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A Sociologia no Novo Ensino Médio: Análise sobre o currículo proposto para o

Ensino Médio no Maranhão

Curso de Especialização em Ensino de Sociologia


Orientadora: Prof.ª. Ileizi Luciana Fiorelli Silva
Discente: Welitânia de Oliveira Rocha

Artigo apresentação ao curso de


Especialização em Ensino de
sociologia como requisito necessário
a obtenção do título de especialista.

LONDRINA/ PR
2022
Welitânia de Oliveira Rocha

A Sociologia no Novo Ensino Médio: Análise sobre o currículo proposto para o


Ensino Médio no Maranhão

LONDRINA/ PR
2022
A Sociologia no Novo Ensino Médio: Análise sobre o currículo proposto para o
Ensino Médio no Maranhão

Resumo: A partir de uma pesquisa documental, reflete-se sobre a forma como a


disciplina Sociologia se encontra no novo currículo do Maranhão, após a nova
formulação do Ensino Médio no brasil.

Palavras- chave: Sociologia; Novo Ensino Médio, Currículo.

LONDRINA/ PR
2022
Introdução

Os trabalhos e pesquisas que versam sobre a análise curricular tem ganhado


espaço desde meados do século (citar os principais), com a necessidade de se pensar
as reformas, e todas as mudanças que são construídas ao longo da história da educação
no Brasil. Estas pesquisas contribuem tanto para avaliarmos como o currículo vem
mudando assim como tais mudanças realmente produzem aspectos significativos e
relevantes para o ensino e aprendizagem, e posteriormente para o futuro dos estudantes.

Esta pesquisa se vincula a um projeto maior, coordenado pela professora Dr.


Ileizi Luciana Fiorelli Silva da Universidade Estadual de Londrina1. O projeto tem como
objetivo analisar as mudanças ocorridas após a publicação da Base Nacional Comum
Curricular – BNCC, documento normativo que direciona os novos Referenciais
Curriculares para o Ensino no território Nacional. A pesquisa vem sendo realizada por
uma equipe comporta por pesquisadoras e pesquisadores de vários estados a fim de
abarcar todo território Nacional. O polo de fomento desta pesquisa é a Universidade de
Estadual Londrina, em parceria com pesquisadores distribuídos por estados, dentre os
estados a pesquisa abrange, as regiões as cinco regiões do país.

Sendo parte deste grupo, a pesquisa proposta reflete sobre o estado do Maranhão
como território educacional, através da análise do documento oficial proposta como
parâmetro curricular para as escolas. A pesquisa pretende abordar uma visão geral do
documento, tentando traçar o perfil da equipe que construiu o documento, a sua
estrutura e analisar a forma como estão dispostos os conteúdos na grande área de
Ciências Humanas e Sociais aplicadas, tendo como interesse perceber como a
Sociologia será abordada no conjunto dos conhecimentos previamente sugeridos como
base dos currículos escolares para o Maranhão.

1
[...] A pesquisa visa acompanhar a elaboração e a implementação dos Referenciais Curriculares do
Ensino Médio nos vinte sete entes federados do Brasil, especialmente, a sociologia como disciplina
escolar. Quais são as principais mudanças de concepção e organização curricular em curso nos estados,
após a publicação da lei 13.415 de 2017e da BNCC de 2018? Como estão organizados para a elaboração e
implementação dos Referenciais Curriculares para o Ensino Médio? Quais desenhos curriculares
resultarão das diferentes interpretações da BNCC e da Lei 13.415? A sociologia será incorporada desde
qual modelo curricular? Os contextos políticos recentes indicam um retorno à ênfase da organização dos
currículos do Ensino Médio por áreas de conhecimento, além disso a Sociologia era ensinada
obrigatoriamente em todas as séries do Ensino Médio desde 2008, nas novas normativas não tem mais
esse status, indicando mudanças na estruturação do discurso pedagógico e na situação da Sociologia nos
currículos (SILVA, 2018, p.01).
Para que seja reconhecido o campo de estudos desta pesquisa, optamos por
apresentar, de forma breve, a diversidade do território educacional do estado, através
das modalidades de ensino que compreendem a Educação de Jovens e Adultos; Educação
Especial; Educação Escolar Indígena; Educação Escolar do Campo e Educação Escolar
Quilombola. A oferta dessas modalidades demostra a diversidade e as especificidades dos
conhecimentos, bem como a diversidade populacional destacadas aqui pelos contextos étnico-
raciais e populares/comunitários; ou seja, mostra que o ensino médio no maranhão é
construído para contextos sociocosmológicos diversos.

O Maranhão está localizado no Nordeste brasileiro e faz fronteira com a região


Norte do país. Possui território de aproximadamente 329.651 km² (IBGE, 2019) 2, com
uma população de 114.598 habitantes (IBGE, 2020) e densidade demográfica de 19,81
hab./km² (IBGE, 2010). Com um quantitativo de 217 munícipios, não são delineados
nos dados gerais a população indígena e quilombola, tampouco são citados os territórios
que fazem fronteiras com os municípios do estado, territórios que compõem o
Maranhão. Partindo da afirmativa de que “no Brasil é tudo terra Indígena” [Sugestão:
interessante citar a Vanuza Kaimbé3 ou alguma liderança indígena que fez essa
afirmação publicamente], mostraremos o mapa do estado a partir dos territórios
indígenas e quilombolas, com intuito de mostrar a diversidade que temos e as realidades
em que serão inseridas este novo currículo. Vejam nos mapas a seguir:

2
Dados extraídos de em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/maranhao.htm.
3
“O Brasil todo é terra indígena, é pindorama. Temos que ser vacinados”, diz Vanuza Kaimbé”, publicada
em 20/01/2021. Link de acesso: https://amazoniareal.com.br/o-brasil-todo-e-terra-indigena-e-
pindorama-temos-que-ser-vacinados-diz-vanuza-kaimbe/#:~:text=sai%20da%20aldeia.-,O%20Brasil
%20todo%20%C3%A9%20terra%20ind%C3%ADgena%2C%20o%20Brasil
%20%C3%A9%20pindorama,natureza%20que%20deixamos%20nossas%20aldeias> Acessado em:
26/08/2022.
A lei 13.415 de 2017, que estabelece o novo Ensino Médio, ampliou a carga
horária e criou uma Base Nacional Curricular, com o objetivo de flexibilizar o conteúdo
e, inclusive, oferecer aos estudantes a possibilidade de escolha de itinerários formativos
de acordo com os seus interesses. De imediato, podemos inferir que o fato de os
estudantes poderem escolher seus itinerários formativos seja importante para uma forma
autônoma e democrática. No entanto, surgem algumas perguntas: como a BNNC torna-
se uma base que direcionará a construção dos currículos dos estados? Como será essa
oferta? Em que medida isso não implicará na perda de conteúdos, esvaziamento teórico
das disciplinas? Como os estudantes farão o Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM), se as ofertas dos itinerários podem ser dispostas em cada região? Em síntese,
são questões como essas que nos fazem pensar, inclusive, no contexto em que são
construídas e efetivadas a lei e a diretriz [...].

O cenário em que são construídas a lei e a base é seguido de um crescente


avanço político tanto da direita em políticas educacionais [aqui você pode fazer
referência a projetos de lei, como escola sem partido e demais projetos que buscam
privatizar o sistema de ensino superior / Sugestão 4] assim como da estrutura neoliberal
na América Latina, focadas em máximas mercadológicas como qualidade dos
resultados, eficiência, competição e produtividade [fazer referência a algum artigo que
evidencie esse avanço]. Ao olhar para o contexto político e econômico nacional, é
possível refletir sobre como a construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais
aparecem de forma expressa nas estratégias mercadológicas próprias de uma gestão
educacional com viés neoliberal.

Dentre as principais questões suscitadas sobre o futuro do ensino da Sociologia


no contexto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e da Reforma do Ensino

4
Sobre a temática, ver em “LIBÂNEO, José Carlos; FREITAS, Raquel A. Marra da Madeira (Orgs.). Políticas
educacionais neoliberais e escola pública: uma qualidade restrita de educação escolar. Goiânia: Editora
Espaço Acadêmico, 2018, 364p”.
Médio (Lei nº 13.415/2017), coloca-se a importância de seus conteúdos programáticos e
dos modos de raciocínio, ao serem situados na área de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas, o que desperta questionamentos sobre o futuro da Sociologia como campo de
conhecimento neste novo contexto.

Diante do exposto, o texto será dividido em três partes. Na primeira, faremos um


breve histórico da Sociologia como disciplina, sua obrigatoriedade no Ensino Médio e
sua presença e ausência no mesmo. A segunda parte será destinada a primeira avaliação
sobre o currículo no estado do Maranhão, com destaque para a sua estrutura formal e o
perfil da equipe que o construiu. Na terceira parte, correspondente ao último tópico
deste artigo, analisaremos como estão dispostos os conteúdos da grande área de
Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas, com o objetivo de evidenciar a sua
estrutura, a distribuição das áreas (Sociologia, História, Geografia) e, por fim,
evidenciar como se encontram relacionados e dispostos tais conteúdos sociológicos.

Breve histórico da Sociologia

O histórico da sociologia enquanto disciplina é marca o por “pela intermitência


entre obrigatoriedade, facultatividade e completa ausência da disciplina nas escolas.”
(LEITE, 2018, p.01).
O currículo do maranhão: estrutura e perfil da equipe
Conteúdo das Ciências Humanas e Sociais aplicadas no Maranhão
O resultado da reforma do Ensino Médio para o Ensino de Sociologia

Considerações finais
Disciplina que foram consagradas e possuem uma obrigatoriedade mais expressa
no histórico do ensino médio, aparrem com mais força nos conteúdos proposto pelo no
novo currículo.
Referências
Ileize
Documentos
Marcelo e Cristiano
Pagina que retirei o mapa - Comunidades quilombolas regularizadas no Estado do
Maranhão-(2013) - https://www.nugeo.uema.br/?p=11187#prettyPhoto

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