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Universidade de Évora

Docente: Professora Doutora Mafalda Soares


Discente: Diogo Alexandre Oliveira Silva nº46407
Unidade curricular: Expansão e Dinâmicas Coloniais

Comentário
- BETHENCOURT, Francisco (2010). “Configurações Políticas e Poderes locais”. In
Francisco Bethencourt, Diogo Ramada Curto (dir.). A Expansão Marítima
Portuguesa, 1400-1800 . Lisboa: Edições 70, 207-265.

A partir deste texto, o autor - Francisco Bethencourt -, subentende a existência de


diferenças e semelhanças entre os tipos de governo em função no Estado da Índia e no
Sistema Atlântico. O caso é verídico. Como o Império Portugues “(...) é sempre
improvisado”1, as estratégias da coroa, bem como as iniciativas locais, tinham que se
adaptar às possibilidades do momento.

Relativamente aos casos trabalhados na obra, entende-se que: uma diferença


institucional relaciona-se com a presença de centros representativos do poder régio
nacional, enquanto que no Estado da Índia existe uma capital oficial - Goa -, um núcleo
central do poder português no continente asiático, no Sistema Atlântico não se observa
nada do gênero, determinando que no caso da Ásia era uma forma de impedir a
fragmentação política e aliviar a competição entre os Estados vizinhos; no que toca às
semelhanças, estas envolvem o modelo de governação dos concelhos municipais, presente
tanto no Sistema Atlântico como no Estado da Índia. Este governo local atua como um
administrador da colónia pelo governo português, tratando de assuntos como a
segurança, a saúde, a cobrança de impostos e o arrendamento de terras. No entanto é uma
espécie de mistura, ao mesmo tempo que funcionavam como poderes autónomos
localmente, deviam seguir as funções designadas pela coroa.

1
BETHENCOURT, Francisco (2010). “Configurações Políticas e Poderes locais”. In Francisco Bethencourt,
Diogo Ramada Curto (dir.). A Expansão Marítima Portuguesa, 1400-1800 . Lisboa: Edições 70, p. 209.
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Diogo Silva

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