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Cortes medievais Portuguesas

● Entrada dos representantes dos conselhos e política de equilíbrio e de negociação.


● Desconhecimento sobre o seu funcionamento tendo em conta a não existência de um
regimento escrito.
Periodicidade não definida.

1. Carta de convocatória feita pelo rei: explicitação ou não do seu conteúdo


2. Indicação da data de início e do local de realização normalmente em Évora ou Lisboa.
3. Intervalo de tempo entre a convocatória e a realização oscila entre o mínimo de 17 dias
e o máximo de 69 dias.
4. A publicação da convocatória era feita em todos os concelhos.

Dados retirados do texto, As cortes medievais portuguesas (1385- 1490) de Armindo


de Sousa (historiador)
1 parte do texto o capítulo 1 aborda o tema As cortes medievais. Natureza e
designações
Sendo neste capítulo Alain Birou a pessoa mais citada para averiguar se as Cortes Medievais
são uma instituição, ou seja, segundo Durkheim “caraterizar as instituições como realidades
que emergem no corpo social por uma vontade coletiva e não por decisões de legisladores
individuas.” Pág. 82

Esta ideia é criticada como sendo:

“Excessivamente idealista”

A descrição que Alain Birou recomenda é que a instituição é uma estrura parcial da
sociedade, diferente do grupo, e desempenhando uma função especifica na vida social; possuir
certas normas que tedem a ser obrigatórias e que lhe são reconhecidas ou impostas pela
sociedade global. Constituem um sistema que pode evoluir mas que mantem unidade e
coerência. Pág. 84

Marcelo Caetano diz que as cortes são assembleias dos 3 estados (clero, nobreza e
povo) convocada pelo rei ou em seu nome e reunida com assistência do monarca. Pág. 87 o
autor critica esta interpretação das cortes dizendo que se torna incaracterística.
Vários historiadores consideram que as cortes mais importantes de Portugal são as de 1385 de
Coimbra e as 1439 de Lisboa. As de 1385 porque não foram convocadas por nenhuma
autoridade e porque não houve a presença de nenhum soberano. Serviram estas para eleger o
rei D. João I. E as de 1439 porque a sua convocação não pertenceu ao rei mas ao Regimento
aprovado nas cortes do ano anterior.

As cortes gerais nunca tiveram um regimento apesar de quase terem conseguido em 1439 na
Corte ed Torres Vedras. Só conseguiram implementar isso nas cortes de 1820 a 1823.

O autor afirma que as cortes tal como os parlamentos devem ser olhados como um espaço de
discurso. Pág. 92

As cortes começaram quando os homens bons dos concelhos as integraram com o direito de
voz em 1254´´

Tipologia do nome de cortes entre 1385 a 1490

● Acordo
● Ajuntamento
● Chamado
● Chamamento
● Conselho
● Conselhos
● Cortes
● Cortes gerais
● Juntamento
● Juntamentos
● Visitações

A partir de 1455 todas as cortes se reivindicaram cortes gerais, estas apenas teriam esta
designação se tivesse participado nestas as cidades e vilas e lugares. No entanto este critério
não é fiável pois nem sempre iam todas estas entidades.

As assembleias gerais da monarquia portuguesa medieval podem ser consideradas como uma
instituição, um sub sistema da estrutura global.

Capitulo V As cortes medievais Que Instituição?

Neste capítulo tenta se responder se as cortes são ou não instituições.

Apesar da falta de regimento e à ausência de regras para reunir estas eram convocadas, na
maioria das vezes para os homens bons dos conselhos apresentarem as suas queixas e
questões que ficaram por resolver e também para o rei ficar a par da situação do país e as
vezes impor impostos ou declarar guerra.

As ordenações Afonsinas e manuelinas eram muitas vezes usadas contra o rei.


As cortes eram assembleias deliberantes que moderavam o poder do rei, assim tbm tendo
estes alguns poderes. Tinham um carater político segunda António Hespanha. São uma
entidade social.

A população não tinha a intenção de criar um regimento, mas queriam aumentar a eficácia
destas tentando definir uma periocidade e podendo abolir leis Pág. 276 Propunham se leis
novas, pedia se a revisão de antigas.

As cortes agiram na convicção de que a sua força residia no facto de serem a consciência do
pais. As cortes tinham funções deliberativas

As cortes detiveram autoridade e não poder. Podiam aconselhar o monarca.

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