UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

GABINETE DA REITORIA
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

EDITAL Nº 53/2022 -
CHAMADA INTERNA
SELEÇÃO DE SUBPROJETOS VINCULADOS AO PROGRAMA
DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA – RP/UEPA - 2022

ANEXO III
DETALHAMENTO DO SUBPROJETO (Licenciatura)
1. Nome da Instituição UF
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ PARÁ
2. Componente Curricular/ Subprojeto de Licenciatura em / Município do Curso
Matemática/Licenciatura Plena em Matemática
3. Docente Orientador do Subprojeto
Nome: Rubens Vilhena Fonseca CPF: 212941352-87
Departamento/Curso: Departamento de Matemática, Estatística e Informática - DMEI / Curso de
Matemática
Endereço residencial: Pass. Santo Antonio, 133 - Sacramenta
Complemento: Av Pedro Alvares Cabral CEP: 66120-355
Telefone: DDD ( ) Celular / WhatsApp: DDD (91) 98435-0308

E-mail: rubens.vilhena@uepa.br
Link do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1016845076658445
4. Área de residência pedagógica do subprojeto, conforme item 1.2 e 1.3 deste edital;
MATEMÁTICA

5. UF/Municípios dos cursos de licenciatura que compõem o subprojeto;

PA/BELÉM

6. Descrição do contexto social e educacional dos municípios escolhidos para

articulação;
Belém do Pará apresenta uma área de 1.059 Km2. Embora a cidade de Belém seja o
maior centro urbano da Amazônia Legal, com uma população de 1.393.399 habitantes,
apresenta-se em 3º lugar entre os municípios com maiores participações no PIB per capita.
A Região Metropolitana de Belém é constituída por cinco municípios: Ananindeua, Belém,
Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará.
A região possui população urbana e rural que exibe diferenças marcantes nos
indicadores sociais e, consequentemente, em relação ao acesso a bens e serviços públicos,
fortalecendo a necessidade de políticas públicas para redução das desigualdades. O
desenvolvimento econômico da região, no entanto, foi direcionado, essencialmente, para o
mercado externo, gerando reduzidos efeitos na produção de renda e emprego no contexto
regional.
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Em Belém, segundo os dados IBGE (2010) encontra-se um elevado índice de
analfabetos, o correspondente a 35.557 indivíduos na faixa etária de 15 anos ou mais. A taxa
de analfabetismo na região metropolitana é de 4,47%, correspondente à população de cinco
anos e mais. Dentre os municípios, Santa Bárbara do Pará apresenta os menores percentuais
de alfabetização, em todas as faixas etárias. No grupo de adolescentes, faixa etária de 10 a 19
anos, os maiores percentuais encontram-se em Belém e Ananindeua, sendo pequena a
variação em relação aos demais.
Considerando um quantitativo de 25.489 adolescentes no Município de Belém,
segundo os dados do Censo Demográfico de 2010 (IBGE), verifica-se, adotando-se o
percentual especificado, que apenas 13.254 deste universo concluíram o ensino fundamental,
tendo ainda como desafio possibilitar condições de conclusão desta etapa a 12.235
adolescentes.
As dificuldades de crianças e jovens em concluir o Ensino Fundamental na idade
“própria” estão expressas nos altos índices de retenção, abandono e defasagem idade/ano de
escolaridade, indicando que não são oferecidas ao alunado condições efetivas de sucesso
escolar.
De acordo com o Ideb 2018 as escolas da rede pública estaduais tiveram índice das
séries finais e do ensino médio abaixo da meta: estudantes do nono ano, que equivale a 8ª
série, tiveram média de 3,8 contra uma meta projetada de 5,3; e alunos da terceira série do
ensino médio tiveram média de 3,1 contra uma projeção de 3,7 ficando abaixo da meta
nacional.
Para tanto, é importante considerar o necessário equilíbrio entre acesso, permanência,
conclusão e qualidade do ensino, no sentido de que sejam garantidas políticas públicas que
contribuam efetivamente para a superação da distorção idade/anos do Ensino Fundamental,
possibilitando a conclusão desta etapa de ensino com a idade adequada e a formação
necessária para o exercício da vida social em sua plenitude.
É no contexto de interesses econômicos e investidas internacionais sobre a região que
se deve compreender a situação educacional de suas populações, analisando, quantitativa e
qualitativamente, os resultados e os diversos fatores e condições que estão produzindo esta
situação, de modo a poder melhor direcionar as ações relativas à educação.

7. Objetivos do subprojeto
Nos últimos anos, temos visto, em vários países, expressivos investimentos em prol de estudos e
pesquisas na área da formação de professores. Esses estudos originaram-se em grande parte da insatisfação
dos docentes com o modelo prescritivo, denominado por Shön (2000) de racionalidade técnica, que, ao longo
dos anos, ainda tem dirigido os rumos da formação de professores. Nesses moldes, o professor assume o
perfil do técnico que deve dominar os conhecimentos e desenvolver competências necessárias para utilizá-
las na prática.
A partir da década de 80 começou a surgir um movimento internacional de ruptura ao paradigma da
Racionalidade Técnica. Com esse movimento, ocorreu a valorização das práticas profissionais e dos saberes

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da experiência dos professores, como consequência, novos significados surgiram das interrelações entre
teorias e modelos de investigação, dando origem aos nuances diferenciadas na formação de professores.
Donald Schön apresenta a ideia de que a aprendizagem se processa quando o aluno, diante de situações
imprevistas e geradoras de conflitos, recebe o auxílio do professor, que, por ser mais experiente, ajuda-o a
refletir sobre a problemática. Esse processo, que antecede a compreensão, se bem conduzido pelo docente
responsável pela formação, favorece o aparecimento de um potencial criativo no aluno, deixando-o seguro
para buscar saída diante de situações imprevistas.
O autor defende a necessidade de uma formação prática em que possa haver, por meio da reflexão,
uma interação da teoria com a prática, com o propósito de responder a situações que, muitas vezes,
apresentam-se incertas, indeterminadas; nessa perspectiva propõe um ensino prático reflexivo, concebido,
por ele, como “uma ponte entre os mundos da Universidade e da prática” (SCHÖN, 2000, p.226).
Buscando contribuir com esta perspectiva de formação do professor de matemática propomos a
submissão do subprojeto “A INTERRELAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E ESCOLA BÀSICA:
contribuições e construções para práticas de letramento matemático de acordo com competências
específicas de matemática para o ensino segundo a Base Nacional Comum Curricular ( BNCC)”, tem
como objetivo principal construir práticas de letramento matemático para a educação básica em
Belém do Pará por meio de parcerias colaborativas entre a universidade e as escolas de ensino
básico.
O referido subprojeto visa aprofundar conhecimentos teóricos e práticos propiciando um ambiente de
colaboração e parceria entre a universidade-escola compostos por graduandos e professores que ensinam
Matemática em diferentes modalidades de ensino. Para o desenvolvimento do subprojeto são destacados
alguns objetivos específicos.
- Adequar conhecimentos teóricos à prática concreta, desenvolvendo atividades educacionais voltadas
para a realidade local.
- Propiciar ao aluno/residente sua inserção na realidade educativa social e escolar, para, por meio da
prática pedagógica, aprender as estratégias de ação profissional comuns aos campos de atuação do ensino das
diversas áreas do conhecimento matemático que são componentes curricular dos níveis, fundamental e médio;
- Possibilitar a prática da docência pelo aluno, aliada à pesquisa, ensino e extensão;
- Permitir ao aluno vivenciar a educação em contextos escolares e comunitários, levando-lhes
contribuições, como meio de participar da resolução dos problemas sociais.
- Identificar as dificuldades de leitura e interpretação em situações problemas de Matemática
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vivenciadas pelos alunos da escola campo.
- Propor práticas de letramento matemático conforme o que rege a BNCC para suprir as dificuldades
vivenciadas em leitura e interpretação de resolução de problemas matemáticos;
- Elaborar oficinas e minicurso em parceria com o professor orientador, professor preceptor e o aluno
residente sobre diferentes práticas de letramento matemático;
- Desenvolver sequências de atividades didáticas explorando o letramento matemático em diferentes
modalidades de ensino
O Letramento matemático encontra-se além dos cálculos, da aplicação de fórmulas e da leitura
quantitativa da realidade que nos cerca, nessa perspectiva a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
propõe um novo olhar para o ensino de Matemática, focalizando no letramento matemático dos alunos.
De acordo com BNCC o letramento matemático é responsável em desenvolver habilidades de
raciocínio, representação, comunicação e argumentação, para que o aprendiz consiga assumir uma postura
ativa nos mais diferentes contextos, além de, prevê a utilização de conceitos e recursos da Matemática para
formular e resolver problemas, dentro e fora da escola ( BRASIL, 2017).
Nessa perspectiva, o subprojeto pretende fortalecer o curso de licenciatura em Matemática da UEPA,
por meio da Residência Pedagógica, visando uma prática pautada na aproximação entre a instituição de
ensino e a Universidade. Tal programa possibilitará ao futuro professor uma aproximação real com o
contexto educacional e a vivência, através da sua própria atuação, com a prática docente em turmas da
Educação Básica. Sob essa perspectiva o referencial teórico baseia-se em Shon (2000), Nóvoa (2009),
Zeichner (2010), Imbernón (2011), Tardif (2002) entre outros.
A ideia da escola como campo de formação dos professores, segundo Nóvoa (2009), serve como o
espaço da análise partilhada das práticas, enquanto rotina sistemática de acompanhamento, de supervisão e
de reflexão sobre o trabalho docente. Um dos papéis desses espaços de análise e de reflexão é transformar a
experiência coletiva em conhecimentos profissional e ligar a formação de professores ao desenvolvimento
de projetos educativos nas escolas.
Para Schön (2000), um professor que reflete na ação tende a questionar a definição de suas atividades,
e, ao questionar essas tarefas, também interroga elementos da estrutura do conhecimento educacional nas
quais estão inseridas suas funções. Nesse sentido, a prática docente constitui-se um processo aberto não só
para a resolução de problemas, mas para a reflexão sobre quais devem ser os fins, por exemplo, qual o
significado concreto das situações conflituosas, e que problemas valem a pena ser resolvido no ambiente
educacional, e que papel desempenhar neles.
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No entanto, a reflexão não pode se constituir uma ação automática. Ela ganha significado se estiver
vinculada a compromissos éticos do educador, tais como: que melhorias eu pretendo para a sociedade com
o ensino da Matemática? Em que medida as linguagens algébricas, aritméticas e geométricas podem se
constituir em recursos para que o aluno venha compreender melhor o mundo e a vida? De que maneira, o
ensino da Matemática pode contribuir para melhorar a autoestima do aluno e as relações que estabelece na
sociedade? Enfim, qual a finalidade da Matemática na formação do cidadão na atual sociedade do
conhecimento?
Nesse aspecto, Gonçalves (2000, p.34) considera que “a sociedade atual nos exige (até porque ela, de
fato, precisa) uma escola dinâmica, exploratória, voltada para a necessidade de se formar um cidadão que
seja suficientemente competente, quer como profissional, quer como um cidadão crítico”.
Defendemos que uma prática na perspectiva reflexiva crítica inserida na formação inicial de
professores colabora para interlocução entre o campo acadêmico e o campo educacional quando está faz a
interlocução entre a universidade, escola e comunidade analisando e refletindo as situações reais da prática
docente, para que haja uma reformulação da teoria e prática social e das condições de trabalho. É através
das práticas compartilhadas entre os professores atuantes de Matemática e os professores em formação
inicial que poderemos conhecer, mesmo que timidamente, as reais situações vividas na Educação básica e,
então analisar e refletir de maneira crítica sobre esses fatores que condicionam o ensino de Matemática em
diferentes modalidades.
A proposta da indissociabilidade entre a formação inicial e o desenvolvimento profissional de
professores torna necessário que o docente de Matemática, desde o início de sua formação, entre em contato
com situações do cotidiano do Ensino Fundamental e Médio, para que aprenda a enfrentar os problemas
oriundos da profissão.
Essas contribuições nos levam a concordar com a ideia de que a formação inicial precisa, com
urgência, ser trabalhada de maneira conjunta com o desenvolvimento profissional e as práticas reflexivas.
Assim, estaremos preparando melhor o futuro professor para se posicionar com maior segurança diante de
uma sociedade que a cada dia se torna mais complexa, principalmente na área da educação, por envolver
questões que tratam diretamente da subjetividade humana. Esse desafio não pode ser enfrentado no âmbito
da previsibilidade e do controle. Requer que o professor lance mão daquilo que lhe é mais humano – a
capacidade de pensar.

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Nessa perspectiva, consideramos que a Residência Pedagógica nos cursos de formação de
professores, promove associação da teoria com a prática dentro das escolas para que os professores na
formação inicial, através das práticas compartilhadas dos professores experientes e em formação, sejam
capazes de identificar, analisar e refletir sobre os entraves vivenciados decorrente do numeramento e
letramento Matemático escolar nas modalidades de ensino em Belém do Pará.
Nesse sentido, a Residência Pedagógica dá ênfase as experiencias dos professores atuantes,
entrecruzadas com o conhecimento teórico dos professores em formação, neste cenário, terão a realidade
escolar, com enfoque nas aulas de Matemática em turmas da Educação básica, como estudo de análise e
reflexão da prática integrada com a cultura da profissão docente. A esse respeito Tardif (2002, p. 295)
destaca que ao transitar da universidade para a escola e desta para a universidade, os residentes podem tecer
uma rede de relações, conhecimentos e aprendizagens, não com o objetivo de copiar, de criticar apenas os
modelos, mas no sentido de compreender a realidade para ultrapassá-la. Aprender com os professores de
profissão como é o ensino, como é ensinar, é o desafio a ser aprendido/ensinado no decorrer dos cursos de
formação e na Residência pedagógica, por tanto, no momento em que o residente planeja e executa as
atividades com o preceptor, o trabalho em equipe, contribui significativamente para o desenvolvimento
profissional e autonomia do licenciando em matemática.
Nessa perspectiva, consideramos que, a Residência Pedagógica, promova associação da teoria com a
prática dentro das escolas para que os professores na formação inicial, sejam capazes de identificar, analisar
e refletir sobre os entraves vivenciados no ensino de Matemática na Educação básica em Belém do Pará.
A Residência Pedagógica leva em consideração a formação inicial e a atividade profissional como
processos articulados, superando as justaposições entre teoria e prática, nessa perspectiva, o enfoque é que
“os futuros professores vejam e valorizem o desenvolvimento profissional e tenham a oportunidade de
participar no processo de mudança das escolas como componentes básicas de sua concepção de ensino”
(ZEICHNER, 2003, p. 71).
Nessa perspectiva o projeto pretende contribuir com a formação inicial e continuada de professores,
além de, colaborar com a melhoria da aprendizagem em matemática, articulando o processo ensino e
aprendizagem de matemática com as novas diretrizes da BNCC.
Para a inclusão do projeto no âmbito escolar, faz-se necessário uma conversa inicial com a Escola
Campo, preceptores e residentes a fim de explanar os objetivos, finalidades e ações a serem desenvolvidas
durante a Residência Pedagógica. Em seguida, teremos um momento de acolhida, período de adequação e

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familiarização no ambiente escolar, principalmente, para os residentes que estarão adentrando em um espaço
desconhecido, tal contato é de suma importância para a inserção e ambientação de todos os envolvidos no
projeto. Assim, o projeto propõe introduzir ações a partir do diagnóstico a ser realizado no ambiente escolar
levando e consideração o contexto educacional e social que os alunos estão inseridos, bem como, os
descritores de Matemática e os programas nacionais e regionais de Avaliação. Para o ensino de matemática
focaremos no letramento matemático escolar para os alunos dos anos finais do ensino fundamental e médio,
com intuito de contribuir para o desempenho significativo do IDEB da escola. Ressaltamos que buscaremos
diferentes práticas de letramento a partir de textos para leitura e interpretação, situações problemas,
Modelagem Matemática, jogos e ações interdisciplinares com intuito em uma aprendizagem eficaz e
significativa. Para alcançarmos os objetivos propostos seguiremos o caminho metodológico: estudo
bibliográfico, com base na BNCC, sobre a implementação do letramento matemático nas aulas de
matemática; diagnóstico da realidade educacional da escola campo da Residência Pedagógica e dos
indicadores de rendimento, como a Prova Brasil e SISPAE; ênfase a metodologia ativa, em especifico, o
trabalho com projetos visando fortalecer o trabalho em equipe e a participação dos alunos em planejamento
e execução dos mesmos; ação didático-pedagógica por meio de sequência de atividades em que o preceptor
e os residentes desenvolvam um trabalho coletivo delineando a didática em sequências de aula que
dialoguem entre as diversas áreas do conhecimento (outras disciplinas escolares, por exemplo) além de ,
oficinas, minicursos e regência de classe, avaliação, sistematização e narrativas das vivências em roda de
conversar, mesas redondas, divulgação de relatos de experiencias em artigos e livro sobre as atividades
desenvolvidas durante o Programa. Para organização das ações, serão realizadas visitas periódicas na escola,
reuniões com os preceptores e residentes, com intuito de orientar e colaborar, sempre que necessário, as
ações a serem desenvolvidas na escola e outros ambientes educacionais. Tais ações somarão uma carga
horária mínima de 414 horas conforme previsto no Programa de Residência Pedagógica.

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Serão desenvolvidas algumas ações em parcerias com os professores orientadores e preceptores para
o planejamento das atividades desenvolvidas pelos residentes durante o programa. De acordo com o edital
da Capes, a Residência Pedagógica terá o total de 414 horas de atividades, organizadas em 3 módulos de
seis meses com carga horária de 138 horas cada módulo de atividades. Cada módulo terá as seguintes ações
desenvolvidas: orientação do trabalho em equipe que será desenvolvido durante o semestre, seminário,
palestra e rodas de conversas sobre formação docente, estratégias e metodologias a serem desenvolvidas,
reuniões para elaboração dos relatórios e avaliações decorrente do trabalho desenvolvido; elaboração do
plano de aula e de atividades por semestre; e a regência com acompanhamento do preceptor. A seguir
apresentaremos um roteiro para o I módulo do Programa:
1ª Módulo: as ações destacam-se:
I Encontro: Criando laços: discussões para o trabalho em equipe
Tem como objetivo criar um momento, entre formador, preceptor e residentes, de diálogo, partilhas e
reflexões, sobre as perspectivas e desafios decorrentes do Programa Residência Pedagógica especificamente
do subprojeto de matemática. Inicialmente ocorrerá apresentação sobre o programa de residência
pedagógica, com intuito de conhecer as funções e objetivos dos professores orientadores, preceptores e
residentes. Apresentação da Escola-campo e seu papel no Programa de Residência Pedagógica; Articulação
e parceria entre os Preceptores e os Residentes nas atividades a serem desenvolvidas durante o programa.
II momento - Formação docente: expondo e compartilhando conhecimentos
Organizar encontros, seminários, palestras e roda de conversas sobre:
• Práticas Colaborativas entre universidade-escola: O entrecruzamento entre os Preceptores
(professores de matemática da escola-campo de atuação) e os Residentes (futuros professores de
matemática). • A importância do Trabalho Colaborativo e os Espaços Hibridos no Programa de Residência
Pedagógica.
. Estudo sobre Metodologia Ativa: Trabalho com projetos, assim como as metodologias Problem
Based Learnig – de aprendizagem baseada em problemas – ou STEAM - que prevê aulas que integram
ciências, tecnologia, engenharia, arte e matemática, Resolução de problemas, Modelagem Matemática e
Letramento matemático escolar alinhado a BNCC.
A ideia central de todas essas estratégias é que o preceptor e o residente planejem juntos as aulas não
pensando no conteúdo específico de matemática que precisa ensinar, mas nas situações de aprendizagem
que pode proporcionar para que os alunos possam experimentar diversas formas de acesso ao conhecimento.

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III momento: Conhecendo a escola campo
1. levamento da situação educacional e social da escola campo; diagnóstico do contexto educacional,
pela observação e levantamento de dados sobre a realidade escolar; Sondagem das dificuldades de
aprendizagem em Matemática. Acompanhamento nas aulas e atividades do ensino de Matemática;
elaboração do relatório semestral juntamente preceptor e docente orientador. Avaliação e narrativas sobre
as experiencias vivenciadas em cada módulo.
IV momento: Planejamento e articulação das atividades a serem desenvolvidas (12h)
1. Elaboração de plano de atividades práticas sobre o letramento matemático; elaboração de oficinas
e minicurso sobre metodologias de projetos e práticas de letramento;
V momento - Regência:
Nesse momento o residente executará a prática docente, preparando e ministrando aulas que serão
avaliadas e acompanhadas pelo preceptor da escola-campo. Nas atividades de regência de classe o residente
em acompanhamento com o preceptor juntos se responsabilizam pelo planejamento, condução e orientação
da aprendizagem, baseado nas informações coletadas de acordo com diagnostico de aprendizagem realizado
com antecedência. Ações da regência: Acompanhamento nas aulas de matemática, participação em provas,
correção de exercícios, execução das atividades planejadas, oficinas, minicurso e aulas.
8. Resultados Pretendidos
O sub Projeto sobre “A INTERRELAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E ESCOLA BÀSICA:
contribuições e construções para práticas de letramento matemático de acordo com competências
específicas de matemática para o ensino segundo a Base Nacional Comum Curricular ( BNCC)” na
perspectiva de buscar alternativas, seja no campo teórico e/ou metodológico, espera-se amenizar as
dificuldades em matemática e os desafios enfrentados durante as práticas desenvolvidas em ambientes
escolares, através de um trabalho colaborativo e a criação de terceiro espaços que envolva efetivamente os
professores preceptores, os alunos residentes e o professor orientador, fortalecer, ampliar e consolidar o
processo de aproximação e diálogo entre a universidade e a escola, bem como, estimular o conhecimentos da
prática docente a serem construídos e reconstruídos a partir do processo de análise e reflexão crítica e nos
entrecruzamentos das experiencias dos protagonistas envolvidos no ambiente profissional da Residência
Pedagógica. Neste sentido espera-se que o Programa Residência Pedagógica:
- Promova a adequação dos currículos e propostas pedagógicas do Curso de Licenciatura em
Matemática da UEPA com base a BNCC;
- Contribua para a reformulação do Estágio supervisionado do Curso de Licenciatura em Matemática
da UEPA tendo por base a experiência da Residência Pedagógica.

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- Possibilitar na Escola campo práticas de letramento matemático, através de alternativas
metodológicas diferenciadas com auxílio de materiais manipuláveis, experimentos, desafios e raciocinio
lógico com intuito de criar situações em que os graduandos em matemática elaborem em parceria com os
professores preceptores atividades colaborativas criando um ambiente propicio para desenvolvimentos de
oficinas e minicurso a serem desenvolvidas durante a Residência Pedagógica.
Nesse momento os alunos residentes serão convidados a elaborarem Miniprojetos de Pesquisa a serem
realizados por eles em parceria com os preceptores. As temáticas deverão estar relacionadas ao letramento
matemático e poderão envolver os vários setores e atores que compõe a atividade pedagógica das escolas.
Os miniprojetos deverão ser socializados em sala de aula. As avaliações serão decorrentes de rodas de
conversas, narrativas, além de registros, reuniões, execução das atividades e produções de artigos em
eventos, revistas e livros. As oficinas e minicurso serão planejados e executados em parcerias com os
professores preceptores e os alunos residentes com objetivo de discutir e apresentar o letramento matemático
por meio de materiais potencializadores da aprendizagem que possibilite os alunos, crianças, jovens e
adultos, serem sujeitos aprendentes no espaço da sala de aula.
É nesse contexto, de busca de metodologias e novas práticas para a formação inicial de professores de
Matemática para as diferentes modalidades de ensino, que se dá a necessidade em considerar a prática na
perspectiva reflexiva, pois é a partir da inserção no espaço escolar que os futuros professores consideram as
questões do cotidiano docente, promovendo o diálogo entre os saberes teórico e prático da formação, além
de permitirem um novo olhar para os conhecimentos teóricos, agora submetidos à releitura através da análise
e reflexão da prática.

9. Cronograma de execução do subprojeto

De acordo com o edital CAPES 24/2022 Os projetos institucionais de residência pedagógica tem vigência de 18 meses
com carga horária total de 414 horas de atividades, organizadas em 3 módulos de seis meses com carga horária de 138
horas cada módulo. Os módulos de 138 horas que compõem o projeto de residência pedagógica deverão contemplar as
seguintes atividades:
a) 86 horas de preparação da equipe, estudo sobre os conteúdos da área e sobre metodologias de ensino, familiarização
com a atividade docente por meio da ambientação na escola e da observação semiestruturada em sala de aula,
elaboração de relatório do residente juntamente com o preceptor e o docente orientador, avaliação da experiência,
entre outras atividades;
b) 12 horas de elaboração de planos de aula; e
c) 40 horas de regência com acompanhamento do preceptor
Com base nas informações do referido edital apresentaremos um Pré - cronograma de execução do projeto
Atividade Mês de início Mês de conclusão

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I - Criando laços - Parceria Universidade e Escola Agosto 2022 Agosto 2022 2h
Apresentação do subprojeto para a comunidade escolar Agosto 2022 Agosto 2022 4h

II- Formação docente: expondo e compartilhando Agosto 2022 Novembro 2022 60h
conhecimentos (Temas específicos) Janeiro 2023 Janeiro 2023 20h
Julho 2023 Julho 2023 20h

Novembro 2022 Dezembro 2022 20h

III Observação, Participação e regência Janeiro 2023 Fevereiro 2023 20h

IV Avaliação das ações desenvolvidas Setembro 2022 Setembro 2022 4h

Março 2023 Março 2023 4h

V Apresentação do diagnóstico das escolas e das turmas que Agosto 2022 Setembro 2022 20h
irão ser atendidas pelo subprojeto: Março 2023 Março 2023 20h

Janeiro 2023 Janeiro 2023 10h

VII Elaboração de relatórios e artigos das ações desenvolvidas Agosto 2023
Agosto 2023 10h
Outubro 2023 Outubro 2023 10h

Dezembro 2022 Dezembro 2022 10h

VIII Momento de Socialização das atividades desenvolvidas Junho 2023 Junho 2023 10h
Outubro 2023 Outubro 2023 8h

Setembro 2022 Setembro 2022 15h

IX Elaboração de Projetos de ação e Planos de aula Agosto 2023 Agosto 2023 15h

Setembro 2022 Setembro 2022 3h

Agosto 2023 Agosto 2023 3h
X Avaliação dos projetos de ação e planos de aula
Outubro 2022 Dezembro 2022 60h
XI Regência Classe: de Aplicação dos projetos de ação e Agosto 2023 Junho 2023 60h
planos de aula.
414 h
Total Geral de horas

Pré projeto para o Curso de Formação Preceptores; plano

de ambientação dos residentes na escola e preparação dos
alunos
I Módulo: Agosto 2022 ( 8h)
- Apresentação e discussão do subprojeto para preceptoras e
residentes
- Apresentação do subprojeto para a comunidade escolar
- Formação sobre a prática pedagógica
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- Prática reflexiva: aproximação universidade e escola

- Discussão das normas e orientações sobre deveres e direitos
no ambito escolar
- Orientação sobre preenchimento dos documentos oficiais,
como, ficha de acompnhamento, frequencias, roteiro de
avaliação
Setembro 2022 (26 h ): Formação preceptores e
residentes
- Formação BNCC e o componente curricular Matemática
- Formação Letramento matemático na perspectiva da BNCC
- Oficinas pedagógicas sobre práticas de letramento
matemátcode acordo com a BNCC
Outubro 2022 (12h): acolhida e ambientação dos residentes

Mesa redonda e rodas de conversas: conhecendo a escola -

campo
- PPP e projetos desenvolvidos da escola campo referente a
Matemática
- Acolhida dos residentes no ambiente escolar
- Preparação, planejamento e organização da ambientação
dos residentes na escola
Novembro 2022 (20h): conhecendo as dificuldades dos
alunos
- Realização de diagnótico na escola e levantamento das
dificuldades dos aunos em matemática; e encaminhamentos
sobre como ocorrerá o período da observação participativa
- Planejamento e organização das atividades de letramento
matemático por bimestre
Dezembro 2022(20h): Troca de experiencia
Momento de conversa, reflexão, discussão sobre Avaliação
de indicadores; Sistematização e organização sobre o
relatório; Socilaização de diagnóstico e das atividades
desenvolvidas sobre letramento matemático
Total da carga horária geral 86 h
Os módulos seguintes serão planejados e organizados de
acordo com o diagnósticos da escola, levantamento sobre as
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dificuldades dos alunos em matemática e interesses dos
preceptores e residentes sobre aspectos relevantes de
aprendizagem focando no letramento matemático.

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10. Para subprojetos da alfabetização, descrever a metodologia proposta.

Este item não se aplica ao subprojeto apresentado.
11. Para subprojetos interdisciplinares, descrever a maneira que ocorrerá a articulação e a integração
entre as áreas.
Este item não se aplica ao subprojeto apresentado.
12. Outras informações relevantes
Para as ações previstas serão necessários os seguintes materiais de apoio:
Recurso de Multimidia como Vídeos, TVS, CDs, Aparelho de Áudio, Datashow, Notebook
- Folhas de Papel A4 para impressão
OFICINAS E MINICURSOS
- Materiais para confecção dos objetos manipuláveis (Cartolina, papel cartão, EVA, Cola, Tesoura, Canetinha, Isopor,
entre outros).
Materiais concretos e jogos para práticas de letramento matemático (Tangram, Torre de Hanói, Ábaco,
Geoplano, Sólidos Geométricos, Fita Métrica, Calculadora, entre outros).

12.1 Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
Disponível em: < 568 http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em: 30 jan.
2020.

IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: forma‐se para a mudança e a incerteza. 9. ed. v. 14. São Paulo: Cortez,
2011.
GONÇALVES, T. O.; GONÇALVES, T. V. O. reflexões Sobre Uma Prática Docente Situada: Buscando Novas
Perspectivas Para a Formação de Professores. In: GERALDI, C.; FIORENTINI, D.; PEREIRA, E. (Orgs.) Cartografias do
trabalho docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas, SP: Mercado das Letras, Associação de Leitura do Brasil, 1998.
NÓVOA, A. Professores: imagens do futuro presente. Educa: Lisboa, 2009
TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis: Vozes. 2002.
SHÖN, Donald. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed,
2000.

ZEICHNER, K. Repensando as conexões entre a formação na universidade e as experiências de campo na formação de

professores em faculdades e universidades. Educação. Santa Maria, v. 35, n. 3, p. 479-504, set./dez. 2010.

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