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Revista Faculdades do Saber, 02(4): 279-292, 2017 279

SISTEMAS BIOENERGÉTICOS AERÓBIO E ANAERÓBIO EM RELAÇÃO AO ESTRESSE OXIDATIVO

AEROBIC AND ANAEROBIC BIOENERGY SYSTEMS IN RELATION TO OXIDATIVE STRESS

Julia Camargo de OLIVEIRA1; Maycon Luis BRAGLIN1; Christopher Braian SPINDOLA1;


Anderson MARTELLI2; Lucas Rissetti DELBIM3

RESUMO
Sabe-se que o exercício físico é um vetor de benefícios diretos e indiretos, uma vez que promove o
ajuste fisiológico orgânico e dinâmico e proporciona incremento nos indicadores e variáveis
associadas ao campo psicológico. Apesar desses benefícios, a ciência questiona se a intensidade
exagerada e/ou o volume desmedido de exercícios físicos, mesmo adequadamente prescritos,
seriam características potencialmente danosas no transcorrer dos anos. O presente estudo
apresenta comparações entre atividades físicas utilizando fontes bioenergéticas aeróbicas e
anaeróbicas visando identificar qual dos sistemas gera maior quantidade de radicais livres, tornando
assim, mais propenso a levar seu praticante ao estresse oxidativo. O exercício físico executado de
forma incorreta e não respeitando o critério da individualidade intensifica os processos metabólicos,
podendo predispor ao estresse oxidativo, fator este que sabidamente favorece o envelhecimento
precoce e outras alterações fisiológicas significativas. O acúmulo excessivo destas espécies instáveis
de oxigênio no organismo apresenta a capacidade de oxidar outras moléculas, causando diversos
danos aos sistemas corporal. Após a análise dos artigos conclui-se que o fator tempo (volumetria) de
exercício é mais determinante para o estresse oxidativo do que o fator intensidade. Desta forma as
atividades de alta intensidade e curta duração apresentam-se como uma alternativa positiva para
incremento e manutenção da saúde.
Palavras-chave: Sistemas bioenergéticos; Estresse oxidativo; Exercício físico.

ABSTRACT
It is known that physical exercise is a vector of direct and indirect benefits, since it promotes the
organic and dynamic physiological adjustment and provides an increase in the indicators and
variables associated with the psychological field. Despite these benefits, science questions whether
exaggerated intensity and / or uncontrolled volume of exercises would be potentially harmful as a
function of time. The present study presents comparisons between physical activities using aerobic
and anaerobic bioenergetics sources in order to identify which of the systems generates a greater
amount of free radicals, making it more likely to lead its practitioner to oxidative stress. The physical
exercise performed incorrectly and not respecting the criterion of individuality intensify the
metabolic processes, being able to predispose to oxidative stress, a factor that is known to favor
early aging and other significant physiological changes. The excessive accumulation of these unstable
oxygen species in the body has the ability to oxidize other molecules, causing various damages to
the body systems. After the analysis of the articles, it was concluded that the exercise time factor
(volumetry) is more determinant for oxidative stress than the intensity factor. In this way the
activities of high intensity and short duration are presented as a positive alternative for increase and
maintenance of health.
Keywords: Bioenergy systems; Oxidative stress; Physical exercise.

1
Graduação em Educação Física pela Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo - FMG, Município de Mogi
Guaçu - SP, Brasil.
2
Mestre em Ciências Biomédicas Uniararas; Docente do Curso de Educação Física da Faculdade Mogiana do
Estado de São Paulo - Município de Mogi Guaçu – SP, Brasil. E-mail: martellibio@hotmail.com
3
Mestre em Sustentabilidade e Qualidade de Vida – (UNIFAE). Docente do Curso de Educação Física da
Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo - Município de Mogi Guaçu – SP, Brasil. E-mail:
lucasdelbim@hotmail.com

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Introdução metabolismo energético predominante


talvez possa representar um valoroso
Sabe-se que o exercício físico é um ponto na prevenção do estresse oxidativo,
vetor de benefícios diretos e indiretos, definido como a formação de moléculas
uma vez que promove o ajuste fisiológico instáveis de oxigênio [O3] precursoras de
orgânico e dinâmico, além de danos teciduais. A análise destes
proporcionar incremento também em processos é fundamental para quem
outros indicadores e variáveis, como pretende construir inferências de forma
socialização e motivação (SHEPHARD, técnica e respaldada. Assim, o objetivo
1997). Um dos fatores observados em deste trabalho foi realizar uma revisão da
condições de exercício é o ajuste literatura especializada buscando
cardiovascular, mediado por incremento comparar e avaliar as consequências
funcional ventricular e demais estruturas oxidativas de práticas associadas a
associadas (MCARDLE et al., 2016). exercícios aeróbios contínuos e exercícios
Alguns estudos relatam que o anaeróbios intervalados, contribuindo
excesso de exercício físico pode causar com esclarecimentos sobre os sistemas
danos no organismo que vão desde micro bioenergéticos e sua relação com o
fraturas, lesões musculares e inflamações, estresse oxidativo.
até envelhecimento precoce, Alzheimer e
alguns tipos de câncer (REID, 2008). Procedimentos Metodológicos
Porém, a ciência ainda questiona se a
intensidade exagerada e/ou o volume Para a composição da presente
desmedido de exercícios seriam revisão foi realizado um levantamento
realmente características potencialmente bibliográfico nas bases de dados SCIELO,
danosas em função do tempo. Medline, Pubmed, Portal de Periódicos da
De acordo com Wells et al. (2009) Coordenação de Aperfeiçoamento de
e Wilmore et al. (2013), uma grande parte Pessoal de Nível Superior (CAPES) e
da população tem o conceito de que o bibliotecas institucionais de artigos
exercício aeróbio é relacionado à perda de científicos publicados até 2016, utilizando
peso e o anaeróbio ao ganho de massa como descritores isolados ou em
muscular. Porém, para que ocorram estas combinação: Sistemas bioenergéticos;
mudanças corporais existem uma série de Estresse oxidativo; Atividade física, assim
alterações no organismo mediadas e como, consultas de livros acadêmicos para
regidas por inúmeras substâncias e complementação das informações.
moléculas em decorrência dos próprios Para seleção do referencial teórico,
sistemas bioenergéticos e seus subdividiu-se a busca em três etapas,
desdobramentos (WILMORE et al., 2013). conforme descrito por Martelli (2013). A
Descrever e compreender as primeira foi caracterizada pela pesquisa
alterações proporcionadas pelo do material que compreendeu os meses

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de fevereiro/2017 a agosto de 2017 com a O metabolismo é a soma de


seleção de 52 trabalhos. A segunda etapa reações catabólicas e anabólicas ocorridas
incluiu: a leitura dos títulos e resumos dos no organismo, sendo fatores
trabalhos, visando uma maior influenciados e influenciadores do
aproximação e conhecimento com o exercício físico, pois se refere ao conjunto
tema. Após essa seleção, buscaram-se os de reações celulares durante a prática de
textos que se encontravam disponíveis na alguma atividade ou exercício físico
íntegra, totalizando 42 trabalhos, sendo (PEREIRA e SOUZA JR, 2010). As alterações
estes, inclusos na revisão. agudas no transcorrer do exercício
Como critérios de inclusão dos observadas em condições controladas
artigos, destaca-se a procedência da poderão representar fatores de estímulo
revista e indexação, estudos que às adaptações crônicas e desejáveis
apresentassem dados referentes à prática advindas dos exercícios sistematizados.
de exercícios físicos e o estresse oxidativo Para se calcular o gasto energético
publicados entre os anos de 1987 até o de uma pessoa, é necessário
mais atual 2016. Como critério de compreender o metabolismo de repouso
exclusão utilizou-se referência incompleta ou Taxa Metabólica Basal (TMB). TMB é o
e informações advindas de pesquisas com gasto energético relacionado ao estado de
desenhos metodológicos pouco definidos repouso e à massa corporal magra dos
e/ou amostras pouco representativas, já indivíduos. A TMB é correspondente aos
que essa pesquisa visa revisar os processos metabólicos realizados apenas
conhecimentos atualizados sobre o tema. para absorção de nutrientes e para os
Por se tratar de um trabalho de processos fisiológicos necessários durante
revisão, não se aplicam apontamentos o dia. Desta forma, a TMB figura como
éticos em relação à pesquisa com sujeitos uma variável altamente relacionada às
humanos ou animais. Não obstante, as características fisiológicas individuais e a
diretrizes e ditames associados à compleição física, uma vez que, altos
propriedade intelectual foram índices de massa muscular poderão
rigorosamente observados. apresentar níveis significativamente
superiores de consumo calórico mesmo
Metabolismo energético e exercício em condição de repouso (MCARDLE et al.,
2016).
Durante o exercício a demanda Quanto mais massa corporal,
energética sofre influências individuais maior será o índice de taxa metabólica,
atreladas à alguns fatores como: assim, a taxa metabólica de um homem é
compleição física, idade, etc., além do geralmente maior do que a de uma
grau de intensidade e volume das práticas mulher. Na figura 1, a taxa metabólica é
motoras (WELLS et al., 2009; WILMORE et comparada com a idade do indivíduo,
al., 2013). além de também relacionar a taxa

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metabólica e a massa corporal isenta de apresenta uma relação entre o


gordura, sendo observado o declínio da envelhecimento e a sarcopenia (perda de
taxa metabólica com o passar dos anos, ou massa muscular), pelo desbalanço
seja, quanto maior a idade, menor a taxa hormonal e tal fato pode-se associar ao
metabólica e menor o gasto energético declínio da taxa metabólica.
(MCARDLE et al., 2016). Leite et al. (2012),

Figura 1. Relação entre Taxa Metabólica e Idade Biológica. Extraído e modificado de


MCARDLE et al., 2016.

Antes da elucidação dos processos tecido muscular esquelético aumenta no


fisiológicos que o corpo sofre com o treino. De acordo com Denadai (1999)
treinamento, aponta-se que os efeitos do VO2max é a capacidade de captar,
treinamento se dividem em dois, sendo transportar e utilizar O2 durante a
eles agudos e crônicos. O primeiro contração muscular para processos
corresponde às alterações fisiológicas aeróbios. O Volume Máximo de O2
ocorridas no momento do treino e o (VO2max) está diretamente ligada ao
segundo diz respeito às alterações feitas efeito crônico do treinamento, partindo
pelo organismo com a soma dos do princípio que o corpo tentará se
treinamentos (WILMORE et al., 2013). adaptar ao aumento do VO2 no momento
A capacidade que o indivíduo tem do treino, fazendo com que aumente
de transportar o Oxigênio (O2), mais gradualmente sua capacidade de suprir,
conhecido como Volume de Oxigênio de forma mais rápida, a demanda de O2
(VO2), tende a aumentar com o nos tecidos (WILMORE et al., 2013).
treinamento, já que a demanda de O2 no

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15 25 35 45 55 65 75

Basquete (32)
Handebol (20)
Volei (28)
Tenistas (36)
Futebol Salão (38)
Futebolistas (1232)
Corredores (660)
Judô (17)
Triatletas (84)
Elite Maratonistas (194)
Ciclistas (44)

ml/kg/min

Figura 2. Valores de Referência do Consumo Máximo de Oxigênio – Medidas representativas


dos diferentes grupos masculinos (N=2385). Extraído e modificado de BARROS NETO et al.,
(2001).

Segundo Scott (2006), o gasto de de vezes que o coração realiza contração


O2 é necessário para restaurar o e relaxamento – sístole e diástole,
metabolismo energético após as respectivamente (WILMORE et al., 2013;
adaptações sofridas no exercício. Dessa MCARDLE et al., 2016). Esta variável tende
forma, o consumo excessivo de O2 Pós- a aumentar no momento do treinamento,
Exercício ou, Excess Post-Exercise Oxygen pois, a demanda de O2 e outros nutrientes
Consumption (EPOC), é responsável por utilizados pelo corpo na hora da prática,
restaurar algumas reservas energéticas aumentam. Dessa forma, o aumento da
após o exercício, recuperando a FC, intensificará o fluxo sanguíneo,
homeostase (SCOTT, 2006). Quanto maior suprindo as necessidades corporais por
a intensidade do exercício maior será nutrientes e oxigêncio (ALMEIDA e
também o gasto energético para ARAÚJO, 2003). Já a Pressão Arterial (PA),
recuperação do metabolismo, ou seja, obtida pela multiplicação do Débito
maior a magnitude do EPOC, assim como, Cardíaco pela Resistência Periférica Total,
o consumo de O2 (THORTON e refere-se a força realizada pelo ventrículo
POTTEIRGEIR, 2002). Foureaux et al. esquerdo para impulsionar o sangue
(2006) apresentam que o aumento do arterial pelo ramo aórtico (MCARDLE et
gasto calórico diário, o aumento da TMR e al., 2016). Para que PA aumente, o corpo
o aumento do EPOC, correspondem a terá de passar por processos de
diferentes maneiras que facilitam a adaptações ao longo dos treinamentos.
manutenção ou perda de peso. Como a FC, no momento do treinamento,
A Frequência Cardíaca (FC) aumentará, o coração se revestirá, com o
corresponde basicamente à quantidade tempo, de mais camadas de tecido

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muscular estriado cardíaco, fortalecendo- pela geração de adenosina trifosfato


o para que, no momento da sístole, o (ATP), um composto fosfagênio
volume sanguíneo bombeado em cada intramuscular de alta energia (WELLS et
pulsação seja maior. Quanto às al., 2009; WILMORE et al., 2013).Para
adaptações do corpo ao treinamento, geração dessa energia tem que ocorrer a
cronicamente, a FC tende a diminuir “quebra” do ATP, reduzindo-o então para
quando o indivíduo está em repouso, pois adenosina difosfato (ADP) e liberando
a PA estará suprindo a demanda do fluxo uma molécula de fosfato (Pi) (WELLS et al.,
sanguíneo tecidual (SCHER et al., 2008). 2009; WILMORE et al., 2013).
Pauli et al. (2009), relatam que o
exercício físico tem relação direta com o Exercícios aeróbios e anaeróbicos e suas
metabolismo, podendo interferir não particularidades
somente no balanço calórico, mas
também em todos os processos químicos O sistema aeróbio corresponde ao
ocorridos durante e após o mesmo, uso de O2 para a degradação de
podendo obter resultados tanto positivos carboidratos, gorduras e em alguns casos
quanto negativos, dependendo do grau de pode-se chegar também à degradação de
intensidade e volume do exercício. proteínas (CAPUTO et al., 2009). Utilizam
Diferentes exercícios necessitam o sistema oxidativo para geração de
de diferentes fontes energéticas, para energia, sendo este o último grau de
isso, os sistemas energéticos são divididos produção de energia (WILMORE et al.,
em aeróbio (sistema oxidativo) e 2013). Sabe-se que exercícios
anaeróbio (sistema Adenosina Trifosfato – considerados aeróbios têm a
Fosfocreatina e sistema glicolítico, característica de ser contínuos, ou seja,
dividido em lático e alático) (WILMORE et sem pausa para descanso, por este
al., 2013; MCARDLE et al., 2016). Desta motivo, seu volume tende a ser mais alto
forma os exercícios exigem diferentes do que sua intensidade (FARINATTI e
formas orgânicas de trabalho. A figura 2 ASSIS, 2000).
apresenta de forma comparativa a varável Para que um exercício seja
VO2máx em diferentes modalidades prolongado, a síntese de ATP deve ocorrer
esportivas. na mesma proporção que seu consumo,
suprindo, assim, a demanda energética do
É necessário frisar que os sistemas músculo esquelético. Quando o exercício
não são desativados ou excluídos em um tem como característica o volume muito
exercício específico, o que ocorre é a alto de tempo (acima de 90 minutos e
ressalta de um sistema frente a outro, abaixo de 90% do VO2max) o glicogênio
que, por sua vez, continuará a trabalhar de muscular será reduzido bruscamente,
forma sequencial (GASTIN, 2001). Os pela alta demanda calórica, com isso,
sistemas supra descritos são responsáveis

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costuma limitar-se pelo acúmulo de aeróbios tende a elevar a afetividade


metabólitos (CAPUTO et al., 2009). interpessoal de um modo positivo.
Alguns metabólitos são Além desses benefícios, Caputo et
conhecidos como Espécies Reativas de al. (2009) afirmam que o sistema aeróbio
Oxigênio (ERO), por causarem o aumento ajuda na recuperação do sistema
da reatividade para biomoléculas anaeróbio, ou seja, se o indivíduo tiver
(FISCHER, 1987). Ocorrem quando um uma boa capacidade aeróbia, se
átomo perde um elétron, tornando-o recuperará mais rapidamente nos
instável, logo, este se encontrará presente intervalos de sessões anaeróbias do que
e livre na corrente sanguínea causando um indivíduo que não a tem.
danos ao organismo, retratados à frente. Para geração de energia deste
Para Gastin (2001), no início de um sistema o organismo metaboliza 85% a
exercício de alta intensidade o sistema 90% do O2 consumido na mitocôndria, o
aeróbio é o que mais rapidamente restante (10% a 15%) são utilizados por
responde ao estímulo. Além disso, sabe-se variadas enzimas de oxidases, oxigenases
que, se pode obter melhorias na e ainda, em oxidação direta (SCHNEIDER e
performance de atletas de endurance, OLIVEIRA, 2004).
dependendo da intensidade do seu O aumento do consumo de O2
treinamento aeróbio (ORTIZ et al., 2003). resulta na formação de radicais livres (RL),
O rendimento do sistema aeróbio é sintetizados pela redução incompleta do
determinado por três variáveis principais: O2 (ROWLANDS e DOWNEY, 2000). Os RL
VO2 max, a resposta do lactato sanguíneo geram reatividade para biomoléculas e
ao exercício e a eficiência muscular, sendo são relacionadas à diferentes tipos de
esses, os melhores parâmetros que doenças que variam desde doenças
representam esta capacidade (LOWEN, inflamatórias, até alguns tipos de câncer.
2000). O aumento de RL presente no organismo
Dentre os benefícios desta prática desencadeará um desequilíbrio dos
destaca-se a resistência sistemas antioxidante e pro-oxidante,
cardiorrespiratória, além de benefícios onde o primeiro não suprirá o aumento de
fisiológicos e psicológicos. De acordo com RL, causando danos nas células e,
Lowen (2000), dentre os benefícios consequentemente, nos tecidos
fisiológicos tem-se o aumento da PA, com (SCHNEIDER e OLIVEIRA, 2004).
isso, a diminuição da FC em resposta Essa descompensação entre os
crônica ao exercício, o aumento do sistemas oxidantes e antioxidantes resulta
VO2max, aumento do número mitocondrial no Estresse Oxidativo (EO) (BARBOSA et
e da capacidade de oxidação de al., 2010). Souza et al., (2005) realizaram
carboidratos e Ácidos Graxos Livres (AGL). um teste que indicava o efeito da
Miranda e Souza (2009), afirmam que a atividade física intensa sobre o EO,
prática de exercícios considerados comparando os marcadores no repouso e

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na corrida em esteira rolante. O resultado (WILMORE et al., 2013; MCARDLE et al.,


mostrou aumento nos níveis plasmáticos 2016). Este processo é o mais simples e
de malondialdeído, um dos marcadores mais rápido para geração de energia,
do estresse oxidativo, principalmente ao porém ocorre apenas no começo do
atingir 23 minutos (aumento de 714%) e exercício de alta intensidade, tendo sua
26 minutos (aumento de 761%). Além duração em torno de 10 segundos, pois a
disso, o estudo mostrou que a capacidade demanda de energia é muito alta para
do plasma total sofreu uma redução do manter o estoque de PCr, logo, a
mesmo marcador de 52% aos 23 minutos regeneração de ATP não consegue manter
e 59% aos 26 minutos. Além desses seus níveis (WILMORE et al., 2013;
desequilíbrios causados pelos RLs, tem MCARDLE et al., 2016). O sistema
que se levar em consideração que os glicolítico consiste basicamente na quebra
mesmos danificam o tecido muscular de glicose, para geração de ATP. Esta
esquelético pelo estresse oxidativo, pode- glicose pode ser encontrada no tecido
se dizer então, que o risco de lesão em muscular esquelético e no fígado em
atividades aeróbias mais volumétricas forma de glicogênio (WILMORE et al.,
parece ser maior do que os danos gerados 2013).
por atividades de menor duração e Krustrup et al. (2001), diz que
intensidade superiores. exercícios de alta intensidade não
Quanto aos exercícios anaeróbios, alcançam estabilidade, pelo fato da
Wells et al. (2009) retratam que este demanda de ATP por contração ser muito
sistema é aquele que não necessita de O2 alta, assim, a fadiga ocorre rapidamente.
para gerar energia durante os exercícios. Este processo se divide em lático e alático,
Exercícios utilizando este sistema são no primeiro há presença de lactato, sal
conhecidos como intervalados, pela pausa constituído a partir da geração do ácido
entre séries, algo que proporciona uma pirúvico na degradação da glicose e o
recuperação energética parcial para uma segundo há presença de PCr (KRUSTRUP
nova etapa motora, o que dá margem et al., 2001).
para o aumento da intensidade prática. De acordo com Wells et al. (2009),
Para geração da energia, este sistema na glicólise sem a presença de O2, o ácido
utiliza dois diferentes tipos de fontes pirúvico é transformado em ácido lático, e
metabólicas, sendo elas ATP-fosfocreatina mais posteriormente, em lactato. O
(ATP-PCr) e glicolítica (lática e alática) lactato é um fator limitante no exercício,
(WELLS et al., 2009; WILMORE et al., pois, quando em altos níveis de
2013). concentração no tecido muscular
O ATP-PCr tem em sua composição esquelético, as fibras se encontram em
uma molécula de fosfocreatina (PCr), um estado ácido, o que dificulta a ligação
sendo esta utilizada na ressíntese do ATP, de cálcio nas fibras, fazendo com que a
doando uma molécula de Pi para o ADP contração muscular seja interferida e

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impede que o processo de glicólise modificações ocorridas no organismo pelo


aconteça. Este metabolismo consegue se exercício, com isso, a demanda energética
manter em uma duração entre 1 à 2 intracelular se eleva, de forma que
minutos em uma alta intensidade, sendo também potencializa a produção de RL,
limitado pela alta concentração de lactato, levando-o ao EO, apontando que o
como dito anteriormente (WILMORE et excesso de RL no organismo desencadeia
al., 2013). o EO, podendo causar sérios danos
No sistema glicolítico alático, não biológicos, como por exemplo, doenças
há presença de lactato, a energia se dá cardíacas, diabetes, cataratas dentre
através da PCr presente no músculo outras patologias (REGULSKI e TULLY,
(WILMORE et al., 2013; MCARDLE et al., 1995). A geração de RL no organismo se
2016). Dentre os benefícios desta prática dá com a produção de energia, fagocitose,
são citadas a melhora significativa da força regulação do crescimento celular,
muscular, do equilíbrio e da flexibilidade sinalização intracelular e síntese de
(EBBEN e LEIGHT, 2006). Com o aumento importantes substâncias biológicas
da força muscular, a possibilidade de (BARREIROS et al., 2006). Segundo
haver melhoria de variáveis que são Holmqvist et al. (1994), os RLs podem ser
dependentes dela, como, potência e produzidos em diferentes lugares da
velocidade, por exemplo, aumenta. Além célula, sendo eles o citoplasma,
destes benefícios tem-se de forma crônica mitocôndrias e membrana celular, além
o aumento da PA, com isso, a redução da disso, suas fontes podem ter influências
FC (SILVA et al., 2005). exógenas e endógenas. Telesi e Machado
(2008) e Koury e Donangelo (2003)
Estresse Oxidativo retratam que os RLs são formados
principalmente quando o corpo está
Para o entendimento entre o utilizando processos do metabolismo
exercício e o EO, é preciso retratar que a oxidativo, com isso pode-se dizer que as
prática de exercício físico causa alterações modalidades que utilizam o O2 como
na homeostase, com isso, o corpo terá de gerador de energia tendem a promover a
passar por vários processos para geração de espécies reativas. De acordo
estabilizar-se novamente. Quando o com Visioli et al. (2000), os RLs são
exercício é praticado em níveis muito altos divididos em grupos formados por O2
- esporte de competição ou quando (ERO) e por nitrogênio (ERN). Os EROs se
prescrito de modo incorreto, essas dividem em outros dois grupos, sendo eles
modificações podem ser ainda maiores radicalares e não-radicalares, os ERNs
(LIEW et al., 1997). Existem hipóteses que apresentam algumas espécies altamente
retratam que a relação entre geração de reativas, outras que são reativas apenas a
RL e o exercício físico está na tentativa dos um tecido específico e outras que são
sistemas bioenergéticos de suprir as pouco reativas (BARREIROS et al., 2006).

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Para Singh e Jialal (2006), os concentração de enzimas antioxidantes


principais fatores responsáveis por em relação aos que utilizam outras vias
danificar o endotélio celular se deve a metabólicas (exercícios anaeróbios).
presença de ERO e ERN, além de Exercícios que apresentam
relacionar o EO à diminuição da intensidade moderada (70% a 80% da FC),
performance, dano muscular, a fadiga e geram adaptações no organismo, com
ao excesso de treinamento. Quando a isso, os tecidos são capazes de obter uma
geração de RL supera os processos tolerância maior ao EO, diminuindo assim,
antioxidantes, permite o acúmulo de os danos causados por RL (TELESI e
metabólitos no organismo surgindo a MACHADO, 2008). Para Singh e Jialal
possibilidade de deterioração de (2006), apesar da prática de exercícios
compostos como proteínas, ácido aeróbios ajudarem a reforçar o sistema
desoxirribonucleico (DNA) e lipídeos antioxidante, esta exige maior volume de
(NATHAN e XIE, 1994). Cruzat et al. (2007) O2, com isso, se cria a controversa, pois
explicam que a prática de exercícios físicos este provoca aumento da produção de RL.
aumenta a produção de ERO no O sistema antioxidante é
organismo, com o acúmulo de ERO o risco classificado conforme suas ações, sendo
de lesões musculares e inflamações elas, medidas de prevenção, que tem
aumentam, porém, apesar de haver o como objetivo impedir a formação de RL,
risco de lesões, após o exercício inicia-se o os varredores, que impedem os danos que
processo de recuperação da homeostase, os RL causam nas células e medidas de
e nesta fase observa-se o aumento de reparo, que minimizam danos já causados
moléculas antioxidantes, o que gera maior por RL nas células (ALDERTON et al.,
resistência a novas lesões sendo retratado 2001). Além desta classificação, existe
como processo adaptativo. também uma classificação alternativa que
Ribeiro et al. (1993), apontam em indica a fonte antioxidante, estes são
seu estudo que pode haver benefícios divididos em enzimáticos e não
quando a oxidação de moléculas está em enzimáticos, a saber: - sistema de defesa
desequilíbrio temporário, alegando que enzimático encontra-se principalmente
essa instabilidade causa adaptações no enzimas como, Catalase (CAT) Superóxido
organismo, ou seja, apesar de o sistema Dismutase (SOD) e Glutamina Peroxidase
aeróbio gerar um elevado número de RL, (GPX) (SALERNO et al., 1995). Para que
estimula também sistemas antioxidantes ocorra a produção destas enzimas,
a se tornarem mais resistentes aos necessita-se da presença de minerais
processos oxidativos. Em outra como, Zinco (Zn), Cobre (Cu) e Selênio (Se)
investigação, Regulski e Tully (1995), (SALERNO et al., 1995). Cada um desses
descrevem que a prática de exercícios que micronutrientes tem seu papel no sistema
utilizam a via metabólica oxidativa antioxidante, por este motivo os quesitos
(exercícios aeróbios) geram maior nutricionais também estão associados ao

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EO (SALERNO et al., 1995). Em relação ao exercício favorece mais a formação do


sistema não-enzimático utilizam-se de referido metabólito, porém o cuidado
pequenas moléculas para a defesa do com o excesso da prática de exercícios
organismo podendo ser encontradas nos físicos, independentemente do tipo de
alimentos como a vitamina A, C e E, além exercício escolhido figura como
da Glutationa Reduzida (GSH) (REGULSKI e importante fator profilático ao transtorno
TULLY, 1995). foco da proposta.
Em relação ao aparato da
Considerações Finais literatura acerca do assunto observa-se
escassez documental, sugerindo uma
Sabe-se que o exercício físico, promissora e potencialmente valiosa linha
quando praticado de forma correta e de investigação para propostas futuras
sistemática pode representar um fator que favoreçam estudos de campo com
diferencial para a qualidade de vida dos metodologia bem delineada para a
indivíduos por proporcionar uma série de elucidação de áreas que remanescem
benefícios fisiológicos e psicológicos. obscuras.
Porém, o exercício físico prescrito de
forma errônea corrobora de forma Referências
negativa aos processos metabólicos,
podendo predispor o surgimento de ALDERTON, W.K.; COOPER, C.E.;
quadros como o estresse oxidativo. O KNOWLES, R.G. Nitric oxide synthases:
acúmulo excessivo das espécies instáveis structure, function and inhibition. Journal
de oxigênio no organismo apresenta a Biochemistry, v. 1, 2001.
capacidade de oxidar outras moléculas, ALMEIDA, M.B.; ARAÚJO, C.G.S.
causando danos que variam desde Efeitos do treinamento aeróbio sobre a
envelhecimento precoce, até alguns tipos frequência cardíaca. Revista Brasileira de
de câncer. É possível que exercícios Medicina do Esporte, v. 9, n. 2, 2003.
demasiadamente longos favoreçam o BARBOSA, K.B.F.; COSTA, N.M.B;
surgimento de espécies instáves de ALFENAS, R.C.G.; PAULA, S.O.; MINIM,
oxigênico, predisponto o estresse V.P.R.; BRESSAN, J. Estresse oxidativo:
oxidativo. Desta forma, observa-se que, conceito, implicações e fatores
provavelmente as práticas aeróbias de modulatórios. Revista de Nutrição, 4ª
baixa intensidade e longa duração sejam edição, jul/ago, Campinas, 2010.
parcialmente contraindicadas quando BARREIROS, A.L.B.S.; DAVID, J.M.;
comparadas às práticas com níveis de DAVID, J.P. Estresse oxidativo: relação
intensidade mais significativos e entre geração de espécies reativas e
consequentemente com necessidade de defesa do organismo. Química Nova, v. 29,
tempo de prática menor. Porém ainda não n. 1, 2006.
há consenso em relação a qual tipo de

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