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SUMÁRIO
Sumário 03

Introdução 04

1 O CLP do Século XXI 05

Todo CLP tem Configurações e Capacidades


2 Eletrônicas Básicas 07

Linguagens de Programação Possíveis para


3 CLP 10

Como Funciona a Integração e Rede de


4 Comunicação do CLP 14

É Possível Expandir a Capacidade de


5 Entradas e Saídas de um CLP com Módulos
de Expansão 16

6 Meios de Interação Amigável com o CLP 18

A chave da Programação do CLP é o


7 Domínio do Processo 22

Conclusão 25

Referências 26

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Introdução

ATM
Fala ATMs (Automatizadores),
sejam-bem vindos ao time de
desenvolvimento de grandes

Solutions
soluções automatizadas e
tecnológicas.

Neste guia eu organizei e


disponibilizei o conhecimento que
você precisa para entender qualquer
tipo de CLP, inclusive os fabricados
pelas grandes marcas mundiais.

Nesse e-book selecionamos as


melhores dicas práticas para te ajudar
a aplicar as “7 VERDADES SOBRE
CLP”, assim como a metodologia
ilustrada neste livro vai ampliar o seu
conhecimento sobre programação de
CLP’s, independentemente do seu
nível profissional.

Eu verdadeiramente acredito que o


conhecimento depositado neste livro
tem o poder de transformar o seu
entendimento sobre o CLP e ampliar
a sua visão para áreas em que o CLP é
imprescindível, assim como,
transformou a minha vida quando
passei a ter este conhecimento.

Wesley Jean
Sócio fundador da ATM
Solutions, Engenheiro
Eletricista, Especialista em
Automação e Controle de
Processos

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O CLP do
Século
XXI
O Controlador Lógico Programável, mais conhecido
pela sua sigla CLP ou PLC (Programmable Logic
Controller), é um dispositivo eletrônico, computacional
que foi adaptado para o controle de processos de
fabricação, como linhas de montagens, máquinas,
dispositivos robóticos ou qualquer atividade que exija
alta confiabilidade, facilidade de programação e
diagnóstico de falha do processo.

No final da década de 60, precisamente em 1968, o


engenheiro americano Dick Morley (Richard E. Morley),
define o conceito de Controlador Lógico Programável
e constrói o primeiro CLP do mundo, o Modicon 084, o
que o tornaria conhecido como o Pai do CLP.

O controlador foi criado para suprir as necessidades


industriais e trazer uma eficiência na capacidade de
produção e no gerenciamento de processos a níveis
no qual a indústria ainda não havia experimentado. A
criação do CLP trouxe consigo o desenvolvimento de
outras tecnologias como as redes de comunicação
entre máquinas e dispositivos eletrônicos, robótica
mais interativa com o processo.
MODICON 084
Primeiro CLP do Mundo
O CLP cumpriu com excelência a função para qual
havia sido criado e com o passar dos anos, ele foi
sendo atualizado e atendendo a novas necessidades
até chegar ao modelo de controlador dos dias atuais.

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O CLP do Século XXI

A sacada sobre o CLP do século XXI é que ele vai


além de atender apenas às necessidades
industriais, é um dispositivo super versátil que pode
ser utilizado no gerenciamento de qualquer
sistema/processo que possuam três pontos básicos:
entradas, desenvolvimento de etapas e saídas.

Desta maneira podemos utilizar o controlador para atuar em diversas aplicações, desde
aplicações simples rotineiras do cotidiano, como controlar um sistema de iluminação
residencial, quanto o controle de uma malha de processo industrial complexa. Na verdade, o
que irá definir o poder, ou a grandiosidade da aplicação é o modelo de arquitetura do
processo. Por isso, a importância de criar uma arquitetura modularizada. E o desenvolvimento
da lógica no CLP deve seguir a modularidade também, pois quando separa as
responsabilidades dentro da lógica, facilita a manutenção das rotinas e usabilidade das
mesmas em várias partes do código.

O conjunto de benefícios que um sistema automatizado entrega para uma indústria é a


otimização do processo industrial, trazendo ganhos como: aumento do nível de qualidade
dos produtos, minimização da necessidade de reprocessamento, aumento da confiabilidade
dos sistemas, aumento da vida útil das máquinas e equipamentos, aumento do nível de
segurança da planta, liberação do operador de uma série de atividades manuais e repetitivas
para executar uma tarefa de supervisão.

Como a automação industrial estabelece constantemente novos padrões de produção e


eficiência, para que o profissional de automação consiga ter a capacidade de fornecer tais
benefícios ao processo de forma eficiente e segura, é necessário que o mesmo esteja atento
aos padrões de qualidade do desenvolvimento da programação do processo. Construindo um
projeto de programação modularizado com rotinas bem definidas, pois existem processos
industriais que mudam constantemente. E um sistema modularizado facilita a manutenção
do mesmo. Isto está diretamente ligado ao nível de programação realizada por este
profissional. Portanto, excelentes programas para a realização do sucesso de grandes
processos foram desenvolvidos por excelentes programadores.

Dica Prática!
"NA ESCOLHA DE MODELOS DE CLP PARA
ESTUDO E APRENDIZADO, SELECIONE DOIS
MODELOS DIFERENTES: UM SIMPLES, PARA
APREDIZAGEM DOS FUNDAMENTOS E
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS E UM MODELO MAIS
ROBUSTO COM DATA DE FABRICAÇÃO MAIS
RECENTE, QUE TE DEIXARÁ MAIS ATENTO AS
NOVAS TECNOLOGIAS DESENVOLVIDAS."
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Todo CLP Tem


Configurações e
Capacidades Eletrônicas
Básicas
Por ser um dispositivo eletrônico, todo o CLP tem configurações, especificações
eletroeletrônicas básicas para o funcionamento do mesmo e para a realização do
controle da malha de processo no qual irá atuar.

Sendo assim é comum no momento de projeto e especificação de um controlador lógico


programável serem definidas as configurações de processador, memórias, CPU (Unidade
Central de Processamento), módulo de entradas, módulo de saídas e módulo de rede de
comunicação.

Representação de Placa
de Circuitos
CPU
O sistema central, cérebro do CLP é a unidade central de processamento que tem como
principal função ler as entradas, executar as instruções do programa desenvolvido pelo
usuário e transferir as atualizações para os valores de saídas. Sendo a CPU formada por
duas partes fundamentais, o processador e as memórias, além de circuitos de
diagnósticos, porta de comunicação dentre outros.

Processador
O processador de um CLP tem como função principal a execução do programa escrito
pelo usuário. Além disso, executa tarefas como, gerenciamento da comunicação, e
programas de auto diagnósticos. Estas tarefas de processamento acontecem de acordo

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Todo CLP Tem Configurações e
Capacidades Eletrônicas Básicas

com o sistema operacional inscrito pelo fabricante, este sistema não é acessível ao usuário
do CLP e se encontra gravado na memória não volátil da CPU. Existem CLPs que se
utilizam de mais de um processador, sendo assim, capaz de realizar diversas atividades
tornando-o mais rápido e fácil de programar.

Memória
Existem diversos tipos de memórias que são utilizadas na constituição do controlador,
memórias estas que são responsáveis pelo armazenamento do sistema operacional, a
programação, gerenciamento das tabelas de entradas e saídas e as variáveis internas do
CLP.

A capacidade de armazenamento de cada memória costuma ser definida pela quantidade


de bits, bytes ou words. Para o armazenamento do sistema operacional, são utilizadas
memórias dos tipos ROM (Read Only Memory) são memórias especialmente projetadas
para manter armazenadas informações, que, sob hipótese alguma, poderão ser alteradas,
EPROM (Erasable Programmable Read-Only Memory), memória programável apagável
somente de leitura") é um tipo de chip de memória de computador que mantém seus
dados quando a energia é desligada ou EEPROM, sigla do inglês de Electrically-Erasable
Programmable Read-Only Memory, é um tipo de memória não-volátil usada em
computadores e outros dispositivos eletrônicos para armazenar pequenas quantidades de
dados que precisam ser salvos quando a energia é removida, por exemplo, dados de
configuração do dispositivo.

A aplicação ou programa desenvolvido pelo usuário necessita rodar sem “interferências”,


mantendo uma certa estabilidade e por isto o mesmo é geralmente armazenado em
memórias do tipo EEPROM, além do fato de que é uma memória não volátil. Sendo a
memória do tipo RAM dedicada a velocidade de processamento das informações, quando
utilizada para o armazenamento de dados, se faz necessário o uso de bateria, já que este
tipo de memória se apaga na ausência de alimentação.

A memória de acesso aleatório (RAM) do CLP é um


dos componentes mais importantes para determinar
o desempenho do sistema. A RAM oferece a lógica
desenvolvida um local para armazenar e acessar
dados em curto prazo. Ele arazena as informações
que seu CLP está usando ativamente para que possa
ser acessado rapidamente.

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Todo CLP Tem Configurações e
Capacidades Eletrônicas Básicas

Módulos de Entradas e Saídas


O módulo de entradas pode ser subdividido em entradas digitais e analógicas, dando a
possibilidade do controlador obter as informações geradas pelo processo, é neste módulo
que entram os sinais de status das máquinas, termostatos, botoeiras, sensores
de temperatura, pressão, vazão e todos os tipos de dispositivos utilizados para monitorar o
processo e fornecer as informações relevantes ao controle atuado pelo CLP.

Quando o controlador está em modo de “Run” (funcionando), realiza uma sequência de


operações denominada ciclo de varredura onde lê os valores das entradas e os salva em
sua memória.

O módulo de saídas também é subdividido em saídas digitais e analógicas, este permite


que o controlador possa interagir, atuar no processo através dos EFC’s (Elementos Finais
de Controle), mais conhecidos como atuadores. Estes atuam no processo de acordo com o
programa desenvolvido pelo usuário, o CLP executa o ciclo de varredura das informações
de entradas, desenvolve as instruções do programa e logo em seguida atualiza os valores
de saídas atuando direta ou indiretamente no processo através do acionamento de um
motor, bomba centrífuga, válvula de controle, luminária, refrigerador e outros
equipamentos.

Módulo de rede de comunicação


O módulo de rede de comunicação permite ao controlador ser acessado através de
interfaces de comunicação para que o mesmo possa receber ou transmitir informações,
ou até mesmo ser programado pela interface do usuário. A comunicação é realizada por
vários protocolos de rede como Modbus e Ethernet. Muitos destes protocolos são
específicos de cada fabricante de CLP.

Dica Prática!
"NA COMPOSIÇÃO DE UM SISTEMA A SER
AUTOMATIZADO, É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA O
DIMENSIONAMENTO CORRETO DO
CONTROLADOR A SER UTILIZADO E NESTA
COMPOSIÇÃO É NECESSÁRIO DEFINIR O
TAMANHO DA MEMÓRIA DE ARMAZENAMENTO
QUE O CLP PRECISARÁ TER PARA COMPORTAR O
PROCESSO EM QUESTÃO, ALÉM DA CAPACIDADE
DE PROCESSAMENTO."

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Linguagens de
Programação Possíveis
Para CLP
A linguagem de programação trata-se de um conjunto de instruções que produzem
vários tipos de códigos com a intenção de implementar algoritmos e criar
funcionalidades para objetivos gerais e específicos de programação. Existem diversas
linguagens de programação para CLPs, cinco delas são suportadas pela norma IEC 61131-3
(Padrão Internacional para Controladores Lógicos Programáveis), porém, dentre elas,
existem três tipos de linguagens que são mais utilizadas entre os programadores e
grandes fabricantes de CLP’s. Linguagem em Ladder, Diagrama de Bloco de Função e
Texto Estruturado (Script), estas são as linguagens mais aplicadas na programação de
sistemas automatizados.

Linguagens de Programação

Ladder
A Linguagem em Ladder tem a sua origem de “projetos elétricos” (Lógica Ladder),
representações de comandos elétricos executados por sistemas eletromecânicos. Sendo
cada dispositivo que faz parte deste sistema é representado por um símbolo
característico no diagrama em ladder, interligado através de conexões entres os
dispositivos.

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Linguagens de Programação
Possíveis Para CLP

No princípio foi denominada como Lógica Ladder, evoluiu para uma linguagem de
programação que faz a representação gráfica baseada nos diagramas elétricos dos
circuitos de hardware. O nome é baseado na observação de que os programas
assemelham-se em escadas com duas barras verticais na lateral e diversos degraus na
horizontal.

A maneira de desenvolver um programa em Ladder é basicamente realizar interligações


entre contatos que podem ser associados aos sinais de entrada dos sistemas e bobinas
que podem ser associadas às saídas. Cada contato ou bobina correspondem ao estado
lógico 1 (Verdadeiro) ou 0 (Falso). Desta forma pode-se formar circuitos lógicos com
diversos contatos para acionar, atuar uma ou mais bobinas a depender do fabricante do
controlador.

Representação da
Programação em Ladder

Diagrama de Bloco de Função


Já a Linguagem de Blocos, conhecida também como Diagrama de Bloco de Função, é
derivada do fluxo de controle de processos industriais, como as funções de transferências.
Além disto, a mesma traz consigo a utilização de portas lógicas e operadores matemáticos.
Ela é formada por blocos que podem compor a função entre interações das variáveis de
entrada e variáveis de saída.

Na programação com a linguagem de blocos as entradas e saídas do CLP são conectadas


em conjuntos com linhas de conexão a blocos com configurações pré-determinadas ou
customizáveis. Esta conexão carrega os dados associados da extremidade esquerda para a
direita.

É muito comum na programação por blocos a utilização de operadores matemáticos


como: os de soma, subtração, divisão e multiplicação. Assim como os operadores lógicos,
portas lógicas como, “AND”, “OR” e “NOT”.

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Linguagens de Programação
Possíveis Para CLP

Representação da Programação em
Diagrama de Bloco de Função

Texto Estruturado
Se fossemos definir a linguagem mais “complexa” e de alto nível no mundo da
programação de CLPs, sem dúvidas seria a linguagem de Texto Estruturado ou Script, é
um modelo de linguagem que foi baseada na linguagem de programação Pascal
(Linguagem baseada na estruturação de dados).

A maneira de programar em Script está relacionada à escrita de palavras e formações de


textos, comandos que respeitem a uma certa estrutura, ordenação dos textos e sintaxe ou
regras de programação. A programação se dá por comando que realizam, Loops de
interação entre as variáveis, Execução de condicionais e Funções pré-determinadas.

Saber programar em Texto Estruturado, ou Script, é sem dúvidas estar alguns patamares
acima dos “programadores comuns” de CLPs, pois, este modelo de linguagem traz
flexibilidade para programações específicas de processos que requerem alto nível de
complexidade técnica, onde linguagens de programação mais básicas não conseguem
dar conta.

Representação da Programação em
Texto Estruturado/Script

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Linguagens de Programação
Possíveis Para CLP

Representação da Programação em
Texto Estruturado/Script

Dica Prática!
"QUER APRENDER A PROGRAMAR CLPS? COMECE
POR ENTENDER E CRIAR UMA BASE SOBRE
COMANDOS ELÉTRICOS, LOGO EM SEGUIDA,
BUSQUE O APRENDIZADO DA LINGUAGEM DE
PROGRAMAÇÃO EM LADDER, E QUANDO JÁ
ESTIVER PONDO EM PRÁTICA ESTE
APRENDIZADO, COMECE A ESTUDAR O BÁSICO DE
PROGRAMAÇÃO EM SCRIPT PARA QUE EM UM
FUTURO PRÓXIMO VOCÊ SE TORNE UM
PROGRAMADOR DE ALTO NÍVEL."

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Como Funciona a
Integração e Rede de
Comunicação do CLP
Como já vimos aqui neste livro o primeiro CLP foi desenvolvido no final da década de 60,
precisamente no ano de 1968, logo em seguida houve a necessidade do desenvolvimento
de redes de comunicações para o CLP, umas das primeiras redes a serem desenvolvidas
foi a rede Modbus pela Modicon.

Uma rede de comunicação ou protocolo de comunicação de dados é uma convenção


que controla e possibilita uma conexão, comunicação, transferência de dados entre dois
dispositivos ou sistemas computacionais. De forma simples podemos definir como as
regras que controlam a sintaxe e sincronização da comunicação.

Representação Arquitetura de
Rede de Comunicação Industrial

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Como Funciona a Integração e
Rede de Comunicação do CLP

Os protocolos de comunicação na área da automação


podem ser utilizados para diversos fins como,
transferência de dados entre um sensor / instrumento de
campo com o CLP, comunicação direta entre dois CLPs
diferentes, integração de equipamentos ao sistema de
controle de um CLP ou até mesmo, na troca de dados de
um CLP com uma IHM (interface homem máquina) ou um
sistema de supervisão do processo.

Existem alguns protocolos de rede que são bem conhecidos em processos automatizados
como, Modbus, Fieldbus, Profibus, Profinet, CanOpen, Bacnet e Ethernet/IP. Porém, o
protocolo mais difundido é o Modbus, sendo um protocolo que a utilização é livre de taxas
de licenciamento. Por isto, é denominado de “protocolo aberto”, e também se adequa
facilmente a diversos meios físicos. Além de ser utilizado por milhares de equipamentos e
dispositivos, sendo uma das soluções de redes de automação mais baratas.

O Modbus é um protocolo de comunicação da camada de aplicação que foi criado com


base no modelo OSI (Open Systems Interconnect, padrão de rede de computadores) e
pode ter como meios físicos a serem utilizados o RS-232, RS-485 ou TCP. O protocolo
possui comandos para envio de dados de entradas e saídas discretas e analógicas entre
mestres e escravos (servidor e cliente) na mesma rede de comunicação.

Dica Prática!
"SENDO O PROTOCOLO MODBUS O DE MAIOR
UTILIZAÇÃO NAS APLICAÇÕES AUTOMÁTICAS, ESTE DEVE
SER O PROTOCOLO A SER ESTUDADO COMO
PRIORIDADE PARA PESSOAS QUE BUSCAM APRENDER
SOBRE REDES DE AUTOMAÇÃO. NÃO ESQUECENDO DO
PROTOCOLO ETHERNET/IP, POIS O MESMO JÁ ESTÁ
SENDO BASTANTE UTILIZADO POR NOVAS INDÚSTRIAS E
TEM UMA PROJEÇÃO DE SER O PROTOCOLO MAIS
APLICADO NO FUTURO DA AUTOMAÇÃO, POIS, PERMITE
CONVERGÊNCIA, RAPIDEZ, ALTA CAPACIDADE DE
INFORMAÇÕES E ALTA VELOCIDADE NA REDE,
PROPORCIONANDO TOMADA DE DECISÕES CADA VEZ
MAIS RÁPIDAS, DO PROCESSO, MANUTENÇÃO E
SEGURANÇA DA PLANTA DE AUTOMAÇÃO."

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É Possível Expandir a
Capacidade de Entradas
e Saídas de um CLP com
Módulos de Expansão
Na concepção de produto de um CLP o fabricante decide qual será a capacidade daquele
dispositivo eletrônico quanto aos seus módulos embutidos de entradas e saídas. Junto
com esta decisão vem um fato que preocupa bastante os grandes fabricantes. O
tamanho do controlador, quantos centímetros de largura, altura e profundidade este
dispositivo terá. Esta definição está ligada diretamente ao número de entradas e saídas
embutidas que o CLP irá embarcar, isto porque quanto maior for o tamanho total do
produto, mais entradas e saídas ele poderá ter.

Representação de CLP
com Módulos de Expansão

Com o tempo percebeu-se aplicações onde a quantidade de entradas e saídas dos CLPs
eram insuficientes para determinados processos de automação. Sendo assim, foi
desenvolvido uma maneira de estender esta capacidade de pontos. Com isto, os Módulos
de Expansão foram criados, adicionando facilmente novos pontos de entrada e saída para
o CLP.

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É Possível Expandir a Capacidade de Entradas e
Saídas de um CLP com Módulos de Expensão

Os Módulos de Expansão permitem que grandes


processos com centenas de variáveis sejam controlados e
automatizados com apenas um CLP, isto dá uma robustez
enorme ao mercado de automação.

Além disto, os módulos atuais, já conseguem entregar benefícios além de adicionais de


entradas e saídas, expandindo funcionalidades do CLP no geral como: fornecimento de
portas de rede de comunicação, adesão de memórias, adicionais de processamento para
aumentar a capacidade de operação do controlador, leitura de sensores específicos entre
outras funcionalidades que podem ser adquiridas com a instalação de um módulo de
expansão.

Dica Prática!
"É SEMPRE IMPORTANTE ANALISAR E DEFINIR
PRECISAMENTE O CLP QUE SERÁ UTILIZADO PARA
DETERMINADAS APLICAÇÕES DE AUTOMAÇÃO, SEMPRE
QUE ESTIVER TRABALHANDO COM UMA APLICAÇÃO QUE
EXISTA POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO FUTURA,
CONSIDERE UTILIZAR UM MODELO DE CLP QUE HAJA A
POSSIBILIDADE DE EXPANDI-LO FUTURAMENTE APENAS
ADICIONANDO MÓDULOS DE EXPANSÃO. ISTO TE FARÁ
ECONOMIZAR MUITAS HORAS DE RETRABALHO NO
DESENVOLVIMENTO DE UMA NOVA SOLUÇÃO QUE
ABRIGUE A MODIFICAÇÃO E LHE TRARÁ TAMBÉM COMO
BENEFÍCIO UMA ECONOMIA SIGNIFICATIVA NA COMPRA
DE PRODUTOS PARA A EXPANSÃO DO SISTEMA."

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Meios de Interação
Amigável com o
CLP
Para a interação entre o ''homem" e a "máquina" e dispositivo de controle que é o CLP,
existem alguns caminhos a serem trilhados para se chegar ao que podemos chamar de
“interação amigável”. O controlador sai da fábrica de onde foi produzido com um sistema
operacional embarcado pelo fabricante para que consiga rodar, entrar em
funcionamento, de acordo com as programações a serem desenvolvidas e transferidas
para o mesmo.

Sendo assim, geralmente também é criado pelo fabricante um Software de programação


para aquele modelo específico de CLP, ou até mesmo para uma linha de CLPs da mesma
marca. Permitindo então, a possibilidade de interação do profissional da área de
automação com o CLP fabricado.

Representação Sistema Supervisório/SCADA

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Meios de Interação Amigável com o CLP

Neste software geralmente pode-se criar e desenvolver


todas as funcionalidades e características a serem
adicionadas ao processo que está sendo automatizado.
Sendo assim, basta ter uma certa experiência e
habilidade para conseguir desenvolver e criar um
programa que será transferido para o CLP e fará com que
o mesmo automatize o processo.

Um ponto bastante interessante é que estes softwares de programação, são desenvolvidos


para profissionais que possuem conhecimento técnico, experiência e habilidades para a
utilização deste tipo de aplicação, isto torna inviável a utilização destas aplicações por
usuários leigos ou com pouco conhecimento técnico sobre o assunto.

Diante disto, visando uma interação mais amigável com o CLP podemos utilizar uma IHM
(Interface Homem Máquina) ou um Sistema SCADA (Sistema de Supervisão e Aquisição de
Dados), também conhecido como Supervisório, encurtando assim a distância técnica
entre o controlador e o operador, mantenedor, supervisor, gerente e diretor do processo
automatizado.

A IHM é um painel ou tela utilizada no controle e monitoramento de processos e/ou


máquinas, onde geralmente operadores, mantenedores e supervisores utilizam este
terminal para acessar as informações das variáveis de monitoramento e controle do
processo. Por intermédio de designs (telas) gráficos que fazem a representação do
processo e a interação das variáveis com o mesmo.

Representação IHM

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Meios de Interação Amigável com o CLP

Além disso, IHMs atuais permitem o recurso de visualização de históricos de variáveis,


através de gráficos de tendências e relatórios de supervisão de alarmes das variáveis de
segurança do processo.

O SCADA é um sistema de elementos de software e hardware, geralmente utilizado em


Desktops (Computadores) ou em servidores na Nuvem (Internet), com o objetivo de
monitoramento e controle de processos, locais ou remotamente, em tempo real, interação
com sensores de campo, atuadores como motores, bombas, válvulas e outros, registro das
variáveis do processo para uma análise mais específica em um gráfico de tendências,
gerenciamento de relatórios do processo, registro e supervisão de alarmes do processo.

Os sistemas supervisórios são essenciais para as indústrias, pois ajudam a manter a


eficiência, processam dados para tomadas de decisões inteligentes e comunicam
problemas de sistema para ajudar a mitigar o tempo de inatividade de uma planta do
processo. O SCADA fica no topo da arquitetura de comunicação de uma planta
automatizada, logo abaixo, os controladores mestres ou gerenciadores de rede e abaixo
destes estão os controladores de máquinas e os dispositivos e instrumentos de campo.

Representação Sistema Supervisório/SCADA

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6
Meios de Interação Amigável com o CLP

Praticamente em qualquer lugar do mundo de hoje,


existe algum tipo de sistema SCADA funcionando nos
bastidores.

Seja para garantir a produção e a segurança em uma refinaria, manter os sistemas de


refrigeração em um Shopping Center ou um grande Supermercado, alcançar padrões de
qualidade de tratamento de águas residuais em uma unidade de tratamento ou até
mesmo medir e rastrear o uso de energia elétrica nas casas de uma cidade. Sistemas
como estes podem resultar em economia significativa de tempo e dinheiro

Dica Prática!
"A ESCOLHA DE UMA IHM E DE UM SISTEMA SCADA, ESTÁ
LIGADA DIRETAMENTE COM A DEMANDA DE INTERAÇÃO
AO PROCESSO E A NECESSIDADE DOS OPERADORES,
SUPERVISORES E DIRETORES DAQUELE SISTEMA
POSSUEM DE SE RELACIONAR COM O PROCESSO. ENTÃO,
É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA QUE ESTES USUÁRIOS
SEJAM CONSULTADOS QUANTO A NECESSIDADE DOS
MESMOS DE INTERAÇÃO COM AS INTERFACES
AMIGÁVEIS DO CLP."

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A Chave da
Programação do CLP é o
Domínio do Processo
O profissional da área de automação tende a ter um tipo de conhecimento
multidisciplinar, isto acontece porque existe a possibilidade de automatização da grande
maioria dos processos empregados pelo mundo. Este fato desenvolve a necessidade de
aprendizado de diversas áreas e características específicas empregadas em cada
processo que o profissional tem a oportunidade de automatizar.

Conhecer e dominar o processo é uma etapa muito importante que o programador


necessita conquistar no período de composição da automatização de um sistema. Nesta
etapa todas as variáveis a serem controladas e monitoradas devem ser listadas, como: os
atuadores (válvulas, inversores, motores, resistências entre outros) para o comando e
controle da operação são definidos, assim como as máquinas (caldeiras, fornos, bombas,
refrigeradores entre outras) a serem utilizadas precisam ser estudadas para compor o
conceito de automatização que será aplicado.

Representação Programador de CLP

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A Chave da Programação do CLP é o
Domínio do Processo

Os sensores, transmissores (de variáveis como temperatura, umidade, pressão, nível, vazão
entre outras) e atuadores de campo são examinados para o entendimento das
interligações físicas e configurações dos sinais de comando e controle do CLP.

A conectorização dos cabeamentos são realizadas de acordo com as especificações de


cada instrumento e CLP utilizado no processo. Análises são realizadas como,
posicionamento de infraestrutura, interferências eletromagnética em cabos de sinais,
interligação em borneiras de quadros elétricos e quadros de controle são verificadas,
integração por protocolo de rede de comunicação são mapeadas.

Isto tudo criará um acervo de conhecimentos técnicos que será primordial e fundamental
para que o programador consiga dominar as etapas do processo e entender quais serão os
obstáculos que aquele sistema poderá enfrentar ao longo das suas operações.

Representação Processo

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7
A Chave da Programação do CLP é o
Domínio do Processo

Desta forma o programador terá a capacidade de


desenvolver uma lógica de programação para este
processo, de maneira efetiva e com o maior
embasamento técnico processual possível.

O domínio do processo é a chave da programação porque ele permitirá ao intelecto do


programador racionalizar e desenvolver “musculatura mental” para a criação da lógica de
controle, primeiramente no seu intelecto, e logo após transferi-la para a interface de
programação do CLP, tornando o desenvolvimento mais fluido e eficaz no ponto de vista
técnico.

Dica Prática!
"COMO BEM EXPLANADO AQUI NESTE CAPÍTULO, O
CAMINHO PARA A CRIAÇÃO DE UMA APLICAÇÃO QUE
SEJA SEGURA, EFICIENTE E QUE TRAGA OS BENEFÍCIOS
NECESSÁRIOS PARA O SISTEMA É O ESTUDO E DOMÍNIO
DO PROCESSO, INVISTA HORAS ESTUDANDO O
FUNCIONAMENTO DO PROCESSO ANTES MESMO DE
COMEÇAR A PROGRAMAR, PROCURE ENTENDER OS
PERIFÉRICOS DE ENTRADAS E SAÍDAS QUE SERÃO
UTILIZADOS, ETAPA POR ETAPA DO SISTEMA A SER
AUTOMATIZADO, FAÇA TESTES, SIMULAÇÕES, CRIE
“MUSCULATURA MENTAL” PARA CONSEGUIR
RACIONALIZAR E DESENVOLVER A MELHOR LÓGICA DE
AUTOMATIZAÇÃO QUE PODE SER APLICADO AO
PROCESSO EM QUESTÃO."

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Conclusão

ATM
Fala ATMs, tenho certeza de que o
conhecimento transcrito neste livro e
acessado por você, vai te ajudar a se

Solutions
diferenciar na carreira e além disto,
alavancar as suas chances de
sucesso para os teus objetivos.

Como vimos, percebe-se que o CLP é um dispositivo muito importante para um sistema
automatizado, e isto se tornou mais forte após o nível de qualidade de tecnologia
embarcadas nos CLPs do século XXI.

Sendo assim, quando o mesmo é utilizado ele se torna o centro daquele sistema ou
processo, de modo que todas as atenções são dedicadas ao mesmo, especificação das
configurações básicas, definições de entradas e saídas, redes de comunicação, módulos
de expansão e funcionalidades, linguagens de programação empregadas, interfaces de
interação amigável e dentre outros são definidos a partir da definição do controlador.

Isto traz uma necessidade de entendermos cada vez mais profundamente sobre o
funcionamento deste dispositivo, assim como, sobre os fundamentos de programação
do mesmo. Tendo como conclusão que o domínio sobre os sistemas automatizados
sobrevirão após o domínio do CLP e dos fundamentos que o constituem.

Muito obrigado pelo tempo que passamos juntos, espero te ver em breve no nosso
instagram @atmsolutions, ou em umas das nossas redes de comunicação.

@atmsolutions
@atmsolutions
ATM Solutions

Wesley Jean
Sócio fundador da ATM
Solutions, Engenheiro
Eletricista, Especialista em
Automação e Controle de
Processos

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Referências

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