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Resumo do artigo.

Título: A review of vulnerability and risks for schizophrenia: Beyond the two hit hypothesis.

Autor: Davis, Eyre, Jacka, Dodd, Dean, McEwen, Debnath, McGrath, Maes, Amminger,
McGorry, Pantelis, Berk.

Ano: 2016

Revista: Neuroscience & Biobehavioral Revierws

Link:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/27073049/

A esquizofrenia continua sendo significativa na sociedade global. A teoria do


transtorno foi construída sobre a teoria do desenvolvimento neurológico. O risco da
esquizofrenia tem sido relacionado a uma predisposição genética ou fatores ambientais, como
por exemplo, problemas com a nutrição, exposição perinatal à vitamina D, infecção com
retrovírus endógenos humanos, tabagismo, quociente de inteligência e cognição social, uso de
cannabis, trauma na infância e derrota social. O que nos interessa aqui é o consumo de
cannabis, e se o mesmo tem alguma influencia no desenvolvimento de esquizofrenia. O uso
de cannabis é um fator vulnerável que está presente na adolescência e pode predispor um
indivíduo à esquizofrenia. De acordo com um estudo de 1990 estimulou-se que 0,2% da
população consumia cannabis, atualmente acredita-se que essa porcentagem tenha aumentado
com o crescimento populacional, além de o consumo aumentar a frequência também está
mais elevada, assim aumentando os riscos de psicose. Alguns autores sugerem que o uso
precoce de cannabis pode induzir o aparecimento de psicose até 2,7 anos mais cedo do que
aqueles que desenvolvem psicose sem histórico de uso de maconha. Em um estudo com
usuários de maconha demostrou-se que a droga afetou as estruturas do lobo frontal temporal
mediano, o hipocampo e as amígdalas. Pacientes com episódios de psicose que são usuários
regulares de cannabis possuem uma redução de volume cerebral global maior do que
indivíduos com esquizofrenia que não são usuários, porém em estudos contestantes, foram
encontrados maiores volumes cerebrais no hipocampo de usuários adolescentes que sofrem
de esquizofrenia. Dado as circunstâncias do avanço de casos foi pensando em tentativas de
prevenir o aparecimento da doença em pessoas vulneráveis em risco podendo variar desde o
cuidado de pacientes grávidas com psicose que podem se beneficiar de cuidados pré-natais e
apoio social e programas centrados na família, remediação cognitiva preventiva e intervenção
precoce. Também foram investigados os possíveis efeitos da prevenção do consumo de
cannabis em relação à subsequente conversão em esquizofrenia. Uma revisão foi realizada e
conclui-se que programas de exercícios regulares são viáveis em pacientes que sofrem de
esquizofrenia, e têm mostrado efeitos promissores tanto na saúde física quanto nos sintomas e
cognição, desde que tenham intensidade e duração adequadas.

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