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À G∴D∴G∴A∴D∴U∴

A∴ R∴ B∴ L∴ S∴ FRATERNIDADE VIGILANTE Nº 2319

ORIENTE DE JUINA – MT

FUNDADA EM 24/09/1984 - R.˙. E.˙. A.˙. A.˙.

JURISDICIONADA AO GRANDE ORIENTE DO BRASIL MATO GROSSO

FEDERADA AO GRANDE ORIENTE DO BRASIL

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À Gl∴ do Gr∴ Arq∴ do Un∴

À Aug∴ e Resp∴ Benfeitora Loj∴ Simb∴ “Fraternidade Vigilante” nº 2319

Grau de Apr∴

AVENTAL MAÇÔNICO DO APRENDIZ MAÇOM

V∴M∴, IR∴ 1º VIG∴, IR∴ 2º VIG∴, DEMAIS IIR∴:

● Introdução

A palavra “avental” vem do latim ab ante, significa “avante”, ficar à frente, logo, é a peça do vestuário exterior que usamos à frente do corpo.

Particularmente, considero o avental um dos símbolos mais importantes da maçonaria. É a primeira insígnia recebida pelo do maçom, símbolo maior de trabalho e indispensável

em qualquer ato litúrgico.

O maçom tem o primeiro contato com essa insígnia já na iniciação, onde na seção ritualística o V∴ M∴: diz:

“...Ir.: tomai e usai esse Avental, a que chamamos vestido, que grandes homens, verdadeiros benfeitores da humanidade, se honraram de trazer. Com ele devereis estar sempre

revestido durante as nossas sessões. É o símbolo do trabalho e vos lembrará que um Maçom deve ter sempre uma vida ativa e laboriosa”. (REEA GOB)

Percebam meus Irmãos, quando o neófito maçom termina as provas de iniciação, ele se encontra simbolicamente “nu”, sendo necessário vesti-lo e obviamente, não receberá um

traje convencional, mas apenas um avental.

O avental é o típico símbolo do trabalhador maçom. Visualmente, ele, por si só, transmite a razão principal de nossa existência, verdadeiros obreiros com deveres e obrigações

desde o meio dia até ao fim da vida, visando o bem e o progresso da humanidade.

● Padronização

Até o início do século XIX não havia uma uniformização dos aventais, cada Loja e cada Maçom acrescentavam adornos seguindo a sua criatividade e gosto, com pinturas e enfeites.

Em muitos casos, tais adereços acabavam desvirtuando a natureza simplicista da Instituição Maçônica, por transparecer ostentações da vaidade pessoal.

Visando coibir essas soberbas, em 1813 a Grande Loja Unida da Inglaterra decidiu uniformizar as vestimentas dos maçons especulativos, criando-se padrões a serem seguidos para

a indumentária maçônica. No rito escocês essa normatização aconteceu em 1875, no Congresso Mundial dos Supremos Conselhos em Lausane, padronização, esta, utilizada até os

dias atuais.

● Desbastamento da pedra bruta

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RUA CARMEM MIRANDA, 270 – CAIXA POSTAL 65 - BAIRRO MÓDULO II – CEP: 78.320-000

JUINA – MT

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Meu último trabalho apresentado nessa Loja teve como tema “A pedra bruta - Símbolo do Aprendiz”, felizmente esse assunto está umbilicalmente vinculado ao que será

demostrado neste dia, qual seja: “Avental Maçônico do Aprendiz Maçom”.

Naquela ocasião, reportando os fatos mais recentes ocorridos na Idade Média onde se deu a transição da Maçonaria Operativa para a Especulativa (aceitos), expliquei que,

simbolicamente, a pedra bruta é a síntese do maçom aprendiz, por conter sentimentos maléficos, vícios, pecados da moral e dos bons costumes, valores estes herdados de sua

antiga vida profana. Por essa razão, sua pedra necessita ser lapidada com intuito de expurgar essas imperfeições, visando transformar, metaforicamente, a uma pedra cúbica

capaz de ser utilizada na construção do seu próprio templo, respingando, por consequência, na sociedade.

Para fins de executar esse processo de aperfeiçoamento, a Maçonaria fornece às ferramentas simbólicas: o maço, o cinzel e a régua de 24 polegadas.

Como base nas vestimentas dos antigos obreiros operativos, simbolicamente, o uso do avental tem por finalidade de proteger o aprendiz contra a poeira e os estilhaços

provenientes de seu ofício de desbastamento de imperfeições da pedra bruta pelo uso o malho e o cinzel. Sem o avental essas lascas poderão ferir ou voltar a impregnar,

figuradamente, a massa bruta do obreiro, fazendo com que o processo de purificação e de limpeza espiritual seja fadado ao insucesso.

O avental, dessa forma, está defendendo o maçom das consequências do seu trabalho de aprimoramento constante e da eliminação de seus defeitos. Graças a essa proteção, a

roupa do Irmão, como se fosse sua reputação, está a salvo da sujeira representada pela poeira e os resquícios dos defeitos inerentes a todos nós, seres humanos.

● Obrigatoriedade do uso no templo

Após a cerimônia de iniciação, o agora maçom, só poderá entrar no templo de sua loja, ou de qualquer outra, vestindo o avental.

Nesse sentido, o Ritual do 1º Grau – Aprendiz Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceiro prevê: 

“Os Maçons presentes as Sessões Ordinárias e obrigatoriamente nas Magnas estarão trajados de acordo com o Rito, terno, sapatos, cinto e meias na cor preta, camisa branca,

gravata (preta, lisa sem ornamentos, modelo tradicional ou borboleta), podendo portar somente suas insígnias e condecorações aos graus simbólicos.”

o
Já Segunda Instrução do Aprendiz desse mesmo Ritual, cito o trecho da conversa onde o Ven ∴ M∴ indaga o Ir∴ 2 Vig∴ quanto a obrigatoriedade de trazer sempre, em Loja, o

avental, este responde:

“Sim, como todos os IIr ∴, Ven∴ Mest∴. Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o trabalho e que todo o Maçom deve trabalhar incessantemente para a descoberta da

Verdade e para o aperfeiçoamento da Humanidade”.

Como havia dito, a insígnia de Aprendiz consiste no avental, assim não se pode entrar em Loja sem ele vestido, e sua retirada só deve ser feita após o encerramento da sessão e

fora do recinto de trabalho. O uso do avental na maçonaria faz uma completa alusão ao trabalho, para lembrar ao maçom especulativo que o labor dignifica o homem, o faz

progredir e evolui a sociedade de uma forma geral. O verdadeiro maçom não pode esquecer que sua função na sociedade é de construtor social.

● Interpretação esotérica

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A Maçonaria é um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo e visível, consistente de seu cerimonial, suas doutrinas e símbolos, que se podem ver

e ouvir, e um aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, que só o maçom é capaz de se valer da imaginação espiritual e de descobrir a

realidade existente atrás do véu do símbolo externo, aqui se encontra o plano esotérico, aquele compreendido por poucos, algo sobrenatural.

Para muitos, o avental esotericamente simboliza a condição imortal da alma, que sobrevive à morte do seu corpo físico temporal.

A Constituição do Grande Oriente Do Brasil, que trata dos Princípios Gerais da Maçonaria e dos Postulados Universais da Instituição, orienta que devemos interpretar o avental de

forma esotérica (não material).

“Art. 1º - A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, progressista e evolucionista, cujos fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Parágrafo único: Além de buscar atingir estes fins, a Maçonaria:

I - proclama a prevalência do espírito sobre a matéria,

II - pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do comprimento  inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência a e da

investigação da verdade. “

“Art. 2º - São postulados universais da Instituição Maçônica:

I - a existência de um princípio criador: O Grande Arquiteto do Universo; (...)

III –  o simbolismo da Maçonaria Universal; (....)

IX – o uso do avental nas sessões.”

Com base nesses normativos expostos acima, nós maçom devemos dar preferência ao significado esotérico do avental em detrimento do aspecto material e histórico, herdado da

Maçonaria Operativa.

Sendo assim, esotericamente tal indumentária Maçônica não tem seu propósito atribuído única e exclusivamente ao uso em Loja, pois todo maçom deve carregar o atributo do

avental mesmo após sair da loja, levando a prática do labor ao seu cotidiano. No dia-a-dia devemos sempre imaginar que estamos portando o avental, mesmo que não haja a

matéria, porque assim sempre lembraremos que o trabalho dignifica o homem, o faz progredir e evolui a sociedade de uma forma geral. O avental dever ser “vestido”

eternamente.

● Aspecto físico do avental: finalidade

Pessoalmente, analisando materialmente e corroborando com as palavras do Irmão Elton ditas nessa Loja, o avental tem por finalidade demostrar tão somente a sua condição de

obreiro maçônico e denunciar o seu grau de progressão na Escada de Jacó, além de expor o nível de conhecimento já adquirido. Visto que, como explanado acima, devemos dar

maior prestígio à compreensão esotérica do que o significado material ou histórica operativa do avental.

O Landmarks 22º de Albert Mackey (1807-1881), grande estudante americano, ensinava que:

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“Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro da Loja, sem distinções de prerrogativas profanas, de privilégios, que a sociedade confere. A Maçonaria a todos nivela nas

reuniões maçónicas”

A Constituição do GOB no art. 30 segue nesse sentido:

“Art. 30 - São direitos dos Maçons:

I - a igualdade perante a lei maçônica”;

Porém esse aspecto material não pode ser desprezado, pois em toda instituição organizada e nivelada a fácil identificação dos seus membros e dos seus graus de aprendizado é

algo desejável para manter a ordem e facilitar a coordenação das atividades.

Assim, em cada grau, o avental simboliza externamente o progresso do maçom de sua alma com a sua própria espiritualidade. Por isso, o avental do grau de aprendiz não há

quaisquer adornos, por se encontrar num estagio inicial de pureza.

● Cor e medidas

Segundo o REAA, o avental será na cor branca. Antigamente era confeccionado com pele de cordeiro, hoje em dia esse material é substituído por tecido que o represente. Sua

forma é retangular de 30 cm por 40 cm, com abeta triangular de 15 cm de altura, preso à cintura por cordões ou fitas pretas. No Gr.’. de Apr.’., a abeta se conservará sempre

levantada. O significado do cordão preto junto à cintura, apesar do simbolismo hebraico, não é objeto deste trabalho.

Simbolicamente, a cor branca do Avental do Aprendiz significa um compromisso moral, isto é, de zelar pela manutenção de sua pureza, inocência e ações sem máculas. Porque o

Aprendiz representa a

infância, onde os primeiros passos são dados na busca do aperfeiçoamento (conhecimento) da

alma, do eu interior. É o estado de sua alma não evoluída quando ele se inicia nos mistérios maçônicos.

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Desse modo, o maçom que se veste deste avental deve lembrar-se constantemente da pureza da vida e conduta que é necessário para conseguir admissão na loja Celestial, onde o

Grande Arquiteto do Universo reside.

A cor branca do avental também significa a divindade. Os sacerdotes Romanos se vestiam de branco quando faziam sacrifícios aos Deuses. Sendo assim, o maçom vestido do

avental branco representa a disposição de trabalhar para um Ser supremo.

Esvaziado do seu ego e purificado pelo ritual da iniciação, o avental se apresenta "limpo e puro" na egrégora formada pelos Irmãos como se fosse uma “tabula rasa”, pronta para

nela ser escrita os ensinamentos maçônicos.

Por curiosidade e reflexão, alguns autores entendem que o avental branco, em bom rigor, não é o avental do grau de aprendiz: é o avental do maçom! Eterno aprendiz!

● Abeta levantada

Existem várias interpretações para justificar as razões da abeta levantada, cito algumas!

Numa visão simbólica e histórica, como já dissemos acima, temos aquela baseada nas roupas utilizada pelos obreiros operativos que tem por objetivo proteger o aprendiz contra a

poeira e os estilhaços provenientes de seu ofício de desbastamento de imperfeições da pedra bruta utilizando o malho e o cinzel.

Já a esotérica assevera que a abeta erguida do avental visa a proteção do plexo solar (3º chacra) do aprendiz, região do epigástrio (“boca do estômago”).

“Chacras”, meus Irmãos, no dialeto sânscrito (língua ancestral do Nepal e da Índia) significa “círculos”, são centros de energia que existem no interior do corpo fluídico que o liga ao

espírito: o perispírito. Tem a função de captar energias provenientes de Deus, disponíveis para todas as Suas criaturas, de modo a vitalizar o corpo fluídico e posteriormente serem

transmitidas às células do corpo físico, gerando-lhes energia vital.

Seus adeptos falam que existem sete grandes Chacras principais, associados ao corpo físico:

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O terceiro chacra, o do plexo solar, situa-se na metade superior do abdômen. Quando equilibrado, tem como função o poder. É fundamental para a manutenção da vida, o poder

de viver, o poder de transformação, de evoluir até a plenitude do ser. Já quando congestionado, devido ao abuso do poder na hiperatividade, geram o sentimento maléficos da

onipotência e a prepotência.

Tais forças, sejam positivas ou negativas, encontram-se livres no Universo e podem ser captadas voluntária ou acidentalmente, já que o corpo humano é uma verdadeira antena e

que funciona não apenas para emitir como – e principalmente – para receber energia. O Avental tem a finalidade de isolar e filtrar as vibrações primitivas que atuam no corpo do

Homem evitando que seu pensamento seja desviado dos planos superiores para o plano das forças mais densas, prejudicial aos trabalhos em Loja.

Assim, estando com a abeta levantada protegeria a região do plexo solar (chacra) do aprendiz dos cascalhos maléficos da pedra bruta que está a desbastar, para que a absorção

dessas emoções não pudesse prejudicar seus trabalhos. Essa 3º chacra é considerada a sede das emoções, ou seja, o aprendiz não dominando ainda os ensinamentos do seu grau,

não conseguiria ainda dominar as absorções emoções e as energias positivas e repelir as negativas.

Há quem interprete que a abeta do avental representa um triangulo isósceles, que nas suas três linhas simbolizam os três graus da Loja simbólica as três etapas do aprendizado

pelas quais o irmão deve passar: pedra bruta, da pedra lavrada e da pedra angular. Por isso é que, vencida a primeira etapa, o iniciado dobra a abeta do seu avental para dizer que

ele já percorreu essa primeira linha, que é a do Aprendiz. A segunda linha é a do companheiro e a terceira é a do mestre. Mas quando o iniciado se torna mestre ele também atinge

a plenitude dos graus simbólicos, e então o seu avental muda de conformação e nele se inscrevem as três rosáceas do maçom pleno, que representam a aquisição do perfeito

equilíbrio, representado pelo triângulo completo.

Outros, como o autor Rizzardo da Camino, parte da explicação geométrica. O retângulo inferior representa o corpo ou matéria física e o triângulo superior (abeta) o espírito,

formando um polígono de cinco lados composto pode três triângulos. É o domínio da razão sobre os sentidos, do espírito sobre a matéria. Desse modo, o aprendiz tem a abeta

levantada porque o espírito está planando sobre corpo, mas este último não é influencia pelo primeiro. A abeta para cima serviria para lembrar ao aprendiz a superioridade do

espírito e das virtudes sobre o corpo e o material. No Aprendiz Maçom o Espírito, triângulo superior, ainda não penetrou no corpo (matéria) e na alma (sentimentos e emoções).

Assim, no 1º Grau (Aprendiz), a alma estaria acima do corpo, ainda desligada, e a partir do 2º Grau (Companheiro Maçom), a alma já estaria dentro do corpo, fazendo desse seu

instrumento e domínio.

Por fim, também utilizando geometria, muitos alegam que o formato do avental é composto pela sobreposição de um triângulo (ternário) sobre um retângulo (quaternário). O

triângulo (ternário) possui três lados, e a soma de seus ângulos internos é igual a 180 graus; O quaternário possui quatro lados e a soma de seus ângulos internos é igual a 360

graus; O triângulo sobre o retângulo forma um pentágono com seus cinco lados e 540 graus de soma dos ângulos internos. Considerados separadamente os três lados do triangulo

com os quatro lados do quaternário temos o número sete.

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Os números resultantes desta análise têm grande significado na Simbologia Maçônica, 3, 4, 5, 7. Estes números estão representados na abóbada celeste da loja através das

constelações de Orion (3 estrelas), Híades (5 estrelas) e nas Pleiadas e Ursa Maior (7 estrelas), além das 4 direções, Oriente, Ocidente, Norte e Sul. Os antigos rituais dizem que três

maçons formam uma loja simples, cinco uma Loja Justa, e sete uma Loja Perfeita.

● Aventais nos Ritos

REAA

MODERNO ADONHIRAMITA : o Avental de Aprendiz é de pele branca retangular, de 30 por 40 cm, com abeta triangular de 15 cm de altura, preso à cintura por cordões ou fitas

SCHRÖDER pretas. A abeta estará sempre levantada

RER

: O Avental de Aprendiz é de pele branca retangular, de 30 por 40 cm, com abeta triangular de 15 cm de altura  orlado com fita de cetim branca,
BRASILEIRO
preso à cintura por cordões ou fitas brancas. A abeta estará sempre levantada.

: no Ritual 1º Grau do Rito de Emulação – GOB apresenta a figura do avental branco com a abeta abaixada. Verificando literatura, observa-se que
YORK ou EMULAÇÃO
no Rito o avental do aprendiz tem a abeta abaixada e costurada no retângulo.

● Conclusão

Enfim, assim como outros símbolos maçônicos, o avental traz muitos ensinamentos e funções, cabendo ao maçom utilizá-lo para sua evolução no desbastar da sua pedra bruta.

O avental representa o dever maçônico de trabalhar em prol do desenvolvimento tanto pessoal quanto da fraternidade e da humanidade, de estar sempre pronto e disposto à

prestação de serviço a quem dela necessite. Fisicamente, seu uso é obrigatório durante as reuniões em loja, porém moralmente ele deve estar sempre presente na vida profana do

maçom.

Que o Grande Arquiteto do Universo nos ilumine com sua vasta sabedoria, e nos permita que nossos aventais representem sempre, a pureza de um bom caráter, a necessidade do

constante trabalho glorioso na construção de nossos templos e o sentimento de satisfação que nos permeia ao vesti-lo.

Terminamos nossos trabalhos simbolicamente à meia noite. Aí despimos o Avental, mas o nosso “eu” continua conosco, invisível. É a nossa consciência.

Por ora, era o que tinha a dizer V∴M∴.

Juína/MT, 29 de março de 2019.

Waldomiro Júnior Ormond dos Santos

Aprendiz Maçom

Referências:

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ADOUM, Jorge. Grau do Aprendiz e Seus Mistérios. 1º ed. São Paulo: Pensamento, 2010.

CASTELLANI, José. Cartilha do Aprendiz. 5ª ed. Londrina: A trolha, 2017.

D’ELIA JUNIOR, Raimundo. Maçonaria 100 Instruções de Aprendiz. São Paulo: Madras, 2012

DA CAMINO, Ricardo. Simbolismo do Primeiro Grau Aprendiz. São Paulo: Livraria Maçônica Paulo Fuchs,2011

Constituição do Grande Oriente do Brasil, GOB, 2009.

Ritual 1º Grau – Aprendiz Maçom, GOB, 2009.

http://www.masonic.com.br/trabalho/vs02.pdf

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