Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAPÍTULO
SENTIDO, TEXTO E
LINGUAGENS
Competências
c C1, C2, C3 e C4
Habilidades
K
OC
ST
TER
UT
/SH
OM
.C
EL
PIX
W
RA
O QUE É LINGUAGEM?
Você já pensou como cada um de nós consegue traduzir o que sente? Escolhemos códigos
dos mais diferentes tipos para, de alguma forma, “dizer”. Usamos o próprio corpo, a arte e a palavra
escrita ou falada nos diversos idiomas para manifestar nossos pensamentos, sentimentos e desejos.
A organização de todos esses sinais constitui o universo das diferentes linguagens.
Podemos definir a linguagem como um conjunto organizado de símbolos ou signos que veicula
mensagens. Quando esses sinais têm como base a palavra, escrita ou falada, estamos diante de uma
linguagem verbal. Desprovida de palavras, a linguagem é não verbal.
É importante lembrar, entretanto, que os dois tipos de linguagem podem conviver no mesmo
ato de comunicação, o que é bem frequente. Enquanto o professor ensina aos alunos, por exemplo,
falando e escrevendo no quadro, está usando a linguagem verbal, mas geralmente isso acontece ao
mesmo tempo em que ele se vale de gestos e sinais que não contêm palavras.
Outra importante característica dos processos de comunicação é o dinamismo. Uma pessoa
pode receber uma mensagem ao mesmo tempo em que está enviando outra como resposta. No
exemplo da aula sendo ministrada pelo professor, ele é o emissor da mensagem durante a aula, mas
quando um dos estudantes faz o gesto de mover a cabeça, demostrando ter entendido e concorda-
do, o aluno é quem envia a mensagem e o professor passa a ser o receptor.
Se esse processo de transmissão de mensagens é tão amplo em ações cotidianas, imagine
quando consideramos todas as modalidades artísticas e de expressão corporal. O universo de lin-
guagens e possibilidades de expressão envolvidas na literatura, na pintura, na música, na fotografia,
na escultura, na dança nos torna mais capazes de dimensionar a abrangência envolvida no
estudo das Linguagens e suas tecnologias.
Vamos tomar a dança como um exemplo de linguagem. Você já ouviu falar no
carimbó? Este é o nome de uma dança de roda típica do Pará. A palavra carimbó
tem origem na palavra da língua tupi korimbó (que significa “pau furado”) e faz
referência ao curimbó, principal instrumento musical utilizado nessa dança.
O instrumento é um tipo de tambor, feito com um tronco escavado de
ENS
forma manual, com interior oco.
ULSAR IMAG
Esta dança foi trazida ao Brasil por escravos africanos e foram in-
corporadas influências da cultura indígena e europeia. Os trabalhadores
dançavam carimbó no final do dia após uma longa jornada de trabalho.
R DINIZ/P
As letras das músicas relatam histórias do cotidiano e os movimentos da
C E SA
dança, algumas vezes, imitam movimentos de animais, como é o caso da
dança do peru (ou carimbó do peru).
não verbal (gestos, movimentos, expressões faciais, cores), como o teatro, a televisão e
DE
A
N
até mesmo a internet. No universo digital, temos acesso a uma infinidade de recur- NI
H5 2. Sabemos que a linguagem verbal (em suas formas oral e escrita) é considerada uma
importante forma de expressão para o ser humano. No entanto, a linguagem não verbal
(gestos, sinais, desenhos) também “diz muito” em diversas situações. Observe a sala de aula
e os colegas: o que é comunicado por meio da linguagem não verbal?
Text I
GLOSSARY
4. Aligned: 9. Awareness: 14. Jumble:
alinhado, em sintonia. percepção, noção. mistura.
5. Muddled: 10. To inhabit: 15. Random:
confuso, bagunçado. preencher. aleatório.
6. To resonate: 11. To slouch: 16. To hone:
fazer sentido. relaxar, ter má postura. aprimorar, aperfeiçoar.
7. Ownership: 12. Venture capital 17. Reassurance:
posse. apresentação para possíveis investidores. tranquilização, conforto.
8. Surface: 13. To align: 18. Cues:
superfície. alinhar. sinal, dica.
STEFANOT/AGæNCIA/SHUTTERSTOCK
Antes de ler o text II, faça a atividade a seguir.
1. Escolha a definição correspondente às palavras a seguir: H25
a) ( ) worldwide I. lendário, que se assemelha a uma lenda
b) ( ) legendary II. evoluir
c) ( ) meaningful III. abordagem
d) ( ) evolve IV. mundial, que acontece no mundo inteiro Arte de rua em um muro de Nova York,
Graffiti art in Harlem, NYC, 2013.
e) ( ) approach V. que tem um significado, significativo
f) ( ) new comers VI. que apresenta uma renovação
g) ( ) renewal VII. alguém que inicia, começa algo; iniciante
GLOSSARY
1. Dawn: 3. Raging: 5. Allowing: 7. Quest:
amanhecer, começo. furioso. permitir. busca.
2. Borough: 4. Stencil: 6. The turn:
bairro, distrito. estêncil, técnica de estampa. virada.
2 De acordo com o primeiro texto, quais são os aspectos considerados importantes quanto à comunicação não verbal no ambiente
de trabalho, especialmente para funcionários que ocupam cargo de liderança?
H25
4 O segundo texto, From style writing to art: a street art history, apresenta uma breve história sobre a arte de rua nos Estados Unidos.
Qual é a principal inovação que o artista Stay High 149 acrescentou à arte de rua norte-americana desde o início, nos anos de 1960?
H25
b) Agora é a hora de ver a sua cidade com um olhar diferente. Aproveite um passeio de fim de semana com os amigos ou com a
família e observe as expressões de arte urbana que existem na sua cidade ou no seu bairro. Você consegue ver alguma coisa
que não tinha reparado antes ou que, mesmo já conhecendo, não sabia de que se tratava de arte urbana? Tire fotos, anote
suas impressões e compartilhe com a classe. Caso sua cidade não tenha exemplos dessa forma de arte, busque exemplos de
outros lugares de seu estado ou região.
c) Agora, converse com os colegas e o professor: qual é a percepção de vocês sobre a arte urbana? Quais são os significados
dessa expressão artística no mundo atual?
2 Depois de fazer uma pesquisa in loco, ou seja, no lugar em que você mora, agora é a hora de pesquisar na internet. Qual é sua
expressão artística favorita? Você curte pintura, música, dança, teatro, cinema, histórias em quadrinhos, literatura? Pense em sua
H15
FOLHAPRESS
Ao se apropriar de um modo de expressão e de ele-
mentos capazes de compor uma linguagem, o artista diz o
que sente e pensa, para alcançar a beleza de alguma forma.
No entanto, as obras por meio das quais os artistas se ex-
pressam são fruto de um contexto maior, condicionadas
por um momento histórico, pelo modo como as pessoas
se relacionam e pelo meio cultural de que são parte.
Por essa razão, o processo de leitura de uma obra de
arte não pressupõe apenas o conhecimento do código que
o artista usou. Até mesmo um especialista em determina-
da técnica de expressão, como um musicista ou um pintor,
é incapaz de traduzir o que uma obra quer dizer se ele não
conhece o contexto em que o autor do trabalho viveu.
Fora de contexto, por exemplo, movimentos artísticos
como “O passinho dos malocas”, retratado nesta página,
no Grande Recife, seriam impossíveis de se compreender.
TURSUNBAEV RUSLAN/SHUTTERSTOCK
BARDOCZ PETER/SHUTTERSTOCK
planta baixa a um leigo ou um economista não poder se valer de gráficos e tabelas para
compreender ou mesmo ilustrar as oscilações do mercado financeiro.
O contato direto com outras pessoas não pessoas que preferem a reali-
pode ser substituído pelas tecnologias, pois vive- dade virtual. É do que trata esse
filme: um homem se apaixona
mos em um mundo em que a companhia de ou-
pela voz de uma mulher criada
tros indivíduos é indispensável. No ambiente pro- por um aplicativo.
fissional, por exemplo, as empresas cada vez mais
SONY PICTURES/DIVULGAÇÃO
insistem na importância do trabalho em equipe.
No entanto, a inteligência para gerenciar
conflitos extrapola o ambiente de trabalho. Sa-
ber ler no corpo do outro as reações que pos-
sibilitam uma ou outra abordagem nos torna
preparados para a empatia, o respeito e o con-
vívio mais harmonioso com outras pessoas. Não
conseguimos desenvolver essa habilidade, porém,
mantendo-nos isolados ou com um aplicativo no
smartphone. Ela passa pela consciência das pró-
prias reações, o conhecimento do próprio ser –
feito de corpo e mente. Assim, é possível enten-
A prática de Yoga é uma das possibilidades que
contribui para a conexão do ser humano com sua der no outro o que ele diz ou por que meio diz,
essência, trabalhando aspectos do corpo e da mente. falando ou gesticulando de muitas formas.
ARQUIVO DA EDITORA
Retrô:
é um termo que está relacio-
nado ao passado, ou seja, algo
que remete a um objeto, roupa
ou estilo de vida desatualizado,
mas que volta a estar na moda.
Disponível em: <www.significa-
dos.com.br/retro/>.
Acesso em: 17 nov. 2017.
É fácil perceber que os quadros mostram como se pode modelar um “pote retrô de vinil”. Caso não houvesse figuras, quais
informações precisariam aparecer por escrito?
H9
LAERTE
Levando em consideração as relações entre imagens e palavras, identifique um momento de humor na tira e explique como é
produzido.
4 (UFU-MG)
H5 UFU 2015
H8
5 (Unicamp-SP)
H5
Canção é tudo aquilo que se canta com inflexão melódica (ou entoativa) e letra. Há um “artesanato” específico
H7 para privilegiar ora a força entoativa da palavra ora a forma musical; nem só poesia nem só música. Um dos equívocos
dos nossos dias é justamente dizer que a canção tende a acabar porque vem perdendo terreno para o rap! Ora, nada é
H8 mais radical como canção do que uma fala que conserva a entoação crua. A fala no rap é entoada com certa regulari-
dade rítmica, o que a torna diferente de uma falausual. Apesar de convivermos hoje “com uma diversidade cancional
jamais vista”, prevalece na mídia, nos meios cultural e musical “a opinião uniforme de que estamos mergulhados num
‘lixo’ de produção viciada e desinteressante”. Vivemos uma descentralização, com eventos musicais ricos e variados,
“e a força do talento desses novos cancionistas também não diminuiu”.
O rap serve-se da entoação quase pura, para transmitir informações verbais, normalmente intensas, sem perder
os traços musicais da linguagem da canção. Seu formato, menos música mais fala, é ideal para se fazer pronunciamen-
tos, manifestações, revelações, denúncias etc., sem que se abandone a seara cancional. Podemos dizer que o trabalho
musical, no rap, é para restabelecer as balizas sonoras do canto, mas nunca para perder a concretude da linguagem
oral ou conter a crueza e o peso de seus significados pessoais e sociais. Atenuar a musicalização é reconhecer que as
melodias cantadas comportam figuras entoativas (modos de dizer) que precisam ser reveladas por suas letras.
(Adaptado de Luiz Tatit. Artigos disponíveis em: <http://www.luiztatit.com.br/artigos/artigo?id=29/
Cancionistas-Invis%C3%ADveis.html e http://www.scielo.br/pdf/rieb/n59/0020-3874-rieb-59-00369.pdf>. Acesso em: 31 out. 2019.)
b) cite duas características, apresentadas nos textos, que corroboram que o rap é uma forma ideal de “canção de protesto”.
GREENPEACE
H9
A imagem reproduzida aqui é de uma campanha publicitária de uma organização não governamental, Greenpeace, e retrata
uma das cenas de seca ocorrida na Amazônia em 2005. Explique como o efeito de sentido pretendido por essa campanha
atinge o leitor.
2 O teatro é uma atividade artística muito rica, entre outros motivos porque os atores se comunicam não apenas pelas palavras,
mas pelos gestos e, às vezes, até dança, como acontece nas peças musicais. Depois de estudar a pluralidade de linguagens, esse
H15
é o momento de pôr em prática o que foi aprendido. Montem uma equipe, escolham o trecho de um livro, um poema, a letra
de uma canção, uma composição musical sem letra, uma fotografia, um quadro, um desenho e montem uma apresentação em
que sejam utilizadas linguagem verbal e não verbal.
O objetivo deve ser o de compor uma cena em que as linguagens se complementem na transmissão da mensagem preten-
dida. Por isso, é importante ler atentamente o texto que será tomado como referência, e dar uma interpretação pessoal para
o conteúdo.
Vocês podem unir representação dramática, declamação, música, dança, projeção de imagens. Enfim, podem usar quantas e
Como já vimos até aqui, o universo de linguagens compreende uma diversidade enorme de có-
digos. Ao longo deste curso, vamos estudar as linguagens em geral, já que não existe uma modalidade
melhor que outra. Entretanto, a fim de facilitar nossa abordagem, vamos começar a investigação pela
análise da linguagem verbal.
Diariamente, somos expostos a muitas situações de comunicação em casa, na escola, no traba-
lho, nas atividades extracurriculares e nos diferentes grupos sociais em que estamos inseridos. Nessas
situações, devemos demonstrar habilidades ao falar, ao nos movimentar, ao escrever, ao interagir.
Partimos de uma unidade básica de expressão nos textos verbais: a palavra. É por meio dela
que organizamos nosso pensamento e traduzimos o que pensamos e sentimos. Embora toda palavra
tenha uma história, uma origem etimológica, seu uso é arbitrário, nem sempre é clara a relação entre
a palavra e aquilo que representa.
Na letra da canção que você acabou de ler, Palavras ao vento, o poder de significação dos vocá-
bulos é ilustrado. Note que, nos versos finais, os compositores sugerem a limitação das palavras para tra-
IMAGEM FILMES/
DIVULGAÇÃO
Palavras apenas Palavras, palavras
Palavras pequenas Palavras ao vento.
Isso nos faz pensar sobre os dois aspectos constitutivos das palavras em geral: o significante e
o significado. Significante é a camada física, material da palavra (os sons e as letras); já o significado
é a imagem mental a que o som e as letras nos remetem.
Quando isso acontece, ou seja, quando a palavra tem esses dois aspectos, adquire status de
signo linguístico. Veja um exemplo:
PETER SOBOLEV/SHUTTERSTOCK
A modalidade oral precede a escrita, tanto que aquela condiciona esta:
a língua falada é tomada como referência para o registro escrito de um idioma.
Porém, considerando que o estudo da língua escrita e da literatura será enfati-
zado neste percurso, vamos conhecer um pouco da história do registro escrito.
Enquanto a fala surgiu de forma mais instintiva no ser humano, a es-
crita partiu de um planejamento, da consciência de nossos antepassados,
que sentiram a necessidade de registrar fatos e ideias. Nos primórdios, esses
registros se davam nas paredes das cavernas e retratavam o encontro com
animais ferozes, o combate, o perigo.
Escrita cuneiforme.
Nesses tempos remotos, surgiu, então, uma invenção que mudaria o
modo de produzir conhecimento, contar histórias e a forma como olhamos
PAOLO GALLO
para nossa existência: a escrita.
Estudos indicam que uma escrita mais elaborada foi invenção dos sumé-
rios, por volta de 4000 a.C. A chamada escrita cuneiforme teria se espalhado
por toda a Mesopotâmia, sendo adotada por vários povos, como os babilônicos
e os assírios. Mais tarde, por volta de 3000 a.C., os egípcios desenvolveriam outra
importante forma escrita, os hieróglifos.
Essas duas primeiras formas de escrever têm origem pictográfica, ou seja,
constituíam-se de sinais semelhantes aos objetos que designavam. Com o tem-
po, esses sinais foram se transformando, sendo estilizados e empregados de
forma mais abstrata, e se distanciaram das imagens que representavam.
Hieróglifos.
IMPORTANTE
Vamos viajar um pouco no tempo para falar de algo importante
CLAUDIO DIVIZIA/SHUTTERSTOCK
PARA AMPLIAR
Você já viu a imagem ao lado? Sabe o que ela significa? Ideogramas chineses.
TATA DONETS/
SHUTTERSTOCK
Trata-se do ideograma sankofa, que simboliza a sabedoria de
aprender com o passado para a construção do futuro.
O sankofa faz parte de um conjunto de ideogramas dos povos
acã, da África ocidental, chamado adinkra. Eles são uma forma de
escrita, e cada ideograma adinkra expressa uma ideia complexa,
um proverbio.
Para conhecer outros símbolos adinkra e seus significados, acesse o site do Instituto de Pes-
quisa e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro): http://ipeafro.org.br/acervo-digital/imagens/adinkra/.
Acesso em: 24 ago. 2021.
PARA CONSTRUIR
1 Observe a tirinha.
H5
LINIERS /FOTOARENA
b) Considerando a interpretação que o cão fez da fala do pássaro no primeiro quadrinho, explique qual foi o raciocínio dele
para emitir sua explicação no segundo quadrinho.
c) O fato de personagens diferentes interpretarem de maneiras distintas uma mesma palavra (um mesmo conjunto de sons)
diz muito a respeito do sistema de linguagem escrita que empregamos. A que conclusões se pode chegar sobre as palavras?
H5
ENEM 2018
H9
Garrafa PET vazia tem valor líquido e certo: reciclada vira
tecido, madeira sintética ou plástico novo de novo. Separar
o lixo facilita o trabalho dos catadores e aumenta o material
aproveitado, principalmente se você limpar as embalagens por
dentro, retirando toda a sujeira antes de descartá-las. Mude de
atitude. Assim você ajuda a gerar renda para quem precisa e
poupa recursos naturais.
SEPARE O LIXO E ACERTE NA LATA
Disponível em: www.separeolixo.gov.br Acesso em: 4 de dez. 2017 (adaptado).
Nessa campanha, a principal estratégia para convencer o leitor a fazer a reciclagem do lixo é a utilização da linguagem não
verbal como argumento para
a) reaproveitamento de material.
b) facilidade na separação do lixo.
c) melhoria da condição do catador.
d) preservação de recursos naturais.
e) geração de renda para o trabalhador.
3 (Enem)
H5
No ano de 1985 aconteceu um acidente muito grave em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, perto da aldeia gua-
rani de Sapukai. Choveu muito e as águas pluviais provocaram deslizamentos de terras das encostas da Serra do Mar,
destruindo o Laboratório de Radioecologia da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, construída em 1970 num
lugar que os índios tupinambás, há mais de 500 anos, chamavam de Itaorna. O prejuízo foi calculado na época em
8 bilhões de cruzeiros. Os engenheiros responsáveis pela construção da usina nuclear não sabiam que o nome dado
pelos índios continha informação sobre a estrutura do solo, minado pelas águas da chuva. Só descobriram que Itaorna,
em língua tupinambá, quer dizer ‘pedra podre’, depois do acidente.
FREIRE, J. R. B. Disponível em: <www.taquiprati.com.br>. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).
Considerando-se a história da ocupação na região de Angra dos Reis mencionada no texto, os fenômenos naturais que a atin-
giram poderiam ter sido previstos e suas consequências minimizadas se
a) o acervo linguístico indígena fosse conhecido e valorizado.
b) as línguas indígenas brasileiras tivessem sido substituídas pela língua geral.
c) o conhecimento acadêmico tivesse sido priorizado pelos engenheiros.
d) a língua tupinambá tivesse palavras adequadas para descrever o solo.
e) o laboratório tivesse sido construído de acordo com as leis ambientais vigentes na época.
4 (Enem)
H5 TEXTO I
ENEM 2017
Homenagem ao Dia das Mães 2012. Disponível em: <www.comunicacao.com>. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado)
Os dois textos apresentados versam sobre o tema criatividade. O Texto I é um resumo de caráter científico e o Texto II, uma
homenagem promovida por um site de publicidade. De que maneira o Texto II exemplifica o conceito de criatividade em pu-
blicidade apresentado no Texto l?
a) Fazendo menção ao difícil trabalho das mães em criar seus filhos.
b) Promovendo uma leitura simplista do papel materno em seu trabalho de criar os filhos.
c) Explorando a polissemia do termo “criação”.
d) Recorrendo a uma estrutura linguística simples.
e) Utilizando recursos gráficos diversificados.
5 (Enem)
H5
Declaração de amor
H8 Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. [...] A língua portuguesa
é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira
capa de superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma
frase. Eu gosto de manejá-la – como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a galope.
Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo em minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm.
O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela língua portuguesa, acentuando seu caráter patrimonial e sua capaci-
dade de renovação, é:
a) “A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve.”
b) “Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita.”
c) “Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.”
d) “Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada.”
e) “Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.”
ENEM 2018
H5
H9
Essa imagem ilustra a reação dos celíacos (pessoas sensíveis ao glúten) ao ler rótulos de alimentos sem glúten. Essas reações
indicam que, em geral, os rótulos desses produtos
a) trazem informações explícitas sobre a presença do glúten.
b) oferecem várias opções de sabor para esses consumidores.
c) classificam o produto como adequado para o consumidor celíaco.
d) influenciam o consumo de alimentos especiais para esses consumidores.
e) variam na forma de apresentação de informações relevantes para esse público.
7 (Enem)
H5
As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as histórias
H7 verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias de ficção, como aquelas
da onça e do macaco). De fato, as comunidades indígenas nas chamadas “terras baixas da América do Sul” (o que
exclui as montanhas dos Andes, por exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita como os que conhecemos,
sejam alfabéticos (como a escrita do português), sejam ideogramáticos (como a escrita dos chineses) ou outros.
Somente nas sociedades indígenas com estratificação social (ou seja, já divididas em classes), como foram os astecas
e os maias, é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece mesmo mostrar claramente isso: que ela
surge e se desenvolve – em qualquer das formas – apenas em sociedades estratificadas (sumérios, egípcios, chineses,
gregos etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo, não empregavam um sistema de escrita, mas
garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos acumulados, das histórias passadas e, também, das
narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se transmitiram e se
desenvolveram assim. E não foram poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram plantas silvestres e,
muitas vezes, venenosas, criando o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras
mais (e também as desenvolveram muito; por exemplo, somente do milho criaram cerca de 250 variedades diferen-
tes em toda a América).
D’ANGELIS, W. R. Hist—rias dos ’ndios l‡ em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular no Brasil.
Disponível em: <www.portalkaingang.org>. Acesso em: 5 dez. 2012.
A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas sociedades indígenas
brasileiras, a oralidade possibilitou
a) a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes.
b) a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos.
c) a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social.
d) a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades.
e) o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação.
Durante milênios a escrita restringia-se a modos de réplica muito limitados, como as tabuinhas com escrita cunei-
forme dos povos sumérios, os papiros egípcios, os ideogramas chineses, entre outras variadas formas de reprodução,
cujo acesso era restrito a pequenos grupos de pessoas, geralmente escribas. Apenas com a invenção de
Gutenberg a propagação de livros, como a Bíblia – o primeiro dos livros inteiros publicados pela técnica da imprensa
–, passou a ficar intensa. Isso se dava, fundamentalmente, em razão da facilidade que havia na reprodução dos textos.
Não era necessário copiar à mão palavra por palavra como se fazia até então. Fazia-se um molde com os caracteres
móveis e, a partir dele, imprimiam-se quantas cópias o estoque de tinta à base de óleo suportasse. O nome que passou
a ser dado ao conjunto de papéis impressos em caracteres móveis foi códice, do latim codex.
INVENÇÃO DA IMPRENSA. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/invencao-imprensa.htm>. Acesso em: dez. 2019.
Com base no que você já sabe sobre a importância da escrita e da reprodução do texto, possibilitada pela invenção da impres-
são tipográfica, demonstre seu entendimento, em uma breve redação, do significado que tem a distribuição de informações em
larga escala para a construção do conhecimento.
FUVEST 2019
de observar a obra, que relação você consegue estabelecer
H8 H15
entre o significante da pintura (aquilo que está retratado e
H9 1
H escrito) e o significado (aquilo que entendemos, o que nos
2
faz remeter a algo que conhecemos)? Compartilhe suas im-
pressões com os colegas e, juntos, produzam um texto que
sintetize o entendimento que tiveram da obra.
LAB212
Portugal
10,5 milhões
Cabo Verde
415 mil
Timor Leste
800 mil
Guiné-Bissau
1,4 milhão
O português, como sabemos, é uma língua neolatina, ou seja, tem origem no latim, idioma
falado pelos conquistadores da região da Península Ibérica, onde se situa o atual território português.
Enquanto as pessoas cultas falavam o chamado latim clássico, normatizado pela gramática e, por-
tanto, de acordo com a escrita, as camadas mais populares usavam o latim vulgar, mais coloquial
YUI/SHUTTERSTOCK
Text I
Antes de ler o texto, faça as atividades a seguir:
1. Você conhece as origens da língua inglesa? Por que você acredita que é importante estudar
inglês atualmente? Converse com os colegas e com o professor. Anote as suas ideias a seguir.
Text II
Antes de ler o texto, faça a atividade a seguir.
1. Escolha a definição correspondente às palavras a seguir:
a) ( ) recognize I. preocupação
b) ( ) earlier II. reconhecer
c) ( ) overwhelmed III. de forma desajeitada
d) ( ) clumsily IV. mais cedo, antes
e) ( ) concern V. embora, ainda que, mesmo que
f) ( ) though VI. sobrecarregado
2 De acordo com o text I, quais as principais características da época da dominação normanda em território inglês que contribuíram
para a formação e evolução da língua inglesa na época?
H25
3 No text I, temos a ideia de loanwords (palavras emprestadas de outras línguas). Quando temos palavras em uma língua que são
muito parecidas com palavras existentes em outras línguas, ocorre o que se chama de cognato. Por exemplo: em inglês, a palavra
H25
“organization” lembra muito a palavra “organização”, em português – e elas compartilham o mesmo significado. Releia o texto e
transcreva os cognatos que encontrar no primeiro parágrafo.
4 Considere como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações sobre a expansão da língua inglesa retiradas do text II:
H25 a) ( ) O Irã foi um dos últimos países a desistirem de tentar lutar para que a língua inglesa não se tornasse uma língua global
de fato.
b) ( ) A influência cultural dos Estados Unidos é um dos fatores que contribuem para aumentar o interesse pela língua inglesa
no mundo.
c) ( ) A internet não figura entre os fatores que influenciam o aumento do interesse das pessoas pela língua inglesa.
d) ( ) A língua inglesa, em especial a vertente usada pela maioria das pessoas que não têm o inglês como língua nativa, deve
ser abandonada.
e) ( ) Assim como o grego, o latim, o francês foram línguas globais um dia, hoje essa posição é ocupada pelo inglês.
5 No text II, Jean-Paul Nerrière aborda a questão do “Globish”. Descreva a que se refere esse termo.
H25
2 Leia o texto a seguir, que trata do Dia da Língua Inglesa. Depois, responda a algumas perguntas sobre ele.
H25
What is English Language Day?
English Language Day was first celebrated in 2010, alongside1 Arabic Language Day, Chinese Language Day, French
Language Day, Russian Language Day and Spanish Language Day. These are the six official languages of the United Nations,
and each has a special day, designed to raise awareness2 of the history, culture and achievements3 of these languages.
Why is English Language Day celebrated on 23 April?
GLOSSARY
1. Alongside: 2. Traise awareness: 3. Achievement: 4. Playwright:
ao lado de. conscientizar, sensibilizar. conquista. dramaturgo.
ARNIKA GANTEN/SHUTTERSTOCK
communicate is much more important than the need to
sound like a native speaker. As a result, language use is
starting to change. For example, speakers might not use
'a' or 'the' in front of nouns, or they might make
uncountable nouns plural and say 'informations',
'furnitures' or 'co-operations'.
Are these variations mistakes? Or part of the natural
evolution of different Englishes? 'International English'
refers to the English that is used and developed by everyone
in the world, and doesn't just belong to native speakers.
There is a lot of debate about whether International English
should be standardised8 and, if so, how. What do you
think? If you're reading this, English is your language too.
Placa no município de Vitória (ES).
Com a globalização e a expansão do turismo internacional, o inglês tem BRITISH COUNCIL, 2019. Disponível em: <https://learnenglish.
sido usado cada vez mais como língua franca. britishcouncil.org/magazine/english-language-day>. Acesso em: nov. 2019.
GLOSSARY
5. To settle: 6. Established: 7. Worldwide: 8. To standardise:
assentar, ocupar. estabelecido, firmado. mundial. padronizar.
Além da língua inglesa, outras cinco línguas oficiais das Nações Unidas recebem um dia especial para sua comemoração. Qual
é o objetivo dessas datas comemorativas?
3 Faça uma breve pesquisa na internet e marque quais das seguintes frases e/ou expressões, traduzidas para o português, são de
autoria de William Shakespeare.
H25
( ) “O que está feito está feito”.
( ) “Conhece-te a ti mesmo”.
( ) “Quebrar o gelo”.
( ) “O amor é cego”.
( ) “Só sei que nada sei”.
( ) “Penso, logo existo”.
( ) “Aconteça o que acontecer”.
5 De acordo com o texto, o que se pode afirmar sobre o uso do inglês como língua franca?
H25 a) A necessidade de se comunicar é mais importante do que a necessidade de parecer um falante nativo.
b) Um terço da população mundial utiliza o inglês como língua franca.
c) O uso cada vez maior do inglês não está afetando a língua.
d) As pessoas continuam a fazer o uso correto de estruturas, como os substantivos incontáveis, que nunca vão para o plural.
Texto I
Tecnologia
Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gen-
te olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos
desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que
você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa.
Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao
modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse
ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhu-
ma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como
aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você
o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas
está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim,
para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e
meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!” [...]
Veríssimo, Luis Fernando. Tecnologia. Pensador. Disponível em:
<https://www.pensador.com/textos_de_luis_fernando_verissimo/>. Acesso em: nov. 2019.
Texto II
Naturalmente, você deve ter concluído que há diferenças entre um texto e outro. Embora
ambos tratem do uso do computador, podemos dizer que têm sobre o leitor o mesmo impacto?
Algum deles pode ser considerado literário? Qual? Por quê?
Considerando os diferentes tipos de leitor, é possível deduzir que muitos podem se iden-
tificar com uma ou outra abordagem, mas isso nos autoriza a dizer que um texto é melhor do
que outro?
IRINA ALEXANDROVNA/SHUTTERSTOCK
História da fotografia artística
A fotografia oficialmente surgiu no século XIX, embora seja com-
provado que a sua história começa na Idade Antiga. Da sua invenção
oficial até hoje, a fotografia como forma de arte ainda é questionada.
Em meados de 1840, a fotografia era vista apenas como uma téc-
nica de documentação. Entretanto, surgiram aqueles que discordavam
com tal limitação e começaram a misturar a arte com a fotografia.
Considerado o pai da fotografia artística, Oscar Gustav Rejlander
(1813-1875) foi um dos primeiros a expor o seu trabalho fotográfico ao
lado de pinturas e esculturas artísticas.
A foto nomeada como “Os dois caminhos da vida” foi o resultado da
composição de 30 negativos, e fez tanto sucesso que foi comprada pela Rainha Victoria.
Entretanto, foi o movimento pictorialista que abriu os olhos do mundo para a arte fotográfica. O pictorialismo se
espalhou pela França, Estados Unidos e Inglaterra entre 1890 e 1920, defendendo a fotografia como expressão de arte.
Um dos grandes nomes do movimento foi Alfred Stieglitz (1864-1946), conhecido por atuar como fotógrafo e
editor do principal periódico sobre fotografia da época, o Camera Work.
Com sua influência, Stieglitz levou a fotografia à discussão e se transformou em um dos principais representantes
do pictorialismo.
O pós-modernismo dos anos 60 abriu um espaço ainda maior para a fotografia artística, permitindo que ela
fosse finalmente considerada como uma forma de expressão e representação cultural.
FOTOGRAFIA artística: dicas para fotos com arte e emoção. Fotografia Mais.
Disponível em: <https://fotografiamais.com.br/fotografia-artistica/>. Acesso em: nov. 2019.
1 Considerando as características dos textos literários e não literários, como você classificaria o texto lido? Por quê?
H7
H8
Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha1 No mundo ninguém se assemelha a mim
mentre me for’ como me vai, enquanto a vida continuar como vai,
ca ja moiro por vós – e ai! porque morro por vós, e ai!
mia senhor branca e vermelha, Minha senhora alva de pele rosada,
Queredes que vos retraia quereis que vos retrate
quando vos vi em saia2! quando eu vos vi sem manto.
E, mia senhor, des aquel di’, ai! E, minha senhora, desde aquele dia, ai!
me foi a mi muin mal, tudo me foi muito mal
e vós, filha de don Paai e vós, filha de Don Paio
Moniz, e ben vos semelha Moniz, e bem vos parece
d’haver eu por vós guarvaia3, de ter eu por vós guarvaia
pois eu, mia senhor, d’alfaia pois eu, minha senhora, como presente
nunca de vós ouve nem ei nunca de vós recebera algo
valía d’ua correa. mesmo que de ínfimo valor
TAVEIRÓS, Paio Soares de. Cantiga da Ribeirinha. In: SPINA, Segismundo. Presen•a da literatura portuguesa:
era medieval. 4. ed. São Paulo: Difel, 1971.
GLOSSÁRIO
1. Parelha: 2. Saia: 3. Guarvaia:
semelhante. roupa íntima. roupa luxuosa.
As cantigas lírico-amorosas
As cantigas lírico-amorosas são um exemplo de como eram as relações afetivas na Idade Média.
Em certa medida, essas cantigas mimetizam o papel do homem e da mulher em uma sociedade
em que não havia mobilidade social. Conhecer essa literatura é, portanto, um bom começo para
entender o passado, sempre com o pressuposto de ir traduzindo o presente.
Cantigas de amor
De origem provençal, as cantigas de amor são mais elaboradas que as demais, de origem ibérica.
Entre os séculos XI e XIII, na região da Provença, sul da França, surgiu o “amor cortês”, que influenciaria
as produções feitas em Portugal, cujo mais famoso trovador foi D. Dinis (chamado de “o rei trovador”).
O ambiente é sempre o palácio, e o trovador
ICOM IMAGES/ALAMY STOCK PHOTO
Neste texto, podemos identificar algumas das marcas que caracterizam as cantigas de amor. O amor
cortês e a vassalagem amorosa estão presentes. A amada ocupa todos os pensamentos do trovador, que
a ama platonicamente. Na primeira estrofe, ele lembra que a viu como um mal e que por isso chegou a
maldizer o mundo e até a Deus. Na segunda, ele diz que ela o fez querer mal a si mesmo e a todos os seus
amigos, desesperando-se perante Deus. Na terceira, admite ficar desnorteado, o coração sai do lugar e
ele perde a razão.
Estruturalmente, percebemos o emprego do refrão (repetição do trecho final de cada estrofe).
WIKIMEDIA COMMONS
Cantigas de amigo
A cantiga de amigo é também lírico-amorosa. O termo “amigo”, neste caso, significa
amante, namorado (note que tem o mesmo radical de “amor").
Esse tipo de cantiga tem origem popular, na própria Península Ibérica, e, em tese, é
anterior às cantigas de amor. Entretanto, por não serem escritas, essas cantigas só foram
registradas depois que as cantigas provençais apareceram, o que despertou o interesse
documental dessa arte.
Nessa versão, o eu lírico é feminino. O trovador se põe no lugar da mulher, que recla-
ma a ausência do amigo, que está longe, muitas vezes, em batalhas pelo “senhor” a quem
serve. Sofrendo com a solidão, a jovem, muitas vezes camponesa, reclama da ausência do
amado às irmãs, à mãe, às amigas, a Deus e até mesmo à natureza.
O tom da narrativa é, portanto, confessional. Já o amor não é idealizado como nas
As cantigas satíricas
As cantigas satíricas têm valor documental, pois mostram a vida política no passado medieval.
A linguagem que prevalece é irônica, sem muita formalidade, e chega a ser obscena, já que a intenção
era ridicularizar direta ou indiretamente toda a sociedade, especialmente aqueles que detinham o
poder da época: a nobreza e o clero. É, assim, uma literatura que denuncia os escândalos e a hipocrisia
de políticos e religiosos.
Cantigas de escárnio
Eram produções em que prevalecia a crítica indireta. A linguagem, composta de passagens
ambíguas e expressões irônicas, era usada para satirizar alguém, sem identificá-lo claramente.
Nesta que é uma das mais famosas cantigas de escárnio, o trovador faz uma paródia das cantigas
de amor. Uma senhora que se queixa por nunca ter sido elogiada em uma cantiga de amor recebe
essa “atenção”, mas sendo motivo de uma cantiga de escárnio. Note que o trovador a chama de feia,
velha e sandia (louca), sem, entretanto, dizer de quem se trata.
Nas cantigas de escárnio, a sátira é indireta.
Cantigas de maldizer
PARA CONSTRUIR
1 (Mackenzie-SP)
H7
Mar (fragmento)
H8 A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de meninos. Nós tínha-
mos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que já o tinha visto. Ele nos contava que havia
três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a
gente fazia ideia de um lago enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha espuma e às vezes não
tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo, esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às
vezes uma porção de espumas, tudo isso muito salgado, azul, com ventos.
Rubem Braga
Mar Portugu•s
Ó mar salgado, quanto do teu sal Valeu a pena? Tudo vale a pena
São lágrimas de Portugal! Se a alma não é pequena.
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quem quer passar além do Bojador
Quantos filhos em vão rezaram! Tem que passar além da dor.
Quantas noivas ficaram por casar Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Para que fosses nosso, ó mar! Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
Pode-se afirmar que pertence ao mesmo tipo de poema trovadoresco de “Ondas do mar de Vigo” APENAS a alternativa:
a) Dona fea, nunca vos eu loei/en meu trobar, pero muito trobei;/mais ora já un bon cantar farei,/en que vos loarei toda via;/e
direi-vos como vos loarei:/dona fea, velha e sandia! (Joan Garcia de Guilhade)
b) Quer’eu en maneira provençal/fazer agora un cantar d’amor/e querrei muit’i loar mia senhor, a que prez nem fremusura non
fal,/nem bondade, e mais vos direi en: tanto fez Deus comprida de ben/que mais que todas las do mundo val. (D. Dinis)
c) A melhor dona que eu nunca vi,/per bõa fé, nem que oí dizer,/ e a que Deus fez melhor parecer,/mia senhor est, e senhor das
que vi,/ de mui bom preço e de mui bom sem,/per bõa fé, e de tod’outro bem, de quant’eu nunca doutra dona oí. (Fernão
Garcia Esgaravunha)
d) Quantos ham gram coita d’amor/eno mundo, qual hoj’eu hei,/ querriam morrer, eu o sei,/e haveriam en sabor;/mais, men-
tr’eu vos vir, mia senhor,/ sempre m’eu querria viver/ e atender e atender. (João Garcia de Guilhade)
e) Que coita tamanha ei a sofrer,/por amar amigu’e non o ver!/E pousarei sô lo avelanal. (Nuno Fernandes Torneol)
3 (UEG-GO)
H7
Senhora, que bem pareceis! Por quanto tenho penado
Se de mim vos recordásseis seja eu recompensado
que do mal que me fazeis vendo-vos só um instante.
me fizésseis correção,
quem dera, senhora, então De vossa grande beleza
que eu vos visse e agradasse. da qual esperei um dia
grande bem e alegria,
Ó formosura sem falha só me vem mal e tristeza.
que nunca um homem viu tanto Sendo-me a mágoa sobeja,
para o meu mal e meu quebranto! deixai que ao menos vos veja
Senhora, que Deus vos valha! no ano, o espaço de um dia.
Rei D. Dinis
CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia.
2. ed. Lisboa: Estampa, 1978. p. 253.
A cantiga do rei D. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte caracte-
rística trovadoresca:
a) a vassalagem do trovador diante da mulher amada que se encontra distante.
b) a idealização da mulher como símbolo de um amor profundo e universal.
c) a personificação do samba como um ser que busca a plenitude amorosa.
d) a possibilidade de realização afetiva do trovador em razão de estar próximo da pessoa amada.
4 (ESPM-SP) O amor cortês foi um gênero praticado desde os trovadores medievais europeus. Nele a devoção masculina por uma
figura feminina inacessível foi uma atitude constante. A opção cujos versos confirmam o exposto é:
H7
a)
Eras na vida a pomba predileta
(...) Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, – a inspiração, – a pátria,
O porvir de teu pai!
(Fagundes Varela)
b)
Carnais, sejam carnais tantos desejos,
Carnais sejam carnais tantos anseios,
Palpitações e frêmitos e enleios
Das harpas da emoção tantos arpejos...
(Cruz e Sousa)
c)
Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nenhuma lágrima
Em pálpebra demente.
(Álvares de Azevedo)
d)
Em teu louvor, Senhora, estes meus versos
E a minha Alma aos teus pés para cantar-te,
E os meus olhos mortais, em dor imersos,
Para seguir-lhe o vulto em toda a parte.
(Alphonsus de Guimaraens)
e)
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
(Manuel Bandeira)
IFSP 2014
H7
www.delcampe.net
Sedia la fremosa seu sirgo lavrando, Par Deus de Cruz, dona, sey que andades
Sa voz manselinha fremoso cantando D'amor muy coytada que tan ben cantades
Cantigas d'amigo. Cantigas d'amigo.
Estava a formosa sentada, bordando, Por Jesus, senhora, eu vejo que andais
Sua voz harmoniosa, suave cantando Com penas de amor, pois tão bem cantais
Cantigas de amigo. Cantigas de amigo.
1 (Vunesp) Considerando-se que o último verso da cantiga caracteriza um diálogo entre personagens; considerando-se que a pa-
lavra "abutre" grafava-se "avuytor", em português arcaico; e considerando-se que, de acordo com a tradição popular da época,
H5 era possível fazer previsões e descobrir o que estava oculto, comendo carne de abutre, mediante estas três considerações:
H7 a) Identifique o personagem que se expressa em discurso direto, no último verso do poema.
H8
2 (Vunesp) O paralelismo é um dos recursos estilísticos mais comuns na poesia lírico-amorosa trovadoresca. Consiste na ênfase
de uma ideia central, às vezes repetindo expressões idênticas, palavra por palavra, em séries de estrofes paralelas. A partir destas
H5 observações, releia o texto de Estêvão Coelho e responda:
H7 a) O poema se estrutura em quantas séries de estrofes paralelas? Identifique-as.
H8
PROSA MEDIEVAL
No século XIV, em Portugal, começa a prosa trovadoresca. Por terem se tornado muito longas
e mais difíceis de ser memorizadas, as canções de gesta passaram a ser escritas em prosa. Surgiram
daí as novelas de cavalaria, que narravam com emoção e encantamento as aventuras vividas por
heróis de capa e espada.
IMPORTANTE
▶ Canções de gesta: do francês chansons de geste = feitos históricos; eram a reunião de poemas
épicos de origem francesa, que floresceram entre os séculos XI e XIII.
Eram longos textos em verso que celebravam fatos históricos, em geral referindo-se às proezas
de Carlos Magno (século VIII). Declamadas em jograis, eram acompanhadas por um instrumento
de corda, como a viola.
IMPORTANTE
Além dos três ciclos mencionados, fala-se do ciclo Amadis de Gaula (ou do Amadises), que se
iniciou pela novela de mesmo nome e que deu origem a outras doze. Até onde se sabe, essa
novela foi escrita em Portugal, mas não se conhece o autor, detalhe que a reveste de mistério e
fascínio para pesquisadores e interessados em geral.
O ciclo Amadis de Gaula foi o mais importante e o único desenvolvido em solo lusitano. No sé-
culo XII, três novelas foram traduzidas em Portugal: A demanda do Santo Graal (a novela de maior
destaque de todos os ciclos), História de Merlin, José de Arimateia e Tristão e Isolda.
OS MANUSCRITOS ILUSTRADOS
KWIRRY/SHUTTERSTOCK
Confirmava-se a existência do artista como o concebemos atualmente: um criador individual e autônomo
que expressa seus desejos, seus sentimentos e suas ideias nas obras, em geral, em busca da beleza.
PARA AMPLIAR
No Renascimento, houve uma retomada dos valores estéticos da Antiguidade grega, que viam na pro-
© MAURICIO DE SOUSA/MAURICIO DE
Recriação da obra renascentista O Nascimento de Vênus no quadro SOUSA EDITORA LTDA
JANAKA DHARMASENA/SHUTTERSTOCK
Estudos de Leonardo da Vinci sobre a construção de Dispositivo hidrotécnico para transporte de Leonardo da Vinci, estudo do braço, ombro e
‡gua (1480-1482). Pena, tinta e tinta indiana, 291 mm x 400 mm. pescoço humano (1510-1511).
Por volta de 1500, o artista dedicou-se aos estudos de óptica, perspectiva e anatomia. A versati-
lidade e a inteligência o levaram a produzir desenhos e anotações acerca das proporções dos animais,
plantas de edifícios e engenhos mecânicos notáveis e de grande importância para estudos posteriores.
A anatomia humana foi outra área do conhecimento sobre a qual Leonardo da Vinci se de-
bruçou. Isso justifica o realismo de suas obras que reproduzem o corpo humano. Sua obra-prima
exemplifica bem essa grande habilidade: a Mona Lisa.
Mesmo sendo uma das obras mais visitadas no Museu do Louvre, em Paris, muitos turistas per-
dem precioso tempo de contemplação da obra mais famosa e intrigante de Da Vinci ao se mostrar
mais preocupados em tirar selfies.
Também conhecida como Gioconda, a Mona Lisa (1503) é, sem dúvida, a mais famosa pintura de
Da Vinci. Além da perfeição das formas, o mais instigante é seu sorriso enigmático, que, ao longo de sécu-
los, tem chamado a atenção de observadores no mundo
WORLD HISTORY ARCHIVE / ALAMY STOCK PHOTO
JURATEBUIVIENE/AGÊNCIA/SHUTTERSTOCK
trabalhos mais monumentais do artista,
chegou a ser ameaçado de destruição
pelo papa Paulo IV (1501-1504).
LEGACY1995/AGÊNCIA/SHUTTERSTOCK
UFJF 2018
A última ceia de Leonardo Da Vinci, em seu esquema gráfico indicador do
ponto de fuga e linhas do horizonte. Disponível em: <https://goo.gl/2kvRg7>.
Documento 2
UFJF 2018
Documento 3
Texto 2
Os espanhóis, assustados de ver os progressos da adoção da escrita em latim entre os índios, escreviam já na
década de 1540: “Os índios têm escritores tão bons e tão numerosos que não sei dizer o número deles, e esses escri-
tores redigem cartas que os colocam a par de todos os negócios do país de um mar a outro, o que antes da Conquista
era coisa impossível.”
GRUZINSKI, Serge. O Renascimento ameríndio. In: NOVAES, Adauto.
A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 294 (adaptado).
UFU 2012
As informações sobre as práticas artísticas e intelectuais da elite indígena no processo de conquista e colonização da América
evidenciam
a) a mistura de elementos artísticos e culturais da tradição indígena e da cultura ocidental na sociedade colonial em construção.
b) a dificuldade espanhola em impedir o acesso à formação acadêmica e artística dos índios que se projetaram no cenário
artístico europeu.
c) o poder da Igreja de destruir a cultura e a religião indígenas no processo de cristianização e ocidentalização da América.
d) o potencial civilizador europeu, que permitiu retirar da barbárie e do paganismo populações até então isoladas da civilização.
Graças aos seus três urubus, a obra “Bandeira Branca” é o acontecimento mais movimentado da 29ª Bienal [2010].
No dia da abertura, manifestantes de ONGs de proteção aos animais se posicionaram diante da instalação segurando
cartazes com dizeres que pediam a libertação das aves. Chegaram a ser confundidos com a própria obra. “Me entris-
tece o fato de que apenas os animais estejam sendo ressaltados. Espalharam informações erradas sobre como os urubus
estão sendo tratados”, lamenta Nuno Ramos. Na obra, os urubus estão cercados por uma rede de proteção e têm como
poleiro várias caixas de som que, de tempos em tempos, tocam uma tradicional marchinha de carnaval. As aves tinham
a permanência na Bienal autorizada pelo próprio Ibama, que, depois, voltou atrás, alegando que as instalações estavam
inapropriadas para a manutenção dos animais. Denúncias e proibições à parte, a obra de Nuno Ramos ganha sentido
e fundamentação apenas na presença dos animais. Sem eles, a obra perde seu estatuto artístico e vira mero cenário, já
que os animais são seus principais atores.
IstoÉ. 08/10/2010. Adaptado.
A exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, realizada desde 15 de agosto no San-
tander Cultural, em Porto Alegre, foi cancelada após protestos em redes sociais. A mostra ficaria em cartaz até 8 de
outubro, mas o espaço cultural cedeu às pressões de internautas. A seleção contava com 270 obras que tratavam de
questões de gênero e diferença. Os trabalhos, em diferentes formatos, abordam a temática sexual de formas distintas,
por vezes abstratas, noutras, mais explícitas. São assinados por 85 artistas, como Adriana Varejão, Candido Portinari,
Ligia Clark, Yuri Firmesa e Leonilson.
Folha de S.Paulo. 10/09/2017. Adaptado.
A arte é um exercício contínuo de transgressão, principalmente a partir das vanguardas do começo do século 20.
Isso dá a ela uma importância social muito grande porque, ao transgredir, ela aponta para novos caminhos e para
soluções que ainda não tínhamos imaginado para problemas que muitas vezes sequer conhecíamos. A seleção dos
trabalhos dos artistas para a próxima edição do festival [Videobrasil], por exemplo, me fez ver que os artistas estão
muito antenados com as diversas crises que estamos vivendo e oferecem uma visão inovadora para o nosso cotidiano
e acho que isso é um bom exemplo.
Solange Farkas. https://www.nexojornal.com.br.
EVERETT HISTORICAL/SHUTTERSTOCK
2 Você já imaginou “mergulhar” nas obras de Leonardo da Vinci? A megaexposição “Leonardo
da Vinci – 500 anos de um gênio”, promovida pelo Museu da Imagem e do Som (MIS), em
H7
São Paulo, em 2019, proporciona ao visitante uma experiência imersiva nas obras do autor
H1 renascentista. A sua tarefa, tendo ou não visitado a exposição pessoalmente, é pesquisar na
5
internet sobre ela. Tente identificar as obras expostas, o que as tornam classificadas como
H 2 1 renascentistas, quais são as principais características do artista em cada uma. Após a pesquisa,
produza um texto que tenha por objetivo explicar não só como a exposição funciona, mas
também um pouco de Da Vinci e sua obra.
OMNART/SHUTTERSTOCK
Neste capítulo, abordamos muitos assuntos rela-
cionados à linguagem. Uma das principais discussões
foi a questão da linguagem verbal e não verbal. Você já
parou para pensar que estamos sempre cercados de lin-
guagem não verbal, que nos diz o que fazer e o que não
fazer? Especialmente no mundo do trabalho, há uma
infinidade de placas, sinais e códigos que comunicam
mensagens e instruções para organizar o dia a dia em
um escritório ou em uma fábrica. O sinal que indica a existência de internet
Sua tarefa aqui é fazer uma investigação a fim de sem fio em uma localidade.
identificar a linguagem não verbal em uma empresa e compreender o que ela significa. É você quem
escolhe onde pesquisar: vale uma indústria na sua cidade, uma padaria, um mercado, até mesmo uma
oficina mecânica. O importante é procurar por linguagem não verbal no local. Que tal tirar fotos e
filmar, se tiver permissão para isso, para compartilhar em sala de aula?
Depois de fazer a pesquisa e coletar os dados necessários, produza um relatório com a descrição
dos elementos de linguagem não verbal encontrados e seus respectivos significados. Reflita também
sobre a importância dessa linguagem nos locais pesquisados. Mãos à obra!