Ano 56 - nº 324 - Março 2021

Mensal - Distribuição Gratuita

O sistema de alimentação de combustível Peça Certa

do motor EA888 2.0 TSI 3ª geração
Somente os
discos e pastilhas
Desenvolvido para ocupar o posto de um dos motores mais potentes de freio da
montados nos veículos Volkswagen comercializados no Brasil, o motor linha Economy
EA888 2.0 TSI chega a sua 3ª geração trazendo muita tecnologia e, oferecem a
principalmente, alta performance. Nesta edição vamos conhecer os detalhes qualidade e
do sistema de alimentação de combustível desse motor e os componentes segurança que seu
da injeção direta e indireta nele empregados. cliente merece.
EDITORIAL

Taos se destaca por tecnologia, conforto e design Ano 56 - nº 324 - Março 2021
Mensal - Distribuição Gratuita

O anúncio recente da VOlkswagen é mais um concorrente para a categoria de

SUVs, e reúne diversos atributos que o destacam ao combinar a mais avançada
tecnologia em diversos sistemas, como câmbio/propulsor, condução, segurança
e Design. Tudo isso sem abrir mão do design. O novo Taos comprova que a
Volkswagen está investindo forte no mercado brasileiro, com o mesmo ímpeto que
no cenário internacional, confirmando sua posição na liderança mundial.
E o Taos é um sonho para quem ama automóvel, seja como futuro proprietário
ou como profissional de mecânica. Ideal para famílias, o Taos tem 498 litros de O sistema de alimentação de combustível
do motor EA888 2.0 TSI 3ª geração
Peça Certa
Somente os

porta-malas e distância entre eixos de 2,68 m, oferecendo mais conforto para os Desenvolvido para ocupar o posto de um dos motores mais potentes
montados nos veículos Volkswagen comercializados no Brasil, o motor
EA888 2.0 TSI chega a sua 3ª geração trazendo muita tecnologia e,
discos e pastilhas
de freio da
linha Economy
oferecem a

ocupantes e sendo equipado com suspensão independente nas quatro rodas, ACC principalmente, alta performance. Nesta edição vamos conhecer os detalhes
do sistema de alimentação de combustível desse motor e os componentes
da injeção direta e indireta nele empregados.
qualidade e
segurança que seu
cliente merece.

com função Stop & Go e AEB com detecção de pedestres.

Com apenas 1.420 kg, o Taos oferece a melhor relação peso/torque do
segmento; vai de 0 a 100 km/h em 9,3 s e tem velocidade máxima de 194 km/h. Conselho Editorial:
O motor 1,4 L TSI, fabricado na planta de São Carlos, interior de São Paulo, é o Aguinaldo Rodrigues • André Aiello
mais premiado da história do International Engine of the Year por conciliar excelente
Cecilia Bianchi • Cleber Lorenzi
desempenho e baixo consumo de combustível. Tudo isso trazendo o que há de
Crisleide Rocha • Cristiano Norberto
mais avançado em motores de combustão interna: bloco e cabeçote de alumínio,
turbocompressor de baixa inércia, injeção direta de combustível, quatro válvulas por Elder Evangelista • Gabriel Rimi
cilindro, duplo circuito de arrefecimento e intercooler ar-água (trocador de calor). A Luiz Toller • Rodrigo Bueno
transmissão é a automática de seis marchas (AQ-250), com possibilidade de trocas Rogério dos Santos
sequenciais na alavanca de câmbio ou nos shift paddles do volante. Esse conjunto
chega a todas as versões do Taos acompanhado de uma alavanca iluminada. Editoração / Comercialização:
O Taos possui também detector de ponto cego, um item de segurança muito Germinal Editora e Marketing Ltda.
importante que emite luzes na área interna dos espelhos para sinalizar caso haja um
veículo no ponto cego do motorista, evitando acidentes durante trocas de faixa ou Impressão:
outros tipos de manobras.
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Há ainda dois itens exclusivos no segmento: detector de fadiga (sistema que
Tiragem: 50 mil exemplares
monitora a forma de dirigir e emite um aviso sonoro e visual caso o motorista
apresente sinais de cansaço) e sistema de frenagem pós-colisão. Esse sistema atua
em conjunto com o controle eletrônico de estabilidade (ESC), freando o carro após
um primeiro impacto, reduzindo significativamente as consequências de acidentes A revista Notícias da Oficina quer saber
multicolisão. mais sobre você. Mantenha sempre
Definitivamente, o Taos chega para fazer história como o SUV médio premium da atualizada a sua assinatura através do site
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2 - Notícias da Oficina - Março 2021

CAPÍTULO 1 - Reparação passo a passo
Sistema de alimentação de combustível
do motor EA888 – 2.0 TSI – 3ª geração
O motor EA888 2.0 TSI (turbocompressor
e injeção direta de combustível) de 3ª geração
foi desenvolvido com o intuito de substituir a
versão do motor EA113 1.8 Turbocompressor,
que equipava o Golf GTI de 3ª geração, comer-
cializado no início dos anos 2000.
Sistema de alimentação de combustível
O motor EA888 2.0 TSI de 3ª geração é
equipado com um sistema de alimentação de
combustível que trabalha com dois sistemas
de injeção de gasolina: o principal, de injeção
direta, e outro de injeção indireta. Para enten-
dermos a diferença entre esses dois tipos de
injeção, vamos às explicações:
• Injeção direta à Cada válvula injetora de
combustível é instalada no cabeçote de modo
que, quando acionada, a gasolina é injetada
diretamente na câmara de combustão sem a
necessidade de passar pelas válvulas de admis-
são. Uma das principais vantagens da injeção
direta é proporcionar economia de combus-
tível, por trabalhar com uma mistura ar-com-
bustível consideravelmente pobre.
• Injeção indireta à Os injetores desse siste-
ma são instalados no cabeçote de modo a injetar
o combustível no pé da válvula de admissão de
cada um dos cilindros. Dessa forma, o combus-
tível só entra na câmara de combustão na fase
de admissão do motor, quando as válvulas de
admissão se abrem. Esse sistema trabalha com
combustível em baixa pressão (de 4 a 7 bar), o que
favorece uma mistura ar-combustível mais rica.
Prefixo do
Geração Comando de válvulas
motor
1ª CCTA Só admissão variável
Admissão e escape
2ª CPLA
variáveis
Admissão e escape
3ª CHHB variáveis + Sistema Valve
lift
Entre as inúmeras inovações tecnológicas trazidas pelo motor EA888 2.0 TSI, podemos destacar alguns dados técnicos e
sistemas que evoluíram com as três gerações.
Sistema de alimentação de combustível
regulado em função das necessidades
A ECU (Unidade de Controle do Motor) ge-
rencia dois circuitos distintos de regulação,
um para o controle da pressão de baixa, o qual
modula a corrente da bomba de baixa pressão
com um sinal PWM (Pulso com Largura Modu-
lada), e outro circuito de regulação que contro-
la a pressão de alta do combustível, também
por PWM. Com esses dois circuitos, a ECU é
capaz de realizar a injeção de combustível de
cada momento de combustão na proporção e
no tempo exatos.
Componentes da linha de baixa pressão
A bomba de combustível de baixa pressão
G6 produz o máximo de 7 bar de pressão. Ela
não possui regulador mecânico de pressão,
pois seu controle da pressão é realizado pela
unidade de controle da bomba de baixa J538,
que é comandada pela ECU e atua nos dois po-
tenciais da bomba de baixa com sinais PWM. A
J538 possui um conector de cinco pinos e sua
ligação é feita da seguinte forma:
• Alimentação de potencial negativo (mas-
sa) à é feita no pino 4 do conector de ligação,
o qual é alimentado com potencial negativo
pelo ponto-massa 720, localizado próximo à
coluna B do lado direito.
• Alimentação de potencial positivo à do
pino 3 do conector de ligação da J538 sai um
cabo de cor vermelha com listras azuis, que
recebe alimentação positiva do fusível SB10,
Motor EA888
Sistema
Controle da pressão de turbo Torque
de injeção
Atuador pneumático da
Direta 280 Nm
Wastegate
Atuador pneumático da
Direta 280 Nm
Wastegate
Direta e
Atuador elétrico da Wastegate 350 Nm
indireta
de 20 ampères, localizado no porta-fusíveis B,
próximo à bateria.
• Sinal proveniente da ECU à no pino 5 a
J538 recebe um sinal PWM, de 50 Hz de fre-
quência, que é enviado pela ECU através do
pino 9 do conector de 91 pinos da ECU, para
determinar qual deverá ser a pressão de baixa,
que trabalha variando constantemente o valor
dessa pressão num range de 4 a 7 bar de acor-
do com as necessidades do motor. Esse sinal
pode ser verificado com o uso de um osciloscó-
pio ou, ainda, com um multímetro automotivo
que seja capaz de medir o duty cycle (percen-
tual de PWM).
• Sinais de alimentação da bomba de baixa
à por meio dos pinos 1 e 2 de seu conector de
ligação, a J538 modula um sinal de PWM com a
frequência de 20 kHz para que a bomba de baixa
possa variar a sua rotação em função da corren-
te aplicada. Isso significa que não são 12 V con-
tínuos que se aplicam à bomba de combustível
elétrica, mas uma tensão efetiva menor. Esse si-
nal também só poderá ser analisado com o uso
de um osciloscópio ou com a função de medição
do duty cycle de multímetro automotivo.
Potência
200 cv
A unidade de controle da bomba de combustível de baixa
211 cv J538 está alojada na tampa de acesso à bomba de baixa,
abaixo do assento do banco traseiro.
220 cv
A linha de baixa pressão desse motor con-
ta ainda com um sensor de baixa pressão de
combustível (G410), que transmite um sinal
Notícias da Oficina - Março 2021 - 3
CAPÍTULO 1 - Reparação passo a passo
analógico de tensão à ECU proporcional à pres-
são de combustível existente nos dutos de baixa
pressão do sistema. É de acordo com o sinal do
G410 que a ECU determina o percentual de PWM
enviado para a J538, com a frequência de 50 Hz.
O sensor G410 está conectado à ECU com três
pinos de ligação: pino 1 – positivo do sensor, co-
nectado ao pino 37; pino 3 – negativo do sensor,
conectado ao pino 50; e pino 2 – sinal analógico
(de 0 a 5 volts, que pode ser facilmente medido
com um multímetro) conectado ao pino 31.
O sensor de baixa pressão de combustível é localizado
no tubo distribuidor da linha de alimentação de baixa
pressão.
Componentes da linha de baixa pressão
Para o fornecimento do combustível em
alta pressão, o sistema conta com alguns com-
ponentes:
Bomba de alta pressão à Consiste em
uma bomba mecânica acionada por um came
quádruplo, existente no eixo de comando de
válvulas de admissão. Dessa forma, obtém-se
pressurização de forma sincronizada com a ár-
vore de manivelas do motor, de modo a gerar
alta pressão somente nos momentos necessá-
rios. O êmbolo da bomba de alta pressão pos-
sui diâmetro de 10 mm, o que permite atingir
pressões na fase de partida a frio da ordem de
60 bar em 0,5 segundo, duração aproximada
do acionamento do motor de partida. A pres-
são de funcionamento é limitada a 140 bar por
uma válvula limitadora, que abre mecanica-
mente um canal entre a linha de alta e de baixa
pressão, garantido que não há sobrepressão.
Válvula reguladora de pressão N276 à Está
alojada no corpo da bomba de alta pressão. É
4 - Notícias da Oficina - Março 2021
por meio dessa válvula que a ECU regula a alta
pressão do combustível dentro de um range de
50 a 100 bar (em condições normais de funcio-
namento).
Funcionamento da bomba em conjunto com a
N276
A bomba de alta pressão tem funcionamento
baseado em três estágios distintos:
Curso aspirante
Curso aspirante à Durante o movimento do
êmbolo da bomba de alta pressão, o qual propor-
ciona abertura da câmara de compressão, a N276
é energizada e aumenta a entrada do combus-
tível nessa câmara. Com isso, uma considerável
quantidade de combustível é aspirada.
Curso de descarga no retorno
Curso de descarga no retorno à No início do
movimento ascendente do êmbolo, no qual a
câmara de compressão da bomba começa a se
fechar, se mantém aplicada uma corrente mo-
dulada à válvula reguladora, o que permite o
retorno do combustível excedente admitido na
câmara à linha de baixa pressão. Isso é o que
chamamos de sistema regulado em função
das necessidades. Está integrado à bomba um
amortecedor de pressão com dois diafragmas
que auxiliam a redução das pulsações no sis-
tema de baixa pressão no instante da descarga
do excedente de combustível.
Curso impelente
Curso impelente à Ao término da descarga
do combustível excedente, a válvula regulado-
ra da pressão N276 é desenergizada. Devido
às condições reinantes da pressão na câmara
de compressão do êmbolo, o canal de entrada
do combustível se fecha e, assim, a pressão é
impelida dentro de um valor esperado. Quan-
do a alta pressão de combustível na câmara do
êmbolo vence a pressão do tubo distribuidor, a
válvula de retenção se abre, permitindo a pas-
sagem do combustível da bomba de alta para o
tubo distribuidor de combustível.
Geração da pressão no caso de falha da
N276à Caso haja falha no funcionamento da
N276, a câmara de compressão da bomba de
alta continua recebendo combustível, pois a
sucção produzida pelo êmbolo é capaz de ga-
rantir esse fornecimento de combustível. Vale
lembrar que, numa situação dessas, a ECU vai
limitar a rotação do motor a 3.000 rpm.
Outras falhas no sistema de alimentação de
combustível à Se o sistema de gerenciamento
identificar problemas na geração da pressão de
combustível, aplicará a corrente máxima à vál-
vula reguladora da pressão N276. Isso vai fazer
com que a válvula permaneça sempre aberta
CAPÍTULO 1 - Reparação passo a passo
e, assim, que a bomba não consiga gerar alta
pressão. O funcionamento do motor vai ocor-
rer, porém com a pressão de combustível da li-
nha de baixa pressão (aproximadamente 5 bar).
Sensor de alta pressão de combustível –
G247à O sistema conta com um sensor insta-
lado no tubo distribuidor de combustível que
informa a alta pressão do combustível à ECU
através de um sinal analógico que varia de 0 a 5
volts, proporcionalmente à pressão. Com a infor-
mação desse sinal, a ECU determina o tempo de
injeção a ser aplicado nos injetores em função de
encontrar a mistura ideal para cada combustão
do motor. O sensor G247 é alimentado com os
potenciais positivo e negativo pela ECU, a qual
recebe o sinal diretamente do sensor. Essa cone-
xão acontece da seguinte forma:
Potencial positivo à pino 3 do sensor conec-
tado ao pino 68 da ECU (positivo de 5 volts);
Potencial negativo à pino 1 do sensor co-
nectado ao pino 11 da ECU;
Sinal à pino 2 do sensor conectado ao pino
49 da ECU.
O sensor de alta pressão do combustível é instalado
abaixo do coletor de admissão, no tubo distribuidor de
combustível.
Injetores da injeção direta
De uma forma geral, os injetores do siste-
ma de injeção direta de combustível são mais
robustos do que os injetores dos sistemas mais
convencionais. Isso se faz necessário pois eles
são instalados diretamente no cabeçote e de-
vem resistir às variações de pressão das fases
do motor e garantir que em nenhum dos cilin-
dros haja perda de compressão. Por outro lado,
esses injetores ainda são conectados ao tubo
Os injetores do motor EA888 3ª geração possuem seis
orifícios, o que otimiza a projeção do jato de combustível,
reduzindo as emissões de HC (hidrocarboneto) e a conta-
minação do óleo do motor em virtude da menor quanti-
dade de combustível que penetra pelos anéis do pistão.
distribuidor de combustível e precisam garan-
tir vedação suficiente para resistir à alta pres-
são produzida pela bomba de alta.
Outra peculiaridade desses injetores é o fato
de não trabalharem unicamente com a tensão de
12 volts. Eles necessitam de uma tensão consi-
deravelmente mais elevada, que somente é apli-
cada durante o levantamento da agulha do inje-
tor, ou seja, por um tempo muito breve (menos
de 0,5 milésimo de segundo). Com isso, para a
abertura de cada injetor, a ECU possui circuitos
capacitivos que produzem uma tensão inicial de,
aproximadamente, 65 volts. Em seguida, para
manter a agulha aberta, se aplica uma tensão pe-
riodificada de 12 volts que se mantém com esse
valor até o final do sinal de TI (tempo de injeção).
A figura apresenta uma captura de tela de osciloscópio
contendo a imagem real de um sinal de injetor do motor
EA888 3ª geração.
Manutenção dos injetores
Atualmente, existem disponíveis no mercado
máquinas desenvolvidas para teste e manuten-
ção dos injetores do sistema de injeção direta.
Elas consideram o fato de os injetores trabalha-
rem com alta pressão e com impedância diferen-
te dos injetores dos sistemas de injeção indireta.
Porém, antes de efetuar a desmontagem dos in-
jetores para realizar os trabalhos de manutenção,
convém realizar a leitura dos valores de medição
de cada um deles com o uso de equipamento de
diagnóstico. Já no caso de desmontagem, reco-
menda-se a substituição dos anéis de vedação
para evitar que, ao repor os injetores, sejam pro-
duzidas falhas de vedação nos cilindros.
Injetores do sistema de injeção indireta
O motor EA888 2.0 TSI de 3ª geração é
composto, além do sistema de injeção direta,
por um sistema de injeção indireta, ou seja,
esse motor possui oito injetores eletromagné-
ticos, sendo quatro para injeção direta e outros
quatro para injeção indireta. O intuito dessa
duplicidade de sistemas de injeção é otimizar o
controle de emissão de poluentes.
Por um lado, o sistema de injeção direta tra-
balha injetando o combustível na fase de com-
pressão do motor. Com isso, é necessário que
o combustível chegue pulverizado à câmara de
combustão, em alta pressão e praticamente
atomizado. E, como a mistura é extremamen-
te pobre, a temperatura nas câmaras de com-
bustão é elevada, o que promove o aumento
de gases poluentes, como por exemplo o NOx
(óxido de nitrogênio). Por outro lado, no siste-
ma de injeção indireta o combustível é injetado
na fase de admissão do motor, podendo entrar
no cilindro no estado predominantemente lí-
quido, o que contribui para a redução da tem-
peratura da câmara de combustão e, conse-
quentemente, para a diminuição na produção
do NOx. Porém, a injeção indireta aumenta a
emissão de gases como o HC (hidrocarboneto).
Comutação entre os sistemas de injeção
Na maior parte do tempo de funcionamen-
to do motor, o sistema de injeção direta está
em atuação. Porém, em momentos predeter-
minados pela ECU, há comutação, quando a
injeção direta deixa de atuar e a indireta entra
em funcionamento. Isso ocorre com maior fre-
quência na marcha lenta.
Notícias da Oficina - Março 2021 - 5
CAPÍTULO 2 - Reparação passo a passo
Procedimento de despressurização da linha de
alta pressão
A linha de alta pressão desse motor não pos-
sui sistema de retorno. Por conta disso, a linha
sempre estará sob pressão. Antes de efetuar
algum trabalho de desmontagem dos dutos, é
necessário o procedimento de despressurização
dessa linha. Para isso, conecte um equipamento
de diagnóstico ao veículo e selecione em Fun-
ções assistidas a função Despressurizar linha de
alta pressão. O equipamento de diagnóstico vai
solicitar que você coloque o motor em funciona-
mento no regime de marcha lenta.
Na tela do equipamento, será apresentado
um bloco de valores de medição com a leitura
da pressão de alta em tempo real para que você
possa monitorar o procedimento. Assim que a
eletrônica do motor identificar que o sistema foi
despressurizado, vai desligar o motor. Na maio-
ria das vezes, a ausência da pressão adequada já
promove o desligamento do motor. É de suma
importância que você garanta que o valor lido
do bloco de valores apresentado corresponde a
uma pressão residual consideravelmente baixa,
garantindo a segurança da desmontagem. Vale
ainda ressaltar que, para os trabalhos de des-
montagem dessa linha de alta pressão, convém
utilizar óculos de segurança.
Remoção e instalação da bomba de alta pressão
Já com a linha de alta pressão despressuriza-
da, remova a cobertura do motor. Em seguida,
remova o filtro de ar para ter acesso à bomba
Nesse ponto do procedimento já é possível manusear os
parafusos de fixação da bomba de alta pressão, identifica-
dos pela seta na figura, assim como o conector de ligação
da N276 e os dutos de alta e baixa pressões.
6 - Notícias da Oficina - Março 2021
de alta pressão. Então, remova os parafusos de
fixação do duto de retorno do líquido de arre-
fecimento do motor para que você consiga ma-
nusear os parafusos e dutos da bomba de alta.
Remova também o duto de passagem de ar do
sistema de admissão.
Remova o conector de ligação da N276, iden-
tificado pelo número 1 na figura. Faça também
as remoções dos dutos da linha de baixa (iden-
tificados pelos números 2 e 3) e, por último, dos
parafusos de fixação da bomba, identificados
pela seta na figura. Por fim, levante a bomba de
alta cuidadosamente para poder remover o duto
de alta pressão, o que requer o adaptador VAG
1331/6 ou uma chave fixa de 17 mm, curtíssima,
que permita o manuseio.
Procedimentos de instalação da bomba de alta
Antes de instalar uma bomba de alta pressão,
alguns cuidados devem ser tomados:
• Realizar uma inspeção visual no tucho de ro-
letes, que é alojado entre a bomba de alta e os
cames do comando de válvulas;
• Girar o motor manualmente até que os ca-
mes do eixo de comando de válvula permaneçam
na posição mais profunda (cames deitados);
• Lubrificar a esfera do duto de alta pressão
com óleo do motor;
• Realizar uma inspeção visual no anel de ve-
Antes de instalar o tucho de roletes (identificado pela seta
A), verifique o seu estado e o estado do alojamento do
comando de válvulas a fim de encontrar em qualquer um
desses componentes possíveis deformações, que pode-
riam provocar falha de funcionamento. Para a reinstalação
do tucho, o rolete deve estar posicionado para ter contato
com os cames do comando de válvulas e jamais pode ser
instalado na posição contrária, pois isso poderia ocasionar
danos irreversíveis no comando de válvulas.
dação da bomba de alta, o qual deverá ser subs-
tituído caso apresente algum dano a fim de evitar
o vazamento de óleo no motor.
Com o tucho de roletes já inserido na posição
correta, instale a bomba de alta pressão, tendo
cuidado para não danificar o duto de alta pressão.
Assim que instalar a bomba de alta no seu devido
lugar, coloque os parafusos de fixação, aplicando
o torque adequado, o qual varia de acordo com o
diâmetro do parafuso:
Parafuso M6 à aplicar um toque de 8 Nm + o
torque angular de 90°.
Parafuso M8 à aplicar o torque, em uma úni-
ca etapa, de 20 Nm.
Já para a fixação do duto da linha de alta
pressão, você deve apertar manualmente até que
não seja mais capaz de um torque manual e, em
seguida, apertar a porca utilizando o VAG1331/6
com a chave-soquete T10456, aplicando um tor-
que mais complexo: inicialmente de 27 Nm e,
após um minuto, outro torque de 27 Nm.
Reinstale os componentes periféricos que
precisaram ser removidos, funcione o veículo e,
durante o funcionamento, faça uma inspeção vi-
sual com o intuito de garantir que não há falha de
estanqueidade nas linhas de pressão do sistema.
Remoção e instalação do sensor de alta pressão
de combustível – G247
Por conta do difícil acesso, para a remoção e
instalação do sensor de alta pressão de combus-
tível será necessário, primeiramente, remover o
alternador. Em seguida, solte o conector de liga-
ção e utilize a ferramenta T40218 ou um soquete
27 mm para fazer a soltura do sensor.
Para a reinstalação, lubrifique a rosca do sensor com óleo
do motor limpo, rosqueie com a mão até que não seja
mais possível e finalize aplicando um torque de 27 Nm.
PEÇA CERTA - Linha Economy
Disco de freio tem que ter qualidade
Uma das peças de desgaste de substituição
mais frequente na oficina são os discos de freio.
Além de ter um ciclo de troca, trata-se de uma
peça de um sistema fundamental de seguran-
ça que requer razoável mão de obra para a sua
substituição. Logo, a qualidade da peça é atribu-
to fundamental para esse serviço.
Para manter as características de frenagem e
durabilidade originais, nada melhor do que con-
tar com a peça original Volkswagen. E uma ótima
notícia é que agora você encontra o disco de freio
na linha Economy.
Como nunca é demais falar de tecnologia
com reparadores profissionais como você, fare-
mos isso a seguir.
Qualidade e originalidade
A Volkswagen, preocupada com a qualidade
das peças de reposição, traz ao mercado discos
de freio da Linha Economy com qualidade origi-
nal, o que garante 100% de segurança e eficiên-
cia na hora da substituição.
A montadora investe muito no desenvolvi-
mento de suas peças, realizando testes de ban-
cada de peças de fricção para freio antes que
esses produtos sejam liberados para a produção
em série. Somente produtos de fricção para freio
montados corretamente podem funcionar per-
feitamente. Por isso, atenção às dicas abaixo:
Pré-requisito básico para cada reparo
Limpe todos os componentes e, em segui-
da, lubrifique, com uma pasta não condutora,
os pontos necessários na área dos eixos-guia da
pastilha/do revestimento, bem como os pontos
de contato das sapatas do freio. Essa pasta deve
ser resistente a altas temperaturas, livre de sóli-
dos (sem metais) e adequada para veículos ABS.
Todos os componentes que apresentarem
desgaste ou danos deverão ser substituídos se-
guindo rigorosamente as instruções da monta-
dora, do sistema ou do freio.
Atenção! Em caso de veículos com freio ele-
tro-hidráulico (por exemplo, SBC – Sensotronic
Brake Control), nunca troque a pastilha/o reves-
timento e o fluido de freio ao mesmo tempo. O
trabalho no sistema eletrônico de freio só deve
ser realizado por um reparador com experiência.
Note! As instruções do fabricante do veícu-
lo e do sistema de freio referentes ao reparo e à
manutenção sempre devem ser observadas.
Lembre seu cliente que a vida do disco pode
ser encurtada se alguns fatores não forem ob-
servados
Na prática, a vida útil de um disco de freio de-
pende dos seguintes fatores de influência:
• Estilo de direção;
• Condições da estrada e do tráfego;
• Condições topográficas e climáticas;
• Nível de sujeira e contaminação;
• Estrutura e material de fundição do disco de
freio;
• Agressividade das pastilhas de freio;
• Liberdade de movimentos dos elementos desli-
zantes e da guia e o pistão acionando o freio.
Alguns sinais são trepidação e chiado, por
exemplo. Mas basta medir a espessura do disco:
se estiver abaixo do mínimo indicado, é hora de
trocar.
Procure a concessionária da rede Volkswagen
mais próxima de você e escolha a peça certa da
Linha Economy, que une qualidade e preço justo.
Dica do Especialista
“Independentemente da quilometragem e do
tempo de uso do veículo, verifique sempre nível
de desgaste das pastilhas e discos de freio, vale
lembrar que produtos de marcas genéricas são
produzidos exclusivamente para o mercado de
reposição independente, e podem muitas vezes
não apresentar as mesmas características técni-
cas e especificações de qualidade de um produto
genuíno.
“Conheçam a oferta completa da Linha Eco-
nomy, aonde é possível visualizar as aplicações
de nossas peças para os modelos de veículos
Volkswagen e também a ampliação da aplicação
para veículos de outras marcas. Nosso catalogo
de peças encontra-se disponível a todos os usuá-
rios em nossos principais canais de comunicação
e pode ser acessados pelos seguintes endere-
ços:”
Site Volkswagen: www.vw.com.br/pt/servi-
cos/pecas-e-acessorios.html
Site Clube do Reparador Volkswagen:
www.reparadorvw.com.br
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seu celular através da imagem QR-Code abaixo.
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Gerenciamento
do Produto Volkswagen
Notícias da Oficina - Março 2021 - 7
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Gol 2013>2017
Fox 2004>2017 Gol 2012>2017 Fox 2004>2017 Gol 2013>2017
Golf 2000>2014 Saveiro 2012>2016 SpaceFox 2006>2014 Saveiro 2014>2017
Polo 2003>2015 Voyage 2012>2017 Polo 2007 2007>2015 Voyage 2014>2017
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