Você está na página 1de 53

SISTEMA DE ARMAS

DIGITAIS
Unidade de Ensino 7.0
6 TEMPOS
OBJETIVOS

AULA 7.1
– Identificar a evolução dos sistemas de
armas.
– Identificar os componentes básicos e o
funcionamento de um sistema de armas.
SUMÁRIO


EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE ARMAS

Canhão

Aparelhos de Comando de Elevação e Conteira

Culatra Móvel

Diretora

Previsora

Sistema de Armas
O CANHÃO

Inicialmente, era um simples tubo de ferro


inteiramente fechado em um dos extremos, era
apoiado sobre um monte de terra ou uma pedra,
permanecendo, obrigatoriamente, com a elevação
e conteira fixas.
Somente por volta do século XVII, Gustavo Adolfo, Rei da

Suécia, revolucionou o emprego da artilharia com a ideia de

instalar canhões sobre rodas, sendo o primeiro a utilizar um

sistema de apoio e um mecanismo de recuo em um canhão.


A bordo, o canhão sobre rodas teve que ser dotado de talhas
para que fosse tirado e colocado em bateria e impedir que corresse
livremente pelo convés. Estava, assim, criado o primeiro
mecanismo de recuperação.
Os homens podiam efetuar o disparo de perto
e ainda tinham tempo de se abrigar.
Com o aparecimento de estopilha, ficou
dispensado o uso do pavio e da tocha,
proporcionando o desenvolvimento do aparelho
de disparo. Entretanto, o ato de provocar o
disparo continuou conhecido como FOGO.
A divisão ou setor à qual pertenciam os
artilheiros era denominada Divisão de FOGO, o
que corresponde à divisão “F” em algumas classes
de navios.
Com o avanço das técnicas de combate, várias
necessidades de aperfeiçoamento foram surgindo.
Uma delas foi a de proporcionar às bocas de fogo
maior mobilidade, colocando-se os tubos-alma em
ângulos de elevação e de conteira desejados, para
que pudessem ser variados a cada instante.
Então, surgiram os primeiros mecanismos de
comando de elevação e conteira, cujo
aperfeiçoamento resultou nos aparelhos de
comando de elevação e conteira (ACEC), que são
dispositivos elétricos, hidráulicos ou eletrônicos
que, mesmo à distância, colocam os canhões nas
posições desejadas em resposta a um sinal de
potência relativamente pequena.
A pontaria era feita grosseiramente, olhando
por cima do tubo-alma.
Com o surgimento da culatra móvel, começou
a ser feita através do próprio tubo.
Depois, por meio de um aparelho de visada,
que é um conjunto de várias lunetas guarnecidas
por homens treinados para este fim, formou-se o
que acabou sendo denominado de grupo de
pontaria.
A culatra móvel trouxe um grande avanço na
cadência de tiro, e o carregamento do projetil
passou a ser feito pela parte de ré; implicando no
aparecimento de mecanismos de culatra.

Canhão Armstrong
Sir William George Armstrong

INOVAÇÕES

- Culatra móvel;
- Raiamento;
- Projetil em forma de ogiva; e
- Projetil revestido de chumbo.
Isto originou a classificação dos canhões quanto
ao funcionamento em  MANUAL, SEMI-
AUTOMÁTICO, AUTOMÁTICO  que é função
do modo de se abrir a culatra e da maneira como é
carregado o projetil.

Carregamento Manual
Carregamento Automático
Os aparelhos de carregamento estão de tal modo
desenvolvidos que já se consegue a cadência de
600 tiros por minuto nos canhões (TPM) de
pequeno calibre.

Phalanx CWIS
3000 a 4500 TPM
Apesar destes progressos, não se conseguia:
– um instante preciso para o disparo;
– atirar com mais de um canhão ao mesmo tempo;
– manter avistamento do alvo, em face da fumaça
após o tiro ou dos borrifos de água salgada quando
o mar estivesse mais batido; e, principalmente,
– ter o controle da bateria.
Isto levou o Almirante inglês Percy Scott a
imaginar um método de dirigir – à distância – o
fogo dos canhões. Ou seja, de um lugar onde
pudesse ter mais facilidade para avistar o alvo e
comandar as suas guarnições.
A sua idéia originou a chamada DIRETORA,
que livre das dificuldades apontadas, da confusão
natural dos movimentos dos canhões e com maior
horizonte, trouxe grandes vantagens, tais como:
livre da fumaça dos tiros, observar melhor e
constantemente o alvo; controlar as guarnições dos
canhões; e possibilitar as salvas com mais de um
canhão no mesmo instante.
Esses equipamentos passaram a ser instalados
na diretora e, também, em um compartimento
especial chamado Sala de Plotagem, mais tarde,
PREVISORA.
Estas estações, Diretora, Previsora e Canhão
somados ao precoce sistema de designação de
alvos, estabeleciam o sistema diretor básico dos
navios da Segunda Guerra Mundial.
Atualmente, há sistemas de designação de
alvos que usam radares tridimensionais. A antiga
Diretora, guarnecida por cinco homens, deu lugar
aos precisos radares de DT com câmaras de TV
acopladas, ou modernas alças óticas. Os
calculadores foram substituídos por
computadores digitais. A previsora, em virtude de
sua estreita ligação operacional com o antigo
CIC, desapareceu, integrando-se aos modernos
Centros de Operações de Combate (COC).
Apenas o canhão, apesar de ter o seu calibre
reduzido, se manteve.
Nem os modernos mísseis com seus longos
alcances e velocidades supersônicas conseguiram
substituí-lo completamente, permanecendo, assim,
com um importante papel a cumprir nas tarefas do
navio.
As armas navais e os equipamentos
necessários ao seu funcionamento não são
elementos isolados. O desenvolvimento
tecnológico e a consequente sofisticação do
armamento, criou a necessidade de sua
integração ao que se passou a chamar de
SISTEMAS DE ARMAS.
OBJETIVOS

AULA 7.1
– Identificar a evolução do sistemas de
armas.
– Identificar os componentes básicos e o
funcionamento de um sistema de armas.
SISTEMA

Do latim SYSTEMA, é um conjunto

ordenado de elementos que se encontram

interligados e que interagem entre si no

desempenho de uma função.


SISTEMA DE ARMAS

Conjunto de equipamentos que funciona de

forma integrada para obter solução de problemas

de pontaria, controle do armamento e execução do

tiro.
SISTEMA DE ARMAS
ARMAS

ARMAMENTO EQUIPAMENTOS
NECESSÁRIOS AO
SEU EMPREGO

SISTEMAS

INTEGRAÇÃO DE
ARMAS
Guerra Naval na Atualidade
• O cenário muda em alta velocidade.
• Requer automatismo e integração das ações
de:
– Detecção
– Designação do alvo
– Engajamento das ameaças
Sistemas de Armas = Sistemas de Combate

A noção de sistema de combate é


relativamente nova. Tradicionalmente, esse
sistema tem sido associado apenas ao conjunto
de armas e sensores que fazem parte da
configuração do navio. No entanto, o sistema
de combate é a razão precípua da existência
dos navios de guerra, que utilizam todas as
suas capacidades integradas para executar a
missão de combater.
Navio de Guerra
• 2 conceitos:
– Navio de guerra = sistema de combate +
plataforma; ou
– Navio de guerra = sistema de combate

• A MB adota o primeiro:
– DEN – plataforma; e
– DSAM – Sistemas de combate
Processo de Combate
Componentes básicos de um
sistema de armas:

 elementos de detecção;
 elementos de controle;
 elementos de lançamento; e
 munição.
Elementos de Detecção
1) Detecção, que consiste em observar a ocorrência de
anomalias num campo energético;
2) Localização e acompanhamento do alvo em relação ao
navio.
Os elementos de acompanhamento do alvo podem ser de
vários tipos: radares de busca, de direção de tiro (DT),
alças ópticas, sonares; e
3) Identificação da fonte das anomalias detectadas – alvo
amigo ou inimigo. Tipo de alvo.
Um sensor é qualquer elemento capaz de
registrar a presença de um alvo, ao receber deste
uma emissão ou reflexão energética.
Existe uma gama enorme de sensores
empregados no armamento naval, classificados de
acordo com a forma de energia utilizada para
desempenhar sua função.
– ELETROMAGNÉTICOS

– VISUAIS
– ELETRÔNICOS:
– INFRAVERMELHO
SENSORES
– ACÚSTICOS:
– MAGNÉTICOS:
– HIDROSTÁTICOS:
– ELETROSTÁTICOS:
Eletromagnéticos:
Radares (de busca ou de direção de tiro)
Radares secundários ou transpônderes - IFF
(identificator friend or foe), RRA e RRB.

Visuais:
Olho humano, auxiliado por instrumentos óticos
(binóculos, telêmetros) ou por dispositivos de
iluminação (holofotes, granadas iluminativas) e
alças óticas.
Eletrônicos:
Câmeras de televisão;
alças optrônicas; e
raios laser.

Infravermelho:
Espoletas Infra-Vermelho; e
Imagem térmica.
Acústicos:
Sonar (transdutor fixo ou de profundidade
variável);
Hidrofone (transdutor passivo);
Microfone (diafragma).

Magnéticos:
MAD (magnetic anomaly detector)
Sensor de Mina Magnética.
Hidrostáticos:
Sensor de Mina de Pressão.

Eletrostáticos:
Espoletas de Aproximação.
Elementos de Controle

DADOS COLETADOS

PROCESSAMENTO

UTILIZADORES
Eles recebem, além dos dados do alvo,
transmitidos pelos sensores, outros dados
necessários à solução do problema, como, por
exemplo, os do próprio navio (rumo, velocidade,
estabilização, etc).
Elementos de controle
APOIO À INDICA A ARMA
DECISÃO

FLUXO PARA ACOMPANHAR ALVO


E DIRIGIR ARMA
Elementos de Lançamento

TUBOS DE TORPEDOS,
ARMAS CANHÕES,
LANÇADORES DE MÍSSEIS,
ETC.
Os elementos de lançamento são as armas
propriamente ditas, são posicionadas pelos
elementos de controle para o tiro. Ex: tubos de
lançamento de torpedo, canhões, lançadores de
mísseis, etc.
Munição
As Armas disparam a sua munição, isto é, o
elemento que vai, efetivamente, levar destruição ao
alvo.

Ex: granada de artilharia, torpedo, míssil, foguete,


etc.

Você também pode gostar