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Domingão
Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvei
bater um fio para o Zeca.
E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando
chegamos, o filme já tinha começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha
chegado para a próxima sessão.
— Maneiro mesmo!
Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-
feira é de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de
novo para eu agitar um pouco mais.
a) artigos científicos
b) entrevistas de emprego
c) rodas de conversa
d) textos jornalísticos
a) adultos
b) crianças
c) idosos
d) jovens.
Dom Casmurro
Uma noite dessas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central
um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se
ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta,
e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu
estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse
a leitura e metesse os versos no bolso.
[...] No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom
Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à
alcunha, que afinal pegou.
[...] Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas
no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-
me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor titulo para a minha
narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo.
https://www.camara.leg.br/radio/programas/531535-dom-casmurro-de-machado-de-assis/
a) cientifico
b) coloquial
c) formal
d) popular
http://nossacasa.net/blog/vicio-na-fala/
a) coloquial
b) formal
c) jornalística
d) poética
Sete anos de pastor Jacob servia mas não servia ao pai, servia a ela,
a) expressão de gíria.
b) expressão regional.
c) linguagem coloquial.
d) linguagem formal.
Pode fala, pode pensa, fala o que qué, que eu não to de K.O
Nóis chega no baile gritando bem alto '' CADE OS TOP ZIKA AMÔ? ''
https://www.letras.mus.br/mc-dani/1770709/
a) coloquial.
b) jornalística.
c) literária.
d) padrão.
a) chavosa c) K.O
b) Juliet d) ZIKA
Onde trabalhar
• ser contratado por uma empresa de consultoria, que é chamada quando pinta um problema
em outra empresa;
• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém seu próprio corpo de especialistas;
• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal ou por alguma pessoa ou empresa
para trabalhar num caso específico;
• trabalhar em uma empresa para fazer segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os
sistemas antes de serem atacados por hackers.
E a viagem continua...
Depois de rezarmos e cantarmos muito, voltávamos todos para casa e logo chegavam
convidados para o almoço, que sempre era especial. Comidas italianas que vovó, a nona, fazia.
E todos os adultos matavam saudade da Itália. Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo do
século, quando meu pai tinha três anos. Mamãe chegou um pouco mais tarde, com seus pais.
Durante o almoço, falavam em italiano e tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, não
entendíamos nada...
a) a avó. c) o pai.
A decadência do Ocidente
O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a família. O
filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome
para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria,
obviamente, comida.
– Comida?!
– Sim, senhor.
– Claro.
Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as partes
do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.
O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se
preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o
doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele
esquecesse a galinha ao molho pardo.
– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cortar o
pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.
– O quê?!
– Há dez anos.
– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.
– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.
Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os
vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que
fazia coisas inomináveis com gatos.
– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e
repetiu:
E a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001. p.98.
10. O trecho que expressa o uso de linguagem coloquial é:
d) “─ Há dez anos.”.
a) – Sim, senhor.
d) – Claro
Pônei glutão
Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né? Algumas, no entanto, exageram nos doces,
frituras e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4 anos de idade.
A única diferença é que Magic não é uma criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em
comer macarrão instantâneo! O vício começou quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou
um macarrão instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.
Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício
que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de laranja.
12. No trecho “Toda criança gosta de comer alguma porcaria, né?”, o termo em destaque
é um exemplo de linguagem
c) utilizada em jornais.
– Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem
mais depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem
pratas.
Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.
– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão
tolo quanto aparentava –, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do
que eu.
Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o
senhor acertar, ganha só vinte.
– Me diz, professor – perguntou o aluno –, o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de
elefante e rabo de pau?
– O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é –
argumentou o aluno – e, portanto, me deve cem pratas.
– Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando –, mas agora é minha vez.
Me diz aí: o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
– Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.
FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. p. 215-216.
A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias, o computador travou de vez
e o mala do chefe insiste em pegar no seu pé. O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém
gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas, acredite, essa pressão faz muito bem para
você. Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, o estresse é fundamental para a nossa
sobrevivência.
Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre.
Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, guardar informações que podem ser
decisivas e encarar desafios e perigos. Ou seja, pessoas estressadas potencializam sua
capacidade de superar um problema, na visão do professor (funciona quase como o espinafre
para o Popeye). Mas há um porém, se nos estressarmos demais, os efeitos benéficos acabam
revertidos. Nosso cérebro falha, e funções como a memória acabam prejudicadas. É por isso
que precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação. O segredo estaria em levar
uma vida saudável e buscar atividades que deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O
Fim do Estresse como Nós o Conhecemos – na entrevista que concedeu à SUPER.
15. No texto acima o autor se dirige ao seu interlocutor várias vezes. Marque a alternativa
em isso NÃO acontece.
GABARITO
1. C
2. D
3. C
4. A
5. D
6. A
7. B
8. B
9. D
10. B
11. B
12. B
13. D
14. A
15. D