”
Visita às Sete Catedrais e aos Sete Postos Representativos
A hora soou e para dar continuidade à sua Missão deveria estar presente nas Sete Catedrais do Ocidente e nos 7
Postos Representativos. Eis que entra em sua vida a D. Nízia que fez com que os Membros da Sociedade respeitassem o Ven.
Helio com a dignidade de Rei e como tal acatassem as suas Ordens.
Alguns Irmãos com condições financeiras favoráveis começaram a organizar Comitivas Reais para acompanhá-lo em
suas Missões Internacionais. Aos poucos o número foi aumentando e tiveram que alugar um ônibus.
Os Postos Representativos, como diz Blavatsky: “São a Fronteira de Diedros entre o Mundo e o Mundo Terreno”.
Ao percorrê-los foi como se abrissem as comportas para dar passagem às energias do Quinto Sistema para benefício
de toda a Humanidade.
“Ao lado da riqueza espiritual vem a riqueza material”. JHS
A primeira a visitar foram as Catedrais da Europa por onde tinha passado o Cálice do Graal e para que os Irmãos
percebessem qual delas lhe trazia alguma lembrança. Nesta não pude ir, mas na próxima, enquanto Ele ia para o Egito, eu
Joel, Doraid, Lisete e mais uma companheira nós de Campinas fizemos um pacote e fomos visitar as Catedrais.
Um ano antes estava conversando com D. Nizia e disse que pelas minhas contas o dinheiro só dava para a viagem e
nenhum gasto a mais, ao que ela me aconselhou a todo mês comprar dez dólares e guardar. Fiz tudo que queria e até sobrou.
Na Catedral de Santa Maria Majore na Itália, senti muita emoção, a ponto de me por em lágrimas incontroláveis. Não
é por acaso que meus quatro avós eram italianos.
Nos encontramos em Paris e de lá fomos para Barcelona.
De manhã, enquanto descíamos pelo elevador a Irmã que nos acompanhava me chamou a atenção dizendo que eu
não devia fazer sanduíche porque Seu Hélio levantava da mesa e ia embora.
No salão do café da manhã tinha um lugar mais elevado onde a corte ia ficar e a recepcionista guiava quem ia ocupar
os lugares. Ficamos surpresos quando fomos escolhidos e Ele colocou o Doraid e a Lizete um de cada lado e eu o Joel e a
companheira de viagem, na sua frente.
Seu primeiro ato foi fazer um sanduíche. Como Ele sabia da conversa do elevador?
Os valores do Posto Representativo de El
Moro haviam sido transferidos para o Roncador e nos
sentimos na obrigação de estar presente nos Estados
Unidos para lhe dar cobertura.
Eu, Joel, Rosali e Armando fizemos um pa-
cote e alugamos um carro. Fomos inicialmente para
Orlando e depois para Albuquerque. Tínhamos a in-
dicação de qual Hotel iriam se hospedar e para lá nos
dirigimos. No caminho percebi que, por estar muito
longe do centro, não tinha condições de hospedar a
Comitiva e o Ven. Hélio sempre ficava na cidade para
facilitar a movimentação dos Irmãos. Mas, assim mes-
mo esperando algum tempo. Como nada acontecia,
fomos embora sem preocupação porque a gente sabia
onde ia ser o Ritual. Como estávamos de carro resol-
vemos ir por conta própria. No caminho o Armando
falou: Nós viemos por esta rua então vamos por esta outra.
Em determinado ponto vimos, do outro lado da rua,
a Irmã Itaigara e o Irmão Manuel Moreira. Paramos e
O grupo que viajou a El Moro, México com o V. Helio eu comecei a gesticular porque não poderia me ouvir
devido a largura de uma calçada a outra. Ela pensou
que eu fosse o guia de Nova Iorque por ele ser baixinho e fizemos sinal para ela esperar. Demos a volta e, finalmente nos
encontramos.
O que aconteceu foi o seguinte: Perto do Hotel havia uma pracinha de alimentação e todos foram para lá almoçar.
Os dois viram do outro lado uma rua movimentada e resolveram explorá-la. O ônibus alugado tinha 44 lugares e 40 estavam
ocupados só sobrando os nossos 4. A nossa força de pensamento, com o desejo focado em nos encontrarmos, providenciou
as circunstâncias. A D. Nizia achou tão interessante que mandou constar como História da Obra.
Durante o Ritual foi colocado um casal atrás de cada Bandeira. Nós ficamos na Bandeira do Brasil e ao lado estava
dos Estados Unidos portada pela Irmã Libby que durante todo o tempo teve que se esforçar para que ela não se inclinasse
toda para o chão conseguindo mantê-la na horizontal. Ao término olhamos para o céu e um Arco Iris redondinho circulava
o Sol. Muitos fotografaram ou filmaram, mas nenhum conseguiu reproduzir a imagem. Era só para nossos olhos.
A última vez que nos encontramos foi na Convenção de Itaparica, realizada no Centro de Convenções.
O Joel quis cumprimentá-lo pessoalmente e lá foi ele de bengala. Quando nos aproximamos o Ven. Helio colocou o
Joel sentado do seu lado direito e eu, no esquerdo, e ficamos conversando até Ele ser chamado para outro compromisso.
O Ven. Helio nunca fez uma viagem que não tivesse por objetivo o cumprimento de sua Missão.
Pelo que dá para perceber nas decisões do Ven. Helio, havia muita Maia envolvida e o Espírito que Vivifica é só para
quem tem:
“OLHOS PARA VER E OUVIDOS PARA OUVIR”.
VENERÁVEL HELIO JEFFERSON DE SOUZA
Quero falar Dele. Sim, falar Dele. Mas, o que falar? Devo der-
ramar palavras por um longo texto? Mas, quantas palavras poderiam
abarcar a Ele? Devo resumir minha fala em poucas ou em somente
uma palavra? Mas, quais ou qual palavra O abarcaria?
Certa vez emiti minha opinião a Ele:
“Venerável Grão Mestre, para mim, APTA é uma chama viva. Uma
chama que pode se envolver, livremente, com quem é APTA, pois todos são a
mesma chama viva. Mas, quem não é APTA deve se precaver, pois, se muito se
aproximar desta chama viva, indevidamente, poderá se queimar”.
Ele apenas sorriu.
Tenho ideias sobre muitas ou poucas, ou ainda uma palavra
para falar Dele... mas, pode ser suficiente por ora, porém, ao correr do
tempo talvez não.
Então, nada direi. Apenas guardarei comigo, em minha mente
e coração, os poucos momentos em que pude com Ele conviver, em
vários lugares... e compartilho alguns, de Suas oito visitas ao Departa-
Eu e o V.Helio, no aeroporto de Curitiba aguardando o
mento de Curitiba, a última em 9 de outubro de 2015.
embarque em 2007
PEQUENA HOMENAGEM
AO NOSSO
V. EX-PRESIDENTE
O que falar sobre o nosso querido Ex-Presidente, V. Helio Jefferson de Souza.
Só para lembrar a todos, quando ele confiava uma missão a um Irmão, ele dava plena independência e total apoio.
Em fevereiro de 1999, quando fui a Convenção anual em São Lourenço, levei um projeto, para construirmos em
Nova Xavantina, o ESPAÇO CULTURAL HELENA JEFFERSON DE SOUZA. Me dirigi à Vila Helena, e com a presença
dos V. Jefferson, V. Selene e V. Felícia, eles amaram a ideia da construção e pediram para iniciá-la imediatamente.
Me deram total apoio e confiança, eu me sentia protegido e procurava realizar, com muito amor as tarefas que me
eram solicitadas.
Ele sabia da enorme amizade que eu tinha pelo Helinho e chorando, foi ele que me ligou, para comunicar a triste
notícia da passagem dele.
Qualquer missão que ele me desse, aceitava sem pestanejar, pois sabia, que jamais faltaria apoio.
Quando ia a Brasília, sempre após o ritual íamos a uma pizzaria famosa, Kasebre 13, forno à lenha, e sempre pediam
o alho e óleo e aliche.
Uma vez em São Paulo, numa sexta à noite, ele pediu a Daniel Herrera, administrador de São Lourenço, para me
pegar no Brooklin, onde eu estava hospedado, na casa da minha filha.
Os casais presentes, sem que o V. Presidente visse, fizeram uma aposta, quem acertasse em ordem, quais pizzas que
ele pediria, não pagaria a conta e colocaram as tiras de papel numa taça.
Dona Nizia viu, chamou o metre e solicitou um filé especial da casa e um vinho tinto para mim, pois ela sabia que eu ia
acertar.
Quando o Venerável voltou à mesa e viu a taça, com os papeis dobrados, perguntou o que era.
Ao saber, de imediato falou: “O Ribeiro acertou, podem abrir”, e de fato, ganhei a aposta e degustei um ótimo filé.
Tanto em Brasília, como aqui em Xavantina, eu era o churrasqueiro dele, pois ele afirmava que eu sabia o ponto certo,
bem mal-passado.
Era um ser muito simples, fiel a seus amigos, e gostava de contar fatos antigos da SBE, pois tinha uma memória pri-
vilegiada.
Para mim, a passagem dele e de seu filho Helinho, são perdas irrecuperáveis.
José Ribeiro, Coordenador do SGR, Nova Xavantina/MT
LEMBRANÇAS COM V. HELIO
Era um vento de pleno setembro, num mundo de centro do planeta, o sol, que dela havia tomado empresta-
quase outubro, minguava a lua na abóboda celeste, em 28 do. Hélio agora se veste da terra inteira para fazer jus a si
de setembro daquele ano. Certos homens comemoravam o mesmo.
centenário da fundação de um novo início dos tempos. O nome oculto da morte é renascimento e vice ver-
Se a lua minguava nos rasgos do zimbório celestial, sa. Uma semente morre (renasce, revela), para se tornar em
o sol, por força da lei, resolve minguar na face da Terra, milhares de sementes, assim são, com todos os Cristos.
uma espécie de crisália às avessas se pronunciava. A terra chora suas lavas nas Ilhas Canárias, no
Quando deixam suas vestes físicas, homens co- Brasil choramos o sal e sorrimos as águas da felicidade; sal
muns são deixados sete palmos para dentro da Terra; pela partida necessária, ainda que provisória, de um Avata-
homens santos e iluminados, palmilham sete degraus ra; e águas de felicidade jorram das consciências de quem
panteões adentro; Adeptos, mergulham, subindo pelas sete o reconheceu Rei. Os milênios vindouros escreverão seu
cidades de dentro; e seres como Hélius, tornam-se Um Nome como Coroa da Terra, Mitra-Deva, em linguagem das
com o sol central da terra encandecida. ciências das idades.
Fazia setembro pós-pandemia, fenômenos esses O sal das saudades, o sal dos seres e nações que
que precedem as grandes transformações (quer saibam os ainda não o puderam entender: o sal da Terra.
homens, ou não), como a gripe espanhola preexistiu ao dia As águas da felicidade, choradas, são por saber que
28 de setembro de 1921. Ele se completou árvore, rebentada de tão única semente,
Fazia setembro, e do seu corpo adentrado no pro- cresceu, deu frutos e, portanto, da esperança da semente
fundo da Terra, o Vulcão Cumbre Vieja, rugia por sua boca, faz-se a certeza da colheita, binjas do bijam. Que venha o
aflorada nas Ilhas Canárias. ano de 2121.
30 setembro, Helio é tão grande que os cômodos Ele esperou fechar as portas dos primeiros cem anos
de dentro da Terra precisavam ceder espaço para sua che- para descer aos céus, e ser as chaves que abrem as compor-
gada triunfal. Por isso, o centro do planeta se esvazia pela tas de mais cem anos.
garganta bramida do Vulcão.
Cumbre Vieja, em português, Pico Velho, sim, para Família é o sentimento que mais vibra nos que fica-
fazer valer a lei da polaridade, o Oriente entra em con- ram.
vulsão, no Pico Velho, para se firmar um novo pico, novo Nós continuaremos a trabalhar, para que a humani-
pontal, na montanha Moreb, Ocidente, em terras ‘Brasil’. dade seja um colar de contas só, uma só família, não somen-
Brasas no Oriente e brasas no Ocidente, um sobe o outro te por origem, mas por sentimentos verdadeiros de fraterni-
desce. Mundos imaculados e conspurcados fazem ranger dade universal.
o fiel das balanças. Obrigado, Helio Jefferson de Souza, pela honra pre-
Sangram as embocaduras das Ilhas Canárias, ciosa da convivência.
exteriorizando-se; enquanto no país canarinho, interioriza- Não tem preço, mas tem todos os valores.
-se, por outras embocaduras, semente Preciosa. Hélios se
planta em solo brasileiro, a face da Terra devolve ao PAX
XAP
1 de outubro de 2021
O coração não se contém em si. Portanto, só me cabe usar das simples e limitadas palavras.
Enquanto isso...
“Amitaba sai do loto que te encerra”! A terra treme, sacode, vulcões que cospem
E um jato de luz projetou-se do céu Nações se abalam, resvalam, prisões se abrem
Naquele magno ano da descida do véu Tronos que caem, dores... tudo se movimenta
Em que até mesmo a natureza venera Mas somos a Obra... que a tudo acalenta
Muito além deste nosso tempo Não sei quando, não sei onde, nem como
O mais incompreendido dos Seres Mas Ele está vindo, agindo, perceptível...
Fez-se da união de saberes Três Reis... Um Rei... já bem tangível
Trazendo ao Ciclo um alento E Unidos estamos em torno do Trono.
Eis o Chefe dos chefes a cada Linha guiar Até sempre, Venerável Helio!
Verdadeiro Sol nascido do Seio do Eterno
Um ágil Guerreiro Amigo e Fraterno
Hélius Amitaba! no humilde e intenso brilhar
BREVES ENCÔMIOS A
HELIO JEFFERSON DE SOUZA
Durante muito tempo me perguntei, por quê? Seria um erro do escrivão ao lavrar a certidão de nas-
cimento?
Mas na verdade esse ser hélio, aqui no sentido de sol, assim o será para a humanidade futura, quan-
do assentará para toda humana criatura. Eis aí um detalhe, ou somente mais um aspecto dentre tantos, a
respeito desse ser “misterioso”.
Um talhe profundamente marcante de sua personalidade era como ele lidava com a questão lealda-
de, que para o amigo Helio possuía o valor de diamante. Prezava lealdade para consigo e como uma via de
mão dupla era o amigo mais leal que já pude perceber em inúmeros momentos.
Eis dois detalhes de inúmeros outros a título de encômios desse ser que chamou, chama, e sempre
chamará, até porque seu nome está indelevelmente marcado na história: Helio Jefferson de Souza.
HJS
E assim, Ele se despede da face da Terra com a missão cumprida, com um imenso legado e deixando conosco a
grande responsabilidade de dar continuidade a missão de seus Pais e a sua própria missão.
Ao meu querido Mestre, boa viagem ao outro lado! Que Agartha o receba em gala, e que nós que permanecemos
na Terra, cumpramos o nosso dever.
Bijam!
V. HELIO JEFFERSON DE SOUZA
– Linha do Tempo –
E assim, ter-
mina a jornada de
um herói que sai de
cena, para galgar
um novo caminho.
--
EXPEDIENTE
Informativo da Sociedade Brasileira
de Eubiose - SBE
e-mail: cep@eubiose.org.br
--
73a CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA SBE EM
SÃO LOURENÇO-MG - 20 a 24/fevereiro/2022