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Fundado em 1924

NOVEMBRO 2021 Ano 21 Edição Especial 178

A GRANDE FAMÍLIA
JHS

Oromoeté, Helio !

Sumário
Prefácio – por Luiz Lúcio Daniel, Diretor de Divulgação .......................................................................... 4
Prefácio – Luiz Lúcio Daniel, Diretor de Divulgação ............................................................................................. 4
Ritual Nobre Especial em 02.10.2021
(Palavras
Ritual NobredeEspecial
V. Leonardo Faria de
(Palavras Jefferson de Souza)
V. Leonardo Faria..........................................................................
Jefferson de Souza) ............................................ 5 5
Ritual Nobre
Ritual NobreEspecial
Especial,em
Elegia02.10.2021
ao V. Helio , Elegia
Jefferson ao V. deHelioSouza Jefferson
(por Elcio de de Souza Sousa Lopes,

(por Elcio de Sousa Lopes, Diretor Templário) ..................................................................................... 6
Diretor Templário) ...................................................................................................................................................... 6
Homenagens:
Homenagens:
• Meu amado Tio (por
• Meu AlinaTio
amado Ricco Jefferson
– por Alina de Souza)
Ricco ......................................................................................................
Jefferson de Souza ......................................................................... 8 8

• Falar do V. •Helio
Falaré do
o mesmo
V. Helioqueé ofalarmesmo de Amor, queCarinhofalar deeamor, Respeito Carinho e Respeito –
(por Ariel Ricco Jefferson de Souza) ............................................................................................................................
por Ariel Ricco Jefferson de Souza ..................................................................................................... 8 8

• Depoimento •O deVen.
Elielson
HelioVianna Gomes,
Jefferson de Diretor
Souza –Administrativo
por Elielson .............................................................................
Vianna Gomes, Diretor Administrativo 10 ....10

• Depoimento de Cristina
• Helio Souza
Jefferson de...................................................................................................................................................
Souza – por Cristina Souza ...................................................................................... 21 21

• O Amoroso• do Terceiro Trono
O Amoroso (por EzioTrono
do Terceiro Calanca – por Garcia/
Ezio Nova Calanca Xavantina-MT)
Garcia/ Nova ............................................
Xavantina-MT ................. 22 22

• O amigo Helio (por Sergio
• O amigo Helio de–Oliveira,
por Sergio Porto/Portugal)
de Oliveira, ............................................................................................
Porto/Portugal .................................................................. 23 23

• O meu até •sempre
O meuaoaté V. sempre
Helio (por aoPaulo V. Helio Cardoso – porNunes) Paulo ........................................................................................
Cardoso .......................................................................... 25 25

• Helio Jefferson de Souza,
• Helio JeffersonEterna Saudade
de Souza, (por José
Eterna Saudade Serrão,–Lisboa/Portugal)
por José Serrão,................................................
Lisboa/Portugal ................. 28 28

• Minhas Experiências com o V. Heliocom
• Minhas Experiências (por Myriamo V. Helio Gozzi,- por Vera Cruz/Ba)
Myriam Gozzi, ..............................................................
Vera Cruz/Ba ............................... 31 31

• Helio Jefferson de Souza
• V. Helio (por Sergio
Jefferson de Souza, Tambosi, porCuritiba/PR)
Sergio Tambosi, ......................................................................................
Curitiba/PR ..................................................... 34 34

• Pequena homenagem ao nosso V. Ex-Presidente
• Pequena homenagem ao nosso V.(por José Ribeiro,–Coordenador
Ex-Presidente por José Ribeiro,
do SGR, Nova Xavantina/MT ......... ................................................................................................................................
Coordenador do SGR, Nova Xavantina/MT ................................................................................ 35 35

• Lembranças com o V. Heliocom
• Lembranças (poroElza V. HelioDalva–de por Souza)
Elza Dalva ...................................................................................................
de Souza ................................................................... 36 36

• Helio Jefferson
HeliodeJefferson
Souza (por deMauro
SouzaLeslie, – porIporá/MT)Mauro Leslie, ..................................................................................................
Iporá/MT ... 37 37
01/10/2021 – por Kenio Nogueira, Joinville/SC ... 38
• 01/10/2021
Louvor (porJefferson
ao v. Helio Kenio Nogueira,
de Souza Joinville/SC)
– por Irene ....................................................................................................................
Marques Alexandria ... 38 38
Breves Incômios a Helio Jefferson de Souza – por Marcio Cambahuba, Representação de Cuiabá/MT ...
39• Louvor ao V. Helio Jefferson de Souza (por Irene Marques Alexandria) ............................................................... 38
Na ALESP Deputado Castello Branco homenageia V. Helio ... 40
• Breves Incômios a Helio Jefferson de Souza (por Marcio Cambahuba,
Representação de Cuiabá/MT ........................................................................................................................................ 39

• Na ALESP Deputado Castello Branco homenageia V. Helio ........................................................................................ 40

Linha do Tempo – V. Helio Jefferson de Souza ...................................................................................................................... 43

Convenção de São Lourenço - 20 a 24 de fevereiro de 2022 ......................................................................................... 51

NOSSA CAPA:

27 de fevereiro de 2020, encontro da Família Souza.


Venerável Helio Jefferson de Souza recebeu em sua residência, para um almoço organizado
pela família, com a colaboração no evento da Ven. Glória Helena e do Ven. Astor (filho de Selene
Nunes Souza, filha de D. Hercília).
Astor liderou a excursão com grande parte dos membros da Família Souza, que residem no
Rio de Janeiro e Niterói.
Participaram de um ritual no Templo e foram agraciados com a participação de Luiz Filipe
Coelho, violinista da Orquestra Filarmônica de Berlim, que executou durante o ritual, alguns Man-
trans da nossa Obra em homenagem aos presentes.
PREFÁCIO

HELIO JEFFERSON DE SOUZA


Envolto nos mistérios do futuro apoteótico do ciclo ariano, com poucas semanas de nasci-
do, foi ele regiamente apresentado e consagrado na presença de Veneráveis Membros da STB e
Seres de elevadíssima hierarquia que, há milênios, vêm auxiliando o caminhar da Humanidade.

No glorioso dia de sua consagração, por transcendental causalidade, se encerrava um
ciclo de 17 anos de lutas e lágrimas para firmar a grande Obra na Pátria do Avatara Maitreia. No
esplendor desse dia, o futuro se descortinava para entrar em cena o esperado CICLO da ATIVIDA-
DE encarnado em uma criança especial, de há muito anunciada, no núcleo de Iniciados do Egito
Misterioso.

O CICLO da ATIVIDADE intensificou o grau de objetividade do Divino no Mundo dos Mortais.


A Instituição dos Excelsos Fundadores e Supremos Dirigentes Henrique e Helena - Devapis dos
textos do Vishnu Purana - abria seu portal como uma colmeia que libera as suas criaturas aladas
para visitar e colher, dos jardins mais preciosos da Terra, os ingredientes que viriam a ser tra-
balhados e, generosamente, distribuídos como mel espiritual para os sedentos de Conhecimento
Verdadeiro.

A realização do Divino exige atributos da Vontade do Pai e do Amor-Sabedoria da Mãe, e,
com o nascimento do Esperado, surgia também a possibilidade de mais uma etapa vitoriosa da
grande Obra dos Adeptos da Boa Lei.

Fato é que, na sua maturidade, para reger os destinos da Instituição, o Excelso Esperado,
Venerável Helio Jefferson de Souza, como digníssimo Presidente da SBE, recebeu, em 1969, um
montante de 25 unidades da então STB e, ao longo de 52 anos de sua liderança, quadruplicou
esse número em unidades espalhadas em solo brasileiro e algumas em terras estrangeiras. No
árduo compromisso com o progresso da iniciação do gênero humano, ergueu o estandarte da Fé
no Futuro, criando caminhos e pontes que fizeram a Instituição ser conhecida nos quatro cantos
do mundo.

O CICLO da ATIVIDADE firmou-se nas regiões sagradas do Sul de Minas e de Itaparica e,


por último, fez seu pouso em Mato Grosso, onde, sob a sua guarda, definitivamente, cravou nos
altivos rincões da Serra do Roncador, em meio aos olhares aguçados e aos cantos metálicos das
araras, a sagrada legenda da Paz-Amor-Sabedoria.

Prontidão para agir foi o que nunca faltou ao Esperado, pois carregava em si as forças
que arrastam legiões de mônadas das gerações para o coroamento glorioso do ciclo ariano.
Olhar atento para buscar o lado luminoso e risonho do Mundo dos Mortais agia a seu modo –
intuitivo -, trazendo, em si, o aura da alegria e das boas novas que enchem os corações de Espe-
rança e de Coragem. Portador de um temperamento ágil, comunicativo e saudável, tinha, em si, a
graça de superar prontamente os desconfortos e os desgastes que fizeram parte da sua espinho-
sa jornada, mas que, enfim, nunca foram motivos para desistir da honrosa missão de bem condu-
zir a Instituição fundada pelos seus amados Pais.

Sem ofender, cuidadosamente, tinha o dom de desfazer o imaginário dos que o cercavam
com histórias de fenômenos e milagres que, para o ambiente iniciático de livres pensadores, não
contam com aplausos nem adesões. Ao invés da mistificação e do devocionalismo, que sempre
puseram em risco a coletividade, promoveu, no círculo iniciático, a aliança das correntes de pu-
reza mística e da intelectualidade, bem fundamentada e bem intencionada.

Pacificador incansável, era hábil em reunir as forças capazes de restabelecer a concórdia,


a ordem e a verdade. Comunicador nato, de extraordinária fluência, sabia até onde limitar suas
afirmações e a hora de declará-las, sem titubear.

Sua especial atenção para reconhecer, fazer amigos e elogiá-los em seus talentos con-
correu para estabelecer com eles o ambiente próprio do reino da fraternidade, do progresso, da
esperança e da alegria. Visionário das nobres e grandes causas, não poupava esforços para estar
presente nos eventos que promoviam a união dos ideais nobres e dos vários ramos do saber.
Abriu nossos corações para o caminho da amizade e da assistência fraterna àqueles que se
encontravam em maiores dificuldades. Ensinou-nos pacientemente as regras do comportamento
respeitoso que asseguram a formalidade e a convivência ética dos civilizados. Fez com que, tais
como Édipos modernos, puséssemos os pés no chão e a mão na massa para erguer o Novo Edifí-
cio Humano.

Suas antevisões, frutos de sua percepção intuitiva, caracterizaram a delicada administra-
ção de um Colégio Iniciático para acolher e, nobilitantemente, preparar legiões de discípulos,
fraternos e altruístas, para o dignificante serviço de divulgar os saberes que, dia a dia, revelam o
despontar da Era de Aquarius, a Era de Maitreia.

Sua abençoada regência, com o auxílio direto e incondicional de seus digníssimos Irmãos,
possibilitou, no Colégio Iniciático da SBE, o estabelecimento de Mestrias, ritos e critérios para a
composição de várias Ordens Secretas, Estatutos, Regimentos Internos, Protocolos de Reuniões
e de Assembleias produtivas. Assim, com o respaldo interno de uma Instituição de características
ainda não classificáveis dentre as organizações civis, garantiu-a na sua aspirada expansão no
mundo, sem risco de exposição de seu precioso acervo e de seus filiados.

Além de suas ocupações na condução da Instituição, como Presidente da SBE e Grão-
Mestre da Ordem do Santo Graal, sua natureza flexível e de extraordinária memória para gravar
datas, nomes e histórias possibilitou-lhe atuar em vários setores da vida humana, como o fez,
destacadamente, na cobertura jornalística da inenarrável construção de Brasília, a Capital da
Esperança.

Parte de seus sonhos para o progresso e expansão da Instituição no mundo foi gloriosa-
mente realizada e outra parte ficou na memória de seus leais continuadores que não medirão
esforços para honrar a sua confiança.
Gratidão infinita Àquele que, laureado, deixa o cenário humano conduzindo para o Mundo
dos Imperecíveis a arca valedoura - plena de realizações e de experiências adquiridas entre dores
e alegrias - para que mais gloriosa ainda seja a Obra dos Imortais.

SALVE! SALVE! SALVE! HELIO JEFFERSON DE SOUZA! ETERNAMENTE EM NOSSAS MENTES E


EM NOSSOS CORAÇÕES!

OM MANI PADME HUM!

(Luiz Lúcio Daniel - Diretor de Divulgação)



RITUAL NOBRE ESPECIAL
Mensagem gravada do V. Leonardo Faria Jefferson de Sou-
za e lida no Templo, no Ritual do dia
02 de outubro de 2021
Boa noite, Veneráveis membros do
Apta, em especial a V. Selene, Veneráveis Irmãs
e V. Irmãos presentes neste templo, nesta noite,
e cumprimento a todos os Irmãos onde estive-
rem.
Começo justificando a minha ausência,
que acredito que seja do conhecimento de uma
grande maioria, mas ontem acabei fazendo
o teste para Covid e o teste deu positivo, foi
necessário então, que eu me recolhesse para me
poupar e poupar a todos ao meu redor, e ainda
preciso ficar mais uns dias dessa forma, mas
estou bem, me recuperando, estou praticamente
assintomático e por isso não pude estar presen-
te ontem e hoje também precisei me resguardar,
o que tornou tudo mais doloroso pois não pude
vivenciar como deveria, todo esse momento
de luto, que é uma dor, mas que é necessário a
gente presenciar para entender definitivamente
todo o processo que estamos passando de uma
perda sem igual para nossa Obra, a gente que vinha de a agradecer a todos pelo apoio incondicional desde o
uma recente perda, igualmente importante, do V. Jeffer- início.
son, há pouco mais de 40 dias, ainda nem pudemos recu- Eu comecei a minha trajetória desde o início de
perar e tivemos mais esse duro golpe com a descida do V. 2015 mais ativamente, digamos assim. Logicamente nasci
Helio, mas a Lei é sempre justa e perfeita, e nesse momen- dentro da Obra, mas de 2015 pra cá, eu venho atuan-
to, ela nos ampara e nos conforta, de que cada um deles do diretamente, sempre ao lado do V. Helio, auxiliando,
cumpriu a sua missão com muito louvor e muita glória; e primeiro como Primeiro Assessor do Presidente, depois
cabe a nós agora, uma vez definido pelo nosso Grão-Mes- como Vice-Presidente, e esses degraus foram sendo
tre e Presidente, V. Helio, a continuidade dos trabalhos galgados à medida que Ele foi vendo a minha condição e
através da minha pessoa e através da pessoa do Ariel, e, a minha possibilidade e trabalhar mais, me dedicar mais e
logicamente com o apoio de todos vocês e trabalharemos isso foi acontecer aos poucos. Eu nunca almejei nada, mas
juntos nessa nova missão. tudo isso aconteceu da forma que foi e agora cabe a mim
É tudo muito novo, a gente precisa reorganizar as segurar as rédeas e levar em frente o trabalho que Ele
ideias, a gente sai de toda essa experiência bastante, diria, majestosamente fez ao longo desses 83 anos de vida.
de uma forma meio enfraquecida, mas um pouco órfãos e Como disse há pouco, ainda é tudo muito recente,
a gente precisa juntar os cacos para poder seguir adiante, é hora d’a gente estar refletindo e fazer uma introspecção
devido a essas duas grandes perdas, por toda a situação em de tudo que ocorreu, mas tudo a seu tempo, a gente vai
que atravessa a humanidade e prejudicou direta e indire- ter tempo de fazer tudo que a gente imagina e colocar a
tamente as nossas atividades, mas agora a gente precisa Obra no lugar que lhe é de direito, como o V. Helio sem-
reerguer a cabeça e dar continuidade nos trabalhos porque pre fez, desde o dia em que assumiu a Obra, a Ordem do
a Obra não pode parar e ela não vai parar. Não um cargo Santo Graal e a Presidência da Instituição Há 52 anos.
ou um título que vai mudar a forma como eu vinha tra Não vou me estender muito, mas eu quero dizer
balhando e responsabilidade infinitamente maior mas nós a todos que podem contar comigo para o que estiver ao
continuaremos lutando, ombro a ombro, da mesma for- meu alcance e trabalharemos sempre juntos, unidos e uma
ma como eu vinha fazendo. coisa muito importante de ser dita é que neste momento,
E eu espero realmente poder atender a confiança após a descida dos três irmãos, nosso apoio e nossa dedi-
que o V. Helio depositou em mim, antecipo a vocês que cação é total e irrestrita a V. Selene, como a nossa legítima
eu vou acertar, vou errar, eventualmente, mas os erros representante dos Gêmeos Espirituais na face da Terra.
serão uma tentativa de acerto, vocês podem ter certeza, Todo o nosso apoio a ela.
que todas as decisões serão tomadas em prol de uma Agradeço a vocês e peço ao nosso Grão-Sacerdo-
imensa maioria. Eu entendo que a circunstância não cabe te, V. Elcio, e autorizo que seja transmitida essa mensagem
fazermos ainda uma cerimônia como deveria ser para essa compartilhada entre os nossos Irmãos em nossos tem-
posse, mas isso, num momento oportuno precisa ocorrer, plos, Departamentos e Representações da nossa socieda-
devido, justamente, a importância das funções e isso vai de.
acontecer num futuro breve, mas eu me dirijo a vocês no Boa noite a todos e que possamos estar juntos em
primeiro momento após ter sido empossado, uma vez que breve.
essas datas serão divulgadas pelo V. Elielson e eu só tenho
RITUAL NOBRE ESPECIAL
Templo de São Lourenço. Ritual Nobre especial
02 de outubro 2021.
Elegia ao Venerável Hélio Jefferson de Souza.

44 dias depois da despedida do Venerável e saudoso Jefferson Henri-


que de Souza, nossa Instituição foi abalada pela saída do cenário humano do
nosso Grão-Mestre Venerável e agora saudoso Hélio Jefferson de Souza.
Conforme palavras Dele ouvidas neste Templo: as datas de 27 e 28 de
setembro formam uma grande Polaridade de alegria e tristeza. Com imenso
júbilo comemoramos o nosso Centenário de Fundação Espiritual sem saber
que no dia seguinte nosso Supremo Dirigente nos deixaria fisicamente, e
assim ficaram abertas as veias da Instituição, mas também imensas refle-
xões agradecidas sobre Aquele que nos deixou... Filho tão querido de JHS,
que trouxe a ponta da lança do Palácio da Aclamação na Bahia, sendo desde
então nomeado Sucessor no comando da Ordem do Santo Graal. Prestando
seu Juramento como Grão Mestre 48 anos depois no mesmo local, onde seus
excelsos Pais se ajoelharam em 1921.
Vim – Vi - Venci.
Essas três palavras sintetizam e exaltam toda a Sua trajetória de vida.
Seus 83 anos de vida física e 52 anos e um dia à frente dos destinos da
Ordem do Santo Graal na função de Grão Mestre. Ele, o portador do Anel do
Segundo Trono, tão ligado à tradição dos Budas Vivos. Durante a Sua Missão
à frente deste glorioso e espinhoso cargo, trouxe um Alento de Renovações
e ampliações dentro da nossa Instituição – que se fizeram necessárias diante
de novos ciclos que se apresentavam.

O “Vim Vi e Venci”, podem ser associados à Escola Teatro e Templo e
a Transformação Superação e Metástase, apresentando à Instituição novas
frentes Administrativas e de interação entre seus vários e diversificados mem-
bros.
Passou ao longo do seu exercício na função por tremendos aprimoramen-
tos espirituais, assim como seus Irmãos sanguíneos. Tornaram-se Figuras de
Ovo Áurico resplandecentes, magnetizando e eubiotizando todos aqueles
que se aproximavam e podiam e podem perceber uma ínfima fração de Suas
grandezas – ligadas ao Reino de Agartha e aos Mundos celestiais. Felizes da-
queles que tem algo a lembrar, e agradecer sobre um convívio pessoal e edi-
ficante com 03 Irmãos que trazem em si o exercício e a Semente dos Ciclos
Futuros.
O Céu e as estrelas são testemunhos do seu carisma, liderança e bem
aventurança.
Toda a nossa Instituição é testemunha do imenso progresso e expansão
que Ele nos trouxe nos Novos Rumos que se urgenciam e sucedem conforme
as contingências do Ciclo. Novas etapas evolucionais que surgem agora, no
momento presente. Mas toda a nossa Instituição está confiante no exemplo e
nas palavras deixadas por Ele, principalmente as de 10 de agosto de 2018.
O Exemplo nós tivemos de um outro Homem sem igual. Que também
viajou para a Índia perpassando Portugal.

Vita Impendere Vero – Consagrar a Vida à Verdade.



Bijam.


Elcio de Sousa Lopes - Diretor-Templário da SBE

...

“A arte da vida consiste em fazer da


vida uma obra de arte!”
(Mahatma Ghandi)
HERMÉS /DEZEMBRO 2021

MEU AMADO TIO


Ainda recuperando as forças por
causa da descida do querido Tio Jeffer-
son, recebi a notícia que Tio Helio havia
partido.
O que a Lei reserva para nós?
Ao invés de perguntas, comecei
a agradecer pelos muitos momentos em
que estivemos juntos e que pude absorver
Suas histórias de vida regadas de apren-
dizados, muito amor e humor, dignos de
um Ser Iluminado!
O Venerável sr. Helio, meu amado
Tio, oportunizou encontros que ficarão
para sempre em minha mente, pois Ele
era a própria alegria no ambiente em que
se reuniam nossa família, irmãos, amigos
que ele tanto prezava.
Na Convenção de Portugal, V. Helio é ladeado pelos Vs. Leonardo, Neusa Fernandez e Alina
Sim, o Sol que se fazia presente e
nos Iluminava!
E, assim, o “Eterno Incompreendido” desce à Agartha, sua nobre morada, com Seu dever cumprido, nos deixando
aprendizados com exemplo de uma vida repleta de Amor e dedicação à Obra!

Alina Ricco Jefferson de Souza

Falar do Venerável Helio é o mesmo que


falar de Amor, Carinho e Respeito!
Acredito que é este o sentimento que o vivo hoje, não sei direito como lidar com esta situação de perda novamente
de pessoas que amamos...
Aí eu me pergunto, será que os tios têm ideia de quanto são im-
portantes em nossas vidas? Eles podem ser como nossos segundos pais,
nos passam segurança, conforto e o devido carinho paternal!
Tivemos uma jornada muito próxima nos últimos 20 anos, onde
pudemos conviver e conversar sobre diversos assuntos, sempre com o
devido respeito e descontração. Nas convenções ficávamos sempre muito
perto e isso nos fazia muito bem, a recíproca de verdade, respeito e con-
fiança sempre foi algo que nos envolveu de alguma forma.
Assim foi a nossa relação de tio e sobrinho, lembro-me de conver-
sarmos assuntos importantes sempre olho no olho, esta era uma caracte-
rística marcante entre nós.
Falar de um homem que teve a coragem de pagar caro pelas expe-
riências de vida, assumir o carma do mundo, fica fácil de entender quando
o professor Henrique dizia que Helio seria sempre o incompreendido.
Viajar o mundo todo mesmo com todas dificuldades físicas e dis-
seminando o nome da Eubiose para ecoar pelos quatro cantos do mundo V. Helio e V. Ariel

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.08


HERMÉS /DEZEMBRO 2021

não é realmente uma tarefa fácil e nem tão pouco para


qualquer homem comum.
Deixou amigos por toda parte do mundo que
passou...
Sempre fez questão de vir a Brasília, cidade que
ele ajudou a fundar devido à proximidade com o presi-
dente Juscelino Kubitschek... histórias e desígnios que
todos conhecem.
Goiânia onde fazia sempre questão de passar e
parar a caminho de Nova Xavantina para as convenções
e também em outras oportunidades.
Lembro-me de, entre diversas conversas que ti-
vemos, ele falar sempre muito bem dos seus irmãos e re-
latar sobre o mais novo (Hermes, meu pai) que sempre o
apoiou e esteve ao seu lado nos momentos mais críticos, A família sempre unida em vários eventos da SBE: da esquerda para a direita, Vs.
difíceis e também descontraídos desta vida. Ariel, Ana Maria, Alina, Glória Helena, Leonardo, Neusa, Joaquim, sentados estão
Vs. Selene, Helio e Nizia
Entendo que o venerável Helio confiava tanto
em mim quando na Venerável Alina de uma forma di-
ferenciada, pois sempre nos deu plena e total liberdade
para agirmos nas atividades da SBE que somos ligados,
exemplos diversos...

Da esquerda para a direita, Vs. Ana Maria, Felicia, Ariel e Sergio Henrique e mais
abaixo à esquerda. V. Alina

Minhas memórias de infância são muito vivas, histórias


que ele adorava contar em momentos com a família e amigos.
Ah, se os tios soubessem o quanto são importantes nas
nossas vidas...
Sou muito privilegiado com a minha família querida e
amada!!
V. Helio com os meus filhos Isabela Santos Jefferson de Souza e Sei e conheço muito bem as minhas atribuições e respon-
Pedro Henrique Santos Jefferson de Souza sabilidades, agirei sempre baseado nas cartas revelação do Profes-
sor Henrique, bem como pelo lado justo e perfeito da vida.
Agradeço pela oportunidade em fazer este breve relato onde envolve muitos sentimentos, carinho e amor.
Contem sempre comigo!

Ariel Ricco Jefferson de Souza

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.09


HERMÉS /DEZEMBRO 2021

O VENERÁVEL HELIO JEFFERSON DE SOUZA

O Venerável Helio Jefferson de Souza partiu, em 30 de setembro de 2021, desta vida terrena para outros planos su-
periores, conforme aprendemos nos estudos da Sociedade Brasileira de Eubiose fundada pelos seus genitores, o Professor
Henrique José de Souza e D. Helena Jefferson de Souza. Da mesma forma como se sentiu profundamente a partida destes
dois eminentes personagens, reconhecidos de elevada hierarquia espiritual, que dedicaram toda a sua vida em prol da evolu-
ção da humanidade a partir do solo brasileiro, o mesmo podemos dizer com relação ao Venerável Helio, que não deveria ter
ido embora.
Quanto a se reconhecer o resultado do valioso
trabalho desempenhado pelo Venerável Helio durante a
sua vida, sobretudo a partir de 28 de setembro de 1969,
quando assumiu a Presidência da SBE e a Grã-Mestria
da Ordem do Santo Graal, substituindo os seus pais e
mestres, desejamos relatar a seguir a nossa participa-
ção.
Envolvidos por uma amizade que fez nos tor-
narmos grandes amigos, tive a oportunidade de acom-
panhá-lo em variadas atividades, viajando, organizando
grupos de Irmãos e participando dos eventos progra-
mados.
Adotava atitudes firmes e possuía uma memó-
ria privilegiada; sabia resolver sem dificuldades os mais
variados assuntos. Mas o sofrimento do físico come-
çou a aparecer e vinha se agravando nos últimos anos.
Suportava tudo, apenas citava as dores ou os males que
V. Helio Jefferson de Souza incomodavam. Se entrasse uma conversa, não seria mo
tivo para atrapalhar outro assunto que estivesse tra tando; continuava e tomava as medidas necessárias. Era capaz de atender
um telefonema e ficar atento às conversas em volta, a ponto de após a ligação terminar, se de interesse, trocava opinião sobre
o que estavam falando. Não deixava para depois o que podia ser feito logo. Compareceu a todas as Convenções da SBE:
São Lourenço 72 anuais, Nova Xavantina 20 bianuais e Ilha de Itaparica 19 bianuais. Mais as Convenções e Encontros em
Portugal iniciados em 1991.

Conv. Itaparica 2011

Conv. Nova Xavantina 2010


Conv. S.Lourenço 2010
Conv. Itaparica 2011

Conv. S.Lourenço 2014 Conv. São Lourenço 2008 Conv. São Lourenço 2018

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.10


HERMÉS /DEZEMBRO 2021

Mas, ao visitá-lo no dia 27 de setembro em sua residência em São Lourenço, os sofrimentos no seu físico, que já
vinham se manifestando, estavam piores, enquanto a cabeça demonstrava muito boa. Conversamos bastante e animado para
fazer viagem no final do ano. Foram falados assuntos de Obra e até fez recomendações para o Rio. Não há dúvida que sabia
disfarçar as dores que tanto o afligiam.
Para as comemorações do centenário da fundação espiritual da Obra no dia seguinte, 28 de setembro, Ele gravou um
áudio muito significativo, recordando nomes de antigos e atuais Irmãos, colaboradores mais aproximados na sua gestão que
completara 52 anos, desculpando-se por escapar alguns. Não esqueceu de se referir a muitos outros Irmãos que trabalharam
pelo engrandecimento da Instituição.

No dia 29 de setembro, Ele viajou para São Paulo, como estava progra-
mado, para se submeter a urgentes exames de saúde. Voltamos para o Rio de
Janeiro. Ainda na estrada, tive a notícia que tinha chegado bem e a sua viagem
tinha sido normal. No dia 30 me fez ligação telefônica em torno das 12 horas;
falou que na noite anterior não se sentiu bem, mas melhorou, e me pediu pro-
vidência sobre um assunto, o qual foi resolvido.
Eis que ao anoitecer sofre uma crise cardíaca grave como confirmou o
diagnóstico, e apesar dos pedidos de atendimento médico urgente e providên-
cias que os Veneráveis Sérgio Henrique e Pedro Pirola realizaram, o Venerável
Helio veio a falecer. A notícia correu rápida e o sentimento de tristeza profun-
da tomou conta de todos da SBE. Não se queria acreditar. V. Helio e Elielson, juntos sempre participando de
Começamos a pensar em algumas atitudes recentes do Venerável Helio. importantes resoluções
Na partida do Venerável Jefferson Henrique de Souza em 17 de agosto, perce-
bia-se que tinha ficado muito abalado. Foi ele quem me deu a notícia ainda de madrugada, com a voz diferente, super emo-
cionada. Depois lembrou da aproximação do mês de setembro, por esse período ser chegado a ocorrências na Obra, ora de
muitas alegrias, ora de muitas tristezas.
Dessa apreensão deve ter surgido a ideia, que me comunicou, que me seriam enviados uns atos assinados para execu-
ções futuras quando houvesse necessidade, mas não era para divulgar. Adiantou-me que o Venerável Leonardo estava ciente.
Ficamos alertas porque tudo indicava que fatos importantes na Obra estariam para acontecer.
Viajamos na manhã do dia 1º de outubro do Rio para São Lourenço, com meu filho Cláudio e os Veneráveis Ariel e
Alina, a fim de estarmos presentes nas exéquias. Lá procurei o Venerável Leonardo, admitindo ele, tomar posse nas funções,
segundo determinava a vontade do Venerável Helio Jefferson de Souza expressa nos documentos assinados. Situação similar
à ocorrida quando a Venerável D. Helena Jefferson de Souza assumiu a Presidência da STB no Templo, por intermédio do
então Diretor Social Ven. José César do Rego Monteiro Filho, ao lado do Professor Henrique José de Souza falecido nas
primeiras horas daquele dia 09.09.1963. O Venerável Leonardo concordou que eu fosse o seu intermediário, considerando
não poder comparecer por motivo de saúde.
Assim foi procedido, antes solicitando à Venerável Selene Jefferson de Souza um espaço de tempo para apresentar
algumas saudosas palavras de despedida pela partida do Venerável e amigo Helio e fazer ciência a todos da existência dos
documentos que seriam lidos, permitindo a posse, nos respectivos cargos vagos, dos Veneráveis Leonardo Faria Jefferson de
Souza e Ariel Ricco Jefferson de Souza. Entendo que noutros planos transcendentes o Venerável Helio ficou satisfeito pelo
atendimento à sua justa vontade.

PALAVRAS DA V.SELENE NO ENTERRO – 01/10/2021


Em primeiro lugar foi o meu irmão mais novo;
todos os meus irmãos foram embora.
Então, o que eu quero? O que eu pretendo? Pre-
tendo continuar trabalhando pela Obra, e espero contar com
a presença de todos vocês. Isso tudo que nós estamos passan-
do é muito triste. A gente sabe que a morte é a maior das
mentiras e que lá do outro lado tudo é ótimo, mas quem fica
aqui sente a falta, sente a saudade.
Lembro de toda a época que passamos juntos,
tantas coisas bonitas, assim como passamos coisas ruins tam-
bém, mas é assim que a gente aprende.
Eu sempre digo isso. Ele sabe que essa irmã dele,
amava muito a todos eles, sempre amei. Eu sempre chamava
a atenção dos netos, há pouco tempo, ele também não tratava
direito e eu dizia pra Ele “Eu vou bancar a sua mãe, vou puxar a orelha porque você precisa”.
O Helio, estive falando com ele ontem, umas três vezes por telefone. Nunca esperei que fosse assim de repente.
Mas o que vamos fazer? Logo ele vai se encontrar com eles lá embaixo e logo vai sentir feliz.
É isso, meus Irmãos.

Embora fosse um momento de tristeza, pode-se ressaltar o perfil próprio que se distingue em pessoas do APTA.

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Trata-se da maneira atenciosa do Venerável Ariel ao agradecer o desfecho tranquilo do ato que acabara de ser realizado. Por
sua vez, dias depois, foi do Venerável Leonardo, ao me convidar especialmente para a comemoração em 23 de outubro do
início de sua gestão como Presidente da SBE, em sua sede em São Lourenço (MG), e que veio a ter as presenças do Prefeito,
autoridades municipais e centenas de Irmãos; logo em seguida houve a Assembleia Geral destinada à devida alteração do
estatuto.
Para a cerimônia da Consagração de Grão-Mestre da Ordem do Santo Graal, ao alcançar o alto da Montanha Moreb
acompanhado pelo meu filho Cláudio e mais dois Irmãos Vens. José Eduardo Piovesana e Antônio José Silva, o Venerável
Leonardo já se encontrava no local da sagrada Pedra. Teve a gentileza de se deslocar e vir me cumprimentar, o que mostra a
grandeza da sua pessoa.
• Vida e Personalidade de V. Helio

Continuemos a descrever todos os valores que reconhecemos da vida e da per-
sonalidade do Venerável Helio Jefferson de Souza.
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 1º de março de 1938, uma terça-feira
de carnaval, na Rua Coelho Neto nº 9, confluência de três Bairros: Flamengo, Laranjei-
ras e Botafogo. A casa ainda existe e tem boa conservação.
Gostava muito de comemorar a data do seu aniversário. Ainda não tinha as-
sumido o comando da Obra, mas os Irmãos do Rio mais chegados tinham prazer em
convidar na data natalícia. Lembro do ano de 1968. Entramos numa loja para escolher
e experimentar um sapato de presente. Ficou tão contente que saiu da loja usando o
novo.
Noutro aniversário em 1978, lançou-se no Rio o livro EUBIOSE, A VER-
DADEIRA INICIAÇÃO, reedição do livro O Verdadeiro Caminho da Iniciação que
estava esgotado. A novidade da nova edição é que contém centenas de chamadas nu-
meradas facilitando a consulta a informações reveladas pelo Professor Henrique, que
escreveu este livro 13 dias antes de começar a 2ª grande guerra.
Houve satisfação do APTA nesse lançamento, ao qual também compareceram
a Venerável D. Helena e os Veneráveis Selene e Jefferson, porque a palavra Eubiose pre-
cisava ser mais divulgada para ampla compreensão de todos. Depois do lançamento do livro, seguiu-se um jantar servido na
Churrascaria Gaúcha.
O surpreendente desta noite muito estrelada foi que ocorreram inúmeros relatos da aparição de Discos Voadores so-
brevoando o Rio de Janeiro e regiões próximas. O noticiário no dia seguinte foi farto nas citações e nos detalhes. Perguntei
à Venerável D. Helena se poderia nos confirmar o noticiário. Ela respondeu positivamente.
Até os primeiros anos deste milênio, comemoramos o aniversário
do Venerável Helio aqui no Rio. Muitas vezes recebemos Irmãos de fora
do Rio. Mas muito bonita foi a comemoração de gala em São Paulo dos
seus 60 anos, que mereceu na organização a participação especial da Ve-
nerável Nizia.
Nestes últimos anos, as comemorações do seu aniversário ocorre-
ram em São Lourenço e São Paulo, sob a organização da Diretora Social
Sandra Bastos. Recordo da comemoração no elegante restaurante Itália,
no alto do prédio em São Paulo, bem organizado pelo Diretor Social Ro-
dolpho Molino.
Interessante e significativo foi o comemorativo aos 70 anos reali-
zado no exterior, em Santiago do Chile. Nada de se estranhar, Ele já tinha
ido aos 7 Postos Representativos da Obra; às 7 Catedrais do Ocidente vin-
culadas ao mistério do Santo Graal; visitado países da Europa por onde
a Obra teve papel importante em épocas diferentes, principalmente em
Portugal, em que deixou em funcionamento dois Departamento da SBE e
uma Representação; e Representantes em Paris (França), Bérgamo (Itália),
Comemoração do aniversário de 70 anos do V. Helio na Repres. Londres (Inglaterra) e Sydney (Austrália).
Chile com Paz Victoria e Cesar Arenas
Enfim, Ele tornara-se um homem internacional.

Coroamos a série de aniversários comemorados com o dos 80 anos, realizado em São Lourenço, a Capital Espiritual
do Mundo e a Sede da Obra na face da Terra. Compareceram mais de 300 participantes: familiares, Irmãos da SBE e amigos.
Este número elevado diz tudo.
Cabe ainda analisar a data e o local do nascimento. Primeiro de
março é a data da fundação do Rio de Janeiro por Estácio de Sá em 1565 no local chamado de Morro Cara de Cão, vizinho
ao Pão de Açúcar. Esse, como todos sabem, é um dos 3 principais maciços da cidade sob o ponto de vista esotérico e que se
relaciona ao 4º Senhor. Os outros dois, o Corcovado e a Pedra da Gávea, respectivamente, aos 5º e 6º Senhores, como ensina
o Professo Henrique. 1º de março marca o fim da guerra do Paraguai em 1870. Por isso, Recife, Salvador, Rio, São Paulo etc.
possuem ruas homenageando o Primeiro de Março. Isso tudo mostra que essa data tem um elevado peso vibratório.
Quanto a nascer numa 3ª feira do Rei Momo, o Venerável Helio não escondia sua simpatia pelo carnaval; decorava e
cantava músicas de escolas de samba. Isso caracteriza a forte polaridade da sua vida: ser sensível à Obra e exprimir alegrias

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terrenas. O Professor Henrique dizia que o que mais queria dos discípulos é que entendessem a Lei da Polaridade. Quando
o sambódromo do Rio foi inaugurado, veio conhecer e passou a noite inteira assistindo aos desfiles.
Sobre esportes, assistia sempre corridas de automóvel e quando jovem jogava futebol. Possuía brevê de aviador. Me-
nor de idade, um time de futebol quis contratá-lo, certamente para aproveitar suas táticas de jogar bola, mas na hora de seu
pai o Professor Henrique ter que assinar o contrato, não aprovou, dizendo que passaria a se tornar célebre por outras coisas.
Era torcedor fervoroso do Clube Flamengo. Sem fanatismo e respeitando-
-se a diversidade das grandes torcidas dos times existentes no Brasil e no mundo.
Mas os índices não dizem que o Flamengo é o da maior torcida? Por causa disso
quando ganha é também o que provoca maior número de brasileiros que ficam
alegres...
Como mais uma polaridade, pode-se apontar na preferência a chama do seu
patriotismo. Era seu ideal que o Brasil fosse um país mais organizado, sem corrup-
ção nem pobreza, em que to-
dos os habitantes vivessem
bem e alegres, dando exemplo
positivo a todos os países. Sa-
bemos da sua imensa satisfa-
ção ao título que a Obra e a
SBE tiveram com a aprovação
do Dia Nacional da Eubiose.
E não é verde e ama-
relo, que são as cores caracte-
rísticas do Brasil conhecidas
no mundo inteiro, que o Pro-
fessor Henrique escolheu para
Era um torcedor fervoroso do Flamengo e o bolo a sua capa nobre no Templo?
do seu aniverário foi uma homenagem a esse Além de, em outras vezes no Capa verde amarela mostra o amor ao Brasil como o seu pai
time tempo do Professor Henri-
que, no Ritual Especial de 20 de fevereiro de 1981 utilizou o seu paramento nobre Verde-Amarelo e solicitou ao Venerável
Jefferson e a este que formássemos suas colunas. Naquele ano começava a entrar na política pois iria concorrer, e de fato
ganhou, ao pleito de Vereador em São Lourenço.
No Ritual de 28 de setembro de 2005 ele pediu aos Irmãos: havendo guerra ou ameaça, mentalizassem a Pomba do
Espírito Santo; mentalizassem comida aos que passam fome e, a Ioga do Globo Azul, onde houvesse corrupção!
A Pomba do Espírito Santo vibra na criança no ato de consagração à Obra. Visitou o Professor Henrique em
15.12.1951 quando sobrevoou a Secretaria da STB dando 3 voltas, saindo pela janela aberta por onde tinha entrado e voltou
para o espaço infinito. Noutro andar do prédio, os Irmãos Vidal e Verinha ouviram o bater das asas. A Ven. Verinha achou
parecido com o bater das teclas de máquina de escrever.
Como pessoa humana, o Venerável Helio possuía uma robusta qualidade cheia de otimismo, admitindo pleno sucesso
em tudo que fosse planejado, quer nas coisas cotidianas, quer em projetos de maior envergadura. Em todos os momentos
mantinha grande confiança na Obra, a ponto de estar ao lado dele dava-nos tranquilidade, segurança e certeza de que impre-
vistos prejudiciais não surgiriam. Nas inúmeras viagens que fizemos juntos com nossas esposas, ou em caravanas com vários
Irmãos, não há registro de ocorrência grave. Toda viagem que se fazia, às vezes com aparência de passeio, tinha envolvimento
em assunto de Obra.
Desde o seu nascimento estava admitido para a grande missão de
comandar a Obra do Eterno na face da Terra, fato que veio a ocorrer em 27
de setembro de 1969, quando a Venerável D. Helena renunciou as funções de
Presidente da STB em favor do Venerável Helio, que ao assumir legalmente
teve como primeiro ato adotar o nome Eubiose para a Instituição.
Pela manhã do dia 28 de setembro de1969, o Ven. Helio presidiu a
Assembleia Geral que já estava convocada e que aprovou por unanimidade o
nome SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE e o novo estatuto, que
transformou as Casas Capitulares e Delegados em Departamentos e Repre-
sentações e, também pela primeira vez, passou a constar no estatuto os no-
mes dos filhos dos Gêmeos Espirituais como dirigentes da SBE.
Concluída a Assembleia Geral cuja ata foi assinada por 111 Irmãos
presentes, todos foram convidados para participar do cerimonial de consa- D. Helena renuncia em favor do V. Helio
gração de Grão-Mestre da Ordem do Santo Graal no alto da sagrada Monta-
tanha Moreb, que veio a ser realizada pela Excelsa Allahmirah na Pedra que hoje é tombada por lei municipal e em que os
Gêmeos Espirituais realizaram a fundação espiritual da Obra em 28 de setembro de1921.
Destaco que no instante em que o Venerável Helio se ajoelhou para prestar o compromisso de completa fidelidade
à Obra do Eterno na face da Terra e por ela trabalhar por toda a sua vida, o Ven. Sebastião Vieira Vidal, Grão-Templário da
OSG e Mordomo do Templo de São Lourenço, falou bem alto “Todos os Membros presentes da Guarda do Graal, de joelhos”. Segui-
ram-se as bonitas palavras da Excelsa Allahmirah dizendo que não tinha dúvidas de que o Venerável Helio saberia cumprir o
seu dever e desejava sorte e felicidade. E todos nós ali presentes satisfeitos pela participação nessa fase bem sucedida da Obra.

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Aliás, anos antes, precisamente em 12 de junho de 1961, o Professor Henrique, Senhor Akbel, já tinha passado ao Venerável
Helio o seu anel do Segundo Trono. Ele utilizou-o permanentemente desde esse momento. O Venerável Helio contou-me
histórias interessantes sobre o anel, que desaparecia sem perceber talvez por algum descuido e quando via, estava o anel de
volta às suas mãos.
Na nossa amizade, o Venerável Helio procurava acompanhar o crescimento dos meus filhos. Aos quinze anos, for-
matura, casamentos e nossas bodas, sempre comparecia. Nos aniversários não esquecia as datas para cumprimentar. Por sua
vez, da parte do que ocorria com Ele e com os Membros do APTA, lembrava-se de me avisar para dar ciência ou se desejava
a minha participação.
No sentido de dar expansão à
Obra no Norte e Nordeste, foi pro-
gramada em 1994 uma viagem inicia-
da em Manaus, onde passamos alguns
dias com o saudoso administrador
Manoel Roberto Pessoa que, após re-
alizadas atividades na capital amazo-
nense, foi conosco a Belém do Pará.
Era ideia do Venerável Helio resta-
belecer a Unidade da Obra naquele
grande Estado, instalada na época do
Professor Henrique. O Ven. Manoel
Pessoa tinha sondado um Irmão ori-
ginário do Departamento de Manaus
que estava morando em Belém para Com Manoel Pessoa, admin. de Manaus Lançamento da pedra fundamental de Manaus 2008
Representante da SBE.
Chegamos em Belém num momento tumultuado, mas interessante para
o Venerável Helio, os dois dias da Procissão do Sírio de Nazaré, considerada o
maior acontecimento religioso do Brasil. A massa humana de fiéis é tão grande
que as lojas e prédios por onde a Procissão passa se protegem com tapumes para
evitar danos. Por isso tivemos que entrar no hotel pelos fundos.
Seguimos para o interior do Maranhão, a cidade de Carolina, para atender
desejo do Irmão Renato Carvalho Rego de dinamizar seu trabalho. Renato é hoje
muito conhecido de todos. É sobrinho de um antigo Irmão Dr. Ivan Carvalho
Aires, médico que morou no Rio e tinha uma excelente oratória ao falar da Obra.
Em Carolina o Venerável Helio recebeu uma grande homenagem da Maçonaria
local. Até hoje a unidade de Carolina funciona. Renato Rego, o Coronel Renato, da cidade de Carolina
Depois fomos para a capital São Luís que tinha um grupo formado pelo
Ven. Renato que participava de estudos da Obra. O Venerável Helio criou a Representação de São Luís, nomeando a Ven.
Clarissa Fernandes responsável pela Unidade e a Ven. Maria Amparo responsável pelo Ensino. Essa Unidade continua fun-
cionando.
Tomamos o rumo da capital do Ceará, para o Ven. Helio encontrar-se com a Representante em Fortaleza a fim de
fazer melhorar o seu trabalho de Obra.
O fato que a presença do Venerável Helio deu estímulo, pois a Unidade de Fortaleza nunca deixou de existir. De lá
para cá já tivemos 3 Representantes, mas continua.
A próxima escala foi no Estado de Sergipe. Viajamos para a capital Aracaju. Foi notável a alegria com que o casal de
Irmãos Vens. Eunaldo Costa e D. Lourdes Helena nos receberam. Foram três dias de festas para eles e para todos os Irmãos
da localidade. Parecia que eles estavam se sentindo em sonho e jamais imaginariam que o Presidente da SBE pudesse ir lá
para visitá-los e tratar de assuntos da Obra. Da parte do Venerável Helio, se lembrava bastante dessa proveitosa visita, pois
de vez em quando gostava de repetir assuntos e piadas acontecidas em Aracaju.
Partimos para a etapa final da viagem que tinha começado em Manaus e fomos para Sal-
vador. Após uns dias na capital baiana, e como tinha sido combinado que precisava comemorar
os quarenta anos da fun-
O V. Helio, ao lado
dação da OT neste ciclo de do Prefeito de Salva-
evolução, foi programada dor inauguram, em
a realização de Ritual Es- 15.09.1997, o monu-
pecial no Templo-Obelis- mento em homenagem
ao Prof. Henrique José
co, na Ilha de Itaparica. de Souza,fundador da
Para abrilhantar o SBE e que nasceu nes-
Ritual houve a satisfação sa cidade, quando o
de estarem presentes em endereço era Travessa
Portão da Piedade nº
Salvador naqueles dias as 9 e depois foi aprova-
Veneráveis Selene e Felí- do como Praça com o
cia, que tinham viajado de nome do homenageado

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São Lourenço para Salvador a fim de encontrarem-se com o Venerável Helio.


Noutra ocasião tivemos a oportunidade de viajar com o Venerável Helio para o Recife a fim de o Departamento da
SBE possuir a Taça do Graal, em tamanho igual à Taça existente no Templo-Obelisco, como então era recomendado.
O Venerável Helio aprovou, foi preparado o Santuário para que ficasse adequado e a Excelsa Allahmirah fez a con-
sagração da Taça. Na nossa viagem ao Recife levamos a Taça e no Ritual Especial que se realizou foi o próprio Venerável
Helio quem a conduziu ao local que fora preparado.
Pode se incluir tantas outras viagens que fizemos com o Venerável Helio pelo país e também com caravanas forma-
das de inúmeros Irmãos, não só pelas capitais, como Brasília, Maceió, Palmas, Goiânia, Cuiabá, Belo Horizonte, São Paulo,
Curitiba, Florianópolis (a cidade de Tubarão, em Santa Catarina) e Porto Alegre, mas também muitas viagens a Portugal, para
as Convenções e Encontros, nas cidades de Lisboa e do Porto. E isto durante cerca de 30 anos.

Conv. Portugal 2009


Conv. Portugal - Porto 2006 Conv. Portugal 2010

Encontro Portugal 2016 - Lisboa


Conv. Portugal 2015 - Lisboa
Conv. Portugal 2013 - Sintra

FALA DO VEN. GRÃO-MESTRE NO RITUAL DA SERRA DE SINTRA NA


CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA EUBIOSE EM PORTUGAL 2015
Veneráveis Irmãs e Veneráveis Irmãos,
Em agosto de 1973, pela primeira vez, subi nessa mágica Terra de Sintra.
Estivemos em Portugal com nossa Mãe e meu irmão Jefferson, Felícia, um grupo de Irmãos brasileiros, e aqui
comemoramos o aniversário de nossa Mãe, na época, fazia 67 anos. Estivemos juntos com grandes Irmãos portugue-
ses, porque a nossa sociedade aqui chegou a ser grande. Nós tínhamos uma sede aqui próxima, aliás, disse ontem na
estrada de Sintra, Alto do Forte, Rinchova. Nós tínhamos um grupo de aproximadamente
trinta Irmãos da Série Interna naquela época. Os Irmãos foram, primeiro pelo doutor
Roberto, se mudando para o Brasil. E com ele outros Irmãos portugueses se bandea-ram
para as terras brasileiras.
E nós tivemos que começar tudo novamente aqui em Portugal, a partir da cidade
do Porto, com Moreira e Conceição, hoje com Sérgio e os outros Irmãos...
É um trabalho muito bonito porque é um trabalho feito à distância. O sentimento
de um Irmão à distância é muito diferente daquilo que nós vivemos todos os dias. Acho
que existe um sentimento profundo de tentar saber mais e de ajudar na Obra do Eterno
na face da Terra.
Eu gosto de contar história. Certa vez, entrando no departamento do Porto, estava
chovendo e eu entrei correndo, não me viram, e o atual administrador do departamento,
Irmão Delfim, estava com um grupo de Irmãos na sala, na sala principal do nosso departa-
mento lá do Porto, dizendo aos Irmãos que estavam lá presentes: “Eubiose é uma coisa muito
difícil, eu fui sacerdote, fui fundador daqui do Departamento do Porto, junto com o Professor Moreira de
Azevedo, com a Dona Conceição, fui sacerdote, fui coordenador de ordem, estudei muito mas é muito difícil, V. Helio com Delfim Ferreira

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é difícil de aprender Eubiose. Mas uma coisa eu tenho certeza: Aonde o Venerável Hélio for e vou atrás”.
Isso é sentimento... sentimento de amizade, de credibilidade! Quer dizer, acredita naquilo que nós falamos de tão
longe.
Eu digo sempre que sou o mais português dos brasileiros. Eu me sinto em Portugal como se estivesse na minha
casa. Eu senti isso agora mesmo em Paris, me sentindo mal de saúde eu disse: “Eu preciso ir embora pra casa”. Mas a casa não
era o Brasil, a casa era Portugal. Eu precisava chegar aqui. De modo que a nossa saudação a esses Irmãos portugueses que
mantém acesa a chama da nossa Obra nessa terra tão querida por todos nós.
Meus Irmãos brasileiros que nos acompanharam sempre em todas as nossas viagens e sempre visitando Portugal,
o nosso agradecimento pela companhia e pelo estímulo que nos dá, fazendo com que essa chama vibre cada vez mais forte
e que nós, juntos, aqui emanados, fraternos e amigos, consigamos carregar essa Obra tão grande, muito especialmente
para a pátria do Avatara.
Obrigado a todos.
Bijam.

Encontro de Portugal 2018 Encontro de Portugal 2018 - Sintra


Convenção de Portugal 2017

MENSAGEM DO V. HELIO JEFFERSON DE SOUZA


Ritual de passagem em Sintra, 2021
V. Irmãos de Portugal,
Pela primeira vez, depois de muitos anos, não
estarei presente com vocês nessa passagem para a Sé-
rie Interna.
Desejo a vocês, felicidades, muita paz, muita
saúde. Se cuidem, estudem bastante, sejam fraternos,
amigos, cada vez mais irmãos.
Espero vê-los em breve, conhecê-los, será um
prazer.
Quero repetir uma frase que sempre digo, sempre que vou a Portugal:
Convenção de Portugal 2019 “Sou o mais português dos brasileiros”. Adoro Portugal. Fui, pela primeira vez,
nessa terra abençoada em 1973. De 1987 até 2019 fui todos os anos. Infelizmente
o ano passado, com o início da Pandemia não pude estar com vocês em maio e,
este ano, novamente, não foi possível.
Espero que, para o próximo ano, possa estar junto com todos vocês. É
sempre um prazer dizer que adoro Portugal. Conheço esse país mais do que o
Brasil. Brasil é muito grande para conhecer tudo e Portugal eu conheço, andei
muito por aí, tudo. Fiquei muito tempo nessa terra, tão feliz!
Mais uma vez, desejo a vocês muita saúde, muita paz, estudem bastante.
Um grande abraço a todos.
Visitamos todas as 7 Catedrais do Ocidente ligadas ao mistério da Taça do Santo Graal: Abadia de Westminster, Santa
Maria Maggiore, Igreja de Bruges, Sé Patriarcal de Lisboa, Catedral de Washington, Catedral do México e a Catedral Basílica
de Salvador e ainda, os 7 Postos Representativos da Obra: em Srinagar, Índia, Ritual em 16 de maio de 1999, completado com
Saudação Ritualística em Goa, em 22 de maio de 1999; no Cairo, Egito, em 09 de maio de 1993; em Sintra, Portugal, 02 de
maio de 1993; em Sydney, Austrália, em 0de maio de 1999; em Chichén-Itzá, México, em 23 de maio de 1995; em El Morro,
EUA, em 21 de maio de 1995; em Machu Picchu, Peru, em 30 de maio de 1995.

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Basílica de Santa Maria Maggiore - Roma, Itália, 1991

Basílica do Santo Sangue - Bruges, Sé Patriarcal de Lisboa, 1991


Bélgica, 1991

O grupo em frente a Pirâmide de Queops


e, ao lado, o instante da ritualística
no Cairo, Egito, em 09.05.1993

Catedral de Westminster, Templo da Justiça, em 1993

Chichen Itzá, Iucatã, México. Neste Posto em 23


Catedral de Washington, Templo da de maio de 1995, o V. Helio, por causa de movi-
Penitência, EUA 1995 mentação de muitas pessoas, recomendou uma
cerimônia discreta em torno da pirâmide
Ritual em El Moro - Novo México - EUA, em 19.05.1995

Após visitação ao Posto de Machu Picchu no Peru, em


Posto de Machu Picchu - Peru, em 30.05.1995 30.05.1995, foi tocado durante a saída, o mantran Peregri-
no da Vida

Catedral do México, em 1995


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Catedral de Salvador, BA, Templo do Trono de Deus, Ritual em 16.05.1999 em Srinagar, Índia.
em 1997 Ritual no 4º Posto Representativo em Sydney em
02.05.1999 realizado no Hotel Intercontinental

Ritual em 16.05.1999 em Srinagar, Índia. A grande satisfação do V. Helio na sua fala ao terminar o Ritual,
não só pelo fato de ter completado os Rituais nos Setes Postos da Obra no mundo, como também de co- Ritual em 22.05.1999 para saudar Goa, local
memorar os 100 anos que o seu genitor, o Professor Henrique José de Souza, tinha estado naquele lugar onde se manifestou a Excelsa Allahmirah (que
em missão sagrada. Em seguida, Ele próprio começou a distribuir aos presentes as flores que enfeitavam é tida na Obra como a Primeira Helena)
o Ritual.
Esclarecido que em cada lugar do Posto Representativo da Obra se realizava Ritual e apenas em dois as condições
não permitiram e só ocorreram Concentração de modo discreto.
Numa viagem nossa aos Estados Unidos, a Irmã Libby Marilyn Collins, que foi designada Representante da SBE
nesse país e tomou posse em 22 de agosto de 1992, apresentou o desejo de consagrar à nossa Obra o seu neto Rashan David
Llamas Gouveia. Consultei o Venerável Helio, tendo ele concordado. A própria Libby providenciou a espada e a lâmpada.
Assim, o Venerável Helio realizou o Ritual de consagração e eu e minha esposa Martha tivemos a honra de sermos os padri-
nhos do garoto Rashan, que soubemos foi a primeira criança norte-americana consagrada à Obra. Na ilustração fotográfica
no momento do Ritual, o garoto aparece nos braços da sua genitora, a Ven. Catarina.

Libby Collins foi designada representante da SBE nos Estados Unidos, em El Rashan, neto de Libby foi a primeira criança norte-americana consa-
Moro, onde morava grada na Obra

Posteriormente, a Ven. Libby voltou para o Brasil, veio a falecer em 26 de junho de 2009 e o Rashan é um rapaz
residindo atualmente no Brasil, próximo do Rio de Janeiro.
No que diz respeito às minhas obrigações com a Obra e com o Venerável Helio, não posso esquecer e me sentir
muito honrado com a confiança que Ele me depositava. Desde 1979, quando reorganizou o Grão-Conselho da Ordem do
Santo Graal, instituído em 1952 pelo Professor Henrique José de Souza, me escolheu para a função de Grão-Chanceler e,
em 1987, quando adotou que a Presidência da SBE ficaria só com os principais Membros do APTA e a Diretoria ficaria com
Irmãos escolhidos por Ele, me chamou para Diretor Administrativo, determinando que a Presidência da CECON (Comissão
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Executiva das Convenções) ficasse a meu cargo.


Em virtude do grande sucesso do Encontro na Ilha de Itaparica e em Salvador, de 02 a 06 de fevereiro de 1981, com
presença da Venerável D. Helena, os quatro filhos dos Gêmeos e suas contrapartes, mais 3 ônibus lotados de Irmãos que
partiram do Sudeste, o Venerável Helio entendeu que, para despertar a todos a importância pelo Templo-Obelisco e pelo
Templo do Roncador, fossem adotadas Convenções na Ilha de Itaparica e em Nova Xavantina.

Continuaria a Convenção anual em São Lourenço envolvendo
a sagrada data do dia 24 de fevereiro mas, por achar que a SBE não
comportaria então 3 Convenções por ano, seriam naqueles dois locais
em anos alternados. Assim, como em 1981 já ocorrera o Encontro
de Itaparica, escolheu que a próxima seria a Convenção em Nova Xa-
vantina em 1982. Ficou aprovado que as datas nobres dessas duas
Convenções seriam “15 de setembro”, na Bahia, e “10 de agosto”, em
Mato Grosso.
Em 1983 realizou-se a Primeira Convenção na Ilha de Itapari-
ca, que coincidiu com as comemorações do Centenário de nascimento
dos Gêmeos Espirituais e da Inauguração da reforma do Templo-Obe-
lisco (inaugurado em 02 de fevereiro de 1967), cuja altura da pirâmide Dona Helena ladeada pelos Vs. Helio e Hermés na Conv. em
atingiu os 22 metros recomendados Itaparica
por JHS.
A criação de mais essas duas Con-
venções fez iniciar os trabalhos, primeiro
do Sistema Geográfico Itaparicano, com
as sete cidades consagradas em 20 e 25
de fevereiro de1973 pela Excelsa Allahmi-
rah. A partir da Convenção de Itaparica
em 1989 o trabalho de Irmãos intensifi-
cou, distribuído pelas unidades da SBE na
Região do Nordeste: Vera Cruz, Salvador,
Aracaju e Recife. Esclarecido que para as
cidades de Santo Antônio de Jesus, Ca-
choeira e Feira de Santana foram nomea-
dos Representantes três Irmãos que nelas
Templo obelisco inaugurado em
residiam.
02.02.1967
Templo obelisco reformado com mais 22m recomenda-
dos por HJS

Conv. Itaparica 2017 Inauguração do Centro de


Conv. Itaparica 2016 consagração Santuário de
Conv. Itaparica 2015 entrega da homenagem ao Convenções
Nazaré
Grego pelo V. Helio

V. Helio canta alegremente o samba-enredo da Portela


no jantar da Conv. Itaparica 2019 Conv. Itaparica 2019 Visita dos Irmãos de Portugal, Holanda e Londres

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Quanto ao Sistema Geográfico do Roncador, só a partir da quinta Convenção em 1990 começaram as consagrações
das setes cidades: Convenção de 1990, cidades de Campinápolis (09 de agosto) e Água Boa (11 de agosto); Convenção de
1992, Barra do Garças (08 de agosto); em 15 de novembro de 1993, Vila Rica; Convenção de 1994, São Félix do Araguaia
(08 de agosto); em 08de abril de 1995, Cocalinho, às 06 horas, e Canarana, às 18 horas.

Conv. Nova Xavantina 2016

Inaug Templo de NX com D. Helena e os 4 filhos Hermés, Selene, Helio e Jefferson

Como todos sabem, o Templo do Roncador foi fundado em 10 de fevereiro de 1976, mas o seu funcionamento di-
nâmico, e também o do Templo-Obelisco, só começou graças ao ideal do Venerável Hélio de criar e realizar as respectivas
Convenções. Essas permitiram a presença periódica nesses dois Templos de centenas de Irmãos de várias partes do país e do
exterior.
Quando o Venerável assumiu em 1969, a concentração de Irmãos era toda no eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais-Bra-
sília. No entanto, digno de registro que ao longo de sua jornada nesses mais de 50 anos na Presidência da SBE, o Ven. Hélio
conseguiu ampliar exponencialmente o tamanho da instituição. Passou de em torno 10 unidades com endereços fixos para os
atuais mais de 100 Departamentos e Representações, inclusive no exterior.
Pensando sempre em trabalhar cada vez mais pela Obra,
desde os anos 1990 intensificando o seu trabalho na Presidência
da SBE, realizando viagens a Portugal onde formava amigos que
terminavam conhecendo e se interessando pela Obra, resolveu
Ele criar em 1991 a primeira Convenção Internacional de Eu-
biose em Portugal, conseguindo compor a viagem com cerca de
40 Irmãos brasileiros. Anualmente, viajava a Portugal realizando
Convenção ou Encontro e isso fez o trabalho da Obra espalhar-
-se no exterior, onde hoje conta com 10 unidades.
Quando reestruturou a SBE em 1987, mantendo a Presi-
dência só com Membros do APTA que são Membros do Grão-
-Conselho da OSG e a Diretoria com Irmãos também Membros
do Grão-Conselho da OSG escolhidos pelo Presidente, o Ve-
nerável Helio nomeou-me Diretor Administrativo e responsável Reunião em Sintra - 1991
pelas Convenções da SBE. No meu caso, já era Grão-Chanceler
da OSG desde 1979 e funcionava como Ad-ministrador do Departamento do Rio de Janeiro-Centro, tendo-me afastado da
Administração do Rio para assumir a Diretoria Administrativa.
Acumulei a função de organizar as Convenções da SBE sob a supervisão da Presidência, as quais tenho a satisfação
de informar que, acompanhando o Venerável Helio, felizmente compareci a todas.
A exemplo do Professor Henrique, que aceitou contatos com a Maçonaria, o Venerável Helio procurou aproximação
em Lojas Maçônicas do Rio e de São Paulo, sendo bem recebido e homenageado em diversas cerimônias especiais. Essas
lojas maçônicas foram criadas por Irmãos-maçons da SBE que por isso facilitavam e valorizavam o apoio e a visita do Vene-
rável Helio e dos Membros do APTA.
De todo o esforço para se obter um resultado proveitoso, o mais importante foi o contato com o Presidente do Palá-
cio Maçônico em Brasília Dr. Carlos Murilo, que resultou numa grande amizade com o Venerável Helio. Dr. Murilo ofereceu
fazer um ofício apresentando o Venerável Helio ao Chefe da Maçonaria Inglesa. A apresentação ocorreu numa visita nossa
agendada ao Palácio Maçônico Inglês. Corremos todo o Palácio. A Ven. Gessi Geisa Gonzaga chegou a tocar em órgão no
Santuário do Palácio Maçônico Inglês acordes do Mantran Búdico.
O Dr. Carlos Murilo recebeu no Templo Maçônico de Brasília o Venerável Helio, que retribuiu com Ritual Nobre no
dia 28.09.1998 no Templo de São Lourenço com a presença do Dr. Carlos Murilo e dezenas de Maçons. Foi oferecido um
jantar de duzentos e cinquenta talheres no Hotel Regência.
Chegou a ser examinado oficialmente entre os dois altos dignitários das duas grandes doutrinas, a Eubiose e a Maço-
naria, o Venerável Helio e o Dr. Carlos Murilo, um acordo em que a Maçonaria passaria a aceitar Irmãos da Obra no 2º ou 3º
Grau e Maçons seriam aceitos no Grau Astaroth na SBE. O Venerável Helio, muito animado com esse projeto, dizia que a
Obra e a Maçonaria são como duas linhas paralelas que se encontram no infinito.
Infelizmente, tanto esforço no projeto que já parecia ter um sucesso final sofreu um baque muito forte porque o Dr.
Carlos Murilo foi atingido por um mal súbito e veio a falecer. Nada mais se falou sobre o acordo.

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Em tantas convivências durante cerca de 60 anos aqui


descritas sem jamais registrar qualquer incidente que prejudicasse
os trabalhos da Obra, todos nós podemos compreender e en-
tender quanto o Venerável Helio nos foi útil e a toda Obra e
competente nas suas atividades. Lamentamos a sua falta e não
sabemos por quanto tempo essa ausência vai continuar sendo
sentida. Está bem explicado quando o Professor Henrique José
de Souza dizia que o primogênito dos Gêmeos Espirituais era o
9º Avatara de Brahmâ, como Vishnu, de alta hierarquia espiritual,
e no Diário do Bebê, seria o maior dos incompreendidos.

Rio de janeiro, 19 de novembro de 2021


Elielson Vianna Gomes
Grão-Chanceler da Ordem do Santo Graal - 1979
Diretor Administrativo e Presidente da CECON - 1987
Fotos da viagem aos Postos Representativos,
cedidas por Riuzi Mizuno
e fotos dos arquivos do jornal Hermés

HELIO JEFFERSON DE SOUZA


Helio Jefferson de Souza nasceu em 1938, tinha 13 anos em 1951 quando houve a Fundação da Guar-
da que foi criada para Lhe dar cobertura – dai o título de “Príncipe do GraaL”. Dos 13 aos 30, semelhante ao
5º Bodsatwa, ficou em preparação.

Em 10/02/1969, ainda com 30 anos (3+0=3. O Arcano 3 A REALIZAÇÃO) assumiu a Direção da
O.:S.:G.:, esteve em atividade consentânea com o Templo, durante 3 anos de 1969 a 1972. Após o ritual de
10/02/1972, Maitreya vibrou no Templo durante 32 dias...

Em 04/04/2017, com 79 anos (7+9= 16. O arcano 16 A REBELDIA CELESTE, a Casa de Deus) o Estado
de Pernambuco homenageia a Sociedade Brasileira de Eubiose, através da sessão solene em sua augusta
casa Assembleia Legislativa de PE, para à entrega da placa, reconhecendo e dignificando a efeméride da nos-
sa Obra o dia 10 de agosto, em que naquele Estado, já se encontra instituída a lei do Dia Estadual da Eubiose.
Este ato/ação veio como um, prenuncio que tal logo no âmbito Nacional seria instituída o “DIA NACIONAL DA
EUBIOSE”, a ser comemorado em 10 de agosto em todo o País.

Em 13/11/2017, ainda naquele ano recebeu outra honraria, desta vez, a Vossa pessoa o Estado de
São Paulo, o Título de Cidadão Paulistano, aos olhos da Lei uma correção feita àquela que faltou no passado.
Tal como os pratos da balan-
ça equilibrante de um lado a Instituição tomando o seu espaço de direito, instituiu no calendário oficial
dos Estados e Municípios o “Dia da Eubiose” e do outro o “Título de Cidadão Paulistano”, ou seja, o
Homem e a Obra.

Em 28/12/2005, 67 anos (6+7=13. O Arcano 13 A TRANSFORMAÇÃO, Grande Mãe) fez um juramento perante a Excelsa Taça do Santo Graal,
lançando um desafio os Munindras em transformarem o Brasil e o Mundo juntos. Dos 67 aos 80, semelhante aquele magnânimo e Excelso Dia, 15 anos
(Arcano 15 A Grande Luz) tal qual o fez, um novo apelo os Munindras, convocando-os a transformarem o Brasil, lançou novamente um desafio 60 anos
em 6.

Em 16/01/2018, com 80 anos ( 8+0=8. O Arcano 8 A LEI, a Justiça) foi instituído o “Dia Nacional da Eubiose” a ser comemorado em 10 de
agosto, a nossa efeméride de Fundação Material de nossa Obra passa a ser reconhecida na Pátria do Avatara através da lei 13.626.

Em 10/02/2019, com 81 anos (8+1=9. O Arcano 9 A SUPERAÇÃO, o Adepto ) durante 50 anos de 1969 a 2019 em Direção da O.:S.:G.: a Socie-
dade Brasileira de Eubiose, é reconhecida no Brasil e no Mundo através da expansão das suas Sedes e Representações.
"Com a Lei, pela Lei, dentro da Lei, porque fora da Lei não há salvação."

Recife (PE) 23/08/2019 | Cristina Souza.

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O Amoroso do Terceiro Trono


Nascido a primeiro de março de 1938, sob o signo de Peixes e regência de Netuno, o Deus das Águas, como a sim-
bolizar Sua natureza amorosa, feminina, subjetiva, adjacente, hiper sensível aos movimentos – por menores que fossem – da
superfície das coisas e dos fatos no oceano das realizações e inter-relações humanas.
Assim era o Venerável Grão Mestre da Ordem do San-
to Graal e Presidente da Sociedade Brasileira de Eubiose, Ex-
celso Helio Jefferson de Souza, que fisicamente nos deixou no
último dia 30 de setembro.
Ou melhor, foi um dos seus aspectos – o externo –,
porque o interno, do incomensurável e insondável arcabouço
de valores e atributos morais e espirituais que estavam presen-
tes em Tão Magnânimo Ser, só podemos fazer uma pálida ideia
através das palavras reveladoras ditas por seu Excelso e Augus-
to Pai, o Mestre JHS, por ocasião de Seu nascimento e que está
em ATA: “Será o maior dos incompreendidos, um Mártir”.
Sim, “sofrer” como um mártir, parece ser o destino de
todos os grandes Seres que por aqui passaram, e que tinham
um Coração que abrigava um Amor fraterno e altruista incon-
dicionais pela humanidade, e a estas dedicaram suas augustas
Vidas, “rindo ou chorando pouco importa a razão”, pois, “saber sofrer
V. Helio acompanhado do V. Leonardo e Ezio, sacerdote de NX é engrandecer o Espírito” como dizia JHS, Ele mesmo o “maior de
todos os incompreendidos” na condição do “maior dos absurdos” em
que Se colocava, pois “existia, sem existir”.
Filho primogênito dos Gêmeos Espirituais, e por isso mesmo, o Continuador de Sua Obra, portador do Anel do Pai
–o Amoroso do Segundo Trono (hoje nas mãos de seu augusto Neto)- e do Manto Azul da Divina da Mãe –a forma humana
da Mãe Divina na Terra, o nosso eterno VGM, Excelso Hélio Jefferson de Souza era, ou foi, o Amoroso do Terceiro Trono,
na Terra, onde viveu, amou e trabalhou.
Foi aqui, no mundo dos homens, defendendo e impulsionando a nossa sagrada Instituição, expandindo e levando seu
nome para todos os quadrantes da Terra, inserindo-a no mundo virtual e no mundo concreto, através da promulgação do Dia
Nacional da Eubiose pelo Congresso Nacional, em 2016, entre outras tantas notáveis realizações.
Foi aqui, no mundo dos homens, defendendo e impulsio-
nando a nossa sagrada Instituição, expandindo e levando seu nome
para todos os quadrantes da Terra, inserindo-a no mundo virtual e no
mundo concreto, através da promulgação do Dia Nacional da Eubiose
pelo Congresso Nacional, em 2016, entre outras tantas notáveis reali-
zações.
No dia a dia, era um resolvedor de conflitos, projetando so-
luções que Ele descobria com seu misterioso e profundo Olhar para
o âmago das coisas, impulsionado pela grandiosidade oceânica de seu
Augusto Ser, um Ser planetário, abrangente, um clarividente absoluto
e natural, calado, qual um observador arguto ou um pescador expe-
riente que olha o rio e sabe onde está o peixe e que tipo de peixe.
Este era o VGM. Sábio em tudo, até para beber o seu uis-
quinho. “Gosto de beber, detesto bêbados” disse-me certa vez. Esta V. Selene e V. Helio, na última vez que o VGM esteve em NX, na
sobriedade natural de espírito o fazia enxergar longe, destrinchar situ- Convenção de 2016
ações e encaminhar soluções, todas com final feliz.
Tinha o Bem, o Bom e Belo dentro de sí, trazia do berço, e isso se refletia em Suas ações, neste mundo conturbado
das relações humanas, dentro e fora da Instituição, onde seu gigantesco áura se espraiou e se expandiu, cobrindo a tudo e
a todos, beneficiando a tudo e a todos, santificando à tudo e à todos nestes 52 anos de serviços prestados à frente de nossa
Instituição, o que nos dá o arcano 7, o Carro Celeste, o Divino Carro das Hierarquias Celestes agindo e impactando a face
da Terra, exatamente o que Ele fez durante todo este período, inclusive na sua saída, deixando tudo certo e preparado para a
continuidade da Obra dos Deuses na Pátra do Avatara e no mundo.
Tudo feito do seu jeito e à seu estilo. Hoje compreendemos o Incompreendido.
Oromoetê Venerável Grão Mestre! Até sempre!

Ezio Calanca Garcia, sacerdote de Nova Xavantina/MT

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Numa altura em que se sucedem as homenagens, mais do que merecidas, ao GMOSG e Presidente da SBE, achei
que deveria escrever sobre outra faceta do Ven. Helio Jefferson de Souza e dissertar um pouco sobre a sua amizade. Não
para me tentar evidenciar e fazer estandarte de ter sido seu amigo íntimo – porque muitos outros houveram e que mais
conviveram com ele – mas porque muito acima dos seus títulos havia um homem justo, carinhoso, sensível, emocional e
amigo dos seus amigos que outros talvez não tenham tido a possibilidade de sentir tão de perto. Assim que, quando me
pediram para escrever sobre ele, eu decidi contar alguns pequenos episódios que vivenciamos juntos e decidi chamar a este
testemunho.

O amigo Helio

Conheci-o nos anos 90 do século passado, ainda antes da primeira Convenção Internacional em Portugal, numa
das suas muitas visitas que regularmente fazia a este País irmão. Naquele tempo Ele ficava frequentemente hospedado em
casa dos meus tios Maria da Conceição e Moreira Azevedo e foi aí que o conheci, ainda eu não pensava em ingressar na
SBE. E daí que, antes de ser meu Grão-Mestre ou presidente, se tornou meu amigo. Ele adorava os meus tios e também
o meu pai (apesar deste nunca ter tido qualquer interesse por Eubiose ou qualquer tipo de espiritualismo) com quem cos-
tumava conversar, partilhar um whisky e ouvir uns fados.
A nossa amizade aumentou em Fevereiro de 1997 quando, após o falecimento da minha tia, eu decidi viajar para o
Brasil para prestar o meu juramento para a Série Interna. Não cabe aqui detalhar pormenores, mas apenas dizer que não
tenho palavras para contar – e muito menos agradecer – a maneira como ele me recebeu, acarinhou e hospedou em sua
residência. Lembro-me bem que um dia saímos juntos e durante algumas horas ele levou-me no seu carro a conhecer São
Paulo. De retorno a casa, enquanto ele tratava de alguns assuntos, a sua esposa D. Nísia perguntou-me o que tínhamos
feito nessa tarde e quando eu lhe contei ela arregalou os olhos, abriu a boca de espanto e disse-me “Sérgio, ele nunca fez isso
a ninguém”. Ainda hoje não sei o que teria eu feito para merecer tal honra, mas nesse momento percebi como era grande a
sua amizade.
De retorno a Portugal rapidamente fui “pescado” pelo de-
partamento do Porto para ajudar a preparar a Convenção Interna-
cional que se aproximava. Um dia recebo um fax do Brasil (sim,
naquele tempo usávamos trocar mensagens por fax) escrito à mão
com alguns assuntos que era preciso tratar e terminava “com um
abraço do seu irmão” e uma assinatura que eu não reconheci. Como
só tinha o telefone do Ven. Helio liguei-lhe, contei-lhe do fax e
que não sabia quem mo tinha mandado. Tinha sido ele mesmo.
Não tinha assinado “Grão-Mestre” nem “Presidente”… apenas
“seu irmão”. Aí eu aprendi o valor da modéstia.
Ainda a respeito dessa Convenção Internacional de 1997,
um dia estávamos no hotel a fazer uma reunião preparatória e
eu sugeri publicar um anúncio no jornal a publicitar o início da
Convenção. Como toda a gente achou uma boa ideia ali mesmo
pedi ao meu tio Moreira de Azevedo, na altura administrador do Sergio Oliveira com V. Helio durante um momento de alegria na
departamento, algum dinheiro para ir ao jornal tratar do assunto. Convenção de 2017

Mas o departamento não tinha dinheiro, assim me responderam.

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Como eu tinha acabado de entrar na Série Interna fiquei estupefacto e desolado, mas quando olhei para o Ven. Helio
ele simplesmente discretamente meteu a mão ao bolso, entregou-me duas notas do seu dinheiro e disse “Vai lá tratar do
anúncio”. E foi assim que percebi a sua generosidade.
Era de uma educação extrema. Nos elevadores, estando senhoras no grupo, ele nunca entrava na frente dan-
do-lhes sempre a prioridade. Um dia eu cometi a gaffe de dar o primeiro passo para entrar no elevador do hotel Porto
Palácio e ele, muito discretamente, segurou meu casaco por trás e fez sinal com os olhos que as senhoras deveriam entrar
primeiro. Não falou nada, nem precisava. O seu exemplo era tudo. Naquele dia aprendi a refinar o meu cavalheirismo e a
minha educação.
Tinha sempre uma história para contar e contava-as muito bem. Histórias suas, de seu pai, de sua mãe, dos seus
amigos… e toda a gente o adorava ouvir. E tinha uma memória excecional. Sabia todos os números de telefone, todas as
datas e lembrava-se de pormenores da sua infância… era uma autêntica enciclopédia humana e todos os que o escutavam
sempre aprendiam algo novo.
Nos últimos anos, quando vinha ao Porto, era sempre eu que o levava quando se precisava deslocar de automóvel.
E eu nunca tinha percebido o quanto ele adorava que eu o transportasse até ao dia em que, tendo um jantar da Convenção
marcado para as oito e meia da noite, eu lhe comuniquei que ia arranjar alguém para o levar porque eu precisava de ir na
frente, às seis horas. Acho que nunca irei esquecer o seu olhar triste, quase infantil, quando me perguntou “e nós não po-
demos ir com você?”. Eu ainda balbuciei que sim, se era essa a sua vontade, mas que iria chegar ao restaurante duas horas
mais cedo. “Não tem mal” – respondeu-me – “passa aqui às seis, então”. Assim foi feita a sua vontade e assim percebi
que, acima do seu próprio conforto, privilegiava a companhia dos seus amigos.
Teria muito mais histórias para contar, todas elas demonstrando o carácter e as qualidades daquele que foi Grão-
-Mestre e Presidente e, acima de tudo, amigo, mas não haveria espaço no jornal para as contar. E outras, por serem dema-
siado pessoais, ficarão apenas na minha memória como uma feliz recordação.
Sérgio Oliveira, administrador do Depto. Porto/Portugal

V. Helio e Sergio de Oliveirao, tem um encontro casual no


Delfim Ferreira, antigo administrador do Porto à esquerda, com
saguão do hotel com Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sou-
V. Helio, e esposa, D. Nizia, ao centro, e o atual administrador
sa, atual Presidente da República Portuguesa, no Encontro
Sergio Oliveira, à direita, a Sra. Rosa e o V. Leonardo, em pé.
de 2018.
Conv. de 2017

Quadro do V. Helio pinta-


do pelo Sergio Oliveira foi
ofertado a ele na Conven-
ção de 2019 em Portugal

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O meu “Até Sempre” ao


VENERÁVEL HELIO JEFFERSON DE SOUSA
• O TRABALHO CONTINUA

O dia 30 de setembro de 2021 marcou uma nova


etapa na condução da Obra do Deus Único e Verdadeiro na
face da Terra.
A nossa dor não pode sucumbir à realidade e ao fato
de que tudo deve continuar, já agora com mais responsa-
bilidade pesando sobre os nossos ombros. A nossa Obra é
vitoriosa; está viva. O nosso trabalho continua.
Fidelidade e função são duas situações que, aparente-
mente, se confundem e que muitas vezes se chocam; mas na
prática isto não deve ocorrer. A função exige fidelidade; mas
a fidelidade não exige função. A função exige eficiência; a fi-
delidade exige consciência. A fidelidade vem antes da função
e permanece após ela.
Rei morto; Rei posto. Uma nova corte está sendo
constituída, como exigem o novo ciclo, a lei da renovação, a
V. Helio é acompanhado pela Zelia, esposa de Paulo Cardoso que o
ampara e V. Nizia
Lei de Evolução.
A nossa fidelidade absoluta aos membros do Apta e
ao Grão-Mestre da Ordem do Santo Graal, Venerável Leonardo Faria Jefferson de Sousa.

• O AMIGO, O IRMÃO, O MESTRE E O DISCÍPULO



O Venerável Helio dizia: “Antes de sermos amigos precisamos ser Irmãos”. É pen-

sando assim que eu gostaria de homenageá-lo. Todavia, não consigo sepa-
rar aquele que foi meu Amigo e meu Irmão, do Mestre e Senhor a quem
servi por tantos anos.
Em uma determinada noite, antecedendo o ano 1969, eu estava so-
zinho na Praça Helena Jefferson de Souza. Aproximou-se de mim o Vene-
rável e saudoso Goro da Guarda de Honra do Santo Graal, Paulo Chimelli.
Disse-me que precisava da minha ajuda, e que eu deveria acompanhá-lo.
Após darmos algumas voltas pelos quarteirões do Bairro Carioca, entramos
em uma casa. Lá estava o Venerável Sebastião Vieira Vidal, e um grupo de
Irmãos cujos nomes não me recordo, mesmo porque na época devido a
minha profissão – era bancário – passara os 10 anos que já tinha de SBE em
cidades que não possuíam um Departamento, portanto, sem contato com
os membros da Instituição. V. Helio e Paulo Cardoso sempre juntos em comemora-
ções
Fomos conduzidos ao quintal da casa onde havia uma espécie de
caramanchão. No centro havia um alçapão que ao ser aberto mostrou uma escada. Descemos por ela. Ao seu final havia um
pequeno salão iluminado. Ali, sob a direção do Venerável Vidal, todos armados com uma espada, foi realizado um ritual, em
círculo. Recebi a incumbência de saudar o excelso Samael, Chefe dos Jinas da Montanha Sagrada Moreb.
O ritual tinha a finalidade de defesa e firmeza do Venerável Helio na Obra. Ele ainda não assumira a Presidência da
SBE e o Grão-Mestrado da OSG.
Ao final do ritual, já na casa, nos confraternizamos tomando uma taça de vinho. Foi solicitada reserva sobre aquela
realização.
Só agora torno público este relato. No entanto, aquele dia ficou registrado para mim como o meu compromisso
irrevogável de fidelidade absoluta ao Deus Homem, mas também, ao Homem-Deus: Helio Jefferson de Sousa.
O meu relacionamento direto com o Venerável Helio teve início em 1994, quando ele passou a residir em São Paulo. Eu era
o Sacerdote do Departamento Lacerda Franco desde 1987.
No dia da morte do – então Grão-Sacerdote – Venerável Benedicto Clóvis da Silva (março-1996), eu conduzia o
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venerável Helio a um restaurante onde ele seria homenageado por um Grupo de Cavaleiros da Ordem do Ararat. No veículo
que eu dirigia ele comunicou-me (não foi convite, foi uma comunicação) que eu era o novo Grão-Sacerdote. Surpreso, per-
guntei-lhe: “mas a escolha não é por sorteio, em um ritual?” Ele respondeu-me: “Desta vez, não”.
Não me foi dada opção de recusar. Considerei como uma convocação, uma missão.
• CONVIVÊNCIA E APRENDIZADO

Foram anos de uma convivência amiga, fraterna e ao mesmo tempo respeitosa. Aconteciam almoços, jantares. Vários
Natais, Dia dos Pais que ele se convidava para passar com a minha família, e sempre no apartamento da minha filha Janaína
que era mais espaçoso e, portanto, oferecia maior conforto.
Nunca se apagará da minha memória a brincadeira do “amigo oculto”, quando ao entregar-me o presente, já que
tirara o meu nome, disse: “O meu amigo é um dos meus cinco maiores amigos”.
Eu sempre o considerei o MEU MAIOR AMIGO.
Na função de Diretor Templário, almoçávamos com certa frequência no “Restaurante Almanara”, o que me propi-
ciou aquilatar o fortíssimo senso de fidelidade do Venerável Helio a locais e a pessoas, e, mais que isto, aos amigos e àqueles
aos quais depositava a sua confiança.
O local era frequentado por ele desde muitos anos; de uma época em que residira em São Paulo/Santo André, para
atender a sua atividade profissional e empresarial de então.
Ele não me dizia diretamente o que queria e o que
pensava. Expunha uma ideia sem impor a sua vontade. Mas eu
entendia que o seu pensamento era a sua vontade e procurava
cumpri-la à risca.
Surpreendeu-me diversas vezes com o seu raciocínio
rápido e diferenciado. Havia ocasiões em que eu levava a ele
algumas dúvidas e propunha mais de uma alternativa para a
solução, com uma incontrolável vaidade de estar levando a
ELE, não problemas, mas soluções. E ELE vinha com uma
alternativa não imaginada por mim e que, naturalmente, era a
mais lógica.

• O “INCOMPREENDIDO”

No “Livro do Bebê” , escrito em sua homenagem pelo V. Helio com e Paulo Cardoso numa reunião da Convenção de São Lourenço
seu Pai, o nosso Mestre Henrique José de Souza, está dito: em 2016

“... Serás sempre o incompreendido, o enigmático, para o qual nem mesmo este diário possui valor!”
No memorável ritual do dia 28 de setembro de 2005, aguardado por muitos como o da vinda de Maitreia, o Venerável
HELIO, no Altar do Templo, entre outras coisas disse:
“Para conscientização dos veneráveis irmãos, neste momento sagrado, eu, Grão-Mestre, após haver levantado a Taça do Santo Graal,
ASSUMO FÍSICA, MENTAL E CARMICAMENTE, A RESPONSABILIDADE DE CRIAR UM MUNDO NOVO, A
COMEÇAR DO BRASIL QUE, AÍ SIM, SERÁ A PÁTRIA DO AVATARA”.
“Ao assumir este compromisso estou seguro da responsabilidade que cairá sobre mim que espero poder aguentar, POIS CONTO COM
QUE CADA IRMÃO DA OBRA, ESTEJA ONDE ESTIVER NOS AJUDARÁ, pois todo o nosso trabalho começa hoje para uma
Nova Era de Paz, Amor e Sabedoria”.
Apesar da clareza contida nestas palavras ELE não foi COMPREENDIDO, ou NÃO FOI ACREDITADO.
Estes acontecimentos trouxeram-me à memória a Carta de 28 de Janeiro de 1941, dirigida à Linha dos Serápis. Ini-
ciando-a, o nosso Mestre que assinou a Carta como “BAAL-BEY”, entre outras coisas disse:
“É comovente, é doloroso o que ides ler nas presentes linhas, a respeito da data de hoje, 28 de Janeiro de 1941: Faz muitos dias, preveni a
todos vós, por intermédio da Coluna J e, consequentemente, da DIRETORIA SOCIAL, que para comemorar tão preciosa data, em que começa
o CICLO DOS ARCANOS MAIORES, deveria ser realizada uma sessão, por mais insignificante que fosse... Pois bem, NINGUÉM,
ABSOLUTAMENTE NINGUÉM se lembrou... Vim para casa tristíssimo por ver que ‘a falta de vigilância mental continua na Obra’”.
Em 2014, numa entrevista dada pelo VEN. HELIO aos Irmãos em Curitiba, eu pude confirmar o que já percebera
ainda em 2005. Na entrevista ELE proferiu as seguintes palavras:
“... Eu não tenho remorso de nada do que eu fiz ou do que pretendo fazer. Do que eu já fiz e do que falei, eu não tenho remorso. Mas eu
me SENTI MUITO ABANDONADO DEPOIS DAQUELA MINHA FALA DE 2005, que eu assumi, até carmicamente, o dever
de fazer do Brasil a Pátria do Avatara, realmente como deveria ser. Como deverá ser”.
Em uma manhã do início de Abril de 2007 o venerável Helio – residia no Rio de Janeiro – estava em São Lourenço,
aonde eu residia desde 2002. Chamou-me à sua casa e comunicou-me que devido a algumas contingências (que eu não vou
aqui relatar) eu deveria deixar as funções de Sacerdote Templário em São Lourenço, mas que continuaria como Diretor

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Templário e Grão-Sacerdote. Ao dizer-me isto ele chorou. Eu o abracei e disse-lhe “Eu estarei com você até o fim”. Neste
momento entrou na sala o seu filho, Venerável Sérgio Henrique. Mudamos de assunto e eu fui ao Templo apresentar aos
Irmãos, que aguardavam o Ritual do meio-dia, o novo Sacerdote nosso Irmão Sílvio Piantino. Um mês depois eu pedi a ele,
por telefone, que me dispensasse da função de Diretor Templário. Era a terceira vez que eu fazia tal pedido. Ele quis ainda
recusar dizendo-me: “Eles não querem atingir a você; querem atingir a mim”. Ao que eu respondi: “Não será por meu intermédio que
o atingirão”.
Ainda hoje eu tento perdoar àqueles que o fizeram chorar.

• O MEU PREITO FINAL

Aqui eu transcrevo algumas palavras com as quais eu o homenageei no dia 01 de março de 2018, ao ensejo dos seus
80 anos de idade, em uma memorável festividade em São Lourenço:
Eu agradeço à vida que me proporcionou conviver
com um Homem-Deus – HELIUS - que chorou por mim e
chorou comigo.
Eu agradeço à vida que me deu um amigo – um
Deus-Homem - HELIO - que riu comigo e riu de mim.
Eu agradeço à vida que me proporcionou conviver com um
Homem-Deus – HELIUS – que me permitiu chorar com
ELE e chorar por ELE.
Eu agradeço à vida que me deu um amigo – um
Deus-Homem - HELIO - que me permitiu rir DELE e rir
com ELE.
Eu agradeço à vida que me deu amigos, que me deu
Irmãos... que me deu esta Família Espiritual, onde eu aprendi
que para sermos Irmãos, primeiro precisamos ser amigos;
onde eu descobri que AQUELE que isto me ensinou só po-
deria ser um MESTRE, o MEU MESTRE, o NOSSO MES-
TRE = HELIUS!
Paulo Cardoso na festa de 50 anos do V. Helio à frente da SBE
E eu escolhi para esta homenagem ao AMIGO, ao
IRMÃO e ao MESTRE, as palavras proferidas por LOHEN-
GRIN, ao despedir-se do Rei Henrique. Disse Lohengrin ao
Rei:
“Prestai atenção, Majestade: Não posso vos acompanhar. Um Guarda do Santo Graal, uma vez reconhecido, se fosse lutar por vós,
seria privado de sua força humana.
Contudo, majestade, deixai que vos profetize o seguinte: Uma grande vitória será vossa: vossa causa será de Deus! As hordas do Oriente
nunca, mesmo nos dias longínquos futuros, vencer-vos-ão, não vencerão nestas nobres terras”!

• DESPEDIDA

No dia 08 de março de 2020, eu o conduzi até Valinhos-SP, onde se comemorava o aniversário da nossa Venerável
Irmã Márcia (da Fundação HJS).
Foi a última vez que nos vimos.
Na quarta-feira seguinte ele foi para São Lourenço, de onde só retornou a São Paulo 18 meses depois, ou seja, no
dia 29 de setembro de 2021, conforme já havia programado 40 dias antes.
Tão logo chegou a São Paulo, eram 14’30 horas, telefonou-me. Falamos rapidamente.
No dia 30 de setembro de 2021, falei com ele aí pelas 11’30 horas. Deu-me notícias sobre os exames que iria fazer
ainda naquele dia. Às 15’00 horas voltei a ligar-lhe preocupado com o seu estado de saúde. Insisti com ele para que se in-
ternasse em um hospital. Disse-me que estava aguardando um médico que o visitaria ainda naquela tarde e que me daria
notícias.
Foi a última vez que nos falamos.

Honremos os Grandes Reis do Passado, na pessoa daquele que é a sua origem e síntese, o REI MELKI-TSEDEK!
Reverenciemos os seus legítimos sucessores!
Confiemos no Rei do Futuro, Aquele que por direito hierarquico há de nos conduzir!

Bendito é aquele que conquistou a Liberdade de ser discípulo de JHS!


Obrigado, meu amigo HELIO!
Obrigado, meu Irmão HELIO!
Até sempre, Meu Mestre e Senhor HELIUS!

Paulo Cardoso Nunes

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.27


HERMÉS /DEZEMBRO 2021

Helio Jefferson de Souza


Eterna Saudade
(In Memoriam)

NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,


Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!


(Fernando Pessoa in Mensagem)

Todos os Grandes Seres, até na sua morte nos deixam mensagens que cumpre interpretar, assim o «engenho e a
arte» nos permitam.

O Venerável Helio retornou à Casa do Pai, pelas 20h30m (hora de
São Paulo), no dia 30 de Setembro de 2021.
Escolheu partir (assim o determinou a Lei que a Tudo e a Todos
rege) no mês de Setembro.
Setembro, o mês da Apresentação dos Gémeos Espirituais aos
Ilustres e Excelsos Cavaleiros da Ordem de Mariz, na Sagrada Serra de
Sintra (28 de Setembro de 1800).
Setembro, o mês em que o Brasil é declarado independente, pelo
grito do Manu Pedro nas margens do Rio Ipiranga, (7 de Setembro de
1822).
Setembro, o mês do nascimento de seu Pai já em solo Brasileiro
(15 de Setembro de 1883, em Salvador da Baía,) e da sua passagem (9 de
Setembro de 1963 em São Paulo)
Setembro, o mês da fundação espiritual da Obra, na Montanha Sa-
grada do Monte Moreb (28 de Setembro de 1921)
Setembro, o mês em que a nossa Instituição adoptou o nome de
Sociedade Brasileira de Eubiose e em que ele próprio assumiu as funções
de seu Presidente e Grão-Mestre da Ordem do Santo Graal (28 de Setem-
bro de 1969).
Setembro, o mês 9 do nosso Calendário. E como o 9 tem, neste
contexto, significado acrescido!
Retornou o nosso já saudoso Grão-Mestre com 83 anos de idade.
Os mesmos 83 anos que mediaram a apresentação dos Gémeos e o seu
aparecimento físico na face da Terra. V. Helio e José Serrão durante a palestra na Con-
83 que nos remete para o número 11 (1 e/+ 1), como expressão venção de 2019
dos Gémeos.
83 que nos remete para o número 11 (1 e/+ 1), como expressão dos Gémeos.
Retornou 44 dias depois da passagem do saudoso e Excelso Mestre Jefferson Henrique de Souza.

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.28


HERMÉS /DEZEMBRO 2021


44, o duplo quadrado tão usado pelos Construtores nas gloriosas Catedrais Góticas.
44 que nos remete para o 8, como expressão do infinito. 8 como oitava parte do círculo ou o compasso aberto
num angulo de 45º (a joia do Grão-Mestre na Ordem Maçónica).
44, o número de poemas de que é composta a principal obra poética de Fernando Pessoa, A Mensagem, que
termina exactamente com o “Nevoeiro” e um grito pungente: É a HORA!!!
Fala-nos o poema de Portugal, a Pátria do Avatara, como já falámos noutros momentos, que, segundo o poeta, é
hoje “Nevoeiro”.
E é nessa dor intensa, de uma Pátria a definhar e mergulhada na incerteza, que emerge a chamada, o grito para
despertar, o apelo à Fénix, para que das chamas ressurja mais bela e vigorosa do que nunca, para que o destino se cumpra
e a Obra se realize de acordo com a Vontade do Eterno.
É a Hora!!!
O mais português de todos os Brasileiros, como a si mesmo se apelidava, talvez tenha querido dizer-nos a todos
nós, que, depois da negritude da noite escura da Alma, do nevoeiro que nos abraça, chegarão pela manhã os primeiros
raios de um Novo Sol radiante e luminoso.
Talvez nos tenha querido dizer que, como nós, as Pátrias irão romper as Mayas do Passado e do Presente e res-
surgir no Esplendor da Missão que lhes incumbe.
Amou Portugal como muito poucos. Nunca o escondeu, antes pelo contrário.
Sempre se orgulhou da sua Alma Lusa e nunca se coibiu de a expressar, fosse onde fosse.
Também por isso, Portugal ficou mais pobre. Mas também por isso, Portugal ganha ânimo e os seus dizem «Pre-
sente!».
É a Hora!!!
A pandemia e agora a morte não lhe permitiram voltar a Portugal, como tanto ansiava.
Recordo uma mensagem de voz, que guardo religiosamente, que teve a gentiliza de me enviar no dia 10 de Agosto
de 2020, logo após a minha Apresentação no 1.º Congresso Internacional de Eubiose com o tema: “Eubiose e Cidada-
nia”.
Transcrevo: «Venerável e Querido Irmão José Serrão, acabei de assistir à sua palestra, uma maravilha de palestra. O nosso muito
obrigado. Parabéns novamente. Estou saudoso de Portugal. Esta pandemia atrapalhou a nossa viagem este ano, mas espero, com muito prazer,
estarmos juntos em Maio do ano que vem. Tomara que isto termine. Muitíssimo obrigado pela participação. Muito agradecido e muito feliz.
A sua palestra engrandeceu muito este nosso Congresso, que foi a compensação, a falta da Convenção de Nova Xavantina. Daqui a mais ou
menos uma hora e meia, estaremos encerrando e eu vou falar um pouco de Política sobre uma pergunta que fizeram ao Venerável Irmão sobre
corrupção. Eu vou falar a respeito disso. Um grande abraço.»(sic)
O mesmo desejo manifestou a todos os que estiveram presentes na Sagrada Serra de Sintra no Ritual de Passagem
à Série Interna no dia 11 de Setembro deste ano. Através de uma videochamada, assistiu a todo o Ritual e antes, numa
saudação, expressou a sua vontade de estar em Portugal no ano 2022.
Afirmou sentir-se feliz aqui e não deixou de reafirmar (nenhum de nós poderia imaginar que era a última vez) que
era o mais Português de todos os Brasileiros.
Foi a última vez que nos cumprimentámos e que nos falámos.
Termino partilhando com quem tiver a gentileza de ler estas palavras, que brotam mais do coração do que da
razão, que me perdoem os cultores da língua escrita, uma conversa que ocorreu, na cidade do Porto, minutos antes de eu
apresentar uma Palestra sobre “A Eubiose em Portugal”.

Grupo de Irmãos que participaram da ritualística de passagem em Sintra em 2021

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.29


HERMÉS /DEZEMBRO 2021


A pretexto de confirmar a presença em Portugal do seu Irmão, nosso Venerável e já Saudoso Jefferson Henrique
de Souza, nos idos de 1973, aproximei-me do Venerável Helio.
Não só confirmou o facto, como as circunstâncias que lhe deram origem e, ainda, relembrou, com palavras suas,
aquele momento de regresso ao local do conhecido Acidente de Lisboa e a declaração de «Tudo está consumado» que a
sua Augusta Mãe proclamou então, caminhando de braço dado entre os seus dois Filhos.
A conversa continuou num modo muito coloquial, mas também muito íntimo.
À colação veio a morte recente de alguns Irmãos, um deles amigo comum, e a partilha da dor que vivenciou ao
ver partir o seu filho. Disse-me, num desabafo compungido: «Um Pai nunca deveria passar pela dor da morte de um
filho».
Contou-me, ainda, sobre o momento da morte do seu Pai, o nosso Excelso Mestre e a sua conversa com a sua
Mãe, a nossa Augusta D. Helena, que o convocava para assumir o lugar do seu Pai.
As dúvidas que sentiu. O receio de não estar preparado para o encargo que lhe estava destinado. Precisava de
tempo… confidenciou-me.
As dificuldades e os obstáculos que enfrentou ao assumir o leme desta Nau onde todos navegamos. As dificulda-
des do ontem e do hoje…
Mais do que as palavras, guardo comigo no coração a humildade de quem, sendo o que era, sofria em si mesmo
a dureza da Lei.
De Alguém que também era Homem, com todas as suas grandezas e todas as suas fraquezas e debilidades. Com
as suas ilusões e desilusões. Que sofria com a miséria humana, os seus apegos, os seus anseios egóicos e as suas vãs gló-
rias. Que sofria, mais ainda, quando tudo isso se manifesta nos discípulos de JHS.
Jamais esquecerei aquele dia 23 de Abril de 2019. Não por ser a última vez que vi e estive fisicamente com o Ve-
nerável Helio, mas por tudo o que aprendi com Ele.
Pela lição de Vida.
Por me ter feito entender o sentido profundo de «fez-Se carne e habitou entre nós».

Obrigado, Venerável Hélio! Até sempre!

Amou Portugal como muitos portugueses não o


fazem nem sentem. Disse-me mais do que uma vez que
ansiava vir aqui.( nunca saberemos o que a sua Alma lhe
ditava).
A Lei determinou que a sua última vinda fosse
em 2019.
Nós portugueses ficamos mais pobres…. mas a
hora é de abrir o coração para que o V. Hélio se expresse
por nós e em cada um de nós.
Depois da lágrima que cai virá o sorriso da de-
manda a cumprir.
Ele estará sempre conosco!!!

José Serrão, Depto. Lisboa/Portugal

“A vida é um processo constante de morrer.”


(Arthur Schopenhauer)

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.30


HERMÉS /DEZEMBRO 2021

MINHAS EXPERIÊNCIAS COM O VENERÁVEL HELIO


O Apta é de uma Hierarquia e a Humanidade, de outra. Cada
uma tem suas próprias regras.
Quando o Ven. Helio assumiu a presidência da Sociedade Te-
osófica Brasileira, muitos não concordando com o ato, se afastaram e
outros ficaram fazendo oposição. Mas com coragem e determinação
que lhe é própria conseguiu contornar todas as dificuldades.
Nome é para identificar o trabalho do Supremo Arquiteto no
Tempo e no Espaço então trocou para Sociedade Brasileira de Eubio-
se como a sinalizar que Ele não era Revelador, mas Mantenedor do
legado de seu Pai.
Contando apenas com os poucos que sobraram principal-
mente apoiados pelos Departamentos de Campinas e de Jundiaí que
receberam muitos conhecimentos do Vidal e nessa hora mostraram a
que veio.
Muitos daqueles que se comprometeram perante a Divindade
de fazer parte de sua corte debandaram e então é acionado o plano B.
Estas pessoas têm suas Nidhânas, precisam de certo estímulo
para colaborar e então recebiam alguns privilégios como um cargo,
uma medalha ou uma comenda.
Na década de 60 o Professor deixou escrito em Revelação
que era o momento de algum Irmão se candidatar a Prefeito de São
Lourenço que já havia sido criado o ambiente para esta realização.
Ninguém quer sair da sua zona de conforto e apelaram para os esta-
tutos onde consta que a Sociedade é apolítica.
A minha formação desde criança foi sempre dentro da políti-
ca governamental, pois meu tio era líder político da região, meu primo foi Prefeito de Campinas.
Então me senti constrangida, mas tinha por meta o acesso às Cartas Revelações e foi assim que aqui permaneci.
Todas as Cartas Revelações onde era citada a orientação para assumir as rédeas do governo foram tiradas da circula-
ção. Então o Ven. Helio partiu para o sacrifício, se candidatou e fez circular todas as Revelações que falavam deste assunto.
Ele cresceu mais ainda em meu conceito, pois veio de encontro a tudo em que sempre acreditei e para a qual fui
formada.
Para melhor divulgação, Ele criou um grupo em São Lourenço encarregado de reunir todas as Cartas-Revelações que
se achavam espalhadas pelos Departamentos e as oficializou em Livros de capa azul e outro com Índice o que facilitou muito
as nossas pesquisas.
O Vidal sempre dizia que as Revelações não são livros de romance para serem lidos de uma só vez, mas livros de
pesquisa.
Com todas as Cartas-Revelação e as Monografias do Vidal muito bem organizadas foi possível a abertura de suas
leituras a todos os Irmãos da Série Interna e pudemos fazer nossas pesquisas diretamente na fonte.
Saímos da Personalidade para a Individualidade, pois a interpretação de cada um ser é pessoal e vai ser de acordo com
a bagagem que traz em si. É mais um passo que dá na sua caminhada evolucional.
Também era pacificador.
Quando alguém achava que podia ser melhor em algum cargo ou fazer algum trabalho sempre há os que o apoiam e
outros que são contra. Para não haver conflito autorizava.
No decorrer do tempo a pessoa ia percebendo que nem sempre a teoria funciona na prática e acabava desistindo.
Muitas delas que passaram pela experiência se tornaram seus amigos e colaboradores.
Eu, como mulher, estava mais ligada com a Mãe Helena e, portanto, a minha vivência como Ven. Helio era mais
social.
Vou relatar algumas passagens.
Sempre que o APTA comparecia em eventos públicos, a nossa obrigação era lhes dar cobertura e era necessário que
ficássemos nas proximidades.
Num churrasco oferecido pelo Irmão Simões em Campinas Ele lembrou uma passagem de quando tinha nove anos
e morava no Rio de Janeiro.
“– Papai sempre recebia muita gente em casa e estava eu a brincar no quarto e sai quando fui abordado por uma das visitas que me disse:
Menino, quando sair do quarto apague a luz porque sou eu que estou pagando”. As lágrimas correram de seus olhos, contou.
Num determinado dia agendou para assistir o Ritual e a posterior reunião em Campinas, mas até a hora marcada para
o início da cerimônia não havia chegado. Então o Sacerdote determinou que se fechassem as portas. Depois do encerramen-
to, ao abrir as portas lá estava Ele sentadinho no banco e elogiou a atitude tomada.
Passou pelas nossas mentes que nos testou.
Depois da reinauguração do Templo Obelisco de Itaparica começamos a ir e voltar de carro e no caminho ia ouvindo
música gravada, em fita cassete, a última novidade da época. O Ven. era fã da Escola de Samba Portela e numa de nossas

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.31


HERMÉS /DEZEMBRO 2021

reuniões Ele começou a cantar o Hino da Escola e nem todos lembravam a letra e então busquei e minha fita que continha
exatamente esta música. Com que felicidade Ele cantava e a gente o acompanhava.
Se não me falha a memória em 1999, nos mudamos definitivamente para Itaparica e Ele passava as “férias” na casa
do Irmão Aginoel na localidade de Caixa Pregos.
Como éramos dos poucos que tinha carro e tempo disponíveis, nossa função era de, quando solicitado, ficar a seu
serviço.
Um dia foi com o Joel pegar camarão que havia encomendado do pescador que morava próximo ao Templo e lem-
brou que tinha que fazer algo lá. O Joel perguntou se Ele queria aproveitar o caminho ao que respondeu: “Não posso porque
estou de bermuda.”


Visita às Sete Catedrais e aos Sete Postos Representativos
A hora soou e para dar continuidade à sua Missão deveria estar presente nas Sete Catedrais do Ocidente e nos 7
Postos Representativos. Eis que entra em sua vida a D. Nízia que fez com que os Membros da Sociedade respeitassem o Ven.
Helio com a dignidade de Rei e como tal acatassem as suas Ordens.
Alguns Irmãos com condições financeiras favoráveis começaram a organizar Comitivas Reais para acompanhá-lo em
suas Missões Internacionais. Aos poucos o número foi aumentando e tiveram que alugar um ônibus.
Os Postos Representativos, como diz Blavatsky: “São a Fronteira de Diedros entre o Mundo e o Mundo Terreno”.
Ao percorrê-los foi como se abrissem as comportas para dar passagem às energias do Quinto Sistema para benefício
de toda a Humanidade.
“Ao lado da riqueza espiritual vem a riqueza material”. JHS
A primeira a visitar foram as Catedrais da Europa por onde tinha passado o Cálice do Graal e para que os Irmãos
percebessem qual delas lhe trazia alguma lembrança. Nesta não pude ir, mas na próxima, enquanto Ele ia para o Egito, eu
Joel, Doraid, Lisete e mais uma companheira nós de Campinas fizemos um pacote e fomos visitar as Catedrais.
Um ano antes estava conversando com D. Nizia e disse que pelas minhas contas o dinheiro só dava para a viagem e
nenhum gasto a mais, ao que ela me aconselhou a todo mês comprar dez dólares e guardar. Fiz tudo que queria e até sobrou.
Na Catedral de Santa Maria Majore na Itália, senti muita emoção, a ponto de me por em lágrimas incontroláveis. Não
é por acaso que meus quatro avós eram italianos.
Nos encontramos em Paris e de lá fomos para Barcelona.
De manhã, enquanto descíamos pelo elevador a Irmã que nos acompanhava me chamou a atenção dizendo que eu
não devia fazer sanduíche porque Seu Hélio levantava da mesa e ia embora.
No salão do café da manhã tinha um lugar mais elevado onde a corte ia ficar e a recepcionista guiava quem ia ocupar
os lugares. Ficamos surpresos quando fomos escolhidos e Ele colocou o Doraid e a Lizete um de cada lado e eu o Joel e a
companheira de viagem, na sua frente.
Seu primeiro ato foi fazer um sanduíche. Como Ele sabia da conversa do elevador?
Os valores do Posto Representativo de El
Moro haviam sido transferidos para o Roncador e nos
sentimos na obrigação de estar presente nos Estados
Unidos para lhe dar cobertura.
Eu, Joel, Rosali e Armando fizemos um pa-
cote e alugamos um carro. Fomos inicialmente para
Orlando e depois para Albuquerque. Tínhamos a in-
dicação de qual Hotel iriam se hospedar e para lá nos
dirigimos. No caminho percebi que, por estar muito
longe do centro, não tinha condições de hospedar a
Comitiva e o Ven. Hélio sempre ficava na cidade para
facilitar a movimentação dos Irmãos. Mas, assim mes-
mo esperando algum tempo. Como nada acontecia,
fomos embora sem preocupação porque a gente sabia
onde ia ser o Ritual. Como estávamos de carro resol-
vemos ir por conta própria. No caminho o Armando
falou: Nós viemos por esta rua então vamos por esta outra.
Em determinado ponto vimos, do outro lado da rua,
a Irmã Itaigara e o Irmão Manuel Moreira. Paramos e
O grupo que viajou a El Moro, México com o V. Helio eu comecei a gesticular porque não poderia me ouvir
devido a largura de uma calçada a outra. Ela pensou
que eu fosse o guia de Nova Iorque por ele ser baixinho e fizemos sinal para ela esperar. Demos a volta e, finalmente nos
encontramos.
O que aconteceu foi o seguinte: Perto do Hotel havia uma pracinha de alimentação e todos foram para lá almoçar.
Os dois viram do outro lado uma rua movimentada e resolveram explorá-la. O ônibus alugado tinha 44 lugares e 40 estavam
ocupados só sobrando os nossos 4. A nossa força de pensamento, com o desejo focado em nos encontrarmos, providenciou
as circunstâncias. A D. Nizia achou tão interessante que mandou constar como História da Obra.
Durante o Ritual foi colocado um casal atrás de cada Bandeira. Nós ficamos na Bandeira do Brasil e ao lado estava

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.32


HERMÉS /DEZEMBRO 2021

dos Estados Unidos portada pela Irmã Libby que durante todo o tempo teve que se esforçar para que ela não se inclinasse
toda para o chão conseguindo mantê-la na horizontal. Ao término olhamos para o céu e um Arco Iris redondinho circulava
o Sol. Muitos fotografaram ou filmaram, mas nenhum conseguiu reproduzir a imagem. Era só para nossos olhos.
A última vez que nos encontramos foi na Convenção de Itaparica, realizada no Centro de Convenções.
O Joel quis cumprimentá-lo pessoalmente e lá foi ele de bengala. Quando nos aproximamos o Ven. Helio colocou o
Joel sentado do seu lado direito e eu, no esquerdo, e ficamos conversando até Ele ser chamado para outro compromisso.
O Ven. Helio nunca fez uma viagem que não tivesse por objetivo o cumprimento de sua Missão.
Pelo que dá para perceber nas decisões do Ven. Helio, havia muita Maia envolvida e o Espírito que Vivifica é só para
quem tem:
“OLHOS PARA VER E OUVIDOS PARA OUVIR”.

V. Helio é acompanhado pelo


casal Joel e Myriam de Vera
Cruz

V. Helio, no centro, é ladeado por


Joel, à esquerda e Myriam e a
filha Cristina Caramez, à direita

Myriam Gozzi, Depto. Vera Cruz/BA

“Eu não tenho vaidade, mas tenho um grande


orgulho de presidir uma Sociedade com gente
como esta gente que aqui está que só me traz
alegria.”

(Helio Jefferson de Souza)

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021


VENERÁVEL HELIO JEFFERSON DE SOUZA
Quero falar Dele. Sim, falar Dele. Mas, o que falar? Devo der-
ramar palavras por um longo texto? Mas, quantas palavras poderiam
abarcar a Ele? Devo resumir minha fala em poucas ou em somente
uma palavra? Mas, quais ou qual palavra O abarcaria?
Certa vez emiti minha opinião a Ele:
“Venerável Grão Mestre, para mim, APTA é uma chama viva. Uma
chama que pode se envolver, livremente, com quem é APTA, pois todos são a
mesma chama viva. Mas, quem não é APTA deve se precaver, pois, se muito se
aproximar desta chama viva, indevidamente, poderá se queimar”.
Ele apenas sorriu.
Tenho ideias sobre muitas ou poucas, ou ainda uma palavra
para falar Dele... mas, pode ser suficiente por ora, porém, ao correr do
tempo talvez não.
Então, nada direi. Apenas guardarei comigo, em minha mente
e coração, os poucos momentos em que pude com Ele conviver, em
vários lugares... e compartilho alguns, de Suas oito visitas ao Departa-
Eu e o V.Helio, no aeroporto de Curitiba aguardando o
mento de Curitiba, a última em 9 de outubro de 2015.
embarque em 2007

Sérgio Adir Tambosi, Diretor Itinerante


e membro do Depto. Curitiba/PR

Ano 2007, no Departamen-


to, durante as comemo-
rações de 25 anos de
fundação.
Da esquerda para a direi-
ta, Eu, o V.Helio e o irmão
Albino Ribeiro da Silva e
de costas, Alberto Dias
Vieira da Silva (in memo-
riam), então residente em
Laguna/SC.
I Seminário de Educação e Instrução em Curitiba, março
de2008

15ª Jornada Sul Brasileira de Eubiose em 2015. Da esquerda para a direita,


Ano 2002, no aeroporto de Curitiba aguardando o embarque
Eurênio de Oliveira Jr., Doralice Herrera, V. Helio, V. Leonardo F. Jefferson de
estão:. da esquerda para a direita, Albino Ribeiro da Silva, Eu,
Souza e Sergio Tambosi
Vilma L. C. Tambosi, V. Nízia Costa Jefferson de Souza, V. Helio,
Mônica Maria Kochanny, Sueli do Rocio Mann Sotto Maior e Paulo
Roberto Sotto Maior

Hermés Eletrônico - Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose ® | pag.34


HERMÉS /DEZEMBRO 2021

PEQUENA HOMENAGEM
AO NOSSO
V. EX-PRESIDENTE
O que falar sobre o nosso querido Ex-Presidente, V. Helio Jefferson de Souza.
Só para lembrar a todos, quando ele confiava uma missão a um Irmão, ele dava plena independência e total apoio.
Em fevereiro de 1999, quando fui a Convenção anual em São Lourenço, levei um projeto, para construirmos em
Nova Xavantina, o ESPAÇO CULTURAL HELENA JEFFERSON DE SOUZA. Me dirigi à Vila Helena, e com a presença
dos V. Jefferson, V. Selene e V. Felícia, eles amaram a ideia da construção e pediram para iniciá-la imediatamente.

V. Helio sabia da enorme amizade que existia com o v.


V. Helinho, V. Helio, Ribeiro e esposa Helinho

Me deram total apoio e confiança, eu me sentia protegido e procurava realizar, com muito amor as tarefas que me
eram solicitadas.
Ele sabia da enorme amizade que eu tinha pelo Helinho e chorando, foi ele que me ligou, para comunicar a triste
notícia da passagem dele.
Qualquer missão que ele me desse, aceitava sem pestanejar, pois sabia, que jamais faltaria apoio.
Quando ia a Brasília, sempre após o ritual íamos a uma pizzaria famosa, Kasebre 13, forno à lenha, e sempre pediam
o alho e óleo e aliche.
Uma vez em São Paulo, numa sexta à noite, ele pediu a Daniel Herrera, administrador de São Lourenço, para me
pegar no Brooklin, onde eu estava hospedado, na casa da minha filha.
Os casais presentes, sem que o V. Presidente visse, fizeram uma aposta, quem acertasse em ordem, quais pizzas que
ele pediria, não pagaria a conta e colocaram as tiras de papel numa taça.
Dona Nizia viu, chamou o metre e solicitou um filé especial da casa e um vinho tinto para mim, pois ela sabia que eu ia
acertar.
Quando o Venerável voltou à mesa e viu a taça, com os papeis dobrados, perguntou o que era.
Ao saber, de imediato falou: “O Ribeiro acertou, podem abrir”, e de fato, ganhei a aposta e degustei um ótimo filé.
Tanto em Brasília, como aqui em Xavantina, eu era o churrasqueiro dele, pois ele afirmava que eu sabia o ponto certo,
bem mal-passado.
Era um ser muito simples, fiel a seus amigos, e gostava de contar fatos antigos da SBE, pois tinha uma memória pri-
vilegiada.
Para mim, a passagem dele e de seu filho Helinho, são perdas irrecuperáveis.


José Ribeiro, Coordenador do SGR, Nova Xavantina/MT

“Queria que os irmãos fossem amigos, antes de


serem irmãos.”
(Helio Jefferson de Souza)

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021


LEMBRANÇAS COM V. HELIO

Foi em 1979 que adentrei a SI onde, pela primeira


vez, vi o Apta.
Já faz muitos anos, na época era STB. Início de 1970
já estava ocorrendo a mudança de nome para SBE, confor-
me determinação do recém-empossado Presidente, Helio
Jefferson de Souza.
Ao longo desses anos fiz uma amizade com o V. He-
lio que se fortaleceu e onde o respeito e consideração ao
Apta foi crescendo à medida que eu estudava as C.R. do
Professor. Amadureci com o conhecimento.
A proximidade com o V. Helio tornou-se constan-
te quando passei a ser obreira de Conceição do Rio Verde.
O contato social acontece através de jantares e encontros
que caracterizava-se como um Savoir Faire (ou know-how).
A apoteose aconteceu para a minha pessoa quando acom-
panhei o Apta a uma viagem a Portugal, sendo que jamais
imaginei cruzar o Atlântico. Lembro-me, hoje, sorrindo, dele
trocando o real por luso (naquela época não existia o euro). 08 de junho de 2019, o almoço beneficente no salão do Círculo Militar
Ele disse: “Dalva, não vá gastar tudo!”. E olhei para ele e ele de São Paulo, em prol da Fundação Henrique José de Souza. V. Helio
ladeado pela Elza Dalva e a filha Samantha e a sobrinha M. Luiza
estava sorrindo. Magnífico!
São tantas as recordações de momentos felizes, como por
exemplo em 1986, na passagem do Cometa Halley, fui convidada
a fazer uma palestra em Mar Grande para um grupo de Salvador e
Itaparica sobre esse cometa. V. Jefferson, Dona Helena, que também
estavam lá para a palestra, e eu, ficamos hospedados na casa da nossa
Irmã Neide Jardim e o V. Helio, à convite do Prefeito Aginoel Aqui-
lino dos Santos, foi acomodado em outro lugar.
Nessa ocasião, fomos convidados pelo Prefeito Aginoel ao
Mediterrané, na Ilha de Itaparica, para o jantar e aconteceu um caso
pitoresco. Depois de saborearmos os pratos, V. Hélio levantou-se
para se servir de doces no salão e convidou a todos para acompa-
nhá-lo, dentre eles a D. Helena, V. Jefferson e eu. Não fomos, porém
enquanto isso, na ausência deles, foi colocado na mesa, um lindo
vaso de flores, bem grande! Foi uma demonstração sutil, pois pas-
mem, o vaso de flores era uma sobremesa diferenciada, cujas pétalas
Dona Helena conversa com o Prefeito Aginoel em Itaparica
eram comestíveis, num fundo de sorvete, isto é, o arranjo era uma
sobremesa de doces. O V. Jefferson se serviu e ofereceu a Mamãe
Helena também. Quando o V. Helio retornou à mesa eufórico com a abundância de doces que estava no buffet, V. Jef-
ferson ria dele pois tinham recebido o melhor dos doces sem sair do lugar. Muitas risadas e a melhor de todas, D. Helena
ria amorosamente dos filhos.
Outra coisa interessante, nesse dia, após o jantar, fomos convidados pelo Prefeito, a olhar o telescópio do Me-
diterranée que apontava para o Cometa Halley. Ninguém sabia que ele estava lá, mas a Dona Helena sabia. Todos que lá
estavam presenciaram esse acontecimento. Nesse momento o V. Jefferson tinha observado que ao lado do Cometa Halley
tinha um outro corpo astral e pediu para apagar as luzes para olhar melhor, inclusive as luzes do obelisco de Itaparica, o
que nos foi negado porque ele funcionava como um farol. Pediu às autoridades e ao João e Maria, guardiões do obelisco,
a apagar por poucos minutos, só o tempo de poderem observar esse fenômeno que todos observaram. Ao chegar em São
Paulo, quando procurei os técnicos do Observatório de Campinas e questionando o que foi observado, recebi a consta-
tação desse fenômeno e que realmente, “o esplendor do Cometa permitiu ver a Constelação de Andrômeda”.
Tanto o V. Jefferson como V. Helio, tinham a curiosidade de qualquer pessoa. V. Hélio era um ser humano co-
mum, simples, tanto que gostava de assistir às Olimpíadas, desde a abertura até o encerramento, com muita empolgação.
Ele assistiu este ano, a todas as competições, com muito entusiasmo.
A nobreza, o caráter e a educação do Apta eram primordiais. Nos meus aniversários, 24 de fevereiro, eles sempre
me cumprimentavam, pois eu sempre estava com eles (geralmente caía numa Convenção em São Lourenço) e não com a
minha família e até hoje recebo esses especiais Parabéns. Só tenho a agradecer por essa amizade.
Quando a notícia chegou, de setembro para outubro de 2021, foi a rapidez do acontecimento que nos fez pon-
derar. Tristeza? Sim, mas com muita reflexão!

Elza Dalva de Souza, outubro/2021

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

HELIO JEFFERSON DE SOUZA

Era um vento de pleno setembro, num mundo de centro do planeta, o sol, que dela havia tomado empresta-
quase outubro, minguava a lua na abóboda celeste, em 28 do. Hélio agora se veste da terra inteira para fazer jus a si
de setembro daquele ano. Certos homens comemoravam o mesmo.
centenário da fundação de um novo início dos tempos. O nome oculto da morte é renascimento e vice ver-
Se a lua minguava nos rasgos do zimbório celestial, sa. Uma semente morre (renasce, revela), para se tornar em
o sol, por força da lei, resolve minguar na face da Terra, milhares de sementes, assim são, com todos os Cristos.
uma espécie de crisália às avessas se pronunciava. A terra chora suas lavas nas Ilhas Canárias, no
Quando deixam suas vestes físicas, homens co- Brasil choramos o sal e sorrimos as águas da felicidade; sal
muns são deixados sete palmos para dentro da Terra; pela partida necessária, ainda que provisória, de um Avata-
homens santos e iluminados, palmilham sete degraus ra; e águas de felicidade jorram das consciências de quem
panteões adentro; Adeptos, mergulham, subindo pelas sete o reconheceu Rei. Os milênios vindouros escreverão seu
cidades de dentro; e seres como Hélius, tornam-se Um Nome como Coroa da Terra, Mitra-Deva, em linguagem das
com o sol central da terra encandecida. ciências das idades.
Fazia setembro pós-pandemia, fenômenos esses O sal das saudades, o sal dos seres e nações que
que precedem as grandes transformações (quer saibam os ainda não o puderam entender: o sal da Terra.
homens, ou não), como a gripe espanhola preexistiu ao dia As águas da felicidade, choradas, são por saber que
28 de setembro de 1921. Ele se completou árvore, rebentada de tão única semente,
Fazia setembro, e do seu corpo adentrado no pro- cresceu, deu frutos e, portanto, da esperança da semente
fundo da Terra, o Vulcão Cumbre Vieja, rugia por sua boca, faz-se a certeza da colheita, binjas do bijam. Que venha o
aflorada nas Ilhas Canárias. ano de 2121.
30 setembro, Helio é tão grande que os cômodos Ele esperou fechar as portas dos primeiros cem anos
de dentro da Terra precisavam ceder espaço para sua che- para descer aos céus, e ser as chaves que abrem as compor-
gada triunfal. Por isso, o centro do planeta se esvazia pela tas de mais cem anos.
garganta bramida do Vulcão.
Cumbre Vieja, em português, Pico Velho, sim, para Família é o sentimento que mais vibra nos que fica-
fazer valer a lei da polaridade, o Oriente entra em con- ram.
vulsão, no Pico Velho, para se firmar um novo pico, novo Nós continuaremos a trabalhar, para que a humani-
pontal, na montanha Moreb, Ocidente, em terras ‘Brasil’. dade seja um colar de contas só, uma só família, não somen-
Brasas no Oriente e brasas no Ocidente, um sobe o outro te por origem, mas por sentimentos verdadeiros de fraterni-
desce. Mundos imaculados e conspurcados fazem ranger dade universal.
o fiel das balanças. Obrigado, Helio Jefferson de Souza, pela honra pre-
Sangram as embocaduras das Ilhas Canárias, ciosa da convivência.
exteriorizando-se; enquanto no país canarinho, interioriza- Não tem preço, mas tem todos os valores.
-se, por outras embocaduras, semente Preciosa. Hélios se
planta em solo brasileiro, a face da Terra devolve ao PAX
XAP

Mauro Leslie, Iporá/MT

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021


1 de outubro de 2021
O coração não se contém em si. Portanto, só me cabe usar das simples e limitadas palavras.

El-Rei - El-Rick seu Legítimo Representante


Missão cumprida neste plano angustiante
Apenas um pedaço da vida exuberante
Antes de chegar à Veste Fulgurante

E veio o tempo, veio a vida, veio a morte...


Que segue sendo sempre a maior das mentiras
Maia, plano, veste... incorporam-se novas espiras
“Caminhemos firmes...” do Sul ao Norte

Cá estamos a sentir eternas saudades


Mas com os peitos cheios de Amor
Paradoxalmente um sacrifício sem dor
Agora mais cheios de responsabilidades

Enquanto isso...
“Amitaba sai do loto que te encerra”! A terra treme, sacode, vulcões que cospem
E um jato de luz projetou-se do céu Nações se abalam, resvalam, prisões se abrem
Naquele magno ano da descida do véu Tronos que caem, dores... tudo se movimenta
Em que até mesmo a natureza venera Mas somos a Obra... que a tudo acalenta

Muito além deste nosso tempo Não sei quando, não sei onde, nem como
O mais incompreendido dos Seres Mas Ele está vindo, agindo, perceptível...
Fez-se da união de saberes Três Reis... Um Rei... já bem tangível
Trazendo ao Ciclo um alento E Unidos estamos em torno do Trono.

Eis o Chefe dos chefes a cada Linha guiar Até sempre, Venerável Helio!
Verdadeiro Sol nascido do Seio do Eterno
Um ágil Guerreiro Amigo e Fraterno
Hélius Amitaba! no humilde e intenso brilhar

Do “nine” ao Nove Kenio Nogueira


Nas primeiras palavras (Joinville, 1º/10/2021)
Do Nove ao Dez
Para completar a Ode

Louvor ao Venerável Helio Jefferson de Souza,


Mestre e Presidente da
Sagrada Eubiose
Está muito difícil...
As Palavras de comando dele, ecoam na minha mente...Sabedoria com Firmeza e
Amor.
Nosso Grão-Mestre e Presidente nos deixou atônitos com a Sua partida/descida,
tão de repente...
Mesmo longe, sentíamos a sua Presença forte através de palavras de comando
e também, de Amor. Lembro-me de sua Mensagem de que deveríamos ser amigos dos
Irmãos!
Ouvir a Voz do Rei, rica em Sabedoria a iluminar o nosso ca-
minho.
Hélio Jefferson de Souza, Suprema Excelsitude que emana a força do Poder de Comando, recebei
a fidelidade de seus discípulos de Três Lagoas.
Nossa eterna gratidão! Sois o Sol, amado Rei! Exaltado, muito exaltado seja!
Até sempre!!!
Irene Marques Alexandria, Três Lagoas, MS

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

BREVES ENCÔMIOS A
HELIO JEFFERSON DE SOUZA

Helio sem acento... é assim que seu nome se escreve.

Durante muito tempo me perguntei, por quê? Seria um erro do escrivão ao lavrar a certidão de nas-
cimento?

Mas na verdade esse ser hélio, aqui no sentido de sol, assim o será para a humanidade futura, quan-
do assentará para toda humana criatura. Eis aí um detalhe, ou somente mais um aspecto dentre tantos, a
respeito desse ser “misterioso”.

Um talhe profundamente marcante de sua personalidade era como ele lidava com a questão lealda-
de, que para o amigo Helio possuía o valor de diamante. Prezava lealdade para consigo e como uma via de
mão dupla era o amigo mais leal que já pude perceber em inúmeros momentos.

Eis dois detalhes de inúmeros outros a título de encômios desse ser que chamou, chama, e sempre
chamará, até porque seu nome está indelevelmente marcado na história: Helio Jefferson de Souza.

Márcio Cambahuba, Representação Cuiabá/MT

“Grande aquele que deseja instruir-se; maior o que se


instrui, porém muito maior, o que oferece os seus conhe-
cimentos aos demais”.


HJS

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

NA ALESP, DIA 01/10/2021,


DEPUTADO CASTELLO BRANCO HOMENAGEIA O V. HELIO

Eu, Deputado Castello Branco venho hoje,


em luto, a esta tribuna, em tristeza, prestar homena-
gem póstuma ao meu líder espiritual, o Presidente da
Sociedade Brasileira de Eubiose, Ven. Helio Jefferson
de Souza, falecido ontem, 30 de setembro de 2021, às
20h30, em sua residência, no bairro da Aclimação.
Eu tive a honra de ser um dos primeiros a
chegar à sua residência e prestar apoio à sua família.
O V. Helio, que nasceu em 01 de março de
1938 e faleceu ontem, dia 30 de setembro de 2021,
na 5ª. feira, indo para os 84 anos, 52 anos à frente
na liderança da SBE, uma entidade espiritualista que
contribuiu, contribui e contribuirá muito para espiri-
tualidade e elevação moral do povo brasileiro.

Helio Jefferson de Souza é filho do Professor


Henrique José de Souza e Dona Helena Jefferson de
Souza, fundadores da Sociedade Espiritualista Dhara-
na, que depois virou Sociedade Teosófica Brasileira e
depois, Sociedade Brasileira de Eubiose.
Foi somente em 28 de setembro de 1969 que
assume a presidência e Grão-Mestria da Ordem do
Santo Graal, para a qual rendemos a homenagem.

Fotos da família, aqui com sua irmã Selene


Jefferson de Souza, que hoje é a última filha viva
do Professor. Ele teve 4 filhos: Helio, o mais velho,
Selene, Jefferson e Hermés. Hermés, já falecido em
87, Jefferson faleceu há alguns dias atrás, em 17 de
agosto, e Helio que nos deixou ontem a face da Terra.
Hoje, a direção da Sociedade está com a V.
Selene e o seu neto Leonardo Faria Jefferson de Sou-
za.
Na foto, ele e sua irmã, no Templo de São
Lourenço, ainda muito jovens.

Nessa foto, ele com o Presidente Juscelino


Kubitschek que era discípulo do Professor José
Henrique de Souza, em nosso Templo, inclusive o
V. Helio trabalhou muito tempo com o Juscelino
Kubitschek, desempenharam funções importantes,
trabalharam muito pelo Brasil, tanto, quando o Jus-
celino era Presidente, como também, depois.
Na foto, Helio e JK se confraternizando no
Templo em São Lourenço.

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

Nesta foto, recentemente, em 2017, o


V. Helio recebendo o título de cidadão paulistano
oferecido pela Câmara Municipal de São Paulo,
pelos relevantes serviços prestados a sociedade
paulista.
A Eubiose tem hoje, em São Paulo, 4
departamentos, com mais de 10 mil associados,
contribuiu muito para a formação da identidade
da espiritualidade, da egrégora positiva; aqui na
cidade de São Paulo se realizaram muito rituais
transcendentais pra o progresso do Brasil.

Nesta foto, V. Helio com o Presidente


de Portugal, Marcelo Ribeiro de Souza, no En-
contro Internacional da Eubiose em 2018.
Nós temos o Depto. na cidade do Por-
to, além do Depto. de Lisboa e Representação
de Barcelos, em Portugal, além de Representa-
ções na Inglaterra (Londres), na França (Paris),
na Itália (Bérgamo), na Austrália (Sidney) e no
Chile (Santiago).

Nesta foto, um Encontro realizado na


Vila Helena, em São Lourenço, a 07 de fevereiro
de 2019, no final do meu primeiro mandato, com
o meu pai ainda vivo, que era seu colega de mis-
são, a minha mãe, o meu assessor Sérgio Henri-
que, que é o filho do V. Helio e trabalha conosco
no Gabinete, faz a assessoria do plenário, o
Vereador William de Souza, de São Lourenço,
um grande amigo. Uma foto também histórica,
recente.

Nessa imagem, a última vez que estivemos


com Ele fisicamente, em 18 de agosto de 2021,
domingo, após sepultamento do seu irmão V.
Jefferson.

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

Foto de família, Ele, com seu filho Sér-


gio Henrique, seus netos, a nova geração.

Essa é a homenagem que prestamos


aos 100 anos da Fundação Espiritual da
Eubiose, ocorrida no dia 27 de setembro de
2021 e para nossa surpresa, foi a despedida
Dele com o seu discurso lido na ocasião.
Foi um ato solene comemorando os
100 anos da Eubiose aqui no Brasil.

Aqui, uma foto clássica Dele, patriota,


idealista, acreditava num Brasil livre, justo, so-
berano e fraterno, o Brasil potência e um Brasil
que assumirá de direito e de fato, o papel de
protagonista na história da humanidade, como
o berço de uma nova civilização.

E assim, Ele se despede da face da Terra com a missão cumprida, com um imenso legado e deixando conosco a
grande responsabilidade de dar continuidade a missão de seus Pais e a sua própria missão.
Ao meu querido Mestre, boa viagem ao outro lado! Que Agartha o receba em gala, e que nós que permanecemos
na Terra, cumpramos o nosso dever.
Bijam!

Deputado Oscar Castello Branco,


Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021


V. HELIO JEFFERSON DE SOUZA
– Linha do Tempo –

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HERMÉS /NDEZEMBRO 2021

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HERMÉS /NDEZEMBRO 2021

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

“No mundo nada nos pertence, não somos do-


nos, nem da própria vida.
Como pode a infeliz humanidade viver tão or-
gulhosa e tão convencida?”

(Ilda Ester Batoréu, “Dona Bibi”)

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

E assim, ter-
mina a jornada de
um herói que sai de
cena, para galgar
um novo caminho.

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

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EXPEDIENTE
Informativo da Sociedade Brasileira
de Eubiose - SBE

Editado pelo Conselho de Estudos e Publicações


Setor Editorial - CEP-SE

Diretor: Luiz Lúcio Daniel

Edição e Diagramação: Celina Noriko Tomida

e-mail: cep@eubiose.org.br

“As matérias assinadas são de responsabilidade dos signatários”

Colaboraram com fotos:

Alina Jefferson Ricco Jefferson de Souza, Ariel Ricco Jefferson de

Souza, Riuzi Mizuno, Elielson Gomes Vianna, Ezio Calanca Garcia,

Elza Dalva de Souza, Myriam Gozzi


e Acervo do jornal Hermés

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HERMÉS /DEZEMBRO 2021

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73a CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA SBE EM
SÃO LOURENÇO-MG - 20 a 24/fevereiro/2022

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