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A Ozonioterapia vem ganhando destaque dentro do cenário médico internacional e já

demonstra vertentes de tratamento interessantes no Brasil, pela sua versatilidade na


abordagem dermatológica ela acabou ganhando desfechos dentro da prática estética com
resultados promissores.

Poderíamos citar como benefícios da integração da técnica dentro do atendimento


estético pelos seguinte motivos:

“A Ozonioterapia é uma proposta de tratamento que visa reequilibrar as funções de trabalho


ideal do organismo”

“Terapêutica de Baixo Custo com grande possibilidade de interação com outros recursos da
estética”

“Muito mais que um simples ativo, sua versatilidade se dá pela concentração utilizada e via de
administração escolhida”

“Baixo índice de intercorrências”

“Otimizador de recursos eletroterápicos, cosméticos e manuais”

“Trata uma grande variedade de disfunções estéticas”

“Abre portas para pensar na estética holística”

Mas antes de começar a aplicação técnica deste recurso é importante saber da sua
evolução histórica até as abordagens modernas, e a Associação Brasileira de Ozonioterapia
organiza o seguinte relato histórico:

 1840: O gás ozônio foi descoberto pelo alemão Dr. Christian Friedrich Schoenbein, que
observou um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma descarga
elétrica, inclusive seu nome veio desta abservação, ele o chamou de “ozein”, que em
grego significa “aquilo que cheira”;
 1857: O físico Dr. Werner Von Siemes desenvolveu o Gerador de Alta Frequência, um
aparelho que gerava gás ozônio a partir de descargas elétricas;
 1896: Nicola Tesla patenteou seu primeiro gerador de ozônio e criou a Tesla Ozone Co.
Comercializava máquinas e óleo ozonizado. Este uso ativo da ozonioterapia antecede a
criação de FDA em 1906;
 1914-1918: Durante a primeira guerra mundial, médicos alemães e ingleses usavam o
ozônio para o tratamento de feridas nos soldados, e registraram este relato revista
The Lancet, nos anos de 1916 e 1917. Desde o século XIX, a ozonioterapia médica era
usada na Alemanha para combater a ação de bactérias e germes na pele humana.
 1916: Publicado na revista THE LANCET, nos anos 1916 e 1917;
 1935: Erwin Payr, importante cirurgião austríaco,experienciou o tratamento com
ozônio por seu dentista, E. A Fisch. Apresentou uma publicação de 290 páginas
intitulada "O tratamento com ozônio na cirurgia";
 1950: Edward Fisch primeiro odontólogo a usar a prática em 1950 (FERREIRA et al.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.34, n.1, p. 36-38, Janeiro/Junho, 2013);
 1975: No Brasil o médico Heinz Konrad iniciou a prática em sua clínica em São Paulo,
aonde trabalha até hoje, Em meados dos anos 90, Dr. Edison de Cezar Philippi
introduziu a prática em Santa Catarina e a difundiu em inúmeros cursos e congressos;
 1979: Hans H. Wolff, publicou seu livro "O Ozônio Medicinal" onde apresenta sua
pesquisa e prática;
 Fundou a Sociedade Médica Alemã de Ozônio (Sociedade Médica para Aplicação
Preventiva e Terapêutica do Ozônio);
 2018: Ministério da Saúde reconhece a ozonioterapia no Brasil pela portaria no. 702
em 21 de março de 2018 como uma prática integrativa e complementa.

A Ozonioterapia no mundo:

Alemanha é responsável por mais de sete milhões de procedimentos anuais, sendo


que os seguros-saúde do país já cobrem a sua utilização desde a década de 1980!

Na Ucrânia, a prática também conta com o aval do Ministério da Saúde, assim como
na Rússia, que a utiliza em praticamente todos os hospitais do governo.

A Itália é um belo exemplo de como este reconhecimento governamental é capaz de


trazer resultados positivos para toda a população! Lá, as taxas de recuperação de tratamentos
para lombalgias e hérnias de disco variam entre 60% e 95%, evitando procedimentos cirúrgicos
mais caros e complexos.

Nos hospitais públicos da Espanha, a técnica está sendo implantada gradativamente


no auxílio de pacientes com câncer.

Em pouco mais de vinte anos, o Centro de Investigaciones del Ozono, na capital


Cubana, tem realizado uma série de estudos e publicações, em que o método é amplamente
testado e relatado nos quase quarenta Centros Médicos Clínicos de Ozonioterapia cubanos.

Ainda é possível citar Suíça, Grécia, Israel, Áustria, Austrália e Egito como países em
que os procedimentos com o Ozônio Medicinal são reconhecidos pelos Sistemas de Saúde.
Como se não bastasse, nos Estados Unidos já existe o reconhecimento em 13 estados.

Ozonioterapia nas práticas integrativas no Brasil:

Em 21 de março de 2018 o Ministério da Saúde publica a portaria no. 702,


considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza o reconhecimento e incorporação
das Medicinas Tradicionais e Complementares nos sistemas nacionais de saúde, denominadas pelo
Ministério da Saúde do Brasil como Práticas Integrativas e Complementares.

Nas quais no Art. 1º ficam incluídas, na Política Nacional de Práticas Integrativas e


Complementares - PNPIC, as seguintes práticas:
 aromaterapia, apiterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia,
hipnoterapia, imposição de mãos, medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde,
ozonioterapia, terapia de florais e termalismo social/crenoterapiaapresentadas

Segundo a descrição da portaria a ozonioterapia é pratica integrativa e complementar de baixo


custo, segurança comprovada e reconhecida, que utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio
e ozônio, por diversas vias de administração, com finalidade terapêutica, já utilizada em vários países
como Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, Rússia, Cuba, China, entre outros, há décadas.

Há algum tempo, o potencial terapêutico do ozônio ganhou muita atenção através da sua forte
capacidade de induzir o estresse oxidativo controlado e moderado quando administrado em doses
terapêuticas precisas. A molécula de ozônio é molécula biológica, presente na natureza e produzida pelo
organismo sendo que o ozônio medicinal (sempre uma mistura de ozônio e oxigênio), nos seus diversos
mecanismos de ação, representa um estimulo que contribui para a melhora de diversas doenças, uma
vez que pode ajudar a recuperar de forma natural a capacidade funcional do organismo humano e
animal.

Alguns setores de saúde adotam regularmente esta prática em seus protocolos de atendimento,
como a odontologia, a neurologia e a oncologia, dentre outras especialidades.

Produção de Ozônio Medicinal:

O ozônio é um gás altamente instável, portanto ele deve ser produzido no momento
da sua utilização a partir do oxigênio, que é um gás estável e fácil de trabalhar.

Para isso é necessário um equipamento para a produção, sendo a forma mais utilizada
pelos geradores médicos na produção do ozônio é pela descarga corona. Onde ocorre uma
descarga elétrica pela diferença de potencial de dois eletrodos em um fluxo gasoso de oxigênio
medicinal. O campo elétrico fornece energia suficiente aos elétrons para que ocorra o
rompimento das duplas ligações da molécula de oxigênio (O2), gerando dois átomos isolados.
Esses átomos de oxigênio reagem com outra molécula de O2 formando o O3 (LAPOLLI et al.,
2003).

Figura 1: Esquema do gerador de ozônio medicinal


O que seria o Ozônio?

O ozônio é uma molécula gasosa natural feita de três átomos de oxigênio, todavia
existem condições especiais para sua formação, como a incidência de radiações e campos
eletromagnéticos.

A ideia de usar o ozônio na medicina foi desenvolvida vagarosamente durante o último


século e seu uso foi estimulado devido às suas propriedades desinfetantes e antibióticas, alias
o que fazia dele um recurso fundamental em uma época sem antibióticos e antivirais, como no
tratamento dos feridos da primeira guerra mundial.

Entre os agentes oxidantes, o ozônio é o terceiro mais forte, após o flúor e o


persulfato, fato esse que explica sua alta reatividade e também instabilidade.

Em condições normais ele é preferencialmente encontrado na estratosfera, a


aproximadamente 22 km da superfície terrestre, há uma camada de ozônio que pode chegar à
máxima concentração de 10 ppm, que equivale a 0,02 micrograma/mL (Totolici, 2017)

A manutenção dessa camada é muito importante, devido à sua capacidade de


absorver a maior parte dos raios ultravioletas pelas suas bandas B e C. Quando há falha nessa
absorção, a incidência das radiações pode atingir a superfície da terra, portanto, entrar em
contato com o organismo humano, estas radiações ionizantes podem desencadear
problemáticas como alterações da idade da pele e carcinogênese (Barreira, 2015).

Em grandes cidades, o ozônio, misturado com outros componentes tóxicos e acrescido


da ação solar e do oxigênio do ar, torna-se tóxico para os pulmões, em particular a mucosa
pulmonar, os olhos, o nariz e a pele (Devlin et al., 1991; Aris et al., 1993; Broeckaert et al.,
1999).

Isso leva ao conceito errado que se tem de que o ozônio é um gás tóxico, mas no local
certo e na dose certa ele possui uma ação medicamentosa muito boa. O corpo humano,
mediante a ativação de leucócitos, pode produzir ozônio, que vai ser importante em situações
normais e patológicas (Babior et al., 2003; Nieva e Wentworth, 2004).

A ozonioterapia não se baseia em um conceito homeopático, onde qualquer traço será


ativado, mas sim em uma base farmacológica firme, a de que o ozônio significa e age como
uma droga real, e como tal deve ser quantitativamente concisa (Bocci et al., 2005).

A Declaração de Madri, aprovada em 2010, reforça este entendimento nas quais


define que as indicações terapêuticas para o uso do ozônio estão fundamentadas no
conhecimento que baixas concentrações de ozônio podem desempenhar funções importantes
dentro da célula.

Tem-se demonstrado a nível molecular diferentes mecanismos de ação, que suportam


as evidências clínicas desta terapia. Existem concentrações placebo, terapêuticas e tóxicas.
Tem-se demonstrado que concentrações de 10 ou 5 µ/ml ou ainda doses mais pequenas
exercem efeitos terapêuticos com uma ampla margem de segurança, por isso atualmente se
aceita concentrações terapêuticas que variam dos 5-60 µ g/ml.
Para esta escala de doses incluímos tanto técnicas de aplicação local como sistémica.
Devemos realçar que cada via de aplicação tem doses mínimas e máximas; assim como
concentrações e volumes a administrar.

As doses terapêuticas são divididas em três tipos segundo o seu mecanismo de ação:

a) Dose baixa: estas doses têm um efeito imunomodulador e utilizam-se nas doenças
onde há suspeitas de comprometimento do sistema imunológico.

b) Dose média: são imunomoduladoras e estimuladoras do sistema enzimático de


defesa antioxidante e de grande utilidade nas doenças crónico-degenerativas tais
como diabetes, arteriosclerose, doença de Parkinson, Alzheimer e demência senil.

c) Doses altas: se utilizam especialmente em úlceras ou feridas infectadas. Também


para ozonizar azeite e água.

Princípios básicos em Ozonioterapia:

Os três princípios básicos que se deve ter em conta antes de iniciar qualquer
procedimento com ozônio terapêutico, são os seguintes:

a) Primum non nocere: em primeiro lugar não fazer mal.

b) Escalonar a dose: em geral, começar sempre com doses baixas e ir subindo


lentamente, exceto em úlceras ou feridas infectadas, nestas proceder-se-á de forma inversa
(começar com altas concentrações e ir diminuindo em função da melhoria clínica).

c) Aplicar a concentração necessária: maiores concentrações de ozônio não são


necessariamente melhores, de igual forma como ocorre em medicina com todos os fármacos.

Se você não conhece o balanço redox (antioxidantes/pro-oxidantes) e o paciente


encontra-se em stress oxidativo, uma dose inicial média ou alta, você pode lesar os
mecanismos antioxidantes celulares e agravar o quadro clínico. É preferível começar com
doses baixas e subi-las lentamente segundo a resposta do paciente.

Por isso é fundamental entender qual seria o ajuste de concentração e a via de


administração preferencial para se alcançar os resultados terapêuticos do tratamento.

A Terapêutica com Ozônio:

A terapêutica com o ozônio se dá pelo enriquecimento de veículos, como a água ou


óleos, ou mesmo pela sua resposta nos mecanismos fisiológicos, de maneira direta, já agindo
de imediato na região, como na descontaminação de feridas, ou indireta, ativando
sinalizadores de processos fisiológicos.

Quando se pensa na entrega sistêmica direta a mistura entre oxigênio e ozônio é que
vai desencadear os processos terapêuticos. Ambos os gases se dissolvem na água do plasma,
observa-se que enquanto o oxigênio prontamente se equilibra, o ozônio não pode se equilibrar
porque ele reage com biomoléculas (PUFA, antioxidantes) presentes no plasma.

O rendimento da reação entre peróxido de hidrogênio (entre outras possibilidades, os


ROS, espécies reativas de oxigênio) e produtos de peroxidação lipídica (LOP) leva a um súbito
aumento da concentração de peróxido de hidrogênio, gerando um gradiente que acarreta sua
rápida transferência para dentro das células, onde em poucos segundos serão ativados vários
processos bioquímicos e simultaneamente sofrerá redução para água pelo eficiente sistema
antioxidante intracelular (GSH, catalase, GSH-Px).

Essa etapa crítica corresponde a um estresse oxidativo controlado, agudo e transitório,


necessário para ativação biológica, sem toxicidade concomitante, provando que a dose de
ozônio é compatível com a capacidade antioxidante do sangue (Mendiratta et al., 1998 a, b).

Enquanto as ROS são responsáveis pelos efeitos biológicos imediatos, os LOPs são
importantes por seu efeito tardio. Os LOPs podem chegar a qualquer órgão após se ligarem ao
receptor, suscitando a adaptação para repetidos estresses oxidativos agudos. Os LOPs ativarão
a regulação das enzimas antioxidantes e, provavelmente, a liberação de célula-tronco (Bocci et
al., 2005).

Figura 2: Sangue ozonizado e interação de da geração de LOP com diversos órgãos


(Bocci, 2005)

Por isso se faz tão fundamental o entendimento de qual via de administração utilizar
para atingir as propostas terapêuticas e como as combinar dentro de um protocolo clínico
focando a otimização de resultados, uma vez que se entende que dependendo da região de
entrega se espera uma resposta fisiológica diferente do ozônio.
Figura 3: Efeitos do ozônio mediante suas reações com moléculas mediadoras. A. Em
locais específicos do organismo. B. Por meio de seus subprodutos (De Bocci, 2006).

Poderíamos subdividir as respostas fisiológicas da ozonioterapia nas seguintes classes:

 Regulação do sistema antioxidante


 Melhora do metabolismo do oxigênio
 Modulação do sistema imunológico
 Função amplo espectro bactericida, viricida e fungicida
 Regulação do metabolismo
 Intervenção na liberação de autacoides

Regulação do sistema antioxidante:

A otimização dos sistemas oxidantes e antioxidantes do organismo é um dos efeitos


biológicos fundamentais da interação sistêmica da ozonioterapia, que se realiza por meio da
influência nas membranas celulares e consiste na normalização do balanço dos níveis de
produtos da peroxidação lipídica e o sistema de defesa antioxidante.

Desta forma é fundamental avaliar previamente a condição clínica do paciente para


não induzir um estresse fisiológico acima da capacidade de normalização do sistema, para isso
sempre seguir a proposta de iniciar a terapêutica com menor dosagem e ir subindo até a
dosagem ideal e balanço redox fisiológico.
Como resposta imediata à aplicação do ozônio nos tecidos e órgãos, se produz um
aumento compensador sobre toda a atividade das enzimas antioxidantes, como a superóxido
dismutase, a catalase e a glutationa peroxidase, amplamente representadas nos músculos
cardíacos, fígado, eritrócitos e outros órgãos, justificando a observação de melhora clínica
rápida em pacientes submetidos à metodologia (Barreira, 2005)

A restauração do sistema antioxidante é um processo complexo e requer a ativação


das reações metabólicas, que permite o acúmulo de NADH e NADPH do ciclo de Krebs e da via
da pentose fosfato, que são doadores de prótons para a redução dos componentes oxidativos
do sistema antioxidante (glutationa, vitamina E, acido ascórbico e outros) (Barreira, 2005)

É importante ressaltar que durante o tratamento com ozônio é necessário suspender


todos os suplementos de antioxidantes que contém vitamina C e vitamina E. A presença destes
compostos em concentrações elevadas interfere com a ação do ozônio como agente oxidante,
e, portanto, intervindo no bom curso normal da terapia. É importante comunicar ao paciente
que não deve ingerir quantidades excessivas de alimentos que contenham estas vitaminas.
Desta forma, as vitaminas e antioxidantes devem ser administrados antes ou depois da
ozonioterapia, mas nunca durante o tratamento.

A ozonioterapia está muito vinculada ao conceito de equilíbrio oxidação-redução


(ambiente redox) devido ao fato de, como parte de seu mecanismo de ação, gerar um efeito
antioxidante indiretamente, pois na verdade ela é um tratamento oxidativo, empregado em
enfermidades que intervêm no processo de estresse oxidativo. Ademais, o mecanismo geral
pelo qual atua a ozonioterapia sistêmica é a produção de um pequeno e controlado estresse
oxidativo, que vai promover a ativação do nosso sistema de defesa e antioxidante.

A abordagem do tratamento intenciona uma repetição sistêmica desse estímulo induz


no organismo diversas respostas terapêuticas. A ozonioterapia está, portanto, estreitamente
ligada ao processo biológico conhecido como estresse oxidativo, a ideia é tentar regularizar as
funções fisiológicas normais, trabalhando de forma otimizada (Martinez-Sanchez e Re, 2011).

A reatividade química do ozônio gera subprodutos, que desenvolvem atividade local e


sistêmica, dentre os principais produtos que se originam na ozonização de lipídios e proteínas
podemos destacar:

 ozonídeos de Criegee
 hidróxi-hidroperóxidos
 peróxido de hidrogênio
 aldeídos

Como são elementos radicalares, o organismo desenvolveu defesas para sua


neutralização, os ozonídeos de Criegee são catabolizados pela enzima GST (glutationa S
transferase), que usa a glutationa (GSH) como agente redutor para gerar aldeídos e glutationa
oxidada (GSSH). Os aldeídos são metabolizados pela enzima aldeído desidrogenase (ALDH),
utilizando como cofator o dinucleotídeo oxidado da nicotinamida adenina (D+). Dentre os
fatores ativados observa-se que a ozonioterapia leva ao estímulo significativo da enzima GSH.
Também se observa que decorrente desta reatividade o ozônio é capaz de induzir a
liberação de espécies reativas do oxigênio, que quando em concentrações controladas
estimularão a produção de antioxidantes, regularizando a liberação dos eicosanoides, que são
elementos importantes no processo inflamatório.

Sabe-se que o ozônio reage imediatamente com determinado número de moléculas


presentes dos fluidos biológicos, chamadas de antioxidantes, proteínas e carboidratos (mais
especificamente os ácidos graxos poliinsaturados) (BOCCI, 1996).

Para o melhor conhecimento da ação do ozônio sobre os fluidos celulares e fluidos


corpóreos é importante lembrar que a respiração celular está baseada na presença do
oxigênio, como consequência do processo metabólico existe a liberação de espécies reativas
do oxigênio (ERO).

São consideradas espécies reativas do oxigênio o ânion superóxido (O2- ), peróxido de


hidrogênio (H2O2), o radical hidroxila (OH-), o oxigênio singleto (1 O2) entre outras.

As EROs podem atacar e lesionar várias moléculas biologicamente importantes como


proteínas, ácido desoxirribonucléico (DNA) e membranas, induzindo a várias doenças crônicas,
câncer e o envelhecimento. O radical hidroxila é um dos componentes mais destrutivos
(BOCCI, 1996).

Alguns autores descreveram a aplicação controlada do ozônio como um pré-


condicionamento oxidativo que previne o dano hepatocelular mediado por radicais livres. A
terapia com ozônio demonstrou preservar a integridade do fígado induzindo enzimas ou
ativando caminhos para manter o equilíbrio redox.

A dose neste caso utilizada para ratos foi de 1mg/kg e sugerida em humanos
0,25mg/kg. Um alto índice da enzima superóxido desmutase e glutationa, baixo índice de
peroxidação e homeostase normal do Ca2+ indicam o sucesso do tratamento (LEÓN et al.,
1998).

Concentrações elevadas de ozônio produzem efeito agravante nos processos de


peroxidação lipídica na membrana celular das mesmas células fagocíticas, com o acúmulo de
produtos tóxicos de peroxidação lipídica (malon dealdeído e bases Shiff), que inibem a síntese
de citocinas e eliminam a ativação de Linfócitos T auxiliares, visando a regulação da geração de
imunoglobulinas pelos linfócitos B, portanto promovendo um efeito imunodepressor. Este
efeito é utilizado no tratamento de pacientes com patologia auto-imune (doença reumatóide,
esclerose disseminada, esclerodermia) sem a administração de tratamento medicamentoso.

A ação do ozônio, portanto, implica em dois tipos de processos:

• Reação inicial com ozônio: quando o oxigênio é reduzido de forma univalente,


deixando um elétron livre em sua órbita externa, o que promove a produção das espécies
reativas do oxigênio (ERO), que algumas vezes constituem os radicais livres, que desencadeiam
as reações bioquímicas no sangue (BOCCI, 1996).
• Peroxidação lipídica: É o processo pelo qual as EROs agridem os ácidos graxos
poliinsaturados, desintegrando as membranas celulares promovendo a perda da
permeabilidade. A peroxidação lipídica também gera EROs, mais especificamente o peróxido
de hidrogênio (H2O2) e uma variedade de aldeídos conhecidos como produtos da peroxidação
lipídica, tais como malondialdeído, 4-hidroxinonenal e isoprostanos que são inclusive utilizados
para avaliação do estado de estresse oxidativo de um organismo (LIMA e ABDALLA, 2001;
NAOUM, 2001).

Al-Dalain et al. (2001) constataram que o uso do ozônio como agente terapêutico,
reduziu os danos provocados pelas espécies reativas do oxigênio, refutando o pensamento que
o sistema de oxidação controlado estimula a defesa antioxidante do organismo, também se
observou que o uso em doses baixas promove controle da diabetes e seus agravos clínicos,
como por exemplo, o pé diabético.

O nosso sistema de neutralização radicalar é mediato por agentes enzimáticos, que são
o foco da ativação da terapêutica, destacando a superóxido dismutase (SOD), glutationa
peroxidase/ redutase, glutaredoxina, tioredoxina e catalase. Já os sistemas não enzimáticos
são compostos por algumas vitaminas lipossolúveis, hidrossolúveis, e os oligoelementos. A
concentração destes elementos no organismo varia individualmente de acordo com sexo,
idade, dieta, época do ano e metabolismo (BOCCI, 2005).

A produção de sinalizadores radicalares, principalmente na liberação do H2O2,


garantem as propriedades terapêuticas do ozônio. O peróxido de hidrogênio quando em
contato com o sangue rapidamente passa para o interior dos eritrócitos, leucócitos e
plaquetas, onde sofre ação dos antioxidantes endógeno, o produto da neutralização é a água.
Por passar para o interior das células, e desencadear reações bioquímicas, torna-se o principal
mensageiro que ativará a todo o processo (BOCCI et al., 2005).

Com o tempo os antioxidantes que já sofreram a oxidação retornam a sua forma


reduzida com o auxílio da NADPH (fosfato de dinucleótido de nicotinamida e adenina). Um
exemplo é o que ocorre com a glutationa redutase (GSH-Rd) que utiliza a NADPH para retornar
a sua fase de glutationa oxidada (GSSH) para a original (GSH), esse mecanismo seria como uma
reciclagem das enzimas antioxidantes, que estavam sem capacidade de neutralizar radicais
livre e resgatam seu potencial anti-radicalar.

O NADP utilizado torna-se oxidado e é reduzido pelo ciclo da pentose fosfato, onde a
glicose 6-fosfato desidrogenase é a enzima chave. Com isso há um aumento da glicólise com
aumento dos níveis de ATP.

Os eritrócitos que estiverem em contato com o ozônio, em um curto período de


tempo, tornam-se capazes de aumentar a distribuição de oxigênio. Isso se dá pelo aumento da
2,3 difosfoglicerato (2,3 DPG) que atua na glicólise anaeróbica, responsável pela dissociação da
oxihemoglobina, que promove um aumento da oxigenação tecidual, ou seja, o processo de
liberação de oxigênio do eritrócito para o tecido fica facilitado, favorecendo o metabolismo
celular.
Como consequência há um aumento da adenosina trifosfato (ATP) também
responsável por estabilizar o potencial de membrana celular, justificando o aumento do
metabolismo celular (BOCCI, 2005).

Nos linfócitos o H2O2 ativa a tirosina quinase que desprende a IκB, fator de inibição que
não permite a ativação da NFκB. Esta é um fator de transcrição, que quando ativada permite a
migração para o núcleo resultando na síntese de proteínas. Pode estar envolvida na produção
de enzimas, como óxido nítrico sintetase e ciclooxigenase-2, superóxido dismutase,
interleucinas, fator de necrose tumoral (TNF), moléculas de superfície-1 de adesão de célula
intracelular e Eselectina. Nas plaquetas estimula a liberação de fatores de crescimento e nas
células endoteliais aumenta a produção de óxido nítrico (BOCCI, 2005).

Esse é um dos fatores importante na justificativa da terapêutica cutânea com


alterações no processo de circulação local ou estase tissular, como no caso da
hidrolipodistrofia ginoide (HLDG), popularmente chamada de “celulite”.

Segundo Zamora et al. (2005) o uso do ozônio, como uma adaptação a liberação de
radicais livres, pode diminuir a liberação sérica do TNF-α. No modelo experimental de choque
séptico induzido em ratos, com a aplicação pela via intraperitonial, autores indicaram aumento
da atividade dos antioxidantes por meio da estimulação hepática, mantém a IκB inibindo a NF-
κB, desta forma não ocorre liberação de citocinas e enzimas como o TNF-α e GSH-Px, que
estão envolvidas na indução e desenvolvimento do choque séptico.

As espécies reativas do oxigênio também irão resultar na liberação de citocinas, termo


genérico para designar as moléculas envolvidas na emissão de sinais entre células durante a
resposta imune. Estão entre elas os interferons (IFN-α, IFN-β e IFN-γ), moléculas importantes
na limitação da infecção viral. Produzidos na fase inicial da infecção constituem a primeira
linha de resistência a muitas doenças virais. As interleucinas (IL-2, IL-6; IL-8) produzidas
principalmente por células T, mas também sintetizadas por macrófagos e células teciduais,
atuam em células que possuem receptores específicos para cada uma delas, promovendo
entre suas funções: ativação, proliferação, diferenciação e migração celular. Lembrando que
durante essa ativação a liberação da interleucina 10 e TGF-β1 coordena esta ação não
permitindo que seja exagerada (BOCCI et al., 2005).

Existem vários protocolos dentro das escolas modernas de ozonioterapia que tomam
como base essa informação para justificar a indicação na abordagem de distúrbios virais,
dentro da prática clínica estética a manifestação herpética é um dos distúrbios virais comuns
de acontecerem, em pacientes que já tem histórico da problemática a abordagem de
ozonioterapia pode ser indicada até mesmo na profilaxia para condução de técnicas de perfil
inflamatório, como peeling ou microagulhamento, ou na terapêutica de tratamento em caso
de manifestação.

Martinéz-Sanchez et al. (2005) descreveram que a adaptação ao estresse oxidativo


induzida através da aplicação do ozônio via insuflação retal, na diabetes tipo dois,
repetidamente em doses não tóxicas aparece controlando a curva glicêmica, normalizando a
liberação de peróxidos e ativando a superóxido desmutase.
A diminuição do açúcar livre faz com que o organismo esteja menos sujeito aos
processos de glicação não enzimática mediada pela glicose livre. Com foco na prática estética
isso favoreceria os resultados de bioestimulação em pacientes com histórico hiperglicêmicos e
nas propostas estéticas correlacionadas com o emagrecimento e redução de gordura
localizada.

Ozônio atua preservando e induzindo a concentração dos antioxidantes endógenos e


bloqueando a xantina oxidase (enzima que produz ácido úrico), caminho para geração de
espécies reativas do oxigênio. O ozônio também pode apresentar um efeito benéfico na
circulação sanguínea aumentando a concentração de eritrócitos, taxa de hemoglobina,
diapedese e fagocitose e age estimulando o sistema reticulo-histiócitos. Esses efeitos são mais
visíveis em pequenos vasos e capilares (AGRILLO et. al., 2006).

A otimização do funcionamento da rede capilar indica potencial favorável para


disfunções estéticas congestivas, como a HLDG ou de baixo suporte nutricional e oxigenativo,
como em alguns casos de alopecia.

Inflamações crônicas típicas virais, doenças auto-imunes, diabetes, arterosclerose e


câncer liberam excessivamente espécies reativas do oxigênio que podem acelerar o
desenvolvimento destas doenças. Hoje já se sabe que estes mediadores inflamatórios também
são aumentados no caso de estresse, alimentação irregular e hábitos como o fumo.

Por este motivo, a indução do estresse oxidativo com duração por dois a três minutos,
e utilizando concentrações “fisiológicas”, não pode ser equacionada como um estresse
patológico (BOCCI, 2007).

Chen et al. (2008) observaram a supressão pelo ozônio da liberação da endotelina-1


após a reperfusão do rim após transplante. Acreditam que o mediador que induz a liberação
dos antioxidantes neste caso é o óxido nítrico. Em pacientes que receberam transplante de
fígado que foram submetidos ao pré-condicionamento oxidativo, determinou-se uma maior
capacidade de proteção ao órgão contra dano isquêmico.

No quadro de hipercromia cutânea também se observa a endotelina como importante


sinalizador para início do processo de melanogênese, mais estudos são necessários para
entender sua real aplicabilidade clínica nos tratamentos clareadores, mas mostra-se uma
interessante proposta coadjuvante no processo de clareamento tissular, até mesmo pelo fato
de diminuir a inflamação sistêmica, que intensifica o processo de melanogênese e diminui o
resultado dos tratamentos clareadores.

O ozônio também reduziu a expressão da p65, diminuiu a produção do TNF-α e


promoveu uma redução da imunoreatividade da proteína HSP-70. O que significa que
preservou o equilíbrio redox, a função mitocondrial e os pools de glutationa, bem como a
regulação do NFκB e HSP-70 (LEÓN-HERNANDEZ et al., 2008).

O ozônio pode aumentar o nível da proteína Nrf2, que promove as enzimas


antioxidantes e desintoxicantes da fase II da metabolização enzimática de drogas, sendo
sugerido que o ozônio pode ser uma ferramenta útil para complementar e integrar a terapia
farmacológica de controle do estresse oxidativo, presente em inúmeras enfermidades e
distúrbios estéticos. (Martinez-Sanchez, 2014)

Melhora no Metabolismo do Oxigênio:

O uso do ozônio levando a uma reação de peroxidação sobre os fosfolipídios de


membrana determinará um aumento da carga elétrica negativa na membrana eritrocitária,
evitando um empilhamento ou roleaux, o que torna os eritrócitos mais deformáveis,
aumentando assim sua flexibilidade (Barreira, 2015).

Como já vimos o 2,3-DPG exerce um papel importante na funcionalidade dos


eritrócitos, pois a afinidade da hemoglobina pelo O2 depende do 2,3-DPG. Este, de fato,
adentra o centro da estrutura quaternária da hemoglobina, liberando quatro moléculas de O2 .
O aumento da velocidade da glicólise no eritrócito é acompanhado de um significativo
aumento no intercâmbio de íons sódio e potássio, os quais são responsáveis por manter o
potencial elétrico de membrana. A normalização da troca de íons pelo ozônio e seus produtos
favorece a restauração do potencial ao normal (Bocci, 2005).

Alias o ajuste do potencial de membrana é fundamental para otimização das atividades


celulares, pois dá suporte as proteínas de membranas e canais de abertura associada ao
mecanismo de despolarização e repolarização.

As doenças arteriais oclusivas estão relacionadas com a perda do potencial normal da


membrana. Foi observado, também, que, de acordo com a forma do eritrócito (discoide
bicôncavo tem maior coeficiente do que o eritrócito plano e esferoide), que determina seu
coeficiente de esfericidade, observou-se que, quanto maior esse coeficiente, maior era o grau
de hipóxia (Barreira, 2015).

Em um trabalho para determinar o coeficiente de esfericidade, um estudo com


amostra de 78 pessoas (Barjotkina TM et al., National Polytechnic University, Medical Center,
Ucrânia, Cracóvia), foi mostrado que os eritrócitos discoides bicôncavos eram muito afetados
com a inflamação e hipóxia (13% e 17%) e, após o uso do ozônio, foi observada a melhora da
sua população, havendo maior entrega de oxigênio (81% e 79%), enquanto os eritrócitos
planos (75% e 69%) estavam aumentados nas patologias e, após o ozônio, voltavam a ter seu
formato mais fisiológico, que é discoide bicôncavo (Mendez, 2011). Podemos observar esta
variação na figura 4.

Estas constatações demonstram que alterações na estrutura conformacional, bem


como na capacidade de liberação do oxigênio diminuem a oxigenação tecidual e
consequentemente a capacidade metabólica, desacelerando o metabolismo e diminuindo a
produtividade intrínseca celular.
Figura 4: A. Microscopia eletrônica do sangue que mostra agregação dos eritrócitos em
“pilha de moedas”. B. A mesma amostra depois do tratamento com ozônio. (Mendez, 2008)

Modulação do Sistema Imunológico:

Os primeiros a relatarem os efeitos da regulação imunológica por parte do ozônio


foram Winkler (1989) e Bocci (1997). Em longos anos de estudo, demonstrou-se sua
propriedade de induzir a produção de citocinas. As citocinas que são peptídios biologicamente
ativos possibilitam a ativação de sistemas inespecíficos (aumento da temperatura corporal,
produção hepática de proteínas da fase aguda) e ativação da imunidade celular (Barreira,
2015).

Os efeitos são dependentes da dose de ozônio e, em concentrações terapêuticas, há


um acúmulo nas membranas das células fagocíticas de monócitos e linfócitos T, os quais,
induzidos, liberam pequenas quantidades de praticamente todas as citocinas de forma
endógena, particularmente o interferon gama. Há também um aumento da liberação de
antagonistas das citocinas, como a IL-10 e TGF-b1, capazes de suprimir a citotoxicidade
autorreativa, portanto a indução de citocinas não ultrapassa níveis maiores do que o
necessário, uma vez que se ativem os contrarreguladores (Schulz, 1982; De Ville, 1986;
Viebahn, 1985).
Lembrando que concentrações elevadas de ozônio produzem efeito agravante nos
processos de peroxidação lipídica na membrana celular das mesmas células fagocíticas com o
acúmulo de produtos tóxicos de peroxidação lipídica (malon dealdeído e bases Shiff), que
inibem a síntese de citocinas e eliminam a ativação de Linfócitos T auxiliares, visando à
regulação da geração de imunoglobulinas pelos linfócitos B. Este efeito é utilizado no
tratamento de pacientes com patologia auto-imune (doença reumatóide, esclerose
disseminada, esclerodermia) sem a administração de tratamento medicamentoso, aonde a
proposta é diminuir a capacidade fisiológica do sistema imune.

Ou seja, quando o pensamento for otimizar processos imunológicos devemos pensar


em dosagens que variem de pequenas até médias, para não iniciar a ativação do sistema
contrarreguladores ou danos nas estruturas celulares, já se o foco for minimizar a atividade
imunológica, já partir para dosagens altas, sempre avaliando se a condição fisiológica e bases
de Redox do paciente assim permitirem.

Amplo espectro bactericida, viricida e fungicida do ozônio:

Entre os efeitos biológicos do ozônio, o primeiro a ser descoberto foi o efeito


bactericida, na I Guerra Mundial. Essa ação direta do ozônio se manifesta de forma geral
quando aplicado por uma via externa, seguindo as diversas modalidades terapêuticas,
principalmente em concentrações elevadas.

Com relação a muitos antissépticos conhecidos, o ozônio não irrita nem destrói os
tecidos protetores das pessoas, porque existe um potente sistema antioxidante, em pacientes
que tem pele sensível ou irritada por traumas e processos inflamatórios crônicos, como na
rosácea, ele é uma alternativa interessante para descontaminação da pele.

. A primeira ação do ozônio é na membrana plasmática das células. As modificações


induzidas pelo ozônio no conteúdo intracelular (oxidação de proteínas citoplasmáticas e
alteração das funções das organelas) se produzem provavelmente pela ação dos oxidantes
secundários, produtos da ozonólise dos lipídios das membranas.

A causa direta da destruição das bactérias pela ação do ozônio é a deterioração das
membranas plasmáticas ou das bases do seu DNA, fazendo as células bacterianas perderem
sua capacidade de viver e/ou se reproduzir, é praticamente o mesmo foco de ataque dos
antibióticoterapia.

Scott e Lesher (1962) indicaram que o ozônio atuava sobre a Escherichia coli, atacando
a estrutura dos ácidos nucléicos no interior das células.

Segundo Wickramanayake et al. (1984) o ozônio tem ação estudada especificamente


sobre os microrganismos, neste estudo os autores compararam o ozônio com o cloro e
demonstraram que a ação do ozônio é de longe mais efetiva que a do cloro sobre cistos de
Giardia lamblia. Este estudo também comprovou a ação do ozônio sobre cepas de E. coli,
ressaltando maior sensibilidade quando em comparação com a giárdia. Este protozoário
apresentou maior sensibilidade ao ozônio do que a G. muris; a concentração da água utilizada
(0,05M), para este experimento foi mensurada com espectrofotometria, e o tempo de
exposição foi de dois a cinco minutos, em temperatura de 22º C (FINCH et al., 1993).

É importante assinalar que as moléculas do ozônio não só interagem com os


componentes da superfície da membrana, mas também, ao terem variada sua permeabilidade,
produzem a destruição das organelas intracelulares em 10–20 minutos (Barreira, 2015).

O ozônio se mostrou capaz de destruir todos os tipos conhecidos de bactérias Gram-


positivas e Gram-negativas (Carpendale e Griffis, 1993).

A experimentação sobre as propriedades bactericidas in vitro da água destilada


ozonizada com uma concentração do ozônio de 4 µg/mL tem demonstrado que se produz uma
inibição total do crescimento das colônias de estafilococos, bacilos intestinais, Pseudomonas
aeruginosa, Proteus e Klebsiella. Em concentrações que oscilam entre 1 µg/mL e 5 µg/mL, o
ozônio destruiu 99,9% de E. coli, Enterococcus faecalis, Mycobacterium tuberculosum,
Cryptosporidium parvum, Varavium e outros, em um intervalo de 4–20 minutos (Barreira,
2015).

Pensando em vias sistêmicas ele tem interessante atividade associativa, em casos de


choque séptico, o pré-condicionamento com ozônio tem sido capaz de resguardar o animal
contra a depleção de glicogênio e prevenir sua degradação até lactato, inibindo a acidose
intracelular. Mantém também estável a concentração intracelular de Ca2+ (GALLARDO et al.,
2008).

Além da expressão do efeito bactericida do ozônio na microbiota Gram-positiva das


feridas supurantes e das úlceras tróficas, unido à diminuição dinâmica da resistência dos
micro-organismos diante do ozônio, se observa, também, um aumento da sensibilidade aos
antibióticos (Barreira, 2015).

Young e Setlow (2004) mais recentemente, demonstraram que o ozônio é capaz de


eliminar esporos, e isto não ocorre por dano no DNA da célula; os autores sugerem que pode
ser por produzir defeitos na germinação, talvez por acometimento da membrana interna. A
aplicação é importante quando sua ação é confirmada sobre microorganismos presentes nas
infecções hospitalares.

A aplicação na dose de 25ppm por um período de 20 minutos apresentou significativa


redução e eliminação em alguns casos para Acinetobacter baumannii, Clostridium difficile,
Staphylococcus aureus resistentes a meticilina, altamente patogênicos (SHARMA; HUDSON,
2008).

Murray et al. (2008) com ozônio em meio líquido, descreveram a inativação de vírus,
entre eles herpesvírus, adenovírus e influenza por peroxidação lipídica sobe os quais promove
dano irreversível.

O ozônio mostrou ser capaz de inativar o vírus da Hepatite A, quando aplicado sob
partículas suspensas em solução salina, com concentração de 1mg/l em 60 segundos (VAUGHN
et al., 1990).
Agindo nas proteínas celulares e nos ácidos nucléicos, a resistência dos
microrganismos ao ozônio ou a qualquer agente de desinfecção será influenciada pela espécie
e forma com que aparecem no meio (LAPOLLI et al., 2003).

Segundo os dados de Bolton (1982), os vírus encapsulados são mais sensíveis à ação do
ozônio que os não encapsulados, muito provável a característica molecular do capsídeo
aumenta a interação de ataque do ozônio.

O efeito bactericida do azeite vegetal ozonizado se deve à presença de ozonídeos e


hidroxiperóxidos, que se formam nas reações do ozônio com as duplas pontes de lipídios.
Supõe-se que o ozonídeo do óleo se acopla no receptor para os micro-organismos e o bloqueia
(Barreira, 2015).

Como os produtos ozonizados não ganham irritabilidade, mas só adicionam as suas


propriedades as pertinentes ao ozônio, o tratamento de feridas ganha um espaço interessante,
como formas de higienização e lavagem de zonas de sutura, diminuindo a deiscência de pontos
ou no tratamento de feridas abertas.

A ação germicida de amplo espectro do ozônio permite que a ozonioterapia seja um


valioso tratamento para a limpeza e a desinfecção das feridas infectadas, assim como nos
processos sépticos locais. Essa forma de aplicação pode se combinar com outros
procedimentos também derivados das aplicações do gás (ozonioterapia sistêmica, água
ozonizada, azeites vegetais ozonizados), sem o perigo de resistência dos microrganismos nem
de toxicidade ou efeitos colaterais (Barreira, 2015).

A prática estética pode incorporar dentro do próprio protocolo de tratamento


múltiplas aplicações saneantes de ozônio, trocando a água dos borrifadores por água
ozonizada, promovendo a remoção de máscaras cosméticas e outros produtos com algodão ou
gaze enriquecidos em água ozonizadas, na abordagem da pele acneica com alto grau de
inflamação é uma conduta que otimiza os resultados do protocolo clínico de superfície.

As “bags” se mostram uma interessante abordagem terapêutica tópica para


complementar técnicas estéticas que induzam a formação te feridas ou ameacem a
integridade da função barreira, como nos protocolos de jato de plasma para remoção dos
lentigos senis, logo após a formação das crostas as mãos podem ser ozonizadas no sistema
fechado das bags para favorecer a descontaminação de superfície e já favorecer o processo de
reparo tecidual.

Podemos ver um exemplo da aplicabilidade da bag de ozônio e da resposta clínica ao


tratamento combinado com a bag figura 5 (Barreira, 2015).
Figura 5: esquema de aplicação da Bag de ozônio e resultado da terapêutica de 18 sessões de
hidro-ozonioterapia com bag.

Regulação do metabolismo:

Diversas observações pré-clínicas e clínicas realizadas têm permitido observar a ação


reguladora do ozônio sobre indicadores metabólicos, tendo-se detectado, em geral, uma
modulação dos indicadores (glicose, creatinina, hemoglobina, hematócrito, proteínas totais,
lactato desidrogenase, colesterol, triglicerídios, lipoproteínas, enzimas hepáticas, bilirrubinas,
ácido úrico, acido láctico, cálcio, entre outros), inicialmente alterados para valores normais,
levando vários autores entenderem que este ajuste se dá pelo equilíbrio do sistema Redox
(Hernandez, 1995; Martinéz, 2005; Al Dalain 2001; Hernandez, 2005; Barreira 2015).

Observou-se uma atividade lipolítica interessante atribuída ao ozônio, que se liga a


dupla ligação de carbono dos ácidos graxos (Cardoso, 2018).

O incremento no metabolismo do oxigênio também favorece o aumento do


metabolismo basal, observa-se melhora das alterações lipídicas teciduais e também sistêmicas.
Ativação de processos dependentes de oxigênio são favorecidas pelo ozônio, por menores que
sejam as dosagens, causam o aumento do conteúdo de oxigênio livre e dissolvido no sangue
com a rápida intensificação de enzimas que catalisam a oxidação aeróbica de carboidratos,
lipídeos e proteínas com formação de substrato energético de ATP. De grande importância é a
ativação mitocondrial de Н -АТP-ase, responsável pela conjugação de processos respiratórios e
fosforilação oxidativa, resultando na síntese de ATP.

A qualidade e a funcionalidade do HDL, mais que a quantidade, parecem ser preditores


importantes das propriedades antiaterogênicas dessas partículas. Em um estudo com 22
pacientes com cardiopatia isquêmica, se observou uma diminuição estatisticamente
significativa do colesterol total e do LDL no plasma no quinto dia de tratamento (diminuíram
5,5% e 15,4%, respectivamente) e no 15º dia (diminuição de 9,7% e 19,8%, respectivamente)
com a ozonioterapia venosa a uma concentração de 50 mg/L com 200 mL de gás, sem
modificação do HDL colesterol e dos triglicerídios. Houve uma diminuição maior nos pacientes
que receberam uma quantidade maior de sessões de ozonioterapia (Barreira, 2015).

Também se relata um efeito desintoxicante do ozônio pela otimização do sistema


microssômico dos hepatócitos e pelo reforço da filtração hepática. O ozônio também altera o
metabolismo dos hepatócitos. Durante o tratamento, observou-se que, nas células hepáticas,
há acúmulo de enzimas do sistema do citocromo P450 e catalase, o que aumenta o número de
moléculas de glicogênio e dos antioxidantes mais importantes, que por sua vez aumentam a
produção de ATP (Barreira, 2015)

A reorganização do metabolismo se baseia também nas trocas morfofuncionais dos


hepatócitos, na hiperplasia pelos peróxidos, na normalização das estruturas dos elementos do
retículo endoplasmático liso e na diminuição do nível de mudanças distróficas. Graças à ação
recíproca desses mecanismos, muitas funções hepáticas, entre elas a antitóxica, melhoram
(Peretiagin, 1991; Boiarinov, 1999).

Intervenção na liberação de autacoides:

A palavra autacoide deriva do grego autos (próprio) e do vocábulo akos (agente


medicinal ou remédio), esses sinalizadores desenvolvem diversas funções no organismo,
dependendo da sua classe e estrutura química. Geralmente desenvolvem sua função na região
em que foram produzidos, até mesmo por apresentarem uma meia vida útil relativamente
curta.

Das famílias diferentes de autacoides derivadas dos fosfolipídios de membranas


celulares, têm sido identificados os eicosanoides formados a partir de certos ácidos graxos
poli-insaturados (principalmente o ácido araquidônico), incluindo as prostaglandinas,
prostaciclinas, tromboxano A, leucotrienos e outros fosfolipídios modificados, representados
pelo fator de ativação das plaquetas. Esses compostos têm grande importância biológica e têm
sido detectados em quase todos os tecidos e fluidos do corpo (Barreira, 2015).

Podemos ainda citar como exemplos de autacoides a serotonina, histamina e outros


sinalizadores do processo inflamatório.
O ozônio parece promover um ajuste nos níveis de sinalizadores, a quem de também
produzir sinalizadores pró-inflamatórios observa-se um ajuste entre os níveis ideais, mediando
o processo inflamatório para que se mantenha com sinalização suficiente para manter
processo de comunicação celular, mas com níveis controlados, principalmente dos elementos
responsáveis pela dor, no processo inflamatório.

Isso acaba conferindo ao tratamento um efeito anti-inflamatório, revelado pela


capacidade do ozônio em oxidar os compostos contendo ligações duplas, como o ácido
araquidônico (20: 4) e seus derivados - prostaglandinas, em particular. Estas substâncias
biologicamente ativas participam no desenvolvimento e sustentação do processo inflamatório.
Além disso, o ozônio regula as reações metabólicas nos tecidos no local da inflamação
ajustando o pH para os níveis de homeostasia tissular.

Ele também apresenta um efeito analgésico proporcionado pela oxidação dos


produtos da albuminólise, os chamados algopéptidos. Eles agem nas terminações nervosas do
tecido danificado e determinam a intensidade da resposta à dor. Além disso, o efeito
analgésico também é causado pela normalização do sistema antioxidante e,
consequentemente, pela diminuição da quantidade de produtos moleculares tóxicos da
peroxidação lipídica nas membranas celulares, que modificam a função das enzimas integradas
à membrana, que participam da síntese de ATP.

O sistema detox atribuído ao ozônio também acaba sendo parte do processo, pois a
desintoxicação promove correção e ativação de processos metabólicos nos tecidos hepático e
renal, garantindo assim sua principal função de neutralização e evacuação dos compostos
tóxicos dos órgãos.

Observa-se um efeito desintoxicante do ozônio pela otimização do sistema


microssômico dos hepatócitos e pelo reforço da filtração hepática. O ozônio também altera o
metabolismo dos hepatócitos. Durante o tratamento, observou-se que, nas células hepáticas,
há acúmulo de enzimas do sistema do citocromo P450 e catalase, o que aumenta o número de
moléculas de glicogênio e dos antioxidantes mais importantes, que por sua vez aumentam a
produção de ATP (Barreira, 2015).

A reorganização do metabolismo se baseia também nas trocas morfofuncionais dos


hepatócitos, na hiperplasia pelos peróxidos, na normalização das estruturas dos elementos do
retículo endoplasmático liso e na diminuição do nível de mudanças distróficas. Graças à ação
recíproca desses mecanismos, muitas funções hepáticas, entre elas a antitóxica, melhoram
(Peretiagin, 1991; Boiarinov, 1999).

Nos rins, o ozônio intensifica os processos de utilização da glicose, da glicose 6-fosfato,


da lactato e do piruvato, mantendo uma atividade elevada de gliconeogênese (Barreira, 2015).
Vias de Administração da Ozônioterapia:

Escolher a via de administração correta é um dos pontos fundamentais na abordagem


da ozonioterapia.

A via tópica foi o primeiro método de aplicar o ozônio na história da prática médica.
Deve-se notar que altas concentrações são usadas para desinfecção, enquanto baixas
concentrações promovem a epitelização e a cicatrização. A via tópica, ou de administração
externa inclui:

• O uso de salinas anti-sépticas ozonizadas

• Aplicação de pomadas ozonizadas e óleo vegetal ozonizado

• Aplicação de água ozonizada

• Sacos de plástico aerados com ozônio (Bag)

• Balneoterapia

• Hidro-ozoneoterapia (consiste em um peeling suave, com debridamento não cruento


e gradativo, que retira o odor fétido das feridas abertas e do pé diabético, alivia a dor do local
e mantém a melhora em longo prazo, diminui o edema extravascular, promove redifusão
capilar e higienização ampliadas).

Métodos parenterais incluem:

• Autohemoterapia maior e menor com sangue ozonizado

• Plasma extracorpóreo e tratamento linfático

• Injeções subcutâneas de ozônio em pontos biologicamente ativos

• Injeções intramusculares paravertebrais

• Infusões intravenosas de solução fisiológica ozonizada

Em 1997, o professor Sergey D. Razumovsky, um conhecido químico, completou a


investigação do efeito do ozônio na solução fisiológica isotônica padrão. Verificou-se que com
o uso do ozônio não ocorrem reações químicas na solução, nem síntese de novos compostos
(tipos de derivados ativos de cloro).

O método enteral da mistura de oxigênio de ozônio é recomendado na patologia


gastrintestinal e para ajuste do sistema Redox e demais benefícios atribuídos à entrega
sistêmica do ozônio, dentre eles estão:

• ingestão de água destilada ozonizada;

• irrigação intestinal com água destilada ozonizada;


• insuflações retais com misturas de oxigênio com ozônio.

Entendendo as vias de administração:

Autohemoterapia maior (O3-AHT):

Refere-se ao tratamento do sangue de forma extracorpórea de uma mistura de


oxigênio e ozônio, e reinfusão lenta. A lavagem dos eritrócitos com solução salina previamente
à ozonização não é indicada porque torna os eritrócitos mais vulneráveis, aumentando a
hemólise. Em humanos há descrição de bem estar com duração de 4 a 5 dias, no entanto, não
existem comprovações científicas que diferenciam essa sensação do efeito placebo (BOCCI,
1996).

Para a manipulação do sangue faz-se necessário o uso de anticoagulante, evitando


alterações da coagulação ou características da hemácia. O citrato de sódio não induz a
agregação plaquetária, mas o Ca2+ é quelado induzindo hipocalcemia transitória (IULIANO et
al., 1997).

Na prática de autohemoterapia maior é realizada uma coleta de grande volume


sanguíneo, com reinfusão de até 225 ml, com concentração variando de 40 e 80 µg/ml.
Devemos atentar a concentração do ozonio na mistura, pois quando essa supera os 100 µg/ml
observa-se hemólise progressiva de 0,5-7% das células.

Com atuação principalmente do H2O2 (VALACCHI; BOCCI, 1999), há um aumento do


metabolismo das hemácias e crescimento da 2,3-difosfoglicerato (2,3 DPG) e adenosina
trifosfato (ATP), bem como a liberação de citocinas imunocompetentes que liberam citocinas,
interferons e interleucinas.

Este procedimento induz estresse oxidativo calculado e transitório, utilizando como


mensageiro principal os peróxidos, ativando o sistema redox. Os níveis de metahemoglobina e
hematócrito se mantêm normais, há uma mínima perda de potássio que rapidamente volta ao
normal e o sistema antioxidante do sangue é capaz de proteger adequadamente enzimas
como Na/K-ATPase, acetilcolinesterase quando a concentração é de até 80 µg/ml (BOCCI,
2004).

Sugerem-se tratamentos semanais, por longo período de tempo. O sangue não deve
ser tratado em bolsas de transfusão, para que não ocorram reações químicas. O indicado são
frascos estéreis de vidro com 3,8% de citrato de sódio, que segundo o autor apresenta
melhores resultados que com o uso da heparina (BOCCI, 2005).

De acordo com Bocci (2006) a utilização da autohemoterapia, nunca foi por objetivo
substituir os tratamento médicos instituídos. O que se propõe é a utilização como um
coadjuvante, para potencializar efeitos, em casos onde o tratamento convencional não
apresentou bons resultados.
Autohemoterapia menor:

A autohemoterapia menor trabalha com a ozonização de 5 a 10ml de sangue de forma


extracorpórea. Neste caso são utilizadas seringas estéreis e a homogeneização do sangue com
oxigênio-ozônio é feito manualmente em seringas adequadas acopladas a transferidos. Essa
quantidade reinfundida pela via intravascular mistura-se rapidamente com o volume total de
sangue (Bocci, 2005)

Sugere-se a reaplicação pela via intramuscular, todavia é um procedimento doloroso,


sendo que a intensidade de desconforto aumenta conforme se aumenta o volume depositado.

Ainda existem algumas controvérsias em relação à eficácia clínica desta prática para
algumas indicações, mas ela deixa a viabilidade de preparo mais facilitada.

Obs: as práticas integrativas não deixam claro que procedimentos de auto-hemoterapia e


infusão de bolsas de soro podem ser administrados por qualquer profissional ou sem a
necessidade de prescrição do procedimento por profissional habilitado. Para diminuir conflitos
de ordem legal sugere-se que para respostas sistêmicas da ozonioterapia se utiliza a via retal
ou a ingesta de água ozonizada (tem menor performance na eficácia clínica). Já para a
aplicação subcutânea não existe este entrave, uma vez que já se tem claro a prática de
trabalhos com gazes medicinais, como o dióxido de carbono utilizado na carboxiterapia, na
prática estética, solicitando ao profissional base de formação na área e curso de capacitação
na técnica de aplicação.

Insuflação retal:

É a via preferencial para terapêutica sistêmica do profissional da estética, encontra


certa resistência ideológica por parte do estigma social, mas é a de mais fácil acesso e de
resultados otimizados para controle sistêmico da ozonioterapia.

É a aplicação intra-retal do gás, capaz de ativar do metabolismo das hemácias


sistemicamente, melhorando as propriedades reacionais, promovendo aumento da 2,3-
difosfoglicerato, ATP (adenosina trifosfato) e alterando o balanço oxigênio/hemoglobina. É
capaz de liberar IL-1, IL-2, IFN-γ, TNF-α e TGF-β. Além disso, acredita-se que a hiperoxigenação
possa acelerar os processos de cicatrização tecidual, conceitualmente pode produzir um efeito
imunomodulador local e generalizado, podendo ser usado em casos de colites ulcerativas e
proctites (processo inflamatório que acomete o reto).

A aplicação de até 750ml de gás pode ser tolerada, usando uma cânula para a
aplicação. A concentração não deve ser superior a 40µg/ml. Mas sugere-se sempre iniciar a
terapia com doses menores, 10µg/ml em 150ml e aumentar gradativamente (BOCCI, 1996).
Esta via possibilita atingir todos os resultados sistêmicos da ozonioterapia descritos
anteriormente com alguns benefícios extras como ajuste da flora bacteriana e fluxo intestinal.
A normalização do intestino hoje se torna de grande interesse para a prática estética, pois suas
disfunções demonstram exacerbar problemáticas de ordem estética, pela produção de
produtos tóxicos e radicalares, interferir na qualidade de absorção dos macro e
micronutrientes e comprometer a produção de neurotransmissores.

Os procedimentos são feitos com a seringa Janet ou com a ajuda de sonda. A sonda
não precisa ser de grande calibre, facilitando o trabalho do profissional e a resistência do
paciente.

A sonda permite que se conduza um procedimento de maior discrição, pois ela pode
ser introduzida pelo próprio paciente antes do início da sessão, deixando a ponta de
administração de fácil acesso ao profissional, de maneira que o paciente poderia estar até
mesmo vestido para realizar o tratamento.

Para a aplicação colocar o paciente deitado do lado esquerdo com os joelhos


flexionados. O enema purgativo deve ser feito duas horas antes do procedimento. Insuflações
retais são feitas com concentração de ozônio na mistura de ozônio / oxigênio de 10-60mg / l, o
volume varia de 150ml a 1000ml, dependendo da patologia, seu curso e estágio. Para recém-
nascidos o volume é 20-50ml, para crianças -50-100ml.

As insuflações intestinais podem ser administradas, em primeiro lugar, como remédio


antiinflamatório e desinfetante para restaurar a flora bacteriana desequilibrada por
microorganismos patogênicos. Em segundo lugar, pode ser administrado como uma
alternativa à autohemoterapia principal, porque a mistura de ozônio / oxigênio ao ser
absorvida instantaneamente produz um efeito metabólico geral. Este procedimento pode ser
utilizado nos casos em que as injeções intravenosas são difíceis de tratar, ou no caso da
estética, aonde se tem dúvidas ainda sobre qual profissional pode realizar este procedimento.

A dose terapêutica usual para produzir efeito metabólico é de 75mcg por 1kg de peso
do paciente, por exemplo, para um paciente de 80 kg, a dose de ozônio deve ser de 75 x 80 =
6000 mcg. O curso do tratamento deve ser iniciado com uma meia dose e um volume mínimo
de mistura de ozônio / oxigênio (150-200ml), que é gradualmente aumentada para o
necessário.

Materiais Ozonizados na Prática Clínica:

Água ozonizada: esta mistura de oxigênio/ ozônio é feita em garrafas de vidro com
concentração de 5mg / l (O3 / O2), duração que depende do volume de água a ser ozonizada
(3 litros - 30 min; 5 litros - 46 minutos; 10 litros - 60 minutos), dependendo da finalidade a
concentração de ozonização também pode variar. Ela pode ser amplamente utilizada na
prática clínica para lavagens, preparo de máscaras, como diluente tópico de uso imediato, para
descontaminação de bancadas e utensílios. Ao ser ozonizada a água deve ser utilizada em até
30 minutos.

Olho Vegetal Ozonizado: As propriedades desinfetantes do ozônio são bem reveladas


no uso de óleo vegetal ozonizado. Descobriu-se que o óleo ozonizado tem atividade anti-
séptica várias centenas maior em comparação com a solução salina com ozônio. É utilizado
para administração oral e em forma de aplicações ozonizadas. Para a ozonização utilizamos
óleo vegetal refinado e poliinsaturados (girassol, oliva, milho etc.).

O preparo é feito com diferentes concentrações e duração dependendo da finalidade:

- Para administração oral 100ml de óleo é ozonizado por 10 min com


concentração de ozônio de 20mg / l (O3 / O2), 5 min - concentração de ozônio 40mg / l
(O3 / O2).

- Para uso externo, 100ml de óleo é ozonizado por 15 min com concentração
de ozônio de 20mg / l (O3 / O2), 30 min - concentração de ozônio 10mg / l (O3 / O2).

- Para administração externa em micose, 100ml de óleo é ozonizado por 15


min com concentração de ozônio de 24mg / l (O3 / O2), 8 min - concentração de
ozônio 50mg / l (O3 / O2).

O óleo ozonizado deve ser mantido em um frasco de vidro escuro. De acordo com os
dados mais recentes, ele pode preservar suas propriedades por 4 meses, quando
mantido em temperatura ambiente, quando mantido na geladeira, pode ser usado por
2 anos. Quando administrado para uso oral, o tratamento inicia com uma colher de
chá de 20 a 30 minutos antes das refeições, 2 a 4 vezes por dia, aumentando
gradualmente a dose para uma colher de sopa, 2 a 4 vezes por dia.

Soro fisiológico ozonizado para infusões: Solução salina ozonizada é administrada


variando de 400 a 100000mcg / l de misturas de ozônio / oxigênio na saída do gerador
de ozônio. A concentração de ozônio é calculada em 40 mcg por kg de peso corporal,
por exemplo, se o peso do paciente é de 80 kg, então a concentração de ozônio é de
40x80 = 3200mcg na saída do gerador de ozônio.

Contraindicações da Ozonioterapia:

1. Todos os casos com falha de coagulação sanguínea

2. Órgãos Sangrentos

3. Trombocitopenia

4. Alergia ao Ozônio

5. Trauma hemorrágico ou apoplético


6. Intolerância ao Ozônio

7. Flavismo

8. Hipertiroidismo

9. Por via inalatória

10. Gravidez

Obs: Sabe-se que o ozônio em baixas concentrações produz um efeito moderado de


hipocoagulação, de modo que todas as drogas que diminuem a coagulação sangüínea
(anticoagulantes, aspirina, etc.) devem ser suspensas durante a terapia com ozônio. Nas
mulheres, o tratamento deve ser interrompido por períodos menstruais.

Para tratamento com agulha é fundamental escolher a agulha adequada para a profundidade
escolhida e o plano de aplicação ideal, para as aplicações com foco na musculatura a
angulação será sempre de 90º, já para as aplicações cutâneas a angulação depende da camada
alvo da terapêutica, conforme demonstrado na figura.

Figura: técnica de aplicação com agulha para atingir diferentes camadas cutâneas

Devemos estar sempre bem atentos para que a dosagem ideal seja escolhida para o
tratamento levando em conta a resposta esperada dentro da janela terapêutica da
ozonioterapia.

Figura: Janela terapêutica dos tratamentos estéticos com ozonioterapia.


Manual de Protocolos Estéticos:

Preparo de água ozonizada

Preparo de óleo ozonizado

Preparo de bolsa salina ozonizada

Preparo da Bag de Ozônio

OzoInsuflação

Tratamento para alopecia

Tratamento para Acne ativa

Tratamento para Flacidez Tissular

Tratamento para Estria

Tratamento para celulite

Tratamento para Gordura Localizada

HLCO – Hidro Lipo Clasia Ozonizada

Eletrolipo Ozonização

Jato com Ozônio para as mãos

Harmonização Facial
Preparo de Água Ozonizada

Objetivo:

Ozonizar a água por borbulhamento para solubilizar o ozônio na solução.

Indicações:

 Eliminação de vírus e bactérias mais de 3 mil vezes mais rápido que o cloro;
 Ótimo para ser utilizado na limpeza e purificação de alimentos, eliminando os
agrotóxicos e bactérias de frutas, legumes e verduras, uma vez que é mais rápido e
menos nocivo que o cloro;
 Tem propriedades antivirais e é efetiva no combate a vírus em baixa concentração;
 Auxilia no metabolismo, respiração, circulação, digestão, entre outras funções básicas
do organismo;
 Ajuda a purificar o sangue, livrando-o de impurezas, bactérias e vírus;
 Melhora a circulação sanguínea;
 Para lavar frutas, verduras e legumes;
 Deixar carnes frescas e salgadas de molho para destruir toxinas, além de camarão e
lagosta;
 Para regar plantas e flores, exceto botões de rosa;
 Lavar peixes e aves diariamente;
 Beber um copo para tirar odores de bebidas e fumo e diminuir a acidez no organismo,
aliviando sintomas da azia;
 Lavar as mãos após o uso de cebola, alho e água sanitária;
 Fazer bochechos bucais diários para evitar halitose;
 Deixar os pés de molho por 15 minutos para eliminar odores;
 Higienizar a pele antes e durante o atendimento;
 Preparar máscaras com cosméticos, como a argila;
 Higienizar bancadas e utensílios.

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Frasco de vidro elernmeyer ou outro adequado à técnica;
 Difusor acoplado a entrada do ozônio no frasco para aumentar o borbulhamento;
 Conectores adequados para a técnica (isentos de látex);
 Água destilada (quantidade suficiente para o preparo desejado);
 Frasco para armazenamento da água ozonizada;
Procedimento:

 Prepare previamente a água destilada;


 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando
possíveis vazamentos de gás;
 Transfira a água destilada para o frasco borbulhador;
 Coloque o difusor abaixo do nível de água;
 Feche o frasco;
 Certifique-se que a saída de vazão de gás esteja acoplada ao filtro catalizador de
ozônio;

 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o preparo da água ozonizada segundo o fabricante;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Esperar o tempo de borbulhamento;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Abrir o frasco borbulhador e transferir para o frasco de uso da água ozonizada.

Pontos de atenção:

 Evitar aquecer a solução preparada;


 Utilizar a solução até 30 minutos após seu preparo;

Parâmetros de Preparo:

LÍQUIDO TEMPO DE
CONCENTRAÇÃO VOLUME
OZONIZADO BORBULHAMENTO
Água para beber 30 mcg 400 ml 10 min.
Água para higienizar
70 mcg 800 ml 10 min.
pele
Água para limpeza de 100 mcg 3000 ml 30 min.
bancada utensílios
Preparo de Óleo Ozonizado

Objetivo:

Ozonizar o óleo vegetal instaurado (girassol, oliva) por borbulhamento para solubilizar
o ozônio no meio.

Indicações:

 Acne: o óleo ajuda a desintoxicar a pele, melhora a circulação da região aplicada, reduz
e evita manchas, elimina bactérias e reduz a infecção;
 “Pé de atleta”: o óleo reduz inflamações e possui fortes propriedades antifúngicas;
 Caspa ou seborreia: mais uma vez, o óleo possui forte propriedade antifúngica;
 Cortes, feridas e úlceras: tem propriedades antissépticas, pode ser considerado um
leve anestésico e incentiva a circulação sanguínea na área danificada;
 Dermatites e eczemas: melhora circulação sanguínea, reduz manchas e inflamações.
Assaduras: reduz inflamações e estimula circulação sanguínea;
 Dor de ouvido/dores musculares: excelente anti-inflamatório e ajuda a reduzir
câimbras, espasmos e dores musculares;
 Fungos de unha: graças à sua ação antifúngica;
 Queimaduras: ajuda a proporcionar alívio imediato de brotoejas, queimaduras solares
e pele inflamada graças à propriedade anti-inflamatória e capacidade aumentada de
oxigenação da pele. Pode ajudar também a evitar formação de bolhas pós-
queimaduras

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Frasco de vidro elernmeyer ou outro adequado à técnica;
 Difusor acoplado a entrada do ozônio no frasco para aumentar o borbulhamento;
 Conectores adequados para a técnica (isentos de látex);
 Óleo Vegetal Insaturado (quantidade suficiente para o preparo desejado);
 Frasco ambar para armazenamento do óleo ozonizado;

Procedimento:

 Selecione previamente o óleo vegetal insaturado;


 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando
possíveis vazamentos de gás;
 Transfira o óleo vegetal insaturado para o frasco borbulhador;
 Coloque o difusor abaixo do nível do óleo;
 Feche o frasco;
 Certifique-se que a saída de vazão de gás esteja acoplada ao filtro catalizador de
ozônio;

 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o preparo da água ozonizada/ óleo segundo o
fabricante;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Abrir o frasco borbulhador e transferir o óleo vegetal insaturado para o frasco âmbar.

Pontos de atenção:

 Pode preservar suas propriedades por 4 meses, quando mantido em temperatura


ambiente, quando mantido na geladeira, pode ser usado por 2 anos.
 Sempre avaliar as características primárias do óleo vegetal indicado para um
tratamento mais acertivo;
 Óleos mais utilizados são o de girassol, de oliva e de coco.

Parâmetros de Preparo:

ÓLEO OZONIZADO CONCENTRAÇÃO VOLUME TEMPO


Para administração 40 mcg 5 min.
100 ml
oral 20 mcg 10 min.
20 mcg 15 min.
Para uso externo 100 ml
10 mcg 30 min.
Água para limpeza de 24 mcg 100 ml 15 min.
bancada utensílios 50 mcg 8 min.

Quando administrado para uso oral, o tratamento inicia com uma colher de chá de 20 a 30
minutos antes das refeições, 2 a 4 vezes por dia, aumentando gradualmente a dose para uma
colher de sopa, 2 a 4 vezes por dia.
Preparo de Bolsa Salina Ozonizada

Objetivo:

Ozonizar a bolsa de salina por borbulhamento para solubilizar o ozônio na solução.

Indicações:

 Modulação do sistema imunológico;


 Otimização da drenagem linfática;
 Efeito lipolítico;
 Liberação de fatores de crescimento, ou regeneração;
 Efeito germicida (bactericida, fungicida e viricida);
 Regulação do metabolismo e das funções hepática, renal e tireoidiana;
 Estímulo da síntese de enzimas antioxidantes intracelulares;
 Balanço do Sistema Redox;
 Melhora da liberação de oxigênio nos tecidos;
 Modulação da cascata inflamatória;
 Para hidrolipoclasia ozonizada.

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Bolsa de NaCl 0,9%;
 Cânula longa de tamanho adequado para a técnica;
 Agulha de aspiração de medicamento:
 Conectores adequados para a técnica (isentos de látex);

Procedimento:

 Selecione uma bolsa com volumetria adequada;


 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando
possíveis vazamentos de gás;
 Conecte a cânula longa na saída de ozônio do equipamento;
 Introduza a cânula na bolsa de maneira que sua ponta fique abaixo do nível do líquido
da bolsa;
 Conecte a agulha de aspiração de medicamento no cabeamento do filtro catalizador
de ozônio;
 Introduza a agulha de aspiração de medicamento na bolsa de maneira que sua ponta
fique acima do nível do líquido da bolsa;
 Certifique-se que a saída de vazão de gás esteja acoplada ao filtro catalizador de
ozônio;

 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o preparo da água ozonizada segundo o fabricante;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Esperar o tempo de borbulhamento;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Utilizar a bolsa conforme orientação.

Pontos de atenção:

 Evitar aquecer a solução preparada;


 Utilizar a solução até 30 minutos após seu preparo;

Parâmetros de Preparo:

LÍQUIDO TEMPO DE
CONCENTRAÇÃO VOLUME
OZONIZADO BORBULHAMENTO
Salina para EV e
20 - 30 mcg 500 ml 10 min.
aplicação subcutânea
Preparo para Bag de Ozônio

Objetivo:

Criar um ambiente saturado de ozônio (Bag) para descontaminação de feridas e


auxiliar nos processos cicatriciais.

Indicações:

 Tratamento de úlceras tróficas;


 Feridas purulentas;
 Úlceras simples e dolorosas;
 Cicatrização dificultosa;
 Queimaduras;
 Tecido subcutâneo irradiados;
 Feridas de pé diabético

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Bag;
 Faixa elástica com velcro.

Procedimento:

 Selecione uma bag de tamanho adequado;


 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando
possíveis vazamentos de gás;
 Coloque a região tratada na Bag;
 Prensa a bag com a faixa elástica com velcro, aplicar pressão suficiente para impedir a
vazão de gás sem comprometer a circulação local, evitando o perfil torniquete;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Esperar o tempo de saturação do tratamento;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Retirar a região tratada da bag;
 Lavar a bag e a região tratada com água ozonizada.

Parâmetros de Preparo:

Concentração Formas de Tempo de Frequência de


Indicações
de Ozônio Aplicações Tratamento Tratamento
Diariamente,
Úlceras de 40-70 μg/ml Sucção de baixa
10 minutos depois
decúbito no início pressão
1-2x/semana
Bota de baixa
Diariamente,
Gangrena 70 a 80 μg/ml pressão ou
10-20 minutos depois
diabética no início plástico
1-2x/semana
bag
Plástico bag
Diariamente,
70 a 80 μg/ml (não
Úlcera venosa 10-20 minutos depois
no início usar baixa
1-2x/semana
pressão)
Plástico bag +
compressão
Queimadura
20-30 μg/ml enxague com 10-20 minutos 1-2x/dia
grau 1 e 2
água
ozonizada
Plástico Bag + Inicia-se 3x
Feridas abertas 40-70μg/ml enxague de água 10 minutos p/semana e
ozonizada depois reduz
OzoInsuflação

Objetivo:

Entregar ozônio pela via retal para respostas sistêmicas do tratamento.

Indicações:

 Regulador do metabolismo e dos níveis de insulina, colesterol;


 Auxilia nos processos de emagrecimento;
 Auxilia nos tratamentos de gordura localizada;
 Auxilia nos tratamentos de celulite;
 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;
 Efeito anti-inflamatório e analgésico, amenizando a dor;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos do seu organismo;
 Promove otimização do sistema redox;
 Efeito germicida, eliminando bactérias, fungos e vírus;
 Melhora o trato gastrointestinal;
 Promova a regeneração de diversos tipos de tecido do corpo;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Efeito anti-envelhecimento, preservando juventude;
 Auxilia nos tratamentos de rejuvenescimento;
 Auxilia nos tratamentos de acne;
 Auxilia nos tratamentos capilares;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Cateter para aplicação retal;
 Seringa de 20 mL ou 60 mL.

Procedimento:

 Recomende que o paciente faça um enema de 2 a 3 horas antes da sessão;


 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando
possíveis vazamentos de gás;
 Solicite higienização da região perianal antes do início do tratamento;
 Em decúbito lateral faça a introdução da sonda ou peça para o próprio paciente fazer a
introdução no banheiro antes de iniciar a sessão;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento (tratamento com seringa ou modo contínuo);
 Esperar o tempo de ozoinsuflação ou realizar a entrega com auxílio da seringa
acoplada a sonda;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Retirar/ solicitar a remoção da sonda;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes).
 Agendar o próximo atendimento

Parâmetros de Aplicação:

5 sessões 5 sessões 5 sessões 5 sessões


Concentração
20 a 25 30 35 40
mcg
Volume (ml) 100 100 150 200
Pré –
Função Imunomodulação Imunoestimulação Imunoestimulação
condicionamento

Base fonte: Protocolo de cuba, de 2 a 3 vezes por semana. Para efeito ativador do
metabolismo 30 mcg de 150 mL até 200 mL diariamente por 7 dias, depois de 2 a 3 vezes por
semana.
Tratamento para Alopecia

Objetivo:

Entregar ozônio injetável no couro cabeludo como coadjuvante de tratamento de


alopecia.

Indicações:

 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;


 Efeito anti-inflamatório e analgésico;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos locais;
 Promove otimização do sistema redox;
 Efeito germicida, eliminando bactérias, fungos e vírus;
 Promova a regeneração tecidual;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Efeito anti-envelhecimento;
 Auxilia nos tratamentos de alopecia;
 Auxilia nos tratamentos de dermatite seborreica;
 Auxilia nos tratamentos capilares em geral;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Seringa de 10 mL;
 Agulha de 4 mm, 32G;
 Descartáveis em geral;
 EPI para aplicação de injetáveis.

Procedimento:

 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando


possíveis vazamentos de gás;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Higienizar a região tratada com água ozonizada 70 mcg;
 Realizar a demarcação da zona de tratamento seja pela monoterapia com ozônio
(conforme imagem a seguir) ou em técnica combinada (segundo a referência adotada
pelo profissional);
Fonte: Ayres e Sandoval, 2016

 Distanciar os pontos no mínimo a cada 1 cm e não mais que 3 cm entre si por toda a
área de tratamento;
 Prepara a seringa para a insuflação;
 Remover a marcação antes de realizar a aplicação;
 Realizar as aplicações;
 Higienizar a região tratada no término da aplicação;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Parâmetros de Aplicação:

Planos de
Afeccção Concentração Volume Frequência
aplicação
60 ml
Alopécia 10 mcg 15º 2 a 3 x semanais
(1 ml/ponto)
Disfunções 60 ml
10 mcg 15º 2 a 3 x semanais
capilares (1 ml/ponto)

 No segundo trimestre a frequência pode ser de 1 a 2 x por semana;


 No terceiro trimestre a frequência será semanal e contínua para manutenção de
resultados;
 Em caso de alopecia induzida por desordens do couro cabeludo ou contaminações
fungicas associar o óleo ozonizado no tratamento e na manutenção diária homecare.
Tratamento para Acne ativa

Objetivo:

Entregar ozônio tópico e injetável no tecido cutâneo acometido pela acne.

Indicações:

 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;


 Efeito anti-inflamatório e analgésico;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos locais;
 Promove otimização do sistema redox;
 Efeito germicida, eliminando bactérias, fungos e vírus;
 Promova a regeneração tecidual;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Minimiza efeitos cicatriciais;
 Otimização de resultados da terapêutica da acne;
 Descontaminação das bolsas purulentas de acne;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Seringa de 10 mL;
 Agulha de 4 mm, 32G;
 Descartáveis em geral;
 EPI para aplicação de injetáveis;
 Utensílios para preparo de água ozonizada.

Procedimento de limpeza de pele ozonizada:

 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando


possíveis vazamentos de gás;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Preparar água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Conduzir o procedimento conforme a melhor indicação clínica;
Limpeza de pele ozonizada:

Indicação: para limpeza de pele com acometimento acneico grau 1 e grau 2 sem zonas
pustuladas com mais de 3 mm.

 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;


 Desengordurar a pele com sabonete glicoativo realizando pressão suave;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar peeling enzimático e deixar agir segundo orientação do fabricante;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar tônico de finalidade revitalizadora;
 Realizar desincruste de oleosidade (indica-se argila verde preparada com a água
ozonizada em peles mais sensíveis e de baixa oleosidade ou solução desincruste,
podendo ser ativada pela corrente galvânica do desincruste, em casos de peles mais
lipídicas e congestionadas);
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Preparar a solução emoliente ozonizada (emoliente + água ozonizada 70 mcg/ mL 1:1);
 Embeber o algodão ou máscara de algodão (ou indicação similar) com a solução
emoliente;
 Acionar o vapor de ozônio;
 Direcionar o fluxo do ozônio por varredura contínua ou por quadrante com extração
ativa, vaporizando ao menos 5 minutos cada região;
 Realizar a extração ativa dos comedões seguindo a seguinte proposta;
o Para extração manual embeber o algodão da ponta dos dedos na água
ozonizada 70 mcg/ mL;
o Para extração com cureta umidificar a ponta da cureta na solução ozonizada
antes de fazer a movimentação de varredura, após as extração de comedões
com mais de 1 mm de tamanho realizar suave compressão da região com a
água ozonizada;
o Para extração de comedões ponto branco, pretos de grande tamanho ou
milium que demandem de lancetamento, logo após a remoção realizar suave
compressão da região com a água ozonizada;
 Higienizar toda a região tratada com água ozonizada 70 mcg/ mL e sobre as regiões
mais sensibilizadas e/ ou lesionadas aplicar o equipamento de alta frequência (as
regiões com lesão também podem ser irradiadas com laser vermelho de baixa
potência);
 Aplicar o tônico revitalizante e não remover;
 Aplicar a máscara calmante e deixar agir pelo tempo indicado pelo fabricante;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar o tônico adstringente e produtos de perfil hidratante e antioxidante e não
remover;
 Aplicar o filtro solar de melhor indicação clínica;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Limpeza de pele com descontaminação ozonizada:

Indicação: para limpeza de pele com acometimento acneico grau 1 e grau 2 com zonas
pustuladas com mais de 3 mm e inflamações.

 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;


 Desengordurar a pele com sabonete glicoativo realizando pressão suave;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar peeling enzimático e deixar agir segundo orientação do fabricante;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar solução de ácido salicílico a 2% com ácido mandélico 10% (pH 3,5), de uma a
duas camadas nas regiões acometidas e deixar agir por 5 minutos;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar tônico de finalidade revitalizadora;
 Realizar desincruste de oleosidade (indica-se argila verde preparada com a água
ozonizada em peles mais sensíveis e de baixa oleosidade ou solução desincruste,
podendo ser ativada pela corrente galvânica do desincruste, em casos de peles mais
lipídicas e congestionadas);
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Preparar a solução emoliente ozonizada (emoliente + água ozonizada 70 mcg/ mL 1:1);
 Embeber o algodão ou máscara de algodão (ou indicação similar) com a solução
emoliente;
 Acionar o vapor de ozônio;
 Direcionar o fluxo do ozônio por varredura contínua ou por quadrante com extração
ativa, vaporizando ao menos 5 minutos cada região;
 Realizar a extração ativa dos comedões seguindo a seguinte proposta;
o Para extração manual embeber o algodão da ponta dos dedos na água
ozonizada 70 mcg/ mL;
o Para extração com cureta umidificar a ponta da cureta na solução ozonizada
antes de fazer a movimentação de varredura, após as extração de comedões
com mais de 1 mm de tamanho realizar suave compressão da região com a
água ozonizada;
o Para extração de comedões ponto branco, pretos de grande tamanho ou
milium que demandem de lancetamento, logo após a remoção realizar suave
compressão da região com a água ozonizada;
o Para descontaminação ativa lancetar o ápice do comedão e drenar a região,
introduzir a agulha de 4 mm no ângulo de 15o fora do alo inflamatório e
insuflar de 5 a 10 mL de ozônio na concentração de 20 mcg/ mL, depois
realizar leve pressão para vazão do gás remanescente;
 Higienizar toda a região tratada com água ozonizada 70 mcg/ mL e sobre as regiões
mais sensibilizadas e/ ou lesionadas aplicar o equipamento de alta frequência (as
regiões com lesão também podem ser irradiadas com laser vermelho de baixa
potência);
 Reaplicar solução de ácido salicílico a 2% com ácido mandélico 10% (pH 3,5), apenas
uma camada nas regiões acometidas com reaplicação pontual nas regiões de extração
e deixar agir por 5 minutos;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar o tônico revitalizante e não remover;
 Aplicar a máscara calmante e deixar agir pelo tempo indicado pelo fabricante;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar o tônico adstringente e produtos de perfil hidratante e antioxidante e não
remover;
 Aplicar o filtro solar de melhor indicação clínica;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Manutenção da pele acneica:

 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;


 Desengordurar a pele com sabonete glicoativo realizando pressão suave;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar peeling enzimático e deixar agir segundo orientação do fabricante;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar tônico de finalidade revitalizadora;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Insuflar ozônio utilizando a agulha de 4 mm 32G, distanciando os pontos com no
mínimo 1 cm e não mais que 3 cm entre si;
 Higienizar toda a região tratada com água ozonizada 70 mcg/ mL e sobre as regiões
mais sensibilizadas e/ ou lesionadas aplicar o equipamento de alta frequência (as
regiões com lesão também podem ser irradiadas com laser vermelho de baixa
potência);
 Aplicar o tônico revitalizante e não remover;
 Aplicar a máscara calmante e deixar agir pelo tempo indicado pelo fabricante;
 Remover o produto com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar o tônico adstringente e produtos de perfil hidratante e antioxidante e não
remover;
 Aplicar o filtro solar de melhor indicação clínica;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Parâmetros de Aplicação:

Planos de
Afeccção Concentração Volume Frequência
aplicação
60 ml
Alopécia 10 mcg 15º 1 a 2 x semanais
(1 ml/ponto)

 Proposta de 10 sessões de atendimento, primeiras 5 sessões 2 x na semana, próximas


5 sessões com intervalo semanal;
 Evitar fazer perfuração com agulha sobre região nitidamente tratada anteriormente
com agulha;
 Complementar o tratamento para função secativa com óleo ozonizado aplicado
pontualmente na região de acne ativa.
Tratamento para Flacidez e Estria

Objetivo:

Entregar ozônio injetável no tecido cutâneo acometido pela flacidez

Indicações:

 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;


 Efeito anti-inflamatório e analgésico;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos locais;
 Promove otimização do sistema redox;
 Promova a regeneração tecidual;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Minimiza efeitos cicatriciais;
 Indução de necologenese;
 Tratamento da estria alba;
 Tratamento da rubra;
 Otimização de resultados da terapêutica de densificação dérmica;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Seringa de 10 mL;
 Agulha de 4 mm, 32G;
 Descartáveis em geral;
 EPI para aplicação de injetáveis;
 Utensílios para preparo de água ozonizada.

Procedimento:

 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando


possíveis vazamentos de gás;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Preparar água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar as eletroterapias segundo a melhor indicação clínica;
 Aplicar a ozonioterapia da seguinte maneira:
o Para flacidez geral utilizar a técnica ponto a ponto distanciando os pontos em
pelo menos 1 cm e não mais que 3 cm.
o Para estria rubra aplicar na região da estria a técnica ponto a ponto
distanciando os pontos em pelo menos 1 cm e não mais que 3 cm.
o Para estria alba aplicar ao longo da estria pela técnica de retroinjeção.
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar os cosméticos segundo finalidade do tratamento;
 Aplicar o filtro solar de melhor indicação clínica para terapêutica facial;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Parâmetros de Aplicação:

Planos de
Afeccção Concentração Volume Frequência
aplicação
240 ml (1
Flacidez Tissular 10 mcg 15º 1 a 2 x semanais
ml/ponto)
240 ml (1 1 a 2 x semanais
Estrias 10 mcg 15º
ml/ponto)
240 ml (5 1 a 2 x semanais
Fibrose 10 mcg 15º
ml/ponto)

 Proposta de 10 a 20 sessões de atendimento;


 Evitar fazer perfuração com agulha sobre região nitidamente tratada anteriormente
com agulha;
 Complementar o tratamento com cosméticos sem perfil antioxidante potente, dar
preferência pelos fatores de crescimento;
 Associar a eletroterapia sempre antes da aplicação do ozônio.
Tratamento para Rejuvenescimento Facial

Objetivo:

Entregar ozônio injetável no tecido cutâneo com proposta rejuvenescedora.

Indicações:

 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;


 Efeito anti-inflamatório e analgésico;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos locais;
 Promove otimização do sistema redox;
 Promova a regeneração tecidual;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Minimiza efeitos cicatriciais;
 Indução de necologenese;
 Otimização de resultados da terapêutica de densificação dérmica;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Seringa de 10 mL;
 Agulha de 4 mm, 32G;
 Descartáveis em geral;
 EPI para aplicação de injetáveis;
 Utensílios para preparo de água ozonizada.

Procedimento:

 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando


possíveis vazamentos de gás;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Preparar água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar as eletroterapias segundo a melhor indicação clínica;
 Aplicar a ozonioterapia da seguinte maneira:
o Para rejuvenescimento geral utilizar a técnica ponto a ponto distanciando os
pontos em pelo menos 1 cm e não mais que 3 cm.
o Tratar a região das rugas e sulcos pela técnica de retroinjeção;
o Região orbicular dos olhos trabalhar com a agulha superficializada.
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar os cosméticos segundo finalidade do tratamento;
 Aplicar o filtro solar de melhor indicação clínica para terapêutica facial;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Parâmetros de Aplicação:

Planos de
Afeccção Concentração Volume Frequência
aplicação
60 ml (1
Rejuvenescimento 10 mcg 15º 1 a 2 x semanais
ml/ponto)
Rugas 1 – 2 mcg 0,2 – 0,5 ml 15º 1 a 2 x semanais
periorbicular;
0,5 – 1 ml região
nasogeniana;
1 ml região do
pescoço

 Proposta de 10 a 20 sessões de atendimento;


 Evitar fazer perfuração com agulha sobre região nitidamente tratada anteriormente
com agulha;
 Complementar o tratamento com cosméticos sem perfil antioxidante potente, dar
preferência pelos fatores de crescimento;
 Associar a eletroterapia sempre antes da aplicação do ozônio.
Tratamento para Gordura Localizada e Celulite

Objetivo:

Entregar ozônio injetável no tecido cutâneo com proposta redução de medidas e


melhora do fibroedema geloide.

Indicações:

 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;


 Efeito anti-inflamatório e analgésico;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos locais;
 Promove otimização do sistema redox;
 Promova a regeneração tecidual;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Favorecer o sistema de drenagem e circulação intersticial;
 Minimiza efeitos cicatriciais;
 Indução de necologenese;
 Efeito lipolítico;
 Otimização de resultados da terapêutica de gordura localizada e celulite;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Seringa de 10 mL;
 Agulha de 13 mm 30G;
 Descartáveis em geral;
 EPI para aplicação de injetáveis;
 Utensílios para preparo de água ozonizada.

Procedimento:

 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando


possíveis vazamentos de gás;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Preparar água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar as eletroterapias segundo a melhor indicação clínica;
 Aplicar a ozonioterapia da seguinte maneira:
o Para gordura localizada trabalhar com a agulha em um ângulo de 90o, para
pregueamento cutâneo superior a 15 mm, em caso de pregueamento com
tamanho inferior ajustar a angulação para 45 o;
o Para tratamento da FEG ajustar a angulação entre 30 o e 45 o;
o Fazer uma insuflação a cada área de 5 cm2.

Pós imediato após uma única sessão de ozoniterapia (Fonte: Cynara Leao)

 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;


 Aplicar os cosméticos segundo finalidade do tratamento;
 Aplicar o filtro solar de melhor indicação clínica para terapêutica facial;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Parâmetros de Aplicação:

Planos de
Afeccção Concentração Volume Frequência
aplicação
Gordura 240 ml (1 a 5
10 mcg 90º 1 a 2 x semanais
Localizada ml/ponto)
240 ml (1 a 5 1 a 2 x semanais
FEG 5mcg 45º
ml/ponto)

 Proposta de 10 a 20 sessões de atendimento;


 Evitar fazer perfuração com agulha sobre região nitidamente tratada anteriormente
com agulha;
 Complementar o tratamento com cosméticos sem perfil antioxidante potente, dar
preferência pelos fatores de crescimento;
 Associar a eletroterapia sempre antes da aplicação do ozônio.
HLCO – Hidro Lipo Clasia Ozonizada

Objetivo:

Entregar ozônio injetável no tecido cutâneo com proposta de redução de medidas e


descompactação de gordura.

Indicações:

 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;


 Efeito anti-inflamatório e analgésico;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos locais;
 Promove otimização do sistema redox;
 Promova a regeneração tecidual;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Favorecer o sistema de drenagem e circulação intersticial;
 Minimiza efeitos cicatriciais;
 Indução de necologenese;
 Efeito lipolítico;
 Otimização de resultados da terapêutica de gordura localizada e celulite;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Seringa de 10 mL;
 Agulha de 13 mm 30G;
 Descartáveis em geral;
 EPI para aplicação de injetáveis;
 Utensílios para preparo de água ozonizada.

Procedimento:

 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando


possíveis vazamentos de gás;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Preparar água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Preparar bolsa salina na concentração entre 20 mcg/ mL e 30 mcg/ mL;
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Demarcar a região para aplicação do soro com paciente em pé;
o Dividir a região em quadrantes 10x 15
o Dividir os quadrantes 10x15 em quadrantes em 5x5cm
o Aplicar de 5 mL a 10 mL de soro ozonizado por quadrante;
 Aplicar a solução nos pontos demarcados em um dos quadrantes e em seguida
aplicar o ultrassom por 5 minutos no módulo de hidrolipoclasia. Aplique o soro
na outra região após terminar a primeira e assim por diante;
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar a ozonioterapia da seguinte maneira:
o Para gordura localizada trabalhar com a agulha em um ângulo de 90o;
o Fazer uma insuflação a cada área de 5 cm2.
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar os cosméticos segundo finalidade do tratamento;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Parâmetros de Aplicação:

Planos de
Afeccção Concentração Volume Frequência
aplicação
Gordura 500 ml (5 a 10
20 mcg 90º 1 x semana
Localizada ml/ponto)

 Proposta de 10 sessões de atendimento;


 Intercalar a sessão com a ozonioterapia para gordura localizada;
 Evitar fazer perfuração com agulha sobre região nitidamente tratada anteriormente
com agulha;
 Complementar o tratamento com cosméticos sem perfil antioxidante potente, dar
preferência pelos fatores de crescimento;
 Associar a eletroterapia sempre antes da aplicação do ozônio.
Eletrolipo Ozonização

Objetivo:

Entregar ozônio injetável no tecido cutâneo com proposta lipolítica intensa.

Indicações:

 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;


 Efeito anti-inflamatório e analgésico;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos locais;
 Promove otimização do sistema redox;
 Promova a regeneração tecidual;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Favorecer o sistema de drenagem e circulação intersticial;
 Minimiza efeitos cicatriciais;
 Indução de necologenese;
 Efeito lipolítico;
 Otimização de resultados da terapêutica de gordura localizada e celulite;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Seringa de 10 mL;
 Agulha de 13 mm 30G;
 Descartáveis em geral;
 EPI para aplicação de injetáveis;
 Utensílios para preparo de água ozonizada.

Procedimento:

 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando


possíveis vazamentos de gás;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Preparar água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Introduzir as agulhas que serviram de eletrodo no tecido adipocitário e ajustar os
parâmetros do equipamento segundo avaliação clínica e orientação do fabricante;
 Após 20 minutos de condução de corrente da eletrolipólise aplicar entre os eletrodos,
com o equipamento ligado, o ozônio;

 Aplicar a ozonioterapia da seguinte maneira:


o Para gordura localizada trabalhar com a agulha em um ângulo de 90o;
o Fazer uma insuflação a cada área de 5 cm2.
 Higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar os cosméticos segundo finalidade do tratamento;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Parâmetros de Aplicação:

Planos de
Afeccção Concentração Volume Frequência
aplicação
Gordura 240 ml (1 a 5
10 mcg 90º 1 a 2 x semana
Localizada ml/ponto)

 Proposta de 10 sessões de atendimento;


 Intercalar a sessão com a ozonioterapia para gordura localizada;
 Evitar fazer perfuração com agulha sobre região nitidamente tratada anteriormente
com agulha;
 Complementar o tratamento com cosméticos sem perfil antioxidante potente, dar
preferência pelos fatores de crescimento;
 Associar a eletroterapia sempre antes da aplicação do ozônio.
Jato de Plasma com Ozônio para as mãos

Objetivo:

Entregar ozônio tópico para favorecer a recuperação celular e prevenir contaminações.

Indicações:

 Melhoras as defesas imunológicas do corpo;


 Efeito anti-inflamatório e analgésico;
 Auxilia na remoção de oxidantes nocivos locais;
 Promove otimização do sistema redox;
 Promova a regeneração tecidual;
 Melhora a oxigenação e circulação arterial e venosa;
 Favorecer o sistema de drenagem e circulação intersticial;
 Minimiza efeitos cicatriciais;
 Indução de necologenese;
 Efeito séptico;

Materiais:

 Cilindro de oxigênio medicinal devidamente regulado e carregado;


 Equipamento de produção de ozônio;
 Filtro catalizador de ozônio;
 Bag;
 Faixa elástica com velcro;
 Descartáveis em geral;
 Equipamento de jato de plasma
 Utensílios para preparo de água ozonizada.

Procedimento:

 Certifique-se que todo o cabeamento esteja devidamente conectado, evitando


possíveis vazamentos de gás;
 Ligue o equipamento;
 Selecione a parametrização para o tratamento;
 Abra o cilindro de oxigênio;
 Ajuste o fluxo da saída de gás do cilindro de oxigênio de acordo com as especificações
do equipamento;
 Preparar água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Conduzir a técnica de jato de plasma para remoção de manchas senis e
rejuvenescimento das mãos;
 No pós imediato realizar a bag de ozônioterapia;
 Após a bag higienizar a pele com água ozonizada na concentração de 70 mcg/ mL;
 Aplicar os cosméticos segundo finalidade do tratamento;
 Desligar a produção de ozônio e realizar a vazão do gás, se necessário, segundo as
orientações do equipamento;
 Dar orientações relativas à suspenção de ativos antioxidantes (suplementação
vitamínica ou mesmo dieta rica em antioxidantes) e condutas pós-procedimento;
 Agendar o próximo atendimento.

Parâmetros de Aplicação:

Afeccção Concentração Tempo Uso do Velcro Frequência


Pós jato de
20 a 30 mcg 20 minutos sim 1 a 2 x semana
plasma

 Proposta de 5 sessões de atendimento;


 Utilizar como proposta de recuperação junto da lavagem com água ozonizada;
 Após 30 dias repetir a sessão de jato de plasma se necessário;
 Complementar o tratamento com cosméticos sem perfil antioxidante potente, dar
preferência pelos fatores de crescimento;
 Associar a eletroterapia sempre antes da aplicação do ozônio.
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