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QUESTÃO 10

Leia o texto.
O SAPO E O COELHO

O Coelho vivia zombando do Sapo. Achava-o preguiçoso e lerdo,


incapaz de qualquer agilidade. O sapo ficou zangado:
− Quer apostar corrida comigo?
− Com você? - assombrou-se o coelho.
− Justamente! Vamos correr amanhã, você na estrada e eu pelo mato,
até a beira do rio...
O coelho riu muito e aceitou o desafio. O sapo reuniu todos os seus
parentes e distribuiu-os na margem do caminho, com ordem de responder aos
gritos do coelho.
Na manhã seguinte os dois enfileiraram-se e o coelho disparou como um
raio, perdendo de vista o sapo que saíra aos pulos. Correu, correu, correu,
parou e perguntou:
− Camarada Sapo?
Outro sapo respondia dentro do mato:
− Oi?
O coelho recomeçou a correr. Quando julgou que seu adversário
estivesse bem longe, gritou:
− Camarada Sapo?
− Oi? - coaxava um sapo.
O coelho corria e perguntava, sempre ouvindo o sinal dos sapos
escondidos. Chegou à margem do rio exausto, mas já encontrou o sapo,
sossegado e sereno, esperando-o.

Disponível em: <https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/08/conto-o-sapo-e-o-coelho-luis-


camara.html>. Acesso em: 20 dez. 2022.

1.No final dessa história, conclui-se que


(A) o coelho e o sapo chegaram ao mesmo tempo à margem do rio.
(B) o coelho conseguiu vencer o sapo.
(C) o sapo venceu a corrida de forma justa.
(D) o sapo enganou o coelho.
2- Vocês sabem qual é o gênero desse texto?
3- O que vocês sabem sobre o gênero conto?

QUESTÃO 11

Leia o texto.
A decadência do Ocidente
O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para
alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma
galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos
para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.
– Comida?!
– Sim, senhor.
– Mas se come ela?
– Ué. Você está cansado de comer galinha.
– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?
– Claro.
Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas
nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no
meio do apartamento.
O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A
empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher
foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo
da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho
pardo.
– A empregada não sabe fazer?
– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que
precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.
Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.
– Eu?! Não mesmo!
O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona
Noca.
– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.
– O quê?!
– Há dez anos.
– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita
por ela.
– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho
pardo.
Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida
enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha.
Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.
– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o
poço do edifício e repetiu:
– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!
E a Margarete só olhando.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001. p.98.
A repetição da expressão “galinha ao molho pardo” revela a
(A) vontade do médico de comer aquele tipo de receita de galinha.
(B) curiosidade do menino que nunca tinha visto uma galinha viva.
(C) impaciência da esposa por não conseguir resolver o problema.
(D) ignorância da empregada que não sabia fazer a receita.

1- Sobre o que fala o texto?

2- Para onde o doutor levou essa galinha?

3- Qual foi a reação da família ao chegar em casa?

4- Qual foi o nome dado para a galinha?

5- Quais eram os planos da família para a galinha?

6- Mas quais eram os planos do doutor?

7- Qual foi a reação do guri, filho do doutor, ao saber da pretensão do doutor?


Por quê?

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