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Domingão

    Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvei bater um fio para o Zeca.

    — E ai, cara? Vamos ao cinema?

    — Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo....

    — Eu também tava, cara. Mas já estou melhor!

    E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado.
Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima sessão.

    Saímos de lá, comentando:

    — Que filme massa!

    — Maneiro mesmo!

    Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é de trampo e eu detesto
queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de novo para eu agitar um pouco mais.

CAVÉQUIA. Márcia Paganini. In: http://ensinocomalegria.blogspot.com

1. A linguagem utilizada nesse texto é comum em

a) artigos científicos

b) entrevistas de emprego

c) rodas de conversa

d) textos jornalísticos

 2. Os dois personagens que conversam nesse texto são

a) adultos

b) crianças

c) idosos

d) jovens.

 Dom Casmurro

        Uma noite dessas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu
conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-
me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu
estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos
no bolso.

       [...] No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não
gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou.

       [...] Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem
calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei
melhor titulo para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo.

https://www.camara.leg.br/radio/programas/531535-dom-casmurro-de-machado-de-assis/

3. A linguagem usada nesse texto é exemplo de um registro

a) cientifico
b) coloquial

c) formal

d) popular

Vício na fala (Oswald de Andrade)

 Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados

http://nossacasa.net/blog/vicio-na-fala/

 4. Nesse texto as palavras “mió” e “pió” são exemplos de linguagem

a) coloquial

b) formal

c) jornalística

d) poética

SETE ANOS DE PASTOR JACOB SERVIA (Luís de Camões)

Sete anos de pastor Jacob servia  

Labão, pai de Raquel, serrana bela; Vendo o triste pastor que com enganos

mas não servia ao pai, servia a ela, lhe fora assim negada a sua pastora,

e a ela só por prêmio pretendia. como se a não tivera merecida;

   

Os dias, na esperança de um só dia, começa de servir outros sete anos,

passava, contentando se com vê-la; dizendo:_Mais servira, se não fora

porém o pai, usando de cautela, para tão longo amor tão curta a vida.

em lugar de Raquel lhe dava Lia.

5. No trecho “...como se a não tivera merecida;...”, a palavra destacada é um exemplo de

a) expressão de gíria.

b) expressão regional.

c) linguagem coloquial.

d) linguagem formal.

 
Mina Chavosa (MC Dani)

 Mina chavosa Mina chavosa Mina chavosa só anda assim

Cabelo soltinho estilo colômbia

Juliet no rosto, saia da Ciclone e um Nike no pé

 Pode fala, pode pensa, fala o que qué, que eu não to de K.O

Nóis chega no baile gritando bem alto '' CADE OS TOP ZIKA AMÔ? ''

https://www.letras.mus.br/mc-dani/1770709/

6. A palavra “mina” é representativa da linguagem

a) coloquial.

b) jornalística.

c) literária.

d) padrão.

 7. A alternativa que NÃO apresenta um exemplo de gíria é

a) chavosa c) K.O

b) Juliet d) ZIKA

Onde trabalhar

O perito tem quatro possibilidades de emprego:

• ser contratado por uma empresa de consultoria, que é chamada quando pinta um problema em outra empresa;

• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém seu próprio corpo de especialistas;

• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal ou por alguma pessoa ou empresa para trabalhar num caso
específico;

• trabalhar em uma empresa para fazer segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os sistemas antes de serem atacados
por hackers.

Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.

 8. No Texto, há uma palavra representativa de linguagem coloquial em:

a) “ser contratado por uma empresa de consultoria,”.

b) “que é chamado quando pinta um problema...”.

c) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.

d) “ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal...”.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

E a viagem continua...

Depois de rezarmos e cantarmos muito, voltávamos todos para casa e logo chegavam convidados para o almoço, que sempre
era especial. Comidas italianas que vovó, a nona, fazia.
E todos os adultos matavam saudade da Itália. Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo do século, quando meu pai tinha três
anos. Mamãe chegou um pouco mais tarde, com seus pais.

Depois de moços, conheceram-se no Brasil e se casaram.

Durante o almoço, falavam em italiano e tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, não entendíamos nada...

ZABOTO, L. H. Vovó já foi criança. Brasília: Casa Editora, 1996.

 9. Quem é o narrador desse texto?

a) a avó. c) o pai.

b) a mãe. d) uma neta.

 A decadência do Ocidente

O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive,
nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu
do pai que a galinha seria, obviamente, comida.

– Comida?!

– Sim, senhor.

– Mas se come ela?

– Ué. Você está cansado de comer galinha.

– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?

– Claro.

Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda mais aquele
animal vivo ali no meio do apartamento.

O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho
pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a
mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.

– A empregada não sabe fazer?

– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um
pescoço de galinha.

Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.

– Eu?! Não mesmo!

O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona Noca.

– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.

– O quê?!

– Há dez anos.

– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.

– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.

Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a
cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.

– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu:

– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!

E a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.

 10. O trecho que expressa o uso de linguagem coloquial é:

a) “O doutor ganhou uma galinha viva...”.

b) _Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!

c) “A mulher foi consultar a empregada.”.

d) “─ Há dez anos.”.

 11. O trecho em que aparece a “voz” do filho mais moço é?

a) – Sim, senhor.

b) – Mas se come ela?

c) – Ué. Você está cansado de comer galinha.

d) – Claro

 (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Pônei glutão

Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né? Algumas, no entanto, exageram nos doces, frituras e guloseimas. Esse é o
caso do britânico Magic, de 4 anos de idade.

A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em comer macarrão instantâneo! O vício
começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou um macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote
no chão para esfriar.

Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício que o pequeno pônei sustenta
é tomar suco de laranja.

Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-glutao>. Acesso em: 4 jan. 2012.

12. No trecho “Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né?”, o termo em destaque é um exemplo de linguagem

a) falada em uma determinada região.

b) falada entre amigos.

c) utilizada em jornais.

d) utilizada em receitas médicas.

(SAEPE). Leia o texto abaixo.

O grande sábio e o imenso tolo

 Por um acaso do destino, um velho e sábio professor e um jovem e estulto aluno se encontraram dividindo bancos gêmeos
num ônibus interestadual. O estulto aluno, já conhecido do sábio professor exatamente por sua estultice, logo cansou o mestre
com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O professor aguentou o quanto pôde a conversa insossa e descabida. Afinal,
cansado, arranjou, na sua cachola sábia, uma maneira de desativar o papo inútil do aluno. Sugeriu:

– Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais depressa. Você me faz
uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas.

Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.

– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto aparentava –, eu
vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu.
Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor acertar, ganha só vinte.

– Está bem – concordou o professor –, pode começar.

– Me diz, professor – perguntou o aluno –, o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?

O professor, sem sequer pensar, respondeu:

– Não sei; nem posso saber! Isso não existe.

– O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno – e, portanto, me
deve cem pratas.

– Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando –, mas agora é minha vez. Me diz aí: o que é que tem
cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?

– Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.

MORAL: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo 20% da esperteza.

FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 215-216.

13. Nesse texto, o trecho que apresenta uso de linguagem coloquial é:

a) “Faz o tempo passar bem mais depressa.”.

b) “Ah, mas isso é injusto!”.

c) “Quando o senhor acertar, ganha só vinte.”.

d) “–Tá bem, eu pago as cem pratas.”.

(SPAECE). Leia o texto abaixo.

O estresse faz bem

A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias, o computador travou de vez e o mala do chefe insiste em
pegar no seu pé. O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas, acredite,
essa pressão faz muito bem para você. Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, o estresse é fundamental para a nossa
sobrevivência.

Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre. Ficamos prontos para tomar
decisões com mais rapidez, guardar informações que podem ser decisivas e encarar desafios e perigos. Ou seja, pessoas
estressadas potencializam sua capacidade de superar um problema, na visão do professor (funciona quase como o espinafre
para o Popeye). Mas há um porém, se nos estressarmos demais, os efeitos benéficos acabam revertidos. Nosso cérebro falha,
e funções como a memória acabam prejudicadas. É por isso que precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação.
O segredo estaria em levar uma vida saudável e buscar atividades que deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O Fim
do Estresse como Nós o Conhecemos – na entrevista que concedeu à SUPER.

WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009. Adaptado: Reforma ortográfica. Fragmento.

 14. O autor desse texto faz uso da linguagem coloquial no trecho:

a) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas...”

b) “... o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.”.

c) “Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, ...”

d) “... funções como a memória acabam prejudicadas.”.

 
15. No texto acima o autor se dirige ao seu interlocutor várias vezes. Marque a alternativa em isso NÃO acontece.

a) “...a crise roeu suas economias...”

b) “...o mala do chefe insiste em pegar no seu pé.”

c) “mas, acredite, essa pressão faz muito bem para você.”

d) “funciona quase como o espinafre para o Popeye”

GABARITO

1. C

2. D

3. C

4. A

5. D

6. A

7. B

8. B

9. D

10. B

11. B

12. B

13. D

14. A

15. D

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