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I CURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTORES

DAISHINKAI
GRADE CURRICULAR PROGRAMÁTICA
DISPOSIÇÕES GERAIS E OBJETIVOS

O I CURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTORES DAISHINKAI nasce do propósito


máximo da propagação responsável e humanitária do Karatê-Dô em benefício da sociedade,
buscando assim formar cidadãos que cumpram seus deveres e sejam conhecedores de seus direitos
devidamente assegurados na comunidade a qual faz parte; a luz do que é pregado através do Dojo-
Kun, espera-se dos(as) candidatos(as) devido aproveitamento não unicamente técnico, metodológico
ou físico para o cumprimento das metas neste documento descritas, habilidades meramente externas
e exclusivamente ligadas ao físico passam, porém velando pelos valores marciais que regem o
Karatê-Dô, o aperfeiçoamento do ser é e será sempre o fator primordial para não somente qualificar
alguém para que exerça uma determinada função, mas também para o aprimoramento do ser como
um conjunto de todo, tal qual uma obra de arte assim finalizada depende de inúmeros elementos que
convergem entre si para a formação de um quadro final.

Através de ampla análise, proveniente da avaliação do professor responsável deste Dojo,


autorizado pela FEDERAÇÃO PARAENSE ESPORTIVA E EDUCACIONAL DE ARTES
MARCIAIS para lecionar aulas de Karatê na cidade de SALINÓPOLIS, fora constatada a
necessidade de formar e qualificar alunos com níveis de graduação de considerável destaque, para
que os(as) mesmos(as) estejam também a frente da valiosa missão de compartilhar de seus
conhecimentos para com seus semelhantes dentro e fora do Dojo, também em forma de reconhecer a
capacidade e as qualidades humanas dos mesmos, assim como também toda dedicação investidas
pelos mesmos na causa já mencionada, este curso é uma maneira singular de demonstrar a sociedade
que estamos dispostos e disponíveis a servir com alegria, devoção e respeito a todos quantos buscam
em nossa instituição acolhimento, mão amiga, fraternidade e evolução.
SUMÁRIO

1.História do Karatê: de Okinawa ao Ocidente


2.Preceitos de Ensino e Aprendizagem do Karatê: Metodologia Pedagógica Daishinkai e
Inclusão Social

3.Noções se Primeiros Socorros: https://www.editoracientifica.com.br/livros/livro-manual-de-


primeiros-socorros-para-leigos

4.Comunicação e Postura do Instrutor


5.Semântica Nipônica no Karatê
6.Execução de Kihon, Princípios Básicos
7.Noção Básica Interpretativa e de Biomecânica dos Kata (de Heian Shodan à Tekki-Shodan)

Supervisão Geral:
Mestre JOSÉ ANTÔNIO CARVALHO FERREIRA
Faixa Preta 6° Dan, filiado a CEEBK (5035), Diretor Técnico da FPEEAM (002)

Avaliador Autorizado:
Professor CARLOS JEAN DE FREITAS DE MORAES
Faixa Preta 1° Dan, Filiado à FPEEAM, Co-Fundador do Dojo Daishinkai Karatê Jutsu
1. HISTÓRIA DO KARATÊ: DE OKINAWA AO OCIDENTE

No ano de 1609, o rei Shō Nei viu-se obrigado a equipar um exército com o objetivo de
repelir uma invasão das ilhas iniciadas por Shimazu, o daimio de Satsuma (agora sede administrativa
de Kagoshima). Os guerreiros riukiuanos recém-armados lutaram com notável bravura e valentia
contra os soldados do clã de Satsuma, conhecidos e temidos em todo o país por sua habilidade
guerreira, mas depois do sucesso dos riukiuanos em algumas batalhas campais, um desembarque de
surpresa realizado pelas forças de Shimazu selou o destino das ilhas e de seu monarca, que foi
obrigado a render-se.
Visto que Shimazu reeditou o decreto interditando armas, muitos riukíuanos (na sua grande
maioria membros da classe Shizoku) começaram secretamente a praticar uma forma de autodefesa
em que mãos e pernas eram as únicas armas. O que isto era de fato de podermos apenas conjeturar.
Entretanto, sabemos que, por muitos séculos, Okinawa manteve relações comerciais com o povo da
Província de Fukien, no sul da China, e provavelmente foi dessa fonte que o kempo (“boxe”) chinês
foi introduzido nas ilhas. Durante os anos de proibição de armas de Satsuma, eram enviados à
Ryukyu inspetores que tinham a incumbência de assegurar-se de que a proibição estava sendo
obedecida estritamente, de modo que não é de surpreender que o karatê (que, à medida que foi se
desenvolvendo, capacitava um homem a matar sem armas) somente pudesse ser praticado na
clandestinidade. Este aspecto clandestino do karatê continuou durante os primeiros anos de Meiji.
De acordo com os estudos mais recentes, diz-se que o Karatê foi introduzido pela primeira
vez no continente japonês durante o período Meiji por ex-guerreiros de Ryukyu que se hospedavam
na residência de Tóquio de Tai Sho, o Marquês de Okinawa. Eles, a convite, ensinavam as técnicas
de golpes e chutes nas salas de treinamento da escola Yoshin-ryu ou da escola Kito-ryu, ou nas ruas.
No entanto, a educação completa do Karatê desenvolveu-se após o período Taisho, quando Gichin
Funakoshi e Choki Motobu migraram para o continente japonês. Na Primeira Exposição de Ginástica
em maio de 1922, organizada pelo Ministério da Educação, Funakoshi deu uma demonstração de
Karatê estta foi a primeira exibição pública de Karatê no continente japonês. Esta demonstração
atraiu grande atenção de artistas marciais do continente, como Jigoro Kano, um mestre especialista
em Judô e fundador do Kodokan. No mês de junho seguinte, Funakoshi foi convidado por Kano para
ir ao Kodokan, onde deu uma demonstração de Karatê e uma sessão explicativa para mais de 200
especialistas em Judô. Funakoshi então se estabeleceu em Tóquio e ensinou lá; mais ou menos na
mesma época, Choki Motobu roubou a cena na área de Kansai, mostrando suas habilidades de para o
público.
Em novembro de 1922, durante uma visita de lazer a Kyoto, Motobu percebeu por acaso um
show de luta entre especialistas em judô e boxe e apareceu no show sem inscrição prévia, e com uma
surra derrotou seu adversário, como boxeador europeu, Motobu por sua vez, tinha 52 anos na época;
este incidente foi manchete em jornais e revistas, e diz-se que o Karatê, que era conhecido apenas
por alguns dos artistas marciais, tornou-se conhecido nacionalmente da noite para o dia. Depois de
inspirados pelas ações de Funakoshi e Motobu, os universitários criaram clubes de karatê em suas
universidades, um após o outro, enquanto isso em Okinawa, uma associação de pesquisa e estudo
sobre o Karatê foi fundado em 1924, onde os grandes mestres de Karatê em Okinawa se reuniram
para promover o intercâmbio de técnicas e realizar pesquisas colaborativas em caráter experimental.
Ainda em 1924 Gichin Funakoshi introduziu o sistema de classificação de Dan pela primeira vez (as
faixas preta e branca foram introduzidas primeiro). A faixa preta era para praticantes avançados (com
níveis de dan), enquanto a faixa branca era para novatos; muitas organizações de Karatê
introduziram a faixa marrom intermediária (um a três níveis de kyu), além disso, abaixo da faixa
marrom, faixas coloridas como verde, amarelo e azul foram originalmente introduzidas para
crianças, mas essas faixas coloridas tornaram-se comuns nos dias atuais e além do sistema de
classificação Dan e Kyu, existem títulos tais como Hanshi (grande mestre), Kyoshi ou Tatsushi
(mestre) e Renshi (semi-mestre).
No ano de 1948 foi fundada Associação Japonesa de Karatê e segundo relata o site da
instituição: “Em 1955, a primeira sede dojo foi construída em Yotsuya, em Tóquio, e o primeiro
presidente da JKA foi nomeado: Saigo Kichinosuke, neto de Saigo Takamori, um dos maiores heróis
do Japão Meiji. Em 1956, a JKA estabeleceu o primeiro programa de treinamento de instrutores
especializados em karatê (kenshusei) no dojo da sede e aceitou sua primeira rodada de estagiários.
Este foi o início do melhor programa de treinamento de instrutor de karatê já criado, um programa
nunca igualado ou mesmo abordado por qualquer outra organização de karatê. Aproximadamente
duas semanas após a concessão do status oficial, o Supremo Mestre Funakoshi faleceu aos 89 anos.
Após quase uma década de marcos, foi o fim de uma era”.
Aproximadamente por volta de 1900, Já em continente Americano, o Karatê chega ao Havaí
frente uma grande encruzilhada cultural, firmando-se muito antes de seu surgimento no continente
através de representatividade institucional. Embora praticado dentro da comunidade de Okinawa,
nenhum público mais amplo havia visto o caratê no Havaí até 1927, quando Kentsu Yabu, um
famoso mestre de Okinawa, apresentou o Shuri-te em uma demonstração pública no Nuuanu YMCA
em Honolulu.
Alguns japoneses “naichi” (ou seja, japoneses de uma das quatro principais ilhas do Havaí)
que observaram a demonstração da YMCA consideraram o Karatê uma forte arte de luta,
possivelmente ainda mais forte que o Judô. O interesse pelo Karatê por não okinawanos floresceu
depois disso, os ensinamentos abertos de Yabu também reuniam grupos interessados de okinawanos
para prática e recreação, algo que as rivalidades de Naha, Shuri e Tomari impediram em Okinawa.
Em 1932, Choki Motobu , um lendário e excêntrico lutador de caratê de Okinawa, foi
impedido de entrar no Havaí quando um grupo de promotores de Okinawa que viviam no Havaí
tentou importá-lo para uma luta pública contra conhecidos lutadores da ilha. Em 1933, Zuiho Mutsu
e Kamesuke Higaonna foram autorizados a entrar no Havaí com o entendimento de que ensinariam e
dariam palestras, mas não competiriam no ringue de boxe; ambos se recusaram a participar de
partidas públicas e se prepararam para partir imediatamente. Tomas Miyashiro, que havia estudado
com Yabu em 1927, convenceu outros entusiastas do Karatê a se aproximarem da dupla e pedir que
permanecessem no Havaí para ensinar sua arte, eles concordaram, após grande sucesso inicial no
Asahi Photo Studio, local de suas aulas.
De março a novembro de 1952, Mas Oyama, do Japão, viajou por 32 estados a convite dos
oficiais da US Professional Wrestling Association – famosos combates de desafio com lutadores e
boxeadores profissionais, todos os quais ele teria derrotado. As lutas e demonstrações de exibição de
Oyama, incluindo quebra de tábuas, tijolos e pedras, receberam grande atenção do público, incluindo
artigos no New York Times, que cobriram sua luta com um boxeador profissional no Madison
Square Garden.
Em 1955, com a JKA estabelecendo sua primeira pequena sede em Tóquio e, com o
estabelecimento de um dojo central, Nishiyama foi eleito chefe do departamento de instrução da
JKA. Ele concebeu um plano para treinar um grande número de karatekas e levar o estilo Shotokan
para os E.U.A, América Latina e Europa; seu plano, uma vez posto em prática, previa a migração, a
partir de 1955, muitos instrutores que embarcaram nesta missão, tornaram-se os pioneiros do Karatê
Shotokan onde quer que se estabelecessem; o próprio Nishiyama assumiu a responsabilidade de
promover o Karatê nos Estados Unidos e tornou-se grande referência.
No Brasil, a chegada do Karatê está diretamente ligada a imigração japonesa ocorrida em
1908, fruto de um acordo político de interesse mútuo entre Brasil e Japão; de todas as partes do país
do sol nascente, incluindo Okinawa, inúmeros Karatekas chegaram em solo brasileiro à bordo do
navio Kasato-Maru, em sua grande maioria eram agricultores.
Somente em 1956 primeiro Dojo de Karatê fora fundado no Brasil de forma oficial; no centro
da capital paulista ficava situado o Dojo do Sensei Mitsuke Harada, o qual veio ao Brasil para
trabalhar no Banco América do Sul e na época já possuía o 5° Dan que inclusive, fora concedido
pelo próprio mestre Gichin Funakoshi. Outro expoente Karateka de grande destaque fora Benedito
“Mão de Ferro” Nelson, que em sua jornada no Karatê tornou-se o primeiro brasileiro a conquistar a
faixa preta no estilo Shotokan, chegando a conquistar a graduação de 8° Dan; Benedito, a princípio
tornou-se aluno de Jiro Takaesu, um grande mestre de Karatê vindo de Okinawa. Jiro Takaesu
diferente do que usualmente caracteriza o sistema de graduação no Karatê (através de faixas), não
tinha mínima preocupação com tal sistematização, a maneira com a qual Jiro ensinava os poucos
alunos que aceitou era oriunda da forma antiga e nativa de Okinawa, sendo seu estilo de ensinar algo
regional que trouxe consigo para o Brasil, com seu treinamento baseado principalmente na prática do
makiwara e no mais pleno sentido do Kumite: a autodefesa.
Além destes grandes nomes já mencionados, outros igualmente grandes karatekas
contribuíram para o crescimento e a divulgação da arte no Brasil: Juichi Sagara, Eisuke Oishi, Seichi
Akamine, Koji Takamatsu, Takeo Suzuki, Michizo Buyo, Yoshihide Shinzato, Seiji Isobe, Yoshizo
Machida e Pedro Yamaguchi.

2. PRECEITOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DO KARATÊ:


METODOLOGIA PEDAGÓGICA DAISHINKAI E INCLUSÃO SOCIAL

O conceito de ensino aprendizagem pedagógico por muito tempo fora deixado de lado da
prática marcial moderna, imagina-se por muitos que este conceito se restringe somente às escolas de
ensino regular, faculdades ou institutos técnicos, contudo, este equívoco pode ser responsável pelo
fiasco na transmissão e produção de conhecimento da prática marcial. Mediante tais questões e
través de anos de estudo e pesquisa, observação e análise, validados pelas antigas experiências em
outros Dojos somada a carreira curricular através da formação em Pedagogia, os fundadores do Dojo
Daishinkai Karatê Jutsu, guiados pelas vias filosóficas deixadas como legados pelos pioneiros do
Karatê, apresentam o conceito da Metodologia de ensino Pedagógico Daishinkai: TODO
MOVIMENTO POSSUI UM SIGNIFICADO ALÉM DO QUE SE VÊ.
É muito comum dentro de qualquer Arte Marcial ou modalidade de combate, principalmente
dentro do Karatê Moderno, professores negarem aos seus alunos e alunas o propósito do porquê e
para quê algo deve ser feito de uma determinada forma, isto é preocupante, pois o Karatê é uma arte
de riquíssimos recursos que podem ser usados de maneira poderosa na formação de crianças, jovens
e aperfeiçoamento de adultos. Muito além de apenas oferecer um serviço de qualidade para clientes
como é o caso das academias, e a saber precisa-se fazer claro que academia e Dojo são coisas
totalmente diferentes, a busca pelo aprimoramento deve ser algo primordial principalmente para a
vida e liderança de instrutores, em outras palavras, reconhecendo nossas dificuldades naturalmente
humanas, não se espera menos de que um instrutor ou instrutora seja alguém capaz de identificá-las e
remediá-las.
O fator de identificação está totalmente ligado a metodologia pedagógica que se apresenta
neste Dojo, o instrutor precisa antes de qualquer transmissão de técnicas pelo menos conhecer o
histórico clínico por exemplo, daqueles que serão seus alunos e estarão sob seus cuidados, para tanto
o início da compreensão de que tudo tem um significado além do que se vê está não somente ligado a
técnica que será alvo da transmissão, mas também e de maneira muito mais importe, ligada ao ser, ao
aluno ou aluna que estará aprendendo a arte do Karatê. Sensei Gichin Funakoshi, considerado por
muitos como grande responsável pela propagação do Karatê no Japão da era Meiji, acreditava que o
Karatê está sempre além do que aprender dar socos e chutes, da mesma forma como acreditava e
deixava claro em suas obras que a arte não se resume também a somente saber executar socos e
chutes, mas de que haviam outros elementos como a prática da autodefesa, entretanto o mesmo
Funakoshi pregava que o Karatê não poderia ser resumido ou interpretado unicamente como uma
ferramenta de autodefesa, pode parecer confuso a primeira vista e até mesmo complicado de
entender o ponto de vista deste mestre, porém Funakoshi havia sido educador de escolas em
Okinawane estava com seus olhos fixos além do seu tempo, sua compreensão didática deixa a
entender que antes de qualquer coisa conhecer e criar vínculos é a mais perfeita maneira de salvar
uma vida através do Karatê. Pensando nisso, a metodologia pedagógica Daishinkai tem por objetivo
transmitir o Karatê não unicamente pela técnica em si, claro a execução da técnica é de grande
maneira importante, porém o impacto que isso pode causar na vida de alunos e alunas, este é o ponto
mais importante; levando em conta que cada pessoa possui suas determinadas particularidades, o
objetivo do Karatê compartilhado por este Dojo fica cada vez mais claro: acolher.
Não há nada mais importante para a vida de alguém do que se sentir acolhido e parte de algo
que para este alguém é importante além de suas características físicas, emocionais, psicológicas ou
intelectuais. É de grande modo importante que o instrutor tenha tal compreensão, por exemplo, sabe-
se que uma das principais características técnica e biomecânica do estilo deixado pelo mestre
Funakoshi e seu filho Yoshitaka foram as posturas mais baixas em direção ao centro de gravidade,
diferente da maneira como comumente é visto até hoje em alguns estilos oriundos de Okinawa,
contudo considerando que haverão alunos com limitações físicas desde moderadas a avançadas até
mesmo a forma original de execução de bases por exemplo, pode ser adaptada conforme a
necessidade do praticante, para que o mesmo a seu modo e tendi devido direcionamento, consiga
também desenvolver, reconhecer ou aprimorar habilidades técnicas e humanas.
Outro ponto importantíssimo neste processo de ensino e aprendizagem é a devida explicação
por parte do instrutor do que se está sendo ensinado, de modo que para quê serve em um contexto
aplicável; o instrutor necessita de conhecer pelo menos o básico das interpretações de movimentos
solo ou em conjunto e também entender de que as explicações didáticas estão além do conceito de
Kihon/Bunkai e Kata/Bunkai, no tocante a combates reais ou desportivos, por exemplo: o Oi-Zuki é
classicamente conhecido por ser um soco deferido para frente em avanço, porém levando em
consideração que todo movimento está além do que se vê, pode ser uma técnica de projeção partindo
de uma movimentação avançada com o objetivo de lançar ao solo um oponente, contudo, o mesmo
movimento que pode ser unicamente um soco ou uma aplicação mais profunda, pode ser também
uma maneira de explicar conceitos da vida como a paciência, companheirismo, objetivos, foco ou
que tudo faz parte de um processo que levará o ser humano além de qualquer possibilidade ou
impossibilidade a vencer barreiras; levando em consideração a diversidade do público, tal
metodologia de ensino poderá alcançar de maneira eficaz e uniforme a todos e todas dentro de um
Dojo, a motivação para se continuar treinando e mantendo o intuito de esforço já não será apenas
para aprender a se defender ou atacar ou meramente objetivos individuais, mas principalmente
objetivos de evolução e aperfeiçoamento humanitário, motivando o senso de cooperação entre os
membros do Dojo que entenderão que suas habilidades são para a construção de uma sociedade
melhor.
O recurso porém mais importante neste tocante metodológico quanto as formas de
transmissão de conhecimento é a criatividade. Funakoshi considerava que um excelente Karateka era
capaz de usar da criatividade quer seja para praticar ou ensinar, de modo que, a ludicidade também
faz parte deste processo. O Dojo Daishinkai Karatê Jutsu não possui uma maneira padrão de
ludicidade das atividades, quanto a isso, cada instrutor seguindo o cronograma mensal, bimestral ou
semestral, levando em conta que o que rege no entanto as atividades é o respeito para com a
diversidade dos participantes, são capazes de desenvolver atividades que com devido conhecimento,
experiência de causa e criatividade motivarão alunos e alunas a vencerem até mesmo seus desafios
internos. A saber, todos os instrutores farão especializações quanto tais atividades com profissionais
de áreas pertinentes a tal conceito.
Por último neste tema, o senso fraternal é indispensável no processo de ensino e
aprendizagem: os alunos e alunas não são meramente e unicamente praticantes de artes marciais
caracterizados como soldados prontos a irem a uma guerra de vida ou morte, ou atletas competidores
entre si ou para com os outros unicamente visando treinar por resultados em competições, é preciso
que o instrutor motive e ensine a seus alunos e alunas de que todos dentro do Dojo fazem parte de
uma família, que são um corpo e assim feito o corpo humano onde cada membro tem importância
vital, todos os alunos e alunas fazem parte de um único corpo, sendo assim todos possuem o mesmo
grau de magnífica importância, de modo que entendendo que são uns para os outros aliados e irmãos
e irmãs, levarão esse espírito fraternal por onde quer que forem e para toda a vida.

4. COMUNICAÇÃO E POSTURA DO INSTRUTOR

A comunicação é de fato de direito um dos recursos mais importantes se não o mais importante
dentre as capacidades humanas, existem muitas maneiras de se comunicar e tais maneiras estão
diretamente ligadas a postura de alguém ou de um grupo; a comunicação e a postura definirão
sempre a maneira de como a mensagem a ser transmitida será interpretada, para cargos de instrução e
liderança, o cuidado com a questão comportamental dialética é de grande maneira primordial.

A priori, levando em consideração as formas metodológicas e pedagógicas deste Dojo, o


candidato a Instrutor deve antes de tudo está compromissado a despir-se de seu ego, despir-se de
quaisquer sentimentos de superioridade quer seja por questões particulares, econômicas, sociais,
acadêmicas ou de hierarquia, levando sempre em consideração uma frase muito famosa do saudoso
escritor e cardiologista Enéas Carneiro que diz “não há nada de intrinsecamente diferente que nos
torne superior uns aos outros”, com este pensamento, o candidato ou candidata a Instrutores devem
entender que além de uma boa comunicação que possa ser compreendida, deve ter antes de tudo
assim como descrito por Funakoshi em seu livro “Karatê-Dô, Meu Modo de Vida”, ter conduta de
plena humildade perante seus alunos e alunas, de certo que a humildade dará todo direcionamento
capaz de nortear a conduta frente a classe.

4.1. EQUÍVOCOS DA CONDUTA


É muito comum acontecer casos onde Instrutores por conta da posição de liderança que
possuem, basicamente confundam condutas frente uma classe; logicamente em casos de indisciplina,
medidas de repreensão devem ser tomadas desde a moderada ou extrema firmeza (algo que será
explicado mais a frente) desde que não firam a integridade física, moral ou intelectual do aluno,
porém na maioria das vezes são nesses casos onde os EQUÍVOCOS DA CONDUTA ocorrem, para
tanto é preciso diferenciar conceitos.
Existem diferenças absurdas e abismais entre líder, chefe e ditador, vamos começar a
conceituar aquele que é um chefe, este, é sempre caracterizado por aquele que tem alta posição em
determinada instituição, delega funções, reúne, propõe e executa, porém no delegar de funções
apenas cumpre o que é de seu papel e pertinente unicamente a sua função na busca de resultado
construindo geralmente pelo conjunto da ação de uma equipe. O líder diferentemente de um chefe, é
alguém com um espírito de altruísmo que supera meramente a qualidade de chefia; liderança não está
unicamente e diretamente ligada a hierarquias, cargos, ou posição de prestígio, embora que alguns
locais e instituições, o cargo de liderança vem de posições hierárquicas; não é uma postura de
inércia, mas de árduo trabalho, de considerável honra e de extrema humildade. Aquele que é líder
tem em mente que tudo o que deve fazer é pelo bem de um coletivo e que seu exemplo entre palavra
e ação deve ser o primeiro a motivar e trazer consigo a cooperação mútua de um grupo, classe ou até
mesmo um Dojo. Uma liderança deve ser sempre pautada pela qualidade de humildade para com
demais membros, o respeito e compreensão devem vestir a mente e o coração de um líder e em geral,
alguém que lidera possui tais qualidades embasadas na maturidade de que tudo faz parte de
processos naturais da vida; uma liderança nunca dá ordens que não possam ser cumpridas por conta
de algum risco de vida de seus liderados, se tiver de colocar sua própria integridade em risco pela
segurança e bem de seus liderados, assim fará um líder.
Por último, o ditador. Este possui características desprezíveis e que em nada se aproveitam
dentro de qualquer ambiente, e para tanto, instrutores precisam ter cuidado com tais características
para que não a reproduzam confundindo-as como se fossem medidas disciplinares ou de comando:
condutas de autoritarismo, altivez, agressividade, ou de desdém por alguém não conseguir realizar
algo da forma como é “ordenado” (o correto é pedir para que seja feito); a conduta de um ditador não
possui modéstia, honra e se quer pondera os termos que utiliza em público, porém em todo caso,
aquilo que ordena aos outros sem algum tipo de consideração ou humanidade, não consegue se quer
reproduzir um décimo, por tal motivo, para que tais equívocos sejam evitados o Instrutor deve
sempre avaliar a si próprio constante, questionar-se sempre sobre sua própria conduta, uma vez que
respeito se conquista através do exemplo dado por aquele que está sempre a frente de algo para que
tal exemplo possa arrastar aos demais a reproduzirem qualidades positivas.

4.2. REPREENSÕES DE MODERADAS E EXTREMA FIRMEZA


De certo que ninguém gosta de realmente ser repreendido, por conta da natureza do ser
humano ser também pautada no orgulho e no ego, geralmente é difícil admitir que se errou ou se
praticou alguma conduta destrutiva. As REPREENSÕES previamente dadas sem ensinamentos são
fruto da ignorância daqueles que estão na linha de frente de algum serviço ou grupo, antes de tudo é
preciso lembrar: não se pode cobrar resultado de algo que não foi ensinado a ser feito, logo não há
maneira de como reprimir atitudes desrespeitosas se antes não foi ensinado respeito e o respeito
dentro do Karatê é a base de tudo, o instrutor neste caso, precisa muito mais ser observante em
transmitir o respeito de forma responsável e metodológica de modo em que o exemplo convença, do
que meramente dizer: “me respeita porque sou mais graduado”.
Uma vez que o respeito é ensinado e transmitidos de maneira que venha conscientizar o
praticante sobre sua importância, as medidas de repreensões devem sempre seguir uma linha incisiva
porém jamais agressiva, logo o Instrutor poderá tomar medidas que estejam de acordo com as
normas e diretrizes do Dojo. As medidas moderadas podem ser tomadas em casos de situações não
graves como por exemplo o aluno ou aluna usar algum termo pejorativo por descuido, ou reproduzir
posturas inapropriadas na hora de sentar, conversar ou se dirigir para fazer alguma atividade solo ou
em grupo, neste caso, a repreensão pode ser feita de maneira em que o aluno ou aluna conscientize-
se através de um comando de não reproduzir o comportamento anterior que pode ser prejudicial,
sempre mostrando as consequências da desobediência que neste caso são as restrições de
participações das atividades do Dojo no momento do treinamento, o mesmo vale para repreensões
coletivas.
As repreensões de extrema firmeza por sua vez já fazem menção a gravidade de atitudes que
não condizem com o que é pregado pela filosofia do Karatê-Dô; insubordinação, agressão física,
verbal, de conotação sexual, racial, religiosa ou psicológica se enquadram mestre quesito, onde o
instrutor terá total liberdade de no exato instante convidar o praticante a se retirar do local de treino,
e caso não queira, o instrutor pode e deve dar fim a atividade no exato momento para que a situação
não se arraste a
uma zona conflituosa, pedindo a compreensão e desculpas aos demais membros e tomando
por nota de súmula o acontecido, sendo esta súmula direcionada ao professor responsável do Dojo,
que por sua vez notificará o responsável do aluno ou aluna se for de menor idade, a suspensão do
mesmo por um prazo a julgar justo; caso for o aluno de maioridade, conforme a gravidade do fato,
será feita denúncia mediante aos órgãos da lei, e a solicitação de medida protetiva de distanciamento.
4.3. CORREÇÕES DIDÁTICAS
O Instrutor deve compreender que fatores de evolução técnica dependem principalmente da
forma como são feitas as correções das práticas de movimento típicos do Karatê que são os Kihon e
Kata; correções possuem um alto peso no processo de aprendizagem, logo, quando corrigido um
aluno no que diz respeito a execução, Instrutor de forma alguma deve enaltecer o ponto negativo de
errar uma movimentação embora que repetidas vezes tenha explicado, pois quando tal momento
ocorre, dependendo das cargas emocionais já trazidas por algum aluno ou aluna, o fator de frustração
e incapacidade o fará querer desistir da caminhada e de praticar, um aluno fora do Dojo é um aluno
que deixará de conhecer em si próprio o quanto é capaz de vencer seus desafios.
A maneira neste caso de fazer devidas correções deve ser baseada em reconhecer o esforço e
a dedicação dos alunos, na verificação de que estão fazendo o melhor que podem naquele instante e
naquele dia, motivando-os que dá para melhorar e aprimorar, adaptando a forma e a maneira de
ensino e absorção de conteúdo, fazendo com que eles se vejam capazes de executar as
movimentações, lembrando-os que sucesso começa sempre com um primeiro passo, nem que tal
passo comece com falhas naturais do processo de aprendizagem, uma vez que não acertar esse ou
aquele movimento não irá definir a qualidade deles quanto karatekas, pois para aqueles que seguem
os preceitos marciais e filosóficos de Funakoshi, entendem que mais importa se um aluno ou aluna
consegue servir bem à sociedade usando de todas habilidades humanitárias adquiridas no Karatê
através da prática da cortesia, são muito mais importantes.

4.5 CUIDADOS AOS INSTRUTORES


• Nunca e de forma alguma promover disputas de Shiai Kumite ou Jiyu Kumite entre alunos que
sejam crianças sem a devida presença dos professores responsáveis do Dojo.
• Nunca e de forma alguma promover Jiyu Kunite entre alunos adultos sem a presença ou permissão
dos professores responsáveis do Dojo.
• Transmitir e ensinar aplicações práticas de Kata somente em caráter de demonstração solo em caso
de haver somente um instrutor no local e em caso de haver dois ou mais, demonstração em dupla
entre Instrutores somente; as demonstrações e formas devem seguir os dias específicos definidos no
cronograma, assim como devem seguir o que está definido como conteúdo programático para a
disciplina expressa no cronograma.
• Evitar a todo custo o uso de termos inapropriados tais como xingamentos e palavrões.
• Apresentar aos professores responsáveis diariamente ou no dia em que repassar aula, o relatório da
aula e a listagem de frequência dos mesmos.
• Manter sempre um espírito amigável, fraterno e respeitoso, que transmita segurança e firmeza sem
usar de hostilidade.

5. SEMÂNTICA NIPÔNICA NO KARATÊ


Compreender terminologias sempre será uma tarefa árdua, mas que se torna prazerosa
quando realmente se entende o valor da interpretação para o esclarecimento de inúmeras
questões. As terminologias dentro do Karatê não funcionam de modo diferente, e tão qual idioma
brasileiro, há termos em que a necessidade interpretativa vai além de dois ou mais significados
para uma palavra, outros, dependem da fonética, questões regionais e inúmeros outros fatores
para que haja um entendimento amplo; a Semântica de modo é uma forte aliada nesse sentido e
segundo o site Brasil Escola define “Semântica é uma área da linguística focada no significado
das palavras e dos sons bem como na relação entre o sentido e a estrutura desses elementos
dentro do enunciado”. Ora, a semântica está basicamente em tudo o que vemos sobre
terminologias dentro do Karatê, desde o nome que batiza a arte, até mesmo a uma simples parte
do corpo que venha ser usada na execução de alguma técnica.
Conhecer a Semântica Nipônica no Karatê é essencial inclusive para o esclarecimento de
técnicas que dependem de interpretações documentais, regionais ou culturais, e se tratando das
questões culturais, descobre-se até mesmo a identidade de todo um povo. Um dos exemplos
clássicos deste assunto é a fonética do número 4, para os ocidentais é natural contar de um a
quatro dessa forma: ichi, ni, san, shi, já para o japonês e isso inclui desde o menos ao mais
supersticioso, jamais pronunciam tal sequência desta forma, pois a pronúncia do número quatro
da forma que está escrito é similar ao do termo morte, foneticamente muito similares, ao invés
disto, usam.o termo “yon”, logo por esse motivo o quarto Kata da série Heian não de chama
Heian Shidan, mas sim Yondan.
Dominar ou compreender o básico da Semântica Nipônica neste tocante garante
esclarecimentos riquíssimos e que impedem a ocorrência de erros gravíssimos como comumente
é encontrado sob os termos Karatê-Dô e Karatê-Jutsu, por exemplo; o próprio Gichin Funakoshi
em seu livro “Karatê-Dô, Meu Modo de Vida” esclarece que em sua infância em Okinawa, não
compreendia que o uso dos termos Okinawa-Tê e Tode, diferiam de modo categórico mas que
contribuíram de maneira uniforme para o crescimento do Karatê.
Para instrutores se faz necessário compreender tais recursos linguísticos e de certo modo,
compreender a fonética das terminologias encontradas nas técnicas do Karatê.

5.1 PARTES DO CORPO EM JAPONÊS

Axila 脇の下 waki no shita

Bexiga 膀胱 boukou

Bezerro (da perna) 脹脛 fukurahagi

Boca 口 kuchi

Bochecha 頬 hoo/hoho

Bochecha 頬っぺた hoppeta


Braço 腕 ude

Cabelo 髪 kami

Cabelo 髪の毛 kami no ke

Cabeça 頭 atama

Calcanhar 踵 kakato

Coração (órgão) 心臓 shinzou

Corpo 体 karada

Costas 背中 senaka

Cotovelo 肘 hiji

Coxa 太股 futomomo

Cílios 睫毛 matsuge

Dedo anelar 薬指 kusuri yubi

Dedo do meio 中指 naka yubi

Dedo indicador 人差し指 hitosashi yubi

Dedo mindinho 小指 ko yubi

Dedo 指 yubi

Dedos dos pés 爪先 tsumasaki

Dentes 歯 ha
Estômago (órgão) 胃 i

Estômago お腹 onaka

Estômago 腹 hara

Figado 肝臓 kanzou

Garganta 喉 nodo

Gengiva 歯茎 haguki

Intestinos 腸 chou

Joelho 膝 hiza

Lábios 唇 kuchibiru

Língua 舌 shita

Lóbulo da orelha 耳たぶ mimitabu

Mama / Peito 胸 mune

Mão 手 te

Músculo 筋肉 kinniku

Narina 鼻孔 bikou

Nariz 鼻 hana

Nádegas お尻 oshiri
Olho 目 me

Ombro 肩 kata

Orelha 耳 mimi

Osso 骨 hone

Pele 肌 hada

Pescoço 首 kubi

Polegar 親指 oya yubi

Pulmões (órgão) 肺臓 haizou

Pulso 手首 tekubi

Punho 拳 kobushi

Pálpebras 瞼 mabuta

Pé 足 ashi

Quadris / Cintura 腰 koshi

Queixo 顎 ago

Rim 腎臓 jinzou

Rosto 顔 kao

Rótula 膝頭 hizagashira
Sobrancelha 眉 mayu

Testa お凸 odeko

Testa 額 hitai

Tornozelo 足首 ashikubi

Umbigo 臍 heso

Unha / Toenail 爪 tsume

5.2 NUMEROS

1 – ichi;
2 – ni;
3 – san;
4 – shi/yon;
5 – go;
6 – roku;
7 – shichi;
8 – hachi;
9 – kyu;
10 – ju;
20 – niju;
30 – sanju;
100 – hyaku

5.3 DEMAIS NOMENCLATURAS


Age – Ação de erguer, levantar
Ai hanmi – Posição relativa de dois praticantes, com a mesma perna à frente
Ashi – Perna, pé
Ashi barai – Varrimento com o pé
Atama – Cabeça
Atemi – Batimento contundente, pancada
Awase – Combinação, junção, harmonização
Ayumi – Andamento
Barai – Varrimento
Bu, Bushi – Guerreiro
Budo – Via do guerreiro, artes marciais
Chi – Palavra chinesa para energia vital, o mesmo que “Ki”
Chudan – Nível médio (do pescoço até à cintura)
Dachi – Posição
Dai – Grande
Dan – Nível, grau (cinto negro)
Do – Via, caminho
Dojo – Local de treino de Karate, Local do Caminho
Embusen – Diagrama de uma kata
Empi – Cotovelo, o mesmo que “hiji”
Fumi – Esmagar
Gasho – Juntar as mãos à frente da cara para fazer saudação (Zen, Mokuzo, etc.)
Gedan – Nível baixo (da cintura para baixo)
Geri – Pontapé
Gi – uniforme para a prática de Karate composto de Uwagi (casaco), Zubon (calça) e Obi (cinto)
Go-no-sem – Táctica de deixar o oponente atacar primeiro para contra-atacar
Gyaku – Contrário, inverso
Hajime – Iniciar, começar
Hakama – Calça larga usada sobre o gi nas artes marciais tradicionais (Kyudo, Kendo, Iaido, Aikido,
etc.)
Happo – Oito direções
Hara – Abdómen
Heiko – Paralelo
Hidari – Esquerda
Hiji – Cotovelo
Hiki-te – Recuo do punho até ao quadril
Hiza – Joelho
Ho – Direção, sentido, método
Horan-no-kamae – Posição de início de alguns katas em que a mão cobre o punho fechado
Ippon – Um (ponto, passo, ataque, etc.)
Ippon-kumite – Exercícios com parceiro com 1 ataque 1 defesa
Irimi – Movimento de entrada (no círculo do adversário)
Jitsu (jutsu) – Técnica, arte
Jiyu – Livre
Jiyu-ippon-kumite – Combate livre (controlado) com um só ataque
Jiyu-kumite – Exercícios controlados com parceiro em que as formas de combate são livres, em
situações reais, combate livre
Jo – Alto
Jodan – Nível alto (do pescoço para cima)
Joseki – Lado superior, lugar de honra (no dojo, a parede sul, à direita da parede principal)
Ju – Suavidade, suave
Ju-kumite – Combate em suavidade
Kagi, Kake – Gancho, enganchar
Kaisho-waza – Técnicas com mão aberta
Kakato – Calcanhar
Kamae – Posição de defesa
Kamaete – Ordem para tomar a posição
Kamiza – Parede principal do dojo, do lado este, onde se encontra o Tokonoma
Kara – Vazio
Karada – Corpo, o mesmo que “tai”
Karate-do – A Via das mãos vazias
Kata – Forma de treino, com ou sem parceiro, com sequências de técnicas predeterminadas
Katana – Espada
Keage – Movimento explosivo
Keiko – Treino
Kekomi – Movimento penetrante
Keri (Geri, em composição) – Pontapé, chute
Ki – Energia, força vital, espírito
Kiai – Exteriorização da energia através de grito
Kihon – Técnicas de base, básicos
Kime – Concentração de energia física e mental, decisão, contração ao final de cada golpe
Kiritsu – Levantar
Ko – Pequeno, posterior
Kohai – Praticante mais novo, o contrário de Sempai
Kokoro – Espírito, coração
Kokyu – Força respiratória
Koshi (goshi, em composição) – Anca, quadril
Kote – Pulso
Kumite – Combate
Kuzushi – Desequilíbrio
Kyu – Grau de aluno
Kyusho – Pontos vitais
Maai – Distância correta
Mae – Frente
Maki
Makiwara – Alvo tradicionalmente de palha enrolada para treino de Karate-do ou Kyudo
Mawashi – Movimento circular
Midale – Método de treino de Karate-do que consiste em ataques e esquivas contínuas
Migi – Direita
Mokuso – Literalmente: não pensar. Atitude de concentração executada durante o cerimonial de
início e final da prática de Budo, meditar
Morote – Ambas as mãos
Nage waza – Técnicas de projeção
Neko – Gato
Nobashi – Extensão
Nukite – Ataque com os dedos juntos e esticados
O – Grande
Okuri – Deslizar
Osae – Imobilização, pressionar
Otagai-ni-rei – Saudação mútua
Otoshi – Movimento de cima para baixo
Randori – Combate livre
Rei – Saudação
Reigi – Etiqueta, regras de conduta
Ritsu-rei – Saudação de pé
Ryo – Ambos
Ryu – Estilo, escola
Sabaki – Esquiva
Sanbon-Kumite – Combate com três ataques
Sasae – Sustentar, suportar
Seiza – Sentar na posição de joelhos
Sempai – Aluno mais graduado, mais antigo
Sem-no-sem – Antecipação
Sensei – Professor
Sensei-ni-rei – Saudação ao professor
Sensei-ni-taishi-rei – Saudação em direção ao professor
Shihan – Professor de grau elevado
Shiho – Quatro direções
Shikko – Andar na posição de joelhos
Shimoza – Parede oeste do dojo, oposta ao Kamiza, onde se sentam os alunos
Shimoseki – Parede norte do dojo, onde podem ficar os assistentes não praticantes
Shin – Espírito
Shisei – Posição, postura
Shizentai – Posição natural do corpo, de pé
Sho – Pequeno
Shomen – De frente
Shomen-ni-rei – Saudação para a parede principal do dojo
Shomen-ni-taishi-rei – Saudação em direção à parede principal do dojo
Shuto – Sabre da mão (lado do dedo mínimo)
Sokuto – Sabre do pé, lado do dedo mínimo
Sokuto – Sabre do pé, lado do dedo mínimo
Soto – Exterior, fora para dentro
Sutemi – Abandono do corpo
Tai – corpo, o mesmo que “karada”
Tai-sabaki – Esquiva do corpo
Tate – Vertical
Te – Mão
Tetsui – Parte lateral exterior do punho
To – Distante, longe
Tobi – Saltar
Tokui – Mais forte
Tokui-waza – Técnica mais forte, favorita
Tomoe – Circular
Tori – O que ataca, o que executa
Tsuki – Soco, murro
Uchi – Interior, dentro para fora
Ude – Braço, antebraço
Uke – Bloqueio
Ukemi – Queda, enrolamento
Ura – Movimento realizado rodando; as costas do adversário
Uraken – Costas da mão
Ura-mawashi – Pontapé circular para trás
Ushiro – Atrás, para trás
Waza – Técnica
Yakosoku – Combinado, sem resistência
Yame – Parar
Yasume – Ordem de descontrair
Yoi – Ordem de atenção
Yoko – de lado, lateral
Zanshin – Atitude de concentração
Za-rei – Saudação em seiza
Zempo – Em direção frontal
Zen – frente

6. EXECUÇÃO DE KIHON, PRINCÍPIOS BÁSICOS


Os princípios básicos do Karatê são indispensáveis para o alcance do aprimoramento técnico e
prático, as bases científicas incorporadas ao estilo Shotokan por exemplo, tem como objetivo a
melhoria da performance física através da biomecânica, com isso, a JKA tornou-se pioneira em
divulgar um Karatê metodologicamente funcional e que visa utilizar de todas as potencialidades do
corpo para não somente alcançar considerável melhoria da performance na execução dos
movimentos básicos e avançados, mas principalmente para o fortalecimento das capacidades e
habilidades físicas dos praticantes deste estilo. A visão da JKA porém, após a morte de Funakoshi e
seu filho tornou-se muito mais preocupada com a melhoria de uma performance voltada para o
exercício de competições, diferente a isso, a visão dos fundadores do Shotokai, que foram alunos
diretos de Funakoshi e Gigo Funakoshi, está pautada na melhoria da performance das técnicas e
princípios básicos com o propósito de fortalecer o corpo e a mente não para competições, mas sim
para situações reais tal qual pregava o filho de Funakoshi. É importante destacar que embora hajam
competições na JKA, o princípio deixado e ensinado por Masatoshi Nakayama quanto a também
eficácia científica do Shotokan JKA em situações reais, possui bases pedagógicas quanto a
compreensão do uso do Karatê adaptando-o ao praticante e também, não menos importante,
dependendo tipo de situação que vier a se apresentar.
Segundo Masatoshi Nakayama, para a maior eficácia das suas técnicas, todas as artes
marciais e a maioria de outros esportes dependem da forma correta. No beisebol, é necessária uma
boa batida para alcançar uma pontuação vitoriosa. Um esgrimista passa anos aperfeiçoando
movimentos que, para um leigo, parecem fáceis. O resultado da prática é um movimento, ou forma,
do corpo física e fisiologicamente correto. A forma correta é especialmente importante no Karatê.
Todas as partes do corpo precisam estar em harmonia para dar a estabilidade necessária que sustente
o choque resultante de um chute ou soco desferido. O estudante de Karatê frequentemente precisa
firmar-se num só pé para atacar ou defender-se. Assim, o equilíbrio é absolutamente importante. Se
os pés ficam afastados, com o consequente abaixamento do centro de gravidade, um chute ou soco
será mais forte. Entretanto, é mais fácil movimentar-se se o centro de gravidade está um pouco mais
alto e os pés mais próximos em vez de distanciados o máximo possível. Por isso, embora a
estabilidade seja importante, há um ponto que é recomendável não ultrapassar. Se o estudante se
preocupar demais com a estabilidade, perderá elasticidade. Se flexionar muito os joelhos para manter
o equilíbrio, seu chute será ineficaz. Assim, a posição do corpo e, consequentemente, do centro de
gravidade, depende das circunstâncias.
É comum e até mesmo pela prática moderna do Karatê, ser deixado de lado o treinamento
básico tanto para iniciantes quanto para veteranos que a princípio deve partir de movimentos sem
avanços e com aperfeiçoamento progressivo, ser transmitido o passo a passo das movimentações em
base, progredindo de uma base a outra conforme a absorção de conhecimento e técnica do praticante;
mediante a experiência vivenciada por Masatoshi Nakayama, os candidatos a Instrutores devem
esclarecer aos alunos as devidas diferenças na produção de resultado conforme o uso de
peculiaridades técnicas de execução, começando pelo ajuste da posição natural do corpo, sempre em
postura ereta, após feito isso, pode ser ensinando os primeiros passos da Zenkutsu-Dachi, com
devidas pausas nas transições entre uma perna e outra, conceituado a importância da postura dos pés
tanto na saída do movimento, quanto na chegada.
O trabalho de execução dos princípios básicos para o aluno iniciante pode parecer desgastante
e frustrante, pois a maioria das pessoas buscam treinar Artes Marciais com o intuito de aprenderem
logo a lutar, e isto não é o correto a ser feito, todo um trabalho metodológico regido por princípios
pedagógicos deve ser executado, pois a mesma paciência em que o praticante deverá ter para
aprender uma única postura por longas semanas e meses às vezes, pode acabar sendo o que lhe
salvará em muitas situações do cotidiano quando vier a precisar manter a calma, o equilíbrio e a paz.

6.1 ASPECTOS FÍSICOS QUANTO EXECUÇÃO DE TÉCNICAS BÁSICAS


(CONFORME OS ENSINAMENROS DE MASATOSHI NAKAYAMA)
Força muscular apenas não dará ao estudante condições de distinguir-se nas artes marciais. O
uso eficaz da força é importante. A aplicação da força a qualquer movimento depende de vários
fatores, sendo a velocidade um dos mais importantes.
As técnicas básicas do soco e do chute tornam-se potentes com a concentração da força
máxima no momento do impacto. Essa concentração da força depende muito da velocidade com que
as técnicas são executadas. Com outros aspectos em igualdade de condições, uma velocidade maior
resultará em aumento de força. O soco de um karateka avançado pode se deslocar à velocidade de 13
metros por segundo e produzir uma força devastadora equivalente a 680 quilos.
A velocidade é um elemento importante na aplicação da força, mas não produzirá seus
melhores efeitos sem um bom controle.
O tipo de movimento necessário nas técnicas fundamentais de Karatê não é o que pode mover
um objeto pesado lentamente, mas o que pode mover um objeto leve com o máximo de velocidade.
Assim, o exercício de força potente, mas lento, necessário para levantar uma barra com anilhas não é
tão eficaz no Karatê quanto a força desenvolvida golpeando o makiwara com grande velocidade.
Outro princípio a lembrar é que se pode gerar uma velocidade maior se a força percorrer uma
distância maior até o alvo. Por exemplo, ao chutar, o joelho da perna de chute deve dobrar o máximo
possível e o corpo deve estar numa posição tal com relação ao alvo, que a perna estique totalmente
no momento do impacto. Quanto maior for o trajeto a ser percorrido pela perna até o alvo, mais
potente será o chute.
Para aumentar a força e a velocidade, é necessário praticar respondendo a ataques inesperados
e não ensaiados. Essa pratica, acompanhada pela compreensão e aplicação da dinâmica do
movimento, ajudará a encurtar o tempo de reação.
A força para movimentar o corpo é fornecida pelos músculos. Músculos bem treinados,
vigorosos e elásticos são indispensáveis no Karatê. Mesmo entendendo bem a teoria do Karatê e
conhecendo os princípios da dinâmica do movimento, a técnica do praticante será deficiente se os
seus músculos não forem suficientemente fortes. Por isso, é necessário treino constante para
fortalecer os músculos do corpo.
Para que o treino em karatê seja orientado cientificamente, também é necessário saber que
músculos são postos em ação na execução de uma determinada técnica. Na prática de uma técnica
nova, às vezes os alunos usam músculos desnecessários ou músculos que na verdade dificultam a
execução da técnica. Por isso, os principiantes devem seguir atentamente as orientações dos seus
instrutores.
Quando os músculos adequados trabalham com toda a sua capacidade e em harmonia, a
técnica é potente e eficaz. Por outro lado, quando são acionados músculos desnecessários, o
resultado será, no mínimo, perda de energia e, no máximo, uma técnica ineficaz. Finalmente, a
velocidade da contração muscular é importante, porque quanto mais rapidamente se contrair um
músculo, maior será a força produzida.
O tempo de execução correto é da maior importância na aplicação das técnicas. Se o senso do
momento oportuno for defeituoso, a técnica será ineficaz. Um chute ou soco desferido contra o alvo
antes, ou depois, do tempo certo em geral é estéril.
O início de uma técnica é de importância primordial em toda consideração sobre o tempo
correto. Para iniciar movimentos específicos com proveito, os jogadores de beisebol e de golfe
condicionam seus balanços praticando esses movimentos. Entretanto, não há possibilidades para um
exercício como esse no Karatê, onde o resultado pode ser decidido num instante. Um erro na
percepção do tempo correto pode ser fatal.
O ataque no Karatê deve ser desferido com as mãos e os pés na posição normal de prontidão
ou de defesa. Obviamente, as mãos e os pés devem sempre estar posicionados de modo que as
técnicas possam ser aplicadas com facilidade e rapidez. Imediatamente após a aplicação de uma
técnica, eles devem voltar a posição em que se encontravam, preparando-se para o movimento
seguinte. Além disso, durante a realização desses movimentos, o corpo deve permanecer relaxado,
mas alerta, com os músculos cheios de energia e prontos para qualquer eventualidade.

7. NOÇÃO BÁSICA INTERPRETATIVA E DE BIOMECÂNICA DOS KATA


(DE HEIAN SHODAN À TEKKI-SHODAN)
Levando em conta que os Kata são basicamente a alma do Karatê como um todo, pois
partindo deles obtêm-se todo o escopo necessário para que se descubra as informações a cerca das
origens culturais de cada estilo, linhagem ou escola, torna-se indispensável a conceituação
interpretativa dos mesmos.
Neste estágio serão tratados aspectos básicos por meios teóricos e práticos no que diz respeito
a prática dessa obra milenar inclusa dentro da magnífica arte do Karatê.
Um traçado histórico: segundo relatam livros oriundos dos pioneiros do Karatê, a prática do
Kata remonta das artes marciais chinesas que tinham forte influência na ilha de Okinawa e nas
práticas de lutas dos okinawanos; neste período, propósito do Kata era manter codificado em sua
estrutura de movimentos que serviam para autodefesa e em sua grande maioria eram de alta
letalidade.
Com o passar dos anos e com o advento da modernização do Karatê, muitos deixaram estes
traços quase que esquecidos, usando o Kata quase que de maneira unânime como mecanismo de
pontuação em competições.
A biomecânica dos Kata presentes no estilo Shotokan por exemplo, visam um trabalho de
forma linear, focado na beleza de seus movimentos, o uso correto do Kime aliado a respiração, uso
de bases mais próximas ao centro de gravidade e forte trabalho dos quadris, já os estilos oriundos das
escolas de Okinawa como o Goju-Ryu e Shorin-Ryu, visam muito mais a funcionalidade dos
movimentos do que necessariamente a beleza dos mesmos, diferente dos Kata Shotokan, os Kata
dessas escolas se caracterizam por movimentos em geral circulares aliados a um forte trabalho de
Ibuki (respiração abdominal), e com bases um pouco mais altas em comparação ao Shotokan. Na
prática, essas escolas mantém a tradição de que o Kata deve ser usado para interpretação das técnicas
de autoproteção, isso não significa porém que os da escola Shotokan não tenham o mesmo propósito
ou que sejam menos eficazes.
Um dado interessante sobre tais escolas é que enquanto as variantes do Shotokan utilizam o
Kime, que basicamente é a contração no momento de impacto ou execução final de um movimento
em Kata, os estilos oriundos das escolas de Okinawa fazem uso do Chinkuchi, que basicamente
significa expansão do movimento, em outras palavras, o propósito é exatamente atingir o oponente
de modo contundente, e isso explica por exemplo a características que esses estilos tem em comum,
que são movimentos similares a chicotadas.
As aplicações de Kata são conhecidas como Bunkai, as mais usadas principalmente em
campeonatos são do tipo Kihon-Bunkai onde possuem um aspecto muito mais esportivo e artístico,
outros tipos de Bunkai são Henka Bunkai, Oyo Bunkai e Kakushi Bunkai, estes já visam proposta
contrária ao Kihon Bunkai: o aprendizado cirúrgico e profundo das técnicas com objetivo de
descobrir a utilização destes em combates reais caso seja necessário defender-se.
São também características dos Kata: execução em Embuzen (diagrama de movimentos), na
maioria dos estilos o ponto de início e também o ponto de término, alguns Kata oriundos de Okinawa
não possuem o uso do Kiai; antes de iniciar um Kata, olhar para onde irá executar o movimento é
primordial e também e não menos importante, vários Kata de um estilo podem ter muitas variações
em outros estilos.

7.1 KATA’S DE EXIGÊNCIA CURRICULAR

HEIAN SHODAN – paz e tranquilidade (nível inicial)


É o primeiro kata da série Heian. É composto de 21 kyodos (movimentos) de golpes, sendo
nove destes de defesa na postura ZENKUTSU DACHI , quatro golpes de defesa na postura de
KOKUTSU DACHI e oito de ataque na postura de ZENKUTSU DACHI. O kiai aprece no kyodo 9º
e 17º.Neste kata, as técnicas são o bloqueio superior contra o ataque à cabeça e o bloqueio com a
mão em espada contra o ataque ao meio do corpo (chudan shuto uke). Como este é o primeiro kata a
ser aprendido, é importante treiná-lo em movimentos com os pés e seguindo a linha de atuação. Em
particular, objetive o domínio da posição frontal e dorsal, enquanto se familiarizar com os aspectos
essenciais do soco direto, de arremesso. Linha de atuação é em forma de I; Movimentos: 21; Tempo
necessário: cerca de 40 segundos.
HEIAN NIDAN – paz e tranquilidade (nível dois)
É o segundo kata . Possui 26 kyodos,(movimentos) executados em 2 posturas
( ZENKUTSU,OU KOKUTSU )ao tempo de aproximadamente 1(um) minuto, sendo o kiai emitido
no 11º e 26º kyodos. O objetivo assemelha-se ao 1º kata ou seja firmeza de base, equilíbrio e
potência de golpes, porém apresenta também trabalhos de coordenação motora, velocidade e
agilidade. Este é o treinamento do chute lateral e do chute frontal. Mudar de direção ao executar um
chute lateral um ponto especial a ser aprendido. Linha de atuação é em forma de I; Movimentos: 26;
Tempo necessário: cerca de 40 segundos.

HEIAN SANDAN – paz e tranquilidade (nível três)


O terceiro kata possui 20 kyodos e o kiai é emitido no 10º e 20º kyodos. Possui técnicas que
possibilitam que o praticante liberte-se de agarramentos por trás e técnicas de giro de corpo que
facilitam esquivas para outros tipos de agarramentos. Suas técnicas são executadas nas bases
ZENKUTSU DACHI, KOKUTSU DACHI, e KIBA DACHI. O seu tempo de execução registra-se
em torno de cinquenta (50) segundos.
HEIAN YODAN – paz e tranquilidade (nível quatro)
O quarto kata é provavelmente dentre os elementares, o que apresenta o maior grau de
dificuldade. O forçamento excessivo por parte do praticante, acarreta erros no EMBUSEM. O
trabalho com a agilidade, objetividade e mudança de ritmo, são os seus objetivos principais nas
variadas sequências técnicas de golpes. Possui vinte e sete (27) kyodos e o kiai é emitido nos
movimentos 13º e 25º. O seu tempo aproximado é de quarenta e cinco segundos (45″) .
HEIAN GODAN – paz e tranquilidade (nível cinco)
O quinto kata possui 23 kyodos, e o kiai é emitido no 12º e 19º movimentos. A sua execução
total, demora aproximadamente sessenta segundos (60″).
TEKKI SHODAN – cavaleiro de ferro (nível inicial)
É o primeiro desta série e é também conhecido como NAIHANCHI, sendo originário do
estilo SHURITE. Possui 29 kyodos (movimentos) em um tempo equivalente a cinquenta segundos
totalmente na postura KIBA DACHI , exceto nos deslocamentos, em que pode se observar a postura
KAKE DACHI o kiai aparece nos 15 e 29 kyodos. As técnicas de braços são defensivas e quando
ofensivas os golpes utilizados são cotoveladas e socos curtos. As técnicas de pernas são usadas em
bases ou aplicações de defesas na forma de ASHI NAMI GAESHI , ou com pisões dirigidos ao pé ou
ao joelho do adversário.

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