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Lupa1

Também conectada ao Facebook (Meta), opera no Brasil como empresa certificada pela IFNC
atuando no “jornalismo educacional” e vende reportagens de checagem de fato para meios de
comunicação no Brasil, Reuters, Bloomberg etc. Segundo seu website, “a Lupa iniciou sua trajetória
como uma agência de notícias especializada em fact-checking. Deste modo, funciona como as
conhecidas agências internacionais de notícias – Associated Press, France Presse, Reuters e
outras -, comercializando seu conteúdo junto a outros veículos de informação. Nesta frente, a Lupa
atendeu clientes como Folha de São Paulo, UOL, Yahoo!, Terra, rádio CBN e portal Metrópoles,
entre outros. Também produz conteúdo de verificação para o Facebook, dentro do projeto de
verificação de notícias da plataforma, que teve início no Brasil em 2018.

1
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/
Em 2017, a Lupa fundou seu braço educacional, através do qual promove oficinas e treinamentos
sobre fact-checking e desinformação. Em cerca de quatro anos de trabalho, o LupaEducação
capacitou mais de 7 mil pessoas no Brasil, em Portugal, na Espanha e em países da África, em
treinamentos online e presenciais. Também promoveu grandes projetos de educação midiática,
como o Democracia Digital (no qual foram capacitados servidores dos tribunais regionais eleitorais
e jornalistas com atuação local em 90% das capitais brasileiras) e o FactCheckLab (que incentivou
iniciativas locais de checagem em parceria com o Consulado dos Estados Unidos).

A Lupa desenvolve projetos especiais de produção de conteúdo de acordo com possibilidades de


financiamento promovidas por diferentes entidades, fundações, institutos, plataformas etc. Nesta

modalidade já estabeleceu parcerias com Google News Initiative, International


Fact-checking Network, Fundação Henrich Böll, Facebook Journalism
Project, Membership Puzzle Project, entre outros.”

Em seu primeiro ano de existência (2016), a Lupa contou com um orçamento de R$ 1 milhão,
somados o investimento inicial feito pela Editora Alvinegra e os contratos de fornecimento de
conteúdo no modelo de agência de notícias. Aos poucos, os valores foram sendo incrementados
com outras fontes de receita, até que, em 2019, 40% do orçamento anual da Lupa equivalia a ações
de educação midiática lideradas pelo LupaEducação.

Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus, o faturamento total da Lupa chegou a R$


2,3 milhões – boa parte deles correspondentes a editais e fundos para os quais a agência
desenvolveu projetos específicos e foi contemplada com financiamentos pontuais.”
Um dos clientes da agência Lupa é a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI),
que em setembro de 2021, lançou a campanha “Movimento Vacinação”. 2 Segundo o
website, “a agência Lupa, especializada em verificação de notícias, será parceira do Movimento
Vacinação. A ideia é ampliar a disseminação rápida e eficiente de informações para o público em
geral sobre a veracidade das informações que, muitas vezes, podem confundir ou induzir a erro.”

2
https://infectologia.org.br/movimento-vacinacao/
Os operadores da Lupa são: Bruno Nomura, Camila Callegari, Carol Macário, Catiane Pereira,
Chico Marés, Cristina Tardáguila, Dominque Gogolevsky, Douglas Silveira, Flávia Campuzano,
Gilberto Scofield Jr., Luiz Fernando Carreirão, Marcela Duarte, Mariana Martins, Maurício Moraes,
Mikhaela Araújo, Nathália Afonso, Plínio Lopes, Raphael Kapa. Raquel Moura, Samuel Costa,
Thuany Rodrigues, Victor Terra e Vivian Vecchi.

Natália Leal é a CEO da agência LUPA, tendo recebido um prêmio internacional da ICFJ em 2021.
3

3
https://www.icfj.org/about/profiles/natalia-leal
Em reportagem publicada na Edição 55 da Revista Oeste4, a jornalista Ana Brambilla explicou que
as agências de checagem são financiadas pelas big techs, incapazes de gerenciar o monstro que
criaram na internet.

4
https://revistaoeste.com/tecnologia/checagem-de-fatos-e-opiniao-admite-meta/
“O Google também financia projetos de checagem. Em março deste ano, a agência Lupa
(…) recebeu parte dos US$ 3 milhões do fundo criado pela companhia em defesa da vacina
contra a covid-19”, revelou a jornalista.”
Nathália Afonso, jornalista da agência Lupa, escreveu no artigo de 20 de outubro de 2021 intitulado

“Relatório final da CPI da Covid omite ondas de desinformação sobre


a pandemia” 5 na seção Curas milagrosas, que: “Receitas milagrosas também foram assunto

de conteúdos falsos compartilhados nas redes sociais. Ao menos em uma ocasião, Bolsonaro
divulgou esse tipo de material. O relatório da CPI da COVID cita a indicação do chamado
“tratamento precoce” como uma onda de desinformação, que consiste na utilização de
medicamentos como cloroquina em pacientes com a doença.” Seria importante que a Sra. Nathália
Afonso apresentasse as evidências fáticas, consubstanciadas de que o chamado “tratamento
precoce” é parte de “receitas milagrosas” e sujeita a uma “onda de desinformação”.

Por sua vez, Bruno Nomura e Chico Marés na matéria “É falso que a Covid-19 foi
controlada na Índia após adoção da ivermectina” 6 afirmam que a ivermectina
não está sendo usada na Índia. De forma inaceitável, não apresentaram dados sobre o seu uso em
províncias da Índia nem sobre o sucesso do uso da hidroxicloroquina em Dharavi, Índia, em 2020,
por exemplo. Seria importante que os Srs. Nomura e Marés apresentassem as evidências fáticas,
consubstanciadas de que a Índia não usou ou usa o tratamento precoce e que ele não foi e não
esteja sendo eficaz em Uttar Pradesh, por exemplo.

5
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/10/20/relatorio-final-cpi-ondas-desinformacao/
6
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/06/24/verificamos-india-ivermectina/

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