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Panambi
2017
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Panambi
2017
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BANCA AVALIADORA
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AGRADECIMENTOS
Antes de tudo agradeço a Deus, que permitiu para que tudo isso acontecesse e por
me dar forças para não desistir. A minha mãe, meus irmãos e familiares, pelo amor,
incentivo е apoio incondicional em todos os momentos e à minha noiva que sempre
esteve me apoiando durante todos os meus estudos. À empresa Sulmotors Centro
Automotivo, por conceder-me a oportunidade de realizar este trabalho. Ao professor
Roger Schildt Hoffmann pela colaboração e dedicação na ajuda como orientador no
desenvolvimento deste trabalho. Enfim, a todos que fazem parte da UNIJUÍ –
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
5
BIOGRAFIA DO AUTOR
RESUMO
O que impulsionou a realização desse trabalho foi uma nova tendência do mercado
automobilístico, na utilização de turbo-compressor em seus motores, mostrando os
resultados através de cálculos comparativos entre a teoria e a aplicação real para
todos que queiram adquirir um veículo com motor turbo ou aqueles que buscam um
melhor entendimento do assunto. Inicialmente aborda-se a revisão bibliográfica sobre
o ciclo Otto com base fundada por autores consagrados, posteriormente apresenta-
se a descrição dos principais componentes do motor. Em seguida, faz-se a
apresentação do equipamento que servirá de modelo para a aplicação do estudo,
medições do motor e realiza-se o teste do veículo no dinamômetro. Após efetuam-se
os cálculos teóricos do ciclo Otto, comparando com os dados obtidos do modelo real.
Posteriormente uma análise comparativa entre o ciclo teórico com o ciclo real, notou-
se uma diferença de potência, que origina-se da utilização do cálculo de potência
teórica que considera o ciclo como ideal. Por fim, desenvolve-se o cálculo de
dimensionamento do turbo-compressor e realizou-se a instalação do mesmo no
veículo de competição, analisando os resultados obtidos.
ABSTRACT
What drove this work was a new trend in the automotive market in the use of a
turbocharger in its engines, showing the results through comparative calculations
between the theory and the actual application for all who want to purchase a vehicle
with a turbocharged engine or those who seek a better understanding of the subject.
Initially, the literature review on the Otto cycle is based on established authors, and the
description of the main components of the engine is presented later. Next, the
equipment that will serve as the model for the application of the study, measurements
of the engine and the test of the vehicle in the dynamometer is presented. Afterwards,
the theoretical calculations of the Otto cycle are made, comparing with the data
obtained from the real model. Subsequently a comparative analysis between the
theoretical cycle and the actual cycle, we noticed a power difference, which originates
from the use of theoretical power calculation that considers the cycle as ideal. Finally,
the design of the turbo-compressor is developed and the installation of the
turbocharger was carried out in the competition vehicle, analyzing the results obtained.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SÍMBOLOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
1.1 Tema de Estudo .................................................................................................. 12
1.2 Objetivo Geral ..................................................................................................... 12
1.3 Objetivos Específicos .......................................................................................... 12
1.4 Justificativa ......................................................................................................... 13
1.5 Metodologia ........................................................................................................ 13
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA .................................................................................. 14
2.1 Máquinas Térmicas ............................................................................................. 14
2.1.1 Ciclo Otto ..................................................................................................... 14
2.1.2 Ciclo Otto 2 Tempos..................................................................................... 15
2.1.3 Ciclo Otto 4 Tempos..................................................................................... 16
2.1.4 Ciclo Otto 4 Tempos Sobrealimentado......................................................... 19
2.2 Turbo-compressor ............................................................................................... 20
2.2.1 Turbina ......................................................................................................... 21
2.2.2 Compressor .................................................................................................. 21
2.3 Principais Componentes do Motor ...................................................................... 22
2.3.1 Cabeçote ...................................................................................................... 22
2.3.2 Bloco ............................................................................................................ 22
2.3.3 Virabrequim .................................................................................................. 23
2.3.4 Biela ............................................................................................................. 24
2.3.5 Pistão ........................................................................................................... 25
2.3.6 Cárter ........................................................................................................... 26
2.4 Cálculos Ciclo Otto ............................................................................................. 26
2.4.1 Cilindrada ..................................................................................................... 26
2.4.2 Taxa de compressão .................................................................................... 27
2.4.3 Rendimento Térmico .................................................................................... 27
2.4.4 Proporção teórica de Ar/Combustível........................................................... 27
2.4.5 Trabalho Líquido .......................................................................................... 28
2.4.6 Transformações Termodinâmicas ................................................................ 28
2.4.7 Pressão Média Efetiva ................................................................................. 28
2.4.8 Potência do motor ........................................................................................ 29
11
3 DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 30
3.1 Cálculos Teóricos ............................................................................................... 30
3.1.1 Rendimento Térmico .................................................................................... 30
3.1.2 Trabalho Líquido .......................................................................................... 30
3.1.3 Transformações Termodinâmicas ................................................................ 30
3.1.4 Pressão Média Efetiva ................................................................................. 30
3.1.5 Potência do Motor ........................................................................................ 30
3.2 Volkswagen Gol .................................................................................................. 31
3.3 Montagem do motor ............................................................................................ 32
3.4 Cálculos modelo real .......................................................................................... 35
3.4.1 Cilindrada ..................................................................................................... 35
3.4.2 Taxa de compressão .................................................................................... 35
3.4.3 Potência ....................................................................................................... 36
3.5 Instalação do turbo-compressor no Gol de competição ...................................... 38
3.6 Dimensionamento do Turbo-compressor ............................................................ 38
4 RESULTADOS ...................................................................................................... 44
4.1 Análise Comparativo entre Modelo Teórico e Real ............................................. 44
4.2 Análise do Dimensionamento do Turbo-compressor .......................................... 45
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
Anexo A – GRÁFICO DINAMÔMETRO GOL G3 1.6 ................................................ 53
Anexo B – GRÁFICO MAPA DE EFICIÊNCIA DO TURBO-COMPRESSOR............ 54
Anexo C – GRÁFICO DINAMÔMETRO GOL G1 DE COMPETIÇÃO ....................... 55
12
1 INTRODUÇÃO
A maioria dos meios de transportes do mundo são movidos a motores de
combustão interna. Garrett (2001) corrobora que estes motores transformam a energia
química derivada da combustão da mistura de ar e combustível em energia mecânica.
A maioria das indústrias automobilísticas exibem modelos de carros potentes,
com motores robustos, de altas cilindradas, que garantem conforto e segurança aos
seus ocupantes. Essas empresas também costumam apresentar modelos mais
compactos, com motores menores, econômicos e de baixa cilindrada, porém a
potência desses carros são reduzidas para diminuir o consumo de combustível.
O tipo de combustível utilizado pela maioria dos motores são de origem fóssil,
que levam anos para se formar e não são renováveis. Por isso, há uma busca contínua
para minimizar o consumo de combustível e buscar alternativas que maximizem a
eficiência energética.
Atualmente o mercado automobilístico exige carros que consomem menos
combustível, com motores menores mas com potência elevada. Motores de baixa
cilindrada sobrealimentados podem gerar potência semelhante ou até mesmo superior
do que motores de altas cilindradas sem turbo-compressor, mantendo um consumo
menor de combustível.
1.4 Justificativa
O que impulsionou a realização desse trabalho foi a nova tendência do mercado
automobilístico, na utilização de turbo-compressor em seus motores, mostrando os
resultados através de cálculos comparativos entre a teoria e a aplicação real para
todos que queiram adquirir um veículo com motor turbo ou aqueles que buscam um
melhor entendimento do assunto com base nos princípios de “Downsizing”, ou seja,
na diminuição das dimensões dos motores, diminuição dos poluentes e aumento da
potência e eficiência.
1.5 Metodologia
A metodologia adotada para este trabalho consiste em pesquisa bibliográfica
referente ao ciclo Otto. Tais pesquisas contribuem para o acadêmico de engenharia
mecânica a desenvolver, organizar processos e procedimentos, obtendo por meio do
conhecimento elaborado, a resolução das necessidades e dificuldades encontradas.
O referido trabalho é definido por meio de pesquisa bibliográfica, já que aborda
as concepções de grandes autores a respeito do ciclo Otto, turbo-compressor e
principais componentes do motor.
Verificaram-se previamente por meio de observações, as equações utilizadas
nos cálculos do ciclo Otto para posteriormente realizar a comparação com o modelo
real. Realizou-se cálculos do modelo teórico e real afim de comparar os resultados
obtidos.
Por conseguinte, obteve-se o conhecimento a respeito do dimensionamento de
um turbo-compressor para um motor de competição, através de cálculos, onde foi
selecionado e instalado um turbo-compressor em um motor de competição para
posteriormente análise os resultados obtidos.
14
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
2.2 Turbo-compressor
A turbo-compressão é uma das formas entre várias utilizadas na
sobrealimentação de motores de combustão interna, sendo essa a que interessa para
este estudo.
21
2.2.1 Turbina
Para BorgWarner (2017), a principal função da turbina é extrair energia dos
gases da combustão, transformando-a em trabalho útil. A entrada dos gases na
turbina radial é perpendicularmente ao seu eixo, encaminhando-os para o seu rotor e
assim gerando energia cinética, como está unida a um eixo com o compressor,
fornece energia de acionamento do compressor.
2.2.2 Compressor
Bell (1989), caracteriza a função do compressor centrifugo em aumentar a
pressão de ar para a admissão dos motores. O incremento de pressão resulta no
aumento da massa volumétrica de ar. A entrada de ar no compressor é de forma axial,
o rotor em movimento de rotação aspira o ar para dentro do compressor elevando a
sua velocidade e energia cinética.
22
2.3.2 Bloco
Conforme a Apostila Motores Combustão Interna, Senai (2003), afirma que o
bloco é um dos principais componentes do motor, pois, tem como função alojar a
23
maioria das peças e dar sustentação do motor, de acordo com a Figura 12.
Geralmente são fabricados em ferro fundido ou em ligas de alumínio.
Segundo o Tillmann (2013), a construção do bloco dá-se pelo processo de
fundição, após é usinado para garantir um melhor acabamento na passagem de óleo
e agua pelos dutos que farão parte do sistema de lubrificação, arrefecimento e da
montagem dos componentes internos e externos.
2.3.3 Virabrequim
Para Tillmann (2013), a árvore de manivelas, mais conhecido como virabrequim
é um elemento do sistema de força do motor. É instalado na parte inferior do bloco do
motor e fixados pelos mancais, chamados de munhões. Nele, também são instaladas
as bielas nos mancais livres, chamados de moentes.
Segundo Martins (2012), a cambota (virabrequim), exposto Figura 13, pode ser
uma única peça fabricada pelo processo de fundição ou forjamento, ou ainda
constituídas por várias peças. É uma das peças para transformar o movimento
alternativo do pistão em movimento rotativo do eixo. A potência é transmitida para um
dos lados do eixo onde se encontra o volante de inercia do motor.
24
2.3.5 Pistão
Conforme Martins (2012), o pistão tem função tripla no interior do motor, servir
de parede móvel da câmara de combustão, receber a pressão dos gases e transferir
a biela e servir de guia á biela, como a Figura 15.
Segundo o Tillmann (2013), os pistões são fabricados por fundição maleável de
ligas de alumínio ou aço que proporciona maior leveza. Geralmente apresentam três
canaletas nas laterais que servem para alojamentos dos anéis de segmento.
De acordo com Nakano (2007), ao sobrealimentar um motor, os pistões tendem
a sofrer cargas mais elevadas que sujeitam a falhas do tipo:
Quebra de canaleta por fadiga, devido à alta temperatura e maior esforço
mecânico.
Furo do pistão causado pela a alta temperatura na câmara de combustão
e pré-detonação da ignição.
Para que esses tipos de falhas não ocorram, Martins (2012), sugere o uso de
pistões forjados pois possuem melhores características térmicas e mecânicas.
2.3.6 Cárter
Martins (2012), afirma que o cárter é simplesmente a parte inferior do motor,
fixada diretamente no bloco, conforme a Figura 16. Tem como função o
armazenamento do óleo lubrificante. Geralmente é fabricado em aço estampado ou
fundido em alumínio.
Tillmann (2013), complementa, o cárter além de ter a função de depósito do óleo
lubrificante também serve de proteção para os elementos internos do motor, nele deve
ser mantido um certo nível de óleo lubrificante para garantir a lubrificação do motor,
auxiliando o resfriamento das peças internas.
2.4.1 Cilindrada
Conforme a Apostila Motores Combustão Interna, Senai (2003), cilindrada é a
quantidade de mistura ar e combustível admitida em cada cilindro entre o ponto morto
superior e o ponto morto inferior, multiplicada pelo números de cilindros que compõem
o motor, é denominado volume total ou cilindrada. Expressada pela Equação 1
𝜋 ∙ 𝐷² (1)
𝑉 = 𝑁cil ∙ 𝐶 ∙
4
Onde:
V – Cilindrada – cm³
27
𝑉max (2)
𝑟=
𝑉min
Onde:
r – Taxa de compressão;
Vmax – Volume máximo da câmara de combustão – cm³;
Vmin – Volume mínimo da câmara de combustão – cm³;
1 (3)
𝜂 = 1−
𝑟k-1
Onde:
η – Rendimento térmico;
k = 1,4 - relação de calores específicos;
𝑊liq = 𝑄e ∙ 𝜂 (4)
Onde:
Qe - Poder calorífico da mistura estequiométrica – KJ/kg;
Onde:
P – Pressão – Pa;
v – Volume especifico – m³/kg;
𝑚³·𝑃𝑎
R – Constante universal dos gases – ;
𝑚𝑜𝑙·𝐾
T – Temperatura - º K;
𝑊liq (6)
𝑃mef =
(𝑣max − 𝑣min)
Onde:
Pmef – Pressão média efetiva - KPa
𝑅𝑃𝑀 1 (7)
Ẇ = 𝑃mef · 𝑉 · ·
60 𝑡
Onde:
Ẇ - Potência do motor - W;
t – Número de revoluções do motor para completar o ciclo;
30
3 DESENVOLVIMENTO
Neste trabalho utilizou-se como material de estudo o Gol G3, veículo de passeio,
conforme a Figura 17, equipado com motor de AP 1.6, refrigerado à água.
32
Figura 17 – Gol G3
3.4.1 Cilindrada
Utilizando a Equação 1, calcula-se a cilindrada real, onde tem-se um motor de 4
cilindros, com um curso do virabrequim de 7,74 centímetros e 8,1 centímetros de
diâmetro do pistão. Substituindo esses valores na equação obtém-se a cilindrada de
1.595,37 cm³.
𝑉 + (𝑣 · 𝑁cil) (10)
𝑅𝐶 =
(𝑣 · 𝑁cil)
Onde:
RC - Taxa de compressão;
V – Cilindrada – cm³;
v - volume do pistão + volume do cabeçote - ml;
36
3.4.3 Potência
A medição da potência do motor será realizada por um dinamômetro de rolo,
tipo inercial, da marca Servitec, modelo 2020, conforme a Figura 24.
Coloca-se o veículo com suas rodas de tração sobre o rolo, conforme a Figura
25, acelera-se o motor totalmente em uma determinada marcha para que o
dinamômetro gere um gráfico da potência e torque que as rodas entregam ao rolo.
Bell (1989), afirma que o primeiro passo para calcular o turbo-compressor ideal
para um determinado motor é conhecer a quantidade de mistura ar e combustível
necessária para que a potência esperada seja obtida. Adota-se como regra básica,
que para cada 100 CV o motor precisa de 10 libras de ar a cada minuto de
funcionamento, ou seja, equivalem a aproximadamente 4,5kg de ar por minuto.
O motor utilizado neste trabalho possui 1.595,37 cm³, utilizando gasolina como
combustível e estima-se extrair 300 CV à 8000 rotações por minuto, com uma
eficiência volumétrica de 95%.
40
𝐵𝑆𝐹𝐶 (11)
𝑊𝑎 = 𝐻𝑃 · 𝐴/𝐹 ·
60
Onde:
Wa – Fluxo necessário – lb/min
HP – Potência estimada - HP
A/F – Relação estequiométrica;
BSFC - Quantidade de combustível necessária para um motor fornecer um HP
de potência;
Onde:
MAPreq - Pressão Absoluta - PSI
R - Constante dos gases ideais
Tm - Temperatura do Coletor de Admissão - º F
VE - Eficiência Volumétrica
N - Rotação do Motor
Vd - Cilindrada Total – in³
valor da pressão atmosférica será descontada. Logo o valor real da pressão será
27,22 PSI.
O próximo passo será o cálculo da pressão real no coletor de admissão
expressada na Equação 13, que é calculada em função da restrição ao fluxo oferecido
pelo coletor de admissão. Esse valor pode ser medido em uma bancada de fluxo, mas
para a realização do cálculo utilizou-se o valor de 2 PSI que é a média encontrada em
coletores originais de fábrica.
Onde:
P2c - Pressão Real no Coletor de Admissão - PSI
MAP - Pressão Absoluta - PSI
ΔPloss - Restrição do Coletor de Admissão - PSI
Onde:
P1c - Pressão entre o compressor e o filtro de ar - PSI
Pamb - Pressão Ambiente - PSI
ΔPloss - Perda na Admissão - PSI
𝑃2c (15)
𝑃c =
𝑃1c
Onde:
Pc – Relação de pressão;
4 RESULTADOS
5 CONCLUSÃO
O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou uma análise dos dados
teóricos de um motor ciclo Otto, que foram desenvolvidos por uma sequência de
cálculos, comparando com os dados obtidos de um motor ciclo Otto real.
Ao realizar os cálculos teóricos do ciclo Otto, define-se que o ciclo é ideal, ou
seja, estima-se que a pressão da admissão seja constante, durante a compressão não
ocorre troca térmica com o ambiente, combustão instantânea. Ao realizar os cálculos
e teste com o modelo real, notou-se que há uma grande diferença de potência, cerca
de 71,4%. Essa diferença provém da utilização do cálculo de potência teórica que
considera o ciclo como ideal. De modo que os parâmetros de desempenho são
dependentes, diretamente ou indiretamente, da pressão média efetiva, seus
resultados não foram coerentes com a realidade.
Para que o cálculo de potência fique mais exato ao modelo real, há a
necessidade de cálculos mais complexos onde inclua o rendimento térmico, mecânico
e da combustão, o que pode ser realizado em um trabalho futuro.
A indústria automobilística está adotando nos veículos leves a instalação do
turbo-compressor para obtenção de potência e economia de combustível com motores
de baixa cilindrada, os chamados “downsizing”.
De acordo com Gheorghiu (2013) “downsizing” quer dizer a diminuição da
cilindrada do motor, restringindo o número de cilindros e aumentando a pressão
através do uso de um turbo-compressor, consequentemente elevando o torque e
potência dos motores de baixa cilindrada.
A definição de “downsizing” se tornou usual no ramo automobilístico pela busca
de menores níveis de emissões de gases poluentes ao meio ambiente e a elevação
da eficiência energética.
Uma maneira de obter potência em um motor é elevando o volume da mistura ar
e combustível que gera a combustão, essa razão volumétrica está relacionada a
cilindrada do motor. Utilizando um turbo-compressor é possível alcançar uma potência
satisfatória ampliando a pressão de ar no coletor de admissão.
A turbina tem a capacidade de recompor uma parte da energia cinética perdida
no fluxo dos gases de combustão em energia mecânica. O fluxo dos gases fazem girar
o rotor da turbina, e consequentemente gira o rotor do compressor que está ligado
49
REFERÊNCIAS
PENIDO FILHO, Paulo. Os Motores a Combustão Interna. São Paulo: Lemi, 1991
52
SANDLER, Paulo Cesar. Gol – Série Clássicos do Brasil. São Paulo: Alaude, 2015.