SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO CÂMPUS POSSE
Resumo das leituras do projeto Feira Digital do Vão do Paranã
Andressa Neves Lopes¹
Posse-GO Outubro/2021 Resumo
O presente trabalho aponta-se para o curso de formação do pequeno agricultor,
previsto no projeto Feira Digital do Vão do Paranã. No que se diz respeito, a Capacitação do pequeno produtor rural da microrregião do Vão do Paranã a partir de cursos de extensão a fim de prepará-los em todas as etapas da produção (manejo e recuperação de áreas degradadas, técnicas de plantio, armazenamento da produção, gestão e negócio familiar local, usando as tecnologias para as vendas). Diante disso, pretende-se apresentar a importância do curso de formação no desenvolvimento do projeto.
Palavras-chave: Curso de formação · Pequeno agricultor ·Vão do Paraná · Feira Digital
1. Curso de Formação do pequeno produtor
Segundo a historiografia, nota-se que com o advento da 3° e 4° Revoluções
Industriais, muito se discute acerca das novas tecnologias que têm impactado diversos setores da economia brasileira, como, por exemplo, no setor primário, por meio da modernização do campo e avanço tecnológico. No entanto, de acordo com o célebre filósofo Victor Hugo, “O progresso roda constantemente sobre duas engrenagens. Faz andar uma coisa esmagando sempre alguém. ” Com isso, diante a conjuntura atual, é inevitável reconhecer que, o uso de tecnologias na produção e comercialização, não alcança todos os produtores igualmente, devido aos menores recursos e capacitação. Desse modo, o curso de formação do pequeno agricultor é de fundamental importância à medida que capacita o produtor rural, a partir de cursos de extensão, em todas as etapas de produção, desde de técnicas, manejo e recuperação de áreas degradadas, até a utilização da tecnologia para venda, como é o caso do aplicativo. Em primeiro lugar, faz-se necessário destacar que a informação desempenha importante papel no processo de distinção entre as oportunidades potencialmente valiosas de outras de valor inferior e na capacidade de explorá-las efetivamente (BARON; SHANE, 2007). Com isso, o projeto de formação do pequeno agricultor desempenha um papel importante no processo de distinção entre as oportunidades valiosas, como a adesão de um aplicativo para venda de seus produtos, pois o capacita com tipos de informação, tanto sobre agricultura como sobre tecnologia. Assim, consequentemente, o pequeno agricultor é capaz de utilizar essas informações efetivamente no campo, como também, no manuseio do aplicativo para comercialização. Além disso, segundo Rahm e Huffman (1984) o investimento em educação, experiência e informação aumenta a capacidade de alocar melhor os recursos e a eficiência das decisões relacionadas com a adoção de novas técnicas de produção e recursos tecnológicos. Nesse sentido, a adesão do projeto de formação do pequeno agricultor é essencial, haja vista que os capacita para ter uma melhor eficiência no cultivo de maneira sustentável e os oferece, além da aprendizagem, recursos, como o aplicativo, para o emprego de novas ferramentas de comercialização à medida que, a adoção de tecnologias requer aprendizagem (MEIRELLES; MÁRCIO, MARIA, BRANDÃO, 2011). Portanto, a informação é a chave para a difusão de inovações (ROGERS, 1962), principalmente, no mundo atual, com o avanço tecnológico que tem impactado diversos setores e a competitividade no mercado, tornou-se inevitável o conhecimento e a adaptação às inovações. Assim, o curso de formação do pequeno agricultor é de fundamental importância, diante dessa nova perspectiva, pois capacita o proprietário rural e os prepara, por meio de informações nos cursos de extensão que auxiliam no processo de produção e comercialização. Logo, os produtores que têm mais acesso a fontes de informação têm maior probabilidade de adotar novas tecnologias, pois elas elevam o conhecimento sobre o impacto da adoção no seu negócio (SILVA, FAVA,2020). Então, conclui-se, que o projeto de formação além de propiciar conhecimento que pode ser utilizado posteriormente pelos agricultores na produção, administração e planejamento, facilita a utilização e adesão do aplicativo como nova forma de comercialização. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARON, R. A; SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo:
Thomson Learning, 2007 RAHM, M. R. HUFFMAN, W. E. A adoção do cultivo reduzido: o papel do capital humano e outras variáveis, American Journal of Agriculture Economics, Lexington, v. 66, n. 4,p. 405- 413, 1984. MEIRELLES, Hildo; MÁRCIO, Antônio; MARIA, José; BRANDÃO, Marcela de Mello. Condicionantes de adoção de inovações tecnológicas na Agricultura. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 28, n. 1, p. 223-255, jan./abr. 2011. ROGERS, E.M. A Difusão das Inovações. 3 ed. New York: The Free Press. 451 p. 1962. SILVA, Leonardo; FAVA, Roberto. Condicionantes da Adoção de Inovações e Tecnologias de Agricultura de Precisão por Produtores Rurais. Congresso Online Gestão , Educação Promoção da Saúde (CONVIBRA), Jun/2020
Ferramentas para o futuro do agro: Estratégias para posicionar o Brasil como fornecedor mundial sustentável de alimentos, bioenergia e outros agroprodutos