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RODAS DE CONVERSA

BASTA LER PARA A TURMA? PRÁTICAS PARA A FORMAÇÃO DE


LEITORES

Dia 06 de abril, pegamos pela mão de Carlos Drummond e começamos dizendo “Mundo,
mundo, vasto mundo, mais vasto é meu coração”, e na sabedoria drummondiana nos reunimos
em uma só roda para questionar: Basta ler para a turma? Práticas para a formação de
leitores. Percorremos imagens e conceitos para encontramos respostas sobre O que é ler? A
leitura na escola e o progresso do leitor. Afinal, de contas é possível ler na escola? E na escuta
de relatos sobre a formação leitora inicial, práticas de incentivo à leitura, livros a partir de temas
que nos interessa, as múltiplas formas de ler, em suportes e gêneros diversos, fomos ajustando
nossos óculos e os modos de ver os caminhos da leitura.
Conversa vem, conversa vai concluímos que:
Primeiro: A leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto e neste processo tenta-se
obter uma informação pertinente para os objetivos que guiam sua leitura.
Segundo: Para ler necessitamos, simultaneamente, manejar com destreza as habilidades de
decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, ideias e experiências prévias; precisamos nos
envolver em um processo de previsão e inferência contínua, que se apoia na informação
proporcionada pelo texto e na nossa própria bagagem, e em um processo que permita encontrar
evidência ou rejeitar as previsões e inferências. Por isso as aulas de leitura precisam ser também
dedicadas ao ensino de estratégias adequadas para a compreensão de textos.
Terceiro: É importante reconhecer que a capacitação não é condição suficiente para a mudança
na proposta didática do trabalho com leitura, além de continuar com os esforços de formação,
será necessário estudar os mecanismos ou fenômenos que ocorrem na escola e impedem que
todas as crianças se apropriem da leitura e da escrita.
Quarto: A escolha de uma obra deve levar em consideração conhecimentos que os leitores já
têm, mas também a construção de saberes que serão necessários para outras leituras que virão.
O professor necessita lançar o olhar no tempo presente – escolhendo obras que suscitem
discussões relevantes, descobertas estéticas – e um olhar mais à frente, projetando competências
que serão necessárias.
E por fim, sim e sim! É possível ler na escola. Para tal é preciso fazer da escola um espaço em
que as atividades de leitura abram mundos possíveis e inaugurem um caminho que todos
possam percorrer, tornando-se competentes leitores.
Agora, de mãos dadas, vamos seguindo para nossa segunda roda: Qual o sentido da leitura na
escola? E, agora José?

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