O MAIS ANTIGO JORNAL PORTUGUÊS ANO CLXXXVI .

Nº 21146
FUNDADO EM 1835 SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
POR MANUEL ANTÓNIO DIÁRIO
DE VASCONCELOS
DIRETOR
PAULO SIMÕES

0,90 €
IVA inc.

www.acorianooriental.pt

Juntas querem Cáritas admite Médicos

ajudar contra aumento da Terceira
“os efeitos temporário de vêm para
pedidos de ajuda São Miguel
devastadores”
Segundo o diretor técnico, com o Três médicos do HSEIT
da pandemia PÁGINA 5
agravamento da pandemia, houve um
aumento dos pedidos de ajuda PÁGINAS 2 E 3
preparam-se para
reforçar as equipas PÁGINA 28

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João Teixeira
à frente da
Faculdade
de Economia e
Gestão da UAc
PÁGINA 11

Desporto

União
Sportiva entra
Criado programa para ajudar bióloga a perder na
meia-final da
a registar cachalotes nos Açores PÁGINA 6
Liga feminina
PÁGINA 19
RAFAEL MARTINS / FUTURISMO

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2 Regional
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

Entrevista
Filipe Machado, diretor técnico da Cáritas de Ilha de S. Miguel, faz um
balanço do trabalho realizado pela instituição durante o período de
pandemia, revelando que pontualmente, e em função do agravamento do
impacto da pandemia em determinada freguesia ou concelho, se verificou
um aumento de pedidos de ajuda em alguns locais

Agravamento
da pandemia
causou aumento
temporário de
pedidos de ajuda

“
ANA CARVALHO MELO
anamelo@acorianooriental.pt
A pandemia veio fazer aumentar o
número de pedidos de ajuda à Cáritas
de São Miguel?
Em termos gerais, mesmo após o eclo-
dir da pandemia, pode-se afirmar que o
número de pedidos de apoio durante
2020 foi muito semelhante ao verifica-
do no ano anterior, tendo inclusive ha-
vido uma pequena diminuição, ainda
que pouco relevante. O primeiro tri-
mestre de 2021 acompanhou a média de
solicitações verificada no ano transato,
sem grandes oscilações.
Esta constatação não é indicadora de
que a necessidade se tenha mantido em
relação ao ano de 2019, podendo estar
relacionada com as restrições estabe-
lecidas pelo Governo dos Açores, com
períodos de confinamento e limitações
na circulação, entre outras medidas que,
muito provavelmente, implicaram mais
dificuldade na sinalização e no acesso
aos serviços por parte das pessoas.
Quantas pessoas são apoiadas atual-
mente?
Para responder com rigor à sua ques-
tão, importa referir que, com a mudan-
O primeiro trimestre
de 2021 acompanhou a
média de solicitações
verificada no ano transato,
sem grandes oscilações
Em 2020 foi apoiado um
universo de 148 pessoas
ao nível da alimentação
e foram atribuídos
22 apoios no âmbito
da disponibilização
de fundos sociais
ça de instalações no início de 2019, a Cá-
ritas de Ilha de São Miguel (C.I.S.M.) so-
freu profundas alterações na sua orgâ-
nica, tendo alargado e diversificado o seu
campo de intervenção junto da comu-
nidade.
Atualmente, a Cáritas de Ilha de São
Miguel gere um centro de alojamento
temporário para pessoas em situação
de sem-abrigo, com 30 camas, duas re-
sidências comunitárias, com capacida-
de conjunta para acolher 13 pessoas, um
Centro de Atividades de Tempos Livres,
com lotação máxima para 75 crianças,
e um programa de recuperação habita-
cional, em parceria com a Secretaria Re-
gional da Habitação, que em 2020 be-
neficiou um total de 10 pessoas. A
instituição conta ainda com um pro-
grama ocupacional destinado a 15 uten-
tes, denominado “Terra com Vida”, que
visa o treino de competências pré-pro-
fissionais na área da horticultura, e que
foi fruto de um acordo em 2018, com a
então Secretaria Regional da Solida-
riedade Social.
Além destas áreas, a Cáritas de Ilha
de São Miguel possui um centro de re-
cursos de apoio à emergência social
(C.R.A.E.S.) que, durante 2020, re-
cebeu um total de 956 pedidos, todos
eles correspondidos. Quanto às soli-
citações direcionadas para a Equipa
de Atendimento Social, convém su-
blinhar que em 2020 foi apoiado um
universo de 148 pessoas ao nível da ali-
mentação e que foram atribuídos 22
Cáritas de São Miguel gere um centro
de alojamento, possui um centro de
recursos de apoio à emergência social
e uma equipa de atendimento social
apoios no âmbito da disponibilização
de fundos sociais.
No primeiro trimestre deste ano, po-
demos avançar que foram canalizados
mensalmente para o Centro de Recur-
sos de Apoio à Emergência Social
(C.R.A.E.S.) cerca de 90 pedidos de
apoio. Ao nível da Equipa de Atendi-
mento Social, constatou-se um ligeiro
aumento do número de pedidos de apoio
comparativamente ao mesmo período
do ano de 2020, mas por agora nada de
muito significativo.
Que tipo de pedidos são feitos?
Depende do serviço ao qual é feita a si-
nalização ou recebido o pedido de apoio.
No âmbito da intervenção do C.R.A.E.S.,
dois terços dos pedidos de apoio estão
ligados a vestuário, calçado e bens para
o lar, como atoalhados e roupa de cama.
As restantes solicitações referem-se a
eletrodomésticos e mobiliário, desi-
gnadamente camas e outros móveis e,
pontualmente, pedidos de serviço de
mudanças. Quanto à Equipa de Aten-
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
“
Cáritas de Ilha de São
Miguel gere um centro de
alojamento temporário
para pessoas em situação
de sem-abrigo,
com 30 camas
A Cáritas de Ilha de São
Miguel conta ainda com
vários Núcleos Cáritas
espalhados pelos diversos
concelhos, cuja missão é o
apoio às populações locais
dimento Social, os pedidos de ajuda es-
tão sobretudo direcionados para apoio
à alimentação que, normalmente, são
correspondidos por via da atribuição de
vales de compras.
Como vos chegam esses pedidos?
No caso do C.R.A.E.S., todos os pe-
didos são previamente sinalizados e en-
EDUARDO RESENDES
“ Os pedidos dirigidos à
caminhados por intermédio dos técni-
cos de ação social do Instituto de Soli-
dariedade Social dos Açores, mediante
uma requisição com a especificação do
apoio a ser atribuído. Desta forma, evi-
ta-se a duplicação de apoios. De referir
que todo o trabalho é desenvolvido sem-
pre em permanente articulação com o
I.S.S.A..
A Equipa de Atendimento Social re-
cebe pedidos de ajuda provenientes di-
retamente da comunidade, que, me-
diante a sua natureza, podem ou não
implicar uma articulação com ou en-
caminhamento para os técnicos de ação
social de zona. Além disso, a Cáritas de
Ilha de São Miguel conta ainda com vá-
rios Núcleos Cáritas espalhados pelos
diversos concelhos da ilha, cuja missão
é precisamente o apoio às populações lo-
cais, muitas vezes em estreita ligação
com a Cáritas de Ilha.
Em São Miguel existem áreas mais
problemáticas? Quais?
Na sua generalidade, os pedidos di-
rigidos à Cáritas de Ilha de São Miguel
provêm de todos os concelhos, com par-
ticular incidência dos concelhos mais
populosos: Ponta Delgada e Ribeira
Cáritas de Ilha de São
Miguel provêm de todos os
concelhos, com particular
incidência dos concelhos
mais populosos
Atualmente temos 11
núcleos em São Miguel,
mas o objetivo é criar mais
núcleos nas paróquias que
ainda não dispõem deste
serviço voluntário de apoio
aos mais necessitados
Grande, nomeadamente da vila de Rabo
de Peixe. Pontualmente, e em função do
agravamento do impacto da pandemia
em determinada freguesia ou concelho,
verificou-se temporariamente um au-
mento de pedidos de ajuda noutros lo-
cais, a maior parte das vezes por sinali-
zação dos Núcleos Cáritas aí
estabelecidos.
Detetaram problemas mais acen-
tuados de resposta em algum Núcleo
da Cáritas de São Miguel devido à pan-
demia?
Não temos conhecimento de nenhum
problema em particular. Os circuitos de
comunicação entre os vários interve-
nientes estão delineados há muito, ain-
da antes do aparecimento da pandemia.
Sempre que algum Núcleo Cáritas não
tem a capacidade para dar resposta a
um determinado pedido de ajuda, arti-
cula com a Equipa de Atendimento So-
cial da Cáritas de Ilha de São Miguel,
cabendo a esta a devida avaliação da
problemática e, se for necessário, a ar-
ticulação com a Cáritas Açores. Impor-
ta reforçar que ainda muito recente-
mente a Cáritas de Ilha de São Miguel,
através da Cáritas Açores, canalizou
para as freguesias mais afetadas pela
pandemia inúmeros vales de alimenta-
ção com destino aos mais necessitados.
Este apoio continuará disponível, atra-
vés dos Núcleos Cáritas, sempre que
se justifique.
Para além dos problemas económi-
cos, a pandemia também acentuou os
problemas sociais. Que ação tem sido
desenvolvida nessa área?
Nos últimos dias, através de um estudo
coordenado pelo Prof. Doutor Fernando
Diogo do Centro Interdisciplinar de Ciên-
cias Sociais da Universidade dos Açores,
foi novamente evidenciado que a Região
continua a mostrar a maior taxa de po-
breza do país e, simultaneamente, o maior
Regional 3
número de beneficiários do RSI relati-
vamente à população residente. Esta é
uma realidade que se constata maiorita-
riamente na Ilha de São Miguel e que não
é nova, surgiu muito antes da pandemia,
sendo a consequência das especificidades
do próprio arquipélago. Qualquer ação
neste âmbito, embora meritória, não de-
verá ser apenas restrita à resolução dos
problemas decorrentes da pandemia.
Compete aos governos e às entidades com-
petentes o desenvolvimento de ações e de
políticas públicas mais vastas e adequa-
das à problemática. À Cáritas de Ilha de
São Miguel compete cumprir a sua mis-
são de continuar a responder às necessi-
dades das populações, dentro do seu cam-
po de intervenção e com os recursos que
tem à disposição.
A Cáritas trabalha nas diversas pa-
róquias. Como é que essa ação é des-
envolvida?
A Cáritas, como instituição católica,
pretende, assim como o revitalizado Ser-
viço Diocesano para a Pastoral Social,
que cada paróquia disponha de um gru-
po de pastoral social. Atualmente temos
11 núcleos em São Miguel, mas o objeti-
vo é criar mais núcleos nas paróquias
que ainda não dispõem deste serviço vo-
luntário de apoio aos mais necessitados.
Para se concretizar este objetivo, o pa-
pel dinamizador dos párocos é funda-
mental. Estamos otimistas. Ultrapas-
sada a pandemia é intenção da C.I.S.M.
visitar todos os núcleos e reunir com os
sacerdotes das paróquias que ainda não
disponham deste importante serviço
para dar uma melhor resposta à deno-
minada pobreza envergonhada.
De que forma a comunidade em ge-
ral pode contribuir para o trabalho
desenvolvido pela Cáritas?
Devo reforçar que uma das grandes
contribuições que a Cáritas de Ilha de
São Miguel tem recebido para o desen-
volvimento do seu trabalho já provém
da comunidade e das empresas locais.
Desde o início da pandemia, consta-
tou-se um aumento do volume de doa-
ções junto do C.R.A.E.S., especifica-
mente de vestuário e de mobiliário, o que
vem provar o elevado sentido de gene-
rosidade da população micaelense e do
tecido empresarial em períodos espe-
cialmente duros. Esperamos continuar
a contar com esse apoio indispensável
para a atividade da instituição.
Além disso, aproveito para fazer um
apelo junto de todas as paróquias da ilha
e da população em geral, com vista à
constituição de novos Núcleos Cáritas.
Só assim a rede de apoio junto dos mais
carenciados será mais efetiva, sinali-
zando e atuando localmente, através da
proximidade territorial. Ƈ
4 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 . AÇORIANO ORIENTAL
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
Freguesias dizem que verba
do Plano é “insuficiente”
Plano e Orçamento da Região para 2021 reserva 655 mil euros para a cooperação financeira e técnica com as freguesias.
ANAFRE Açores reconhece aumento em relação a 2020, mas entende que a verba “é ainda insuficiente” para as juntas
Jaime Rita, coordenador da ANAFRE Açores, espera abertura do governo para reforçar o apoio às freguesias
PAULO FAUSTINO
pfaustino@acorianooriental.pt
A Delegação dos Açores da As-
sociação Nacional de Freguesias
(ANAFRE) considera que a ver-
ba prevista para as freguesias no
Plano e Orçamento da Região
para 2021, no valor global de
655.100 euros, não é suficiente
para estas fazerem face às suas
necessidades.
O que está previsto, à luz destes
documentos, é que a cooperação
financeira com as freguesias ab-
sorva 620 mil euros, enquanto à
cooperação técnica ficam aloca-
dos 35.100 euros.
Na rubrica de cooperação com
as freguesias estão igualmente
previstos os seguintes apoios:
apoio técnico aos eleitos locais e
trabalhadores, além de organiza-
ção de seminários /workshops;
atribuição de apoios financeiros
às freguesias açorianas; compar-
ticipação de projetos municipais
de aquisição/construção/grande
reparação de edifícios sede de Jun-
tas de Freguesia e apoio a pedido
da ANAFRE para despesas cor-
rentes (no âmbito do decreto le-
gislativo regional n.º 24/2015/A,
de 10 de novembro).
“Tendo em consideração as ne-
cessidades financeiras para dotar
as Juntas de Freguesia com as in-
fraestruturas e equipamentos, ca-
pazes de dar cumprimento e res-
posta aos anseios das suas
populações, (...) somos do parecer
que a verba prevista, embora se
reconheça que representa um au-
mento relativamente ao ano de
2020, é ainda insuficiente para
que as juntas se modernizem e sa-
tisfaçam cabalmente as suas com-
petências e atribuições para com
as suas populações”, frisa o pare-
cer produzido pela ANAFRE Aço-
res sobre as Antepropostas de
Orientações de Médio Prazo
2021-2024 e Plano e Orçamen-
to da Região para 2021, a que o
Açoriano Oriental teve acesso.
Outra das reivindicações das
freguesias açorianas é que pas-
sem a ter direito, à semelhança do
que já acontece com outras insti-
Juntas disponíveis para ajudar contra
“os efeitos devastadores” da pandemia
A ANAFRE Açores entende que de-
veria ser atribuída uma verba às
juntas tendo em vista a “compen-
sação dos custos elevadíssimos su-
portados pelas freguesias com a si-
tuação pandémica que se vive
presentemente”.
No seu parecer, as juntas de fre-
guesia lembram que são, na
maioria dos casos, a primeira
porta onde batem as populações
em busca de ajuda, por vezes em
situações que vão muito para
além das suas competências. “É
assim, em situações extremas
de catástrofes e outras situa-
tuições, a benefícios de redução
de 50% nos combustíveis. Jaime
Rita, coordenador regional da
ANAFRE, considera esta uma
medida de elementar justiça,
uma vez que os gastos para abas-
tecer as viaturas das juntas re-
presentam uma ‘dentada’ nos
ARQUIVO AO / RUI JORGE CABRAL
“
ções de desespero, agravadas
pela situação pandémica em
que vivemos”, acentua.
Nesse sentido, as autarquias lo-
cais dizem-se “disponíveis e coo-
perantes” para serem parceiras
na implementação de políticas e
projetos na área social, “com es-
pecial atenção para os efeitos de-
vastadores resultantes da pande-
mia que nos afeta a todos e que
não sabemos quando termina”.
Mas tudo isto, ressalvam, me-
diante a celebração de acor-
dos/protocolos “devidamente de-
finidos financeiramente”.
magros orçamentos com que
contam anualmente. Dá o exem-
plo da junta de freguesia que li-
dera, a Maia (na ilha de São Mi-
guel), onde só as despesas com
combustível rondam, por ano, os
5 mil euros, verba essa que diz que
poderia servir para satisfazer ou-
Regional 5
Que seja prevista
uma verba a atribuir
às freguesias para
compensação dos
custos elevadíssimos
suportados por
estas com a
situação pandémica
que se vive
presentemente
Que sejam atribuídas
às freguesias, tal como
existe para outras
instituições, benefícios
de redução de 50%
nos combustíveis
PARECER DA ANAFRE AÇORES
tras necessidades das populações.
“No que se refere ao apoio
à ANAFRE-Açores, somos de
parecer que deveria constar no
Plano um valor indicativo, para
que esta delegação possa pla-
near atempadamente as suas
atividades de modo a dar efi-
caz cumprimento às suas atri-
buições e competências”, enfati-
za a organização a propósito dos
documentos do governo que se-
rão debatidos e votados esta se-
mana na Assembleia Regional.
A ANAFRE chama ainda a
atenção para a necessidade de
valorizar a cultura na educação,
de modo a que os cidadãos, des-
te cedo, tomem consciência da
“importância da cultura e saber
das suas gentes, tradições e
meios envolventes”, isto como
forma de “valorizar o nosso pa-
trimónio Açores”.
A estrutura que representa as
juntas de freguesia considera ser
positiva a criação da Direção Re-
gional da Cooperação com o Po-
der Local, manifestando a sua
abertura para a concretização
de contratos-programa que vi-
sem o “bem-estar e desenvolvi-
mento” das populações. Ƈ
6 Regional
Empresa cria programa
para ajudar bióloga no registo
de cachalotes nos Açores
Programa “Fluke Tracker” recorre a uma
tecnologia de visão computacional, que permite
automatizar o processo de análise de imagens
LUSA
Açoriano Oriental
Há 30 anos que a bióloga ma-
rinha Lisa Steiner regista os
cachalotes que passam pelos
Açores, comparando as cau-
das através de fotografias,
mas um programa criado por
uma empresa tecnológica tor-
nou o processo mais rápido.
“Com esta tecnologia, a mi-
nha vida vai ser muito mais
simples. Só preciso de fazer o
‘upload’ e esperar alguns mi-
nutos, voltar e fazer a combi-
nação. Antes, eu precisava de
tirar manualmente o contor-
no da cauda do cachalote”, afir-
mou, em declarações à Lusa.
Lisa descobriu os Açores no
final da década de 80, num
projeto do Fundo Internacio-
nal para o Bem- Estar Animal.
Hoje é investigadora inde-
pendente e guia de observa-
ção de cetáceos, mas continua
a fotografar cachalotes e a re-
gistá-los numa base de dados
com perto de 3.000 animais
identificados.
A cauda das baleias funcio-
na “quase como as impressões
digitais” e é através da com-
paração de fotografias das
caudas que Lisa consegue per-
ceber se aquele animal já pas-
sou pelos Açores noutros anos
ou até mesmo que percurso
fez, se tiver acesso a fotogra-
fias tiradas noutros locais.
“Tenho alguns animais na
base de dados que foram vistos
em 1988 e que continuam a ser
avistados hoje com o mesmo
grupo de baleias. As fêmeas fi-
cam em grupo a vida inteira, os
machos é que saem do grupo
quando têm entre 13 a 15 anos”,
revelou. Em média, uma baleia
vive cerca de 70 anos e, na
maior parte das vezes, “não há
mudanças na cauda”.
O processo era, contudo,
moroso, porque implicava a
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
RAFAEL MARTINS / FUTURISMO
comparação, foto a foto, da
cauda dos cachalotes que in-
tegram já a base de dados da
investigadora.
O programa “Fluke
Tracker”, que recorre a tec-
nologia de ‘machine learning’
partiu da ideia de uma fun-
cionária da Capgemini, em-
presa parceira da Amazon
Web Services (AWS), que
participou num dos passeios
de observação de cetáceos
guiados por Lisa Steiner.
“Quando ela voltou ao escri-
tório propôs o projeto inter-
namente e o Capgimini deci-
diu organizar um ‘hackathon’,
uma competição interna, com
centenas de equipas a traba-
lhar no problema. Uma delas
acabou por construir um mo-
delo de ‘machine learning’ com
esta coleção de fotografias de
baleias, capaz de identificar
baleias com base nas fotogra-
fias das caudas de forma mui-
to precisa”, revelou à Lusa, Ju-
lien Simon, da AWS.
Para o engenheiro da Ama-
zon Web Services este pro-
grama é um exemplo de como Número de cachalotes avistados tem vindo a crescer, mas ainda é 20 a 30% do máximo registado nos Açores
a tecnologia pode ser coloca-
da ao serviço da população. O “Fluke Tracker” está dis- sobre a conservação da espécie. cria. Por isso, a população
“É uma história muito inte- ponível numa página da In- “É preciso é que as pessoas cresce devagarinho. E nem
ressante. A Lisa Steiner ob- ternet e qualquer pessoa pode carreguem as fotos no pro- todas as crias sobrevivem”, ex-
viamente não é uma especia- carregar fotografias e parti- grama. Se ninguém o usar, é plicou a bióloga.
lista em tecnologias de lhá-las com Lisa Steiner ou igual. Se as pessoas que fazem Para além da investigação
informação. Ela diz, aliás, que outros investigadores. ‘whale watching’ no Canadá, a que se dedica há mais de 30
não percebe muito disso, mas “Um dos objetivos deste na Noruega ou nas Canárias anos, Lisa Steiner tem uma
trabalhando com a equipa do projeto é encorajar pessoas tirarem fotos, ajudam neste verdadeira paixão pelas ba-
Capgimini conseguiu cons- por todo o mundo a partilhar trabalho. Os biólogos não po- leias, que acompanha todos
truir esta aplicação e desco- imagens e tentar alargar o dem ficar em todos os sítios os anos no mar dos Açores.
brir muitas combinações de trabalho realizado pela Lisa ao mesmo tempo”, frisou. “Isto é a minha vida. Quan-
imagens que ela tinha deixa- Steiner nos Açores a outras O número de cachalotes do eu estou no mar e avisto al-
do escapar ao longo dos anos”, partes do mundo”, sublinhou avistados nos Açores tem vin- gum cachalote, nalguns casos
salientou. Julien Simon. do a crescer, mas ainda é cer- reconheço a cauda, mesmo
O programa recorre a uma A investigadora considera ca de 20 a 30% do número sem programa nem nada.
tecnologia de visão computa- que o programa pode ser uma máximo registado na Região. Gosto de ver as minhas ami-
cional, que permite “automa- ferramenta importante para “Penso que a população gas baleias a cada ano quan-
tizar o processo de análise de identificar os padrões migra- está a crescer devagarinho. do vou para o mar das pri-
imagens”, utilizada, por exem- tórios dos cachalotes, que per- Os cachalotes não têm crias meiras vezes e reconheço-as
plo, na condução automática mitam servir de base a estudos todos os anos. Mais ou menos e vejo que sobreviveram ao
ou nos avanços da medicina. para auxiliar decisões políticas de seis em seis anos há uma inverno”, contou. Ƈ
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
DIREITOS RESERVADOS
O historiador Francisco Miguel Nogueira lançou o livro ‘Angra em revolução: o levantamento liberal de 2 de abril de 1821’ na Câmara de Angra
“O liberalismo trouxe
que criaram uma onda de insa-
tisfação e de mudança”.
O livro ‘Angra em revolução: o
levantamento liberal de 2 de abril
um olhar mais
de 1821’ foi lançado no passado
mês de março, numa edição da
Câmara Municipal de Angra do
Heroísmo, onde o livro pode ser
centrado no cidadão”
adquirido, presencialmente ou na
sequência de contacto por e-mail.
Esta obra é o resultado de vá-
rios meses de pesquisa e investi-
gação, em que Francisco Miguel
Afirma o historiador Francisco Miguel Nogueira, a propósito do seu livro Nogueira procurou contar este
episódio importante para a vida
sobre o levantamento liberal ocorrido na cidade de Angra, em 1821 política da Ilha Terceira - e dos
DIREITOS RESERVADOS
RUI JORGE CABRAL
Açores no século XIX - de uma
rcabral@acorianooriental.pt forma simples e acessível a todos.
O livro procura fazer uma
A Revolução Liberal da década de contextualização deste episó-
1820 em Portugal e que teve epi- dio, recordando a Revolução Li-
sódios importantes também nos beral no continente português,
Açores “trouxe um novo olhar so- em 1820 e recuando ainda mais
bre a política, mais centrado no ci- 10 anos, até 1810, quando che-
dadão”, afirma em declarações ao gou à ilha Terceira o navio ‘Ama-
Açoriano Oriental o historiador zona’, com um grupo de depor-
Francisco Miguel Nogueira. tados do Reino, acusados de
Em causa estava, segundo o quererem propagar no país os
historiador, uma forma dife- ideais da Revolução Francesa.
rente de olhar o povo, agora É também referida a revol-
como parte integrante dos des- ta decorrida um mês antes, a 1
tinos do país através do voto, de março de 1821, em Ponta
mesmo que no século XIX o Delgada. E enquanto a revolta
voto ainda não fosse universal, de Angra “teve mais a ver com
mas “já se começava a antever os pensamentos liberais de um
uma soberania popular que não grupo restrito e com a contes-
havia antes e é nisso que o li- tação ao governador, a de Pon-
beralismo tem muita impor- ta Delgada teve mais a ver com
tância em Portugal, em conse- a separação do poder, que en-
quência da Revolução Francesa tão estava em Angra”, afirma
e das invasões napoleónicas, O livro sobre o levantamento liberal em Angra foi lançado em março Francisco Miguel Nogueira.
Regional 7
É preciso uma
mudança política
‘positiva’ na Europa
O historiador e investigador da
época do liberalismo nos Açores,
Francisco Miguel Nogueira, consi-
dera que a Europa pode estar pres-
tes a entrar num novo período re-
volucionário, embora este de sinal
contrário ao do século XIX, ou seja,
não com ventos de liberdade, mas
com forças que pretendem des-
truir o modelo de democracia que
se instalou na Europa desde a se-
gunda metade do século XX.
Em declarações ao Açoriano
Oriental, Francisco Miguel No-
gueira reconhece que a contes-
tação na Europa tem aumenta-
do, não apenas por causa da crise
que a pandemia de Covid-19 ge-
rou, mas já desde antes, com mo-
vimentos de extrema-direita a
ganharem força e que obrigam,
no seu entender, a que haja “uma
mudança política positiva” na
Europa para que não se dê um re-
gresso a regimes que marcaram
negativamente o passado.
Este investigador terceiren-
se é membro do Centro de Es-
tudos de Cultura, História, Ar-
tes e Património (CECHAP),
uma associação sem fins lu-
crativos, com sede em Vila Vi-
çosa, no distrito de Évora, que
não está ligada a nenhuma uni-
versidade e que procura ter voz
ativa na defesa do património
cultural das comunidades.
As investigações históricas de
Francisco Miguel Nogueira têm
sido também publicadas regu-
larmente desde o ano passado,
em forma de artigos, nas pági-
nas do Açoriano Oriental.
Francisco Miguel Nogueira lem-
bra que sempre o fascinou a épo-
ca da Revolução Liberal em Por-
tugal, que percorreu toda a década
de 20 do século XIX, mas ao con-
trário da sua parte final, bastante
estudada e onde a Ilha Terceira de-
sempenhou um papel muito im-
portante no contexto nacional, a
fase inicial da década da Revolu-
ção Liberal nos Açores estava pou-
co estudada ou estudada à luz dos
conceitos do Estado Novo, que não
transmitiam a real dimensão po-
lítica deste período em Portugal.
Um período onde os Açores
funcionaram como “baluartes da
defesa do liberalismo” no país, em
grande medida devido à distân-
cia face ao centro de decisão em
Portugal e já como génese de um
movimento que viria a resultar
na primeira autonomia dos Aço-
res, no final do século XIX. Ƈ
8 Regional AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

Ilha de São Miguel regista ra, um nas Flores e um no

Faial.
Desde o início da pandemia

33 novos casos de Covid-19 foram registados 4.678 casos po-

Dos 33 novos casos,
17 ocorreram no
concelho da Ribeira
Grande, 2 em Ponta
Delgada, 9 em Vila
Franca, 4 na Lagoa e
um caso no Nordeste
LUSA
Açoriano Oriental
Os Açores registaram nas últi-
mas 24 horas 33 novos casos de
Covid-19, todos na ilha de São
Miguel e resultantes de trans-
missão comunitária, na se-
quência de 2.147 análises labo-
ratoriais, foi ontem divulgado.
Segundo o comunicado da Au-
toridade de Saúde Regional, dos
33 novos casos, 17 ocorreram no
concelho da Ribeira Grande, dois
em Ponta Delgada, nove em Vila
Franca do Campo, quatro na La-
goa e um caso no Nordeste.
Nas últimas 24 horas, foram
também registadas 22 recupe-
sitivos de Covid-19 no arquipé-
lago, tendo-se verificado 4.140
EDUARDO COSTA
recuperações e 30 mortes.
São Miguel está desde as zero
horas de sexta-feira no patamar
de Alto Risco de contágio da
Covid-19.
Nesse âmbito, a Autoridade de
Saúde Regional determinou o en-
cerramento de restaurantes e ca-
fés em São Miguel, enquanto o
ensino continuará a ser feito à dis-
tância em toda aquela ilha.
Por estarem no nível de Alto
Risco, todos os concelhos da
ilha de São Miguel ficam ainda
com proibição de circulação na
via pública entre as 20h00 e as
05h00 durante a semana e en-
tre as 15h00 e as 05h00 ao fim
de semana.
A pandemia provocou, pelo
menos, 3.000.955 mortos no
mundo, resultantes de mais de
Número de casos ativos de Covid-19 já vai nos 388 139,8 milhões de casos de infe-
ção, segundo um balanço feito
rações, todas em São Miguel, no Hospital de Ponta Delgada, mais casos ativos de Covid-19 pela agência francesa AFP.
sete das quais em Ponta Delga- estando três em unidade de cui- no arquipélago. Em Portugal, morreram 16.942
da, oito em Vila Franca do Cam- dados intensivos. Os Açores tinham ontem pessoas dos 830.560 casos de in-
po e sete no Nordeste. Com 157 casos, Vila Fran- 388 casos ativos de Covid-19: feção confirmados, de acordo com
Atualmente, estão interna- ca do Campo, na ilha de São 378 em São Miguel, cinco em o boletim mais recente da Dire-
dos 16 doentes na Região, todos Miguel, é o concelho com Santa Maria, três na Tercei- ção-Geral da Saúde. Ƈ
EDUARDO RESENDES

Força Aérea tros) a noroeste da ilha Tercei-

ra”, no grupo central do arqui-
pélago açoriano.

resgata tripulante O tripulante apresentava

“sintomas de insuficiência res-
piratória” e carecia de “cuida-

que navegava ao dos médicos imediatos”.

O homem de 52 anos encon-
tra-se atualmente internado no

largo da Terceira Hospital de Santo Espírito da

Indiano de 52 anos encontrava-se a bordo de navio
mercante com sintomas de insuficiência respiratória
LUSA
Açoriano Oriental
A Força Aérea Portuguesa resga-
tou no sábado um homem de 52
anos que necessitava de “cuida-
dos médicos imediatos” e seguia
a bordo de uma embarcação que
Tripulante foi resgatado pelo helicóptero EH-101 Merlin
com a participação dos Centros
navegava a noroeste da ilha Ter- de Coordenação de Busca e Sal-
ceira, foi ontem revelado. vamento Marítimo de Ponta
Em comunicado de impren- Delgada e das Lajes.
sa, a Marinha avança que o tri- A operação iniciou-se às 11h59
pulante foi resgatado pela ae- locais de sábado e culminou com
ronave EH-101 da Força Aérea, “o resgate de um tripulante mas-
numa operação que contou culino de 52 anos, de nacionali-
Ilha Terceira.
Na operação, estiveram en-
volvidos o Centro de Coorde-
nação de Busca e Salvamento
Marítimo de Ponta Delgada
(MRCC Delgada) e o Centro de
dade indiana, que se encontrava Coordenação de Busca e Salva-
a bordo do navio mercante Saga mento das Lajes (RCC Lajes).
Discovery, com bandeira de Hong Foram mobilizados para o lo-
Kong”, lê-se na nota de imprensa. cal um avião, um helicóptero da
O comunicado avança ainda Força Aérea e uma ambulância
que a embarcação encontra- do Serviço Regional de Prote-
va-se a “navegar a cerca de 420 ção Civil e Bombeiros dos Aço-
milhas náuticas (778 quilóme- res, conclui a nota. Ƈ

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AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 Publicidade 9
10 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 . AÇORIANO ORIENTAL
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
Entrevista
João Teixeira , presidente da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade dos
Açores (UAc), revela os seus planos para o período da sua presidência
Proponho a criação de um
conselho consultivo para
debater planos de estudo
PAULO SIMÕES/ANA C. MELO
acorianooriental@acorianooriental.pt
O que o levou a candidatar-se ao car-
go de presidente da Faculdade de Eco-
nomia e Gestão da Universidade dos
Açores?
A presidência é o órgão executivo da Fa-
culdade, responsável por gerir a oferta de
ensino e a investigação nas áreas da eco-
nomia, gestão e turismo e direito. Eu já
dou aulas na Universidade Açores desde
1997 e tenho um gosto enorme pelo fu-
turo da Universidade e da Faculdade.
A reestruturação da Universidade dos
Açores em Faculdades foi positiva?
A Universidade até 2016 estava organiza-
da em departamentos, depois houve uma al-
teração estatutária significativa e os depar-
tamentos transformaram-se em faculdades.
No caso da Faculdade de Economia e
Gestão não houve uma agregação de de-
partamentos, pelo que teve a vantagem
de ficar com o mesmo corpo docente e
oferta letiva, mas trouxe-nos outros me-
canismos de gestão na nossa autonomia
científica e pedagógica. Falta reforçar a
autonomia administrativa, o que nos dará
um papel mais ativo na política de con-
tratação e no lançamento de projetos.
QualopapelquedefendeparaaUniver-
sidadedosAçores?
A Universidade dos Açores tem de
ser entendida como uma universi-
dade central entre os Estados Unidos
e a Europa, ideia que foi recente-
mente defendida pelo Dr. Laborinho
Lúcio em palestra aqui nos Açores.
E eu acho que a Universidade dos Aço-
res tem todas as condições para assumir
essa centralidade, porque conseguimos
ter uma proximidade com os Estados
Unidos e o Canadá em termos de for-
mação em várias áreas, também con-
seguimos atrair pessoas dos países de
língua portuguesa, para além de que a
universidade tem um conjunto de áreas
idiossincráticas que deverão ser explo-
radas por estarmos nos Açores.
No âmbito da Faculdade de Econo-
mia e Gestão, por sermos uma uni-
versidade pública e a única nos Aço-
res com ensino presencial, temos uma
responsabilidade enorme na forma-
ção de quadros e ativos nos Açores.
A autonomia e o reforço da autono-
mia dos Açores passam muito pela Uni-
versidade dos Açores. No departamen-
to de Economia e Gestão formaram-se
os primeiros bacharéis em 1979, 10 ho-
mens e 2 mulheres, que juntamente com
os que se seguiram tiveram um papel
fundamental no desenvolvimento da
EDUARDO RESENDES
João Teixeira destaca o papel da
Universidade dos Açores no reforço da
autonomia regional
economia dos Açores. Até agora já for-
mamos mais de 3 mil pessoas.
Para o futuro temos de olhar para o en-
sino como aspeto fulcral. As universi-
dades têm uma componente de investi-
gação muito forte, mas a Universidade
dos Açores, em particular, tem de as-
sumir o ensino como fundamental.
Quais as ideias que pretende aplicar
na Faculdade de Economia e Gestão?
No ensino, queremos reforçar a ofer-
ta letiva consolidada que temos e apos-
tar num mestrado e pós-graduação na
área do turismo em questões ligadas à
inovação e sustentabilidade do turismo;
e em cursos breves que os quadros da
nossa região precisam em áreas como o
direito, a fiscalidade, a contabilidade ou
o marketing digital. Estas são áreas em
que queremos apostar, algumas delas
em parceria com outras universidades.
Queremos também tirar partido dos
desafios colocados pela pandemia ago-
ra que nos tornamos mais fluentes no
uso de ferramentas digitais de modo a
chegarmos às nove ilhas. A ideia seria
começar com o ensino à distância nos
cursos breves e de pós-graduação.
Regional 11
Que outras ideias tem?
Ao nível da revisão dos planos de estu-
do, já no próximo ano vai entrar em vigor
o novo plano de estudos da licenciatura em
turismo, no qual o estágio passa a ser uma
componente importante. Desta forma, os
alunos vão conseguir ir para o mercado de
trabalho já com uma primeira experiência
de trabalho no âmbito do curso.
Temos dezenas de empresas que todos
os anos ficam com os alunos e a ligação
através dos estágios é fundamental.
Queremos reforçar a monitorização
com os nossos graduados para que o es-
tudante perceba que a Universidade
olhou para ele enquanto estudante, mas
também quando está a ingressar no
mercado de trabalho.
E também estender um conjunto de par-
cerias que já temos com empresas, como
o Novo Banco dos Açores, o Grupo Ben-
saude ou a Finançor.
Defende o reforço da aproximação da
Faculdade às empresas e sociedade ci-
vil. Como é que se propõe a fazer isso?
Há um caminho que já foi percorri-
do no passado, com um conjunto de pa-
lestras e protocolos, mas podemos fazer
mais. Eu proponho a criação de um con-
selho consultivo que reunirá emprega-
dores e não empregadores, empresas e
empresários de renome, empreende-
dores com visão estratégica para se pro-
nunciarem sobre os nossos planos de
estudo. Penso que estas personalida-
des também têm de ter uma opinião so-
bre os nossos planos curriculares. A
Universidade terá sempre uma forma-
ção teórica complementada por uma for-
mação mais empírica.(...)
De que forma a pandemia afetou a
atividade da faculdade?
Diria que foi essencialmente ao nível do
ensino, porque a investigação continuou
a desenvolver-se a um nível razoável.
Apesar dos alunos neste momento já
estarem familiarizados com as aulas on-
line, verificamos que uma aula online
não é igual a uma aula presencial em ter-
mos da apreensão de conceitos, pelo que
notamos que tem de haver um maior es-
forço por parte dos docentes e alunos
para que consigam manter os níveis de
aproveitamento.
O futuro do ensino superior nunca po-
derá deixar o presencial principalmente
nos ciclos mais longos, mas pode ser uma
oportunidade muito boa nos cursos de pós-
graduação e de natureza mais breve.
Em termos de formação os alunos
poderão ficar a perder com esta si-
tuação de pandemia?
A qualidade técnica não será afeta-
da porque tem havido um grande es-
forço por parte dos docentes e dos di-
versos órgãos da Universidade para que
as coisas corram dentro do normal. Mas
acho que se está a perder tudo o que
acontece na universidade para além da
vida académica e isso é que eu acho uma
grande perda.
Mais do que as questões técnicas, são
as questões humanas e a experiência da
vida universitária que se estão a perder. Ƈ
12 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 . AÇORIANO ORIENTAL
 Opinião 13
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

Comunismo de rotunda
Ou corrupção intelectual. Mas
seria abrangente e averroísta
ante o exemplo tão elementar,
apesar de sintomático da cor-
rupção intelectual, da má ges-
tão do trânsito, péssimo exem-
plo de “segurança rodoviária”, e ÁGORA
GERALDO
de “prevenção rodoviária”, de- PESTANA
plorável poluição visual e o
pretexto da desvalorização do
ordenamento jurídico, no que
diz respeito à responsabilidade do risco,
na colocação improvisada de cartazes
com propaganda política.
É provável que aquela espécie de ob- questões da migração pendular, interes-
jeto malfeito e, mal colocado na Ro-
tunda de S. Gonçalo em Ponta Delga-
da que dá pelo nome de MUPI –
Mobilier Urbain Pour L’Information,
com a função de estimular o cidadão
para fora do âmbito da condução pre-
ventiva e da segurança, represente a
impunidade, ao provocar um aciden-
te, na reparação dos danos.
Enquanto nos encontramos na situa-
ção hipotética, pois não se sabe se aque- firma a ordem social nos moldes da ur-
les equipamentos terão provocado al-
gum acidente por forma a imputar a
culpa, alguém continua a usufruir do
benefício daqueles anúncios, com lucro
incessante, cuja ética se pode inferir
junto de cada um dos casos concretos.
Mas a prevenção é um conjunto, de
competências e precedentes, planeado nossos dias, quer para desestabili-
que não se coaduna com a conflituali-
dade de interesses de entidades, ora
perdidas em prefigurações de
smart cities e cidades susten-
táveis, com o misto do tercei-
ro-mundismo ainda de inspi-
ração cosmopolita alegórico
no MUPI e no outdoor, muito
percetível em espaços desco-
lonizados e que nada têm a
ver com a imagem incompa-
rável dos Açores, ora com ló-
gicas inclusivas de conceções
trabalhadas, impostas pelo interesse
público-partidário viciado para viciar.
Também na rotunda onde se cruzam
se comum, logo humanas, há factos que
se impõem muito para além dos con-
sentimentos e da autoridade. Na Anti-
guidade a relação de Poder afirmava-se
no círculo da arena. Por iminente delito
de suspeita, a recuperação do conceito
integrou-se no círculo da rotunda não
de bigas e quadrigas, todavia, santa pa-
ciência, pela indissociabilidade política
àquela perversidade partilhada, que in-
banidade e da probidade.
Com tais indícios deve-se questio-
nar o sentido da existência de deter-
minados partidos hoje. O certo é
que eles não sentem a necessidade
de passar as suas mensagens, com a
linguagem própria e crucial dos
zar os adversários políticos quer
para mobilizar a população. Não é
uma revelação. Todavia, abrem mão
dos meios técnicos, conquanto pen-
sarem que o halo do autoritarismo
consolidado ao longo de vários regi-
mes de pensamento único, escolás-
tico, durante o Império Russo, a
URSS e da Federação da Rússia,
continua a incutir as ideias na opi-
nião pública.
De facto, não têm nada de novo para
dizer, hoje. Absolutamente incapazes
de uma «evolução na continuidade»
expressão tão indispensável e dos seus
conhecimentos. No ensejo dos pecu-
liares padrões realistas dos saudosis-
tas da “mancha cinzenta”, como cha-
maram a Estaline, esse personagem
maior da literatura do extermínio,
pode até reavivar-se o escárnio, tão es-
clarecedor nestes momentos e, adap-
tar ao caso, a divisa, “A arte fascista faz
mal à vista”, do então Movimento De-
mocrático de Artistas Plásticos, para ‘a
arte comunista faz mal à vista’. É pro-
vável que a maioria desvalorize os pre-
juízos estéticos, também acham que
não há qualquer consequência clínica.
Pois, trata-se de remover aquele lixo
da rotunda!
Podem continuar a babar-se com a
teimosia potestativa indigerível e in-
dolentemente andar à nora com o in-
suportável custo da presunção demo-
crática, pelo que as novas semânticas
funcionam como as vendas colocadas
nos olhos dos burros, mulas ou cavalos
para não ‘perceberem’ de que estão a
andar à roda.
De tanto insultuoso por que se passa
neste país, os abusos que já deram vá-
rios nomes a operações de derrame de
água na areia, têm atirado as pessoas
para posturas apáticas de tal forma
que não se pode esperar posturas ‘beli-
gerantes’, ao nível de espécie da ‘re-
claim the streets’ ou dos [ecoguerrei-
ros] “radicais”, até porque um
leitmotiv que justificasse tais movi-
mentos ‘festivos’ seria censurado pela
rotatividade das várias zonas de “inde-
cibilidade” declaradas por causa das
providências ‘excecionais’ que obri-
gam as pessoas ao confinamento. Isto
é interessante!
A utilidade de uma força política está
no pontuar diariamente nos interesses
dos cidadãos. Sem anel de retroação -
reflexos da interação – ela necessita de
exceções, como bem sabemos e nos re-
cordamos. Assim, esse abuso rotundo,
tem sobrevivido à custa dessa forças
centrípetas alternadas com eunomia
ora anomia. Não acrescenta à sua so-
brevivência com subsídios de ‘ajura-
mentação’ e “tribunas públicas”.
Post scriptum: Parabéns ao Aço-
riano Oriental pela frescura renova-
da aos 186 anos. Mais congratula-
ções pela biofilia no grafismo da
edição comemorativa feliz pressu-
posto da boa fotossíntese jornalísti-
ca e de informação. Ƈ

A “pesada herança” dos governos

do Partido Socialista??!!
Temos assistido a um esforço União Europeia e com a mé-
permanente de alguns mem- dia nacional, em termos de
bros do atual Governo Regio- PIB per capita e da riqueza
nal e das bancadas parlamen- produzida que ascendeu a
tares que o apoiam de 4.469 milhões de euros, da-
desvalorizar e desmerecer o dos comprovados pelo Insti-
trabalho desenvolvido pelos POLÍTICA tuto Nacional de Estatística.
BERTO
governos anteriores. MESSIAS Recebe o trabalho desenvol-
Preocupam-se mais com o DEPUTADO vido ao nível do emprego que
NA ALRAA
passado e com o ódio pelo PELO PS/A
permitiu trazer a taxa de de-
Partido Socialista, por sinal o semprego dos 17% registados
partido mais votado pelos açorianos em 2013, para 6,1% registados em
nas últimas eleições regionais. 2020 garantindo que em 2020 havia
Tudo serve de pretexto para criticar o mais de 113 700 açorianos emprega-
passado, tentando assim criar desfocos dos, o valor mais alto de sempre desde
sobre a atualidade e sobre a falta de con- que há registo, e mais cerca de 15.000
sistência, de ambição e de visão estraté- açorianos empregados do que em 2013.
gica que se comprovam na análise às Recebe vários indicadores positivos
propostas de Plano e de Orçamento para na área da Saúde como o crescimento
2021, invocando “pesadas heranças” que de 55% no número de consultas médi-
são desmentidas pela realidade. cas ou o aumento de 83% no número
Como “pesada herança”, o atual Go- de cirurgias realizadas nos Hospitais
verno recebe do anterior 150 milhões da Região, entre 2013 e 2012, bem
de euros para gastar em 2021. como um Serviço Regional de Saúde
Recebe os bons resultados alcança- devidamente capacitado em termos de
dos ao nível da convergência com a recursos humanos, de equipamentos e
infraestruturas para lidar com a pan-
demia que infelizmente nos assola.
Recebe a “herança pesada” de uma
Região que, antes da pandemia, bateu
todos os recordes na área do turismo
fruto da parceria estratégica entre po-
líticas publicas e investimentos priva-
dos no setor.
Recebe a “herança pesada” de uma
redução sem precedentes nos índices
de abandono escolar precoce, a percen-
tagem da população dos 18 aos 24 anos
sem ensino secundário e que se encon-
tra em situação de abandono precoce
da educação e formação, que reduziu
de 60% em 1998 para 27% em 2019.
O caminho que estava a ser desen-
volvido foi abruptamente interrompi-
do pela pandemia, mas ainda assim, o
atual Governo recebe a “pesada heran-
ça” de um sistema público regional
com grande credibilidade externa,
com o “trabalho de casa” bem feito
para enfrentar os impactos económi-
cos e sociais desse flagelo. O Partido
Socialista não é dono da verdade. Não
fez tudo bem, não está isento de erros
nem de ser alvo de críticas. Mas a rea-
lidade global da Região, os índices de
desenvolvimento económico e social e
a evolução na qualidade de vida que
conseguimos são indesmentíveis.
Mas não temos ilusões. A falta de
discernimento e a tentativa de disfar-
çar as suas incapacidades e imprepa-
ração para debater e preparar o futuro,
faz-nos saber que todos os dias tere-
mos membros do Governo e dirigen-
tes dos partidos que o apoiam a lançar
boatos, noticias falaciosas, meias ver-
dades ou mentiras sobre o trabalho
desenvolvido no passado, não perce-
bendo que isso valerá muito pouco
para conseguirmos ganhar os grandes
desafios com que os Açores estão con-
frontados e que criticar o passado por
revanchismo partidário é também cri-
ticar tantos e tantos açorianos que ao
longo dos anos trabalharam afincada-
mente para a grande evolução econó-
mica e social que tivemos em 45 anos
de Autonomia Democrática. Ƈ
14 Opinião
Da minha pena - Crónica XIX
Texto em que o escritor opta por equidade como uma fonte, e a
citações da Bíblia e elas, pelo justiça como torrente que não
menos a seus olhos, se revelam seca – diz o Senhor. Deus do
plenamente actuais. universo é o seu nome»
Amás 5, 21-24, 27
*** «Puseram-te a presidir? Não
«O jejum que me agrada é SOCIEDADE te envaideças por isso. Sê no
JORGE
este: libertar os que foram pre- DELFIM meio dos outros como qualquer
sos injustamente, livrá-los do ESCRITOR um deles. Ocupa-te deles e, de-
jugo que levam às costas, pôr pois disso, senta-te»
em liberdade os oprimidos, Ben Sira, 32, 1
quebrar toda a espécie de opressão, re- «Acautelai-vos dos falsos profetas, que
partir o pão com os esfomeados, dar abri- se vos apresentam disfarçados de ove-
go aos infelizes sem casa, atender e vestir lhas, mas por dentro são lobos vorazes.
os nus e não desprezar o teu irmão» Pelos seus frutos os conhecereis. Porven-
Terceiro Isaías 58, 6-9 tura podem colher-se uvas dos espinhei-
«Eu detesto e rejeito as vossas festas; e ros ou figos dos abrolhos?»
não sinto nenhum gosto nas vossas as- São Mateus 7, 15-16
sembleias. Se me ofereceis holocaustos e «O pão dos indigentes é a vida dos po-
oblações, não as aceito, nem ponho os bres; aquele que lho tira é um homicida.
meus olhos nos sacrifícios das vossas víti- Quem tira a um homem o pão do seu tra-
mas gordas. Afastai de mim o vozear dos balho, é como quem mata o seu próximo;
vossos cânticos, não quero ouvir mais a e derrama sangue, o que defrauda o salá-
música das vossas harpas. Antes, jorre a rio do operário»
Dos Planos e dos Orçamentos… era uma vez!
Aproxima-se a todo o momento economia, saúde, educação, se-
a discussão em plenário da gurança, justiça, relações políti-
ALA, do Plano e Orçamento cas com terceiros na defesa dos
apresentado pelo XIII Governo interesses territoriais bem como
dos Açores em exercício desde o rol de outras situações de to-
24 de Novembro de 2020 com a dos nós conhecidas.
sua tomada de posse e, a apro- POLÍTICA Do Orçamento podemos di-
JOSÉ
vação do seu Programa pela As- VENTURA zer que é o documento que pre-
sembleia Legislativa da Região vê e autoriza as receitas e as des-
Autónoma dos Açores na data pesas a efectuar pelo Estado no
de 11 de Dezembro de 2020... nosso caso pela chamada de Re-
Desde a apresentação do Plano e Orça- gião num determinado período de exer-
mento algumas intervenções pelos “elei- cício anual e no respeito ao Plano apre-
tos” já se ouviu e se leu, através dos OCS. sentado
“Incertezas” nas suas declarações e inten- Num “orçamento” existem 3 elemen-
ções de voto, são algumas “certezas” com tos decisivos: o económico (previsão da
que ficamos nos “nis” que são, q.b. Gover- actividade financeira) o político (autori-
nantes em “activo”, temos uma minoria zação para a realização de actividade pro-
num governo dos maiores desde a im- posta) e, o jurídico (controle legislativo
plantação de uma Autonomia submissa e dos poderes das administrações públicas
servidora de uns famigerados políticos no domínio financeiro no caso da AL-
com poucas excepções. Do alto da sua RAA)
“cátedra” no Palácio Cor de Rosa, o presi- Atenção quanto baste exige-se na
dente Bolieiro, desfaz-se em promessas adaptação das despesas às receitas, a sua
de apoio a todas as romarias que ao mes- limitação, permite a gestão eficiente e ra-
mo recorrem. No palco das actuações po- cional dos dinheiros públicos. A definição
lítico-governamentais, o estrelato per- de políticas financeiras, económicas e so-
tence a Clélio Meneses, secretário da ciais deverão ser cuidadosamente esco-
Saúde e Desportos e à sua equipe contra- lhidas na promoção do desenvolvimento
tada. económico com a promoção e a criação
Dos documentos referidos neste nosso de emprego, a garantia da estabilidade
trabalho,” Dos Planos e Orçamentos” dos preços, assegurar o equilíbrio das
constam os mesmos, das intenções políti- contas externas (nomeadamente a defesa
cas de acção governativa de um Povo que dos nossos interesses junto do poder cen-
entrega por plesbicito a um grupo de ci- tral e comunitário)
dadãos constituídas no chamado de “Par- Como Região distante dos meios de de-
tido”, a condução dos seus destinos du- cisão e usada no proveito de terceiros,
rante um período geralmente constituído obrigam-se os governantes e os seus “fis-
por quatro anos de mandato. cais” a pensarem muito e bem no bem-
No Plano como indica a palavra, as in- estar do Povo que lhes entregou um “ca-
tenções de acção nos sectores implícitos à pital” que deve ser devidamente
Ben Sira 34, 21-22
«Olhai que o salário que não pagastes
aos trabalhadores que ceifaram os vossos
campos está a clamar; e os clamadores
dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do
Senhor do universo!»
Carta de Tiago 5, 4
«Aquele que é amigo, é-o em todo o
tempo, e torna-se um irmão no tempo da
desgraça»
Provérbios 17, 17
«Se um estrangeiro vier residir contigo
na tua terra, não o oprimirás. O estran-
geiro que reside convosco será tratado
como um dos vossos compatriotas e
amá-lo-ás como a ti mesmo, porque fos-
tes estrangeiros na terra do Egipto»
Levítico 19, 33-34
«Hipócrita, tira primeiro a trave da tua
vista e, então, verás melhor para tirar o
argueiro da vista do teu irmão»
São Mateus 7,5
«Filho, recebe a instrução desde a tua
remunerado.
O Governo no seu “Plano” deverá ser,
equilibrado e sério no seu conteúdo. Se
prometeu deve cumprir. O ditado diz que
“o Inferno está cheio de boas intenções”.
A “Assembleia” como entidade fiscaliza-
dora do cumprimento das promessas e
da execução do Orçamento, exige-se,
uma acção despida de partidarites agu-
das e levianas. Daí… o “ERA UMA VEZ”
Região Autónoma dos Açores – Presi-
dência do Governo
Departamento Regional de Estudos e
Planeamento dos Açores
PLANO PARA 1986 - (a Pág. 96)
Programa nº 33 – Protecção da Produ-
ção agrícola
Objectivos: - Defender a Região contra
a entrada de doenças e pragas; Divulgar
os novos métodos de defesa das culturas
contra as pragas; Garantir a qualidade
das sementes e do material de propaga-
ção. (Dotação ……. 12,0 mil contos)
Programa nº 34 – Produção
e Melhoramento Animal
Objectivos: Manutenção das acções de
melhoramento genético dos efectivos pe-
cuários regionais, com o fim de melhorar
a produtividade; Estimular a produção
de outras espécies para além da bovina;
Melhorar as características do efectivo
bovino, através da inseminação assistida.
(Dotação …… 63,0 mil contos)
Programa nº 35 – Sanidade e Higiene
Pública Veterinária
Objectivos; Defesa sanitária da Região
contra a introdução de zoonoses; Cam-
panha de luta contra a à tuberculose, bru-
celose, mamites e parasitoses, Melhoria
de qualidade higiénica dos produtos.
(Dotação ……… 88,0 mil contos)
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
juventude, e adquirirás uma sabedoria
que durará até à velhice. Vai ao encontro
da sabedoria como quem lavra e semeia,
e espera pacientemente os seus bons fru-
tos, porque terás um pouco de fatiga em
seu cultivo, mas em breve comerás dos
seus produtos. Como é áspera e austera
para os ignorantes! O insensato não per-
manecerá junto dela.»
Ben Sira 6, 18-20
«Tudo me é permitido, mas nem tudo é
conveniente. “Tudo me é permitido”, mas
eu não me farei escravo de nada»
Primeira Carta aos Coríntios 6, 12 Ƈ
***
O autor do texto escreve de acordo com a
antiga ortografia.
Fonte: Anselmo Borges, A Bíblia em Cita-
ções, Notícias Editorial, 2003
Até hoje se aguarda a construção de
duas estações de Quarentena para o efei-
to e, a construir na Terceira e S. Miguel.
A omissão de Execução do Plano da
Região Autónoma dos Açores para 1986,
no que se referia a “Sanidade e Higiene
Pública Veterinária, traduziu-se na omis-
são de um acto de gestão pública por par-
te do governo de então e de cor laranja
que levou ao encerramento de uma pro-
missora empresa com mercado interna-
cional e que perante o não reconheci-
mento dos Açores como zona indemne
de doenças animal, levou ao seu encerra-
mento embora o seu proprietário até ti-
vesse sido reconhecido como empresário
do ano em 1988 pelo número de emprego
jovem alcançado.
Recomendo a leitura do Artigo de Opi-
nião publicado neste Jornal a 1 de No-
vembro de 1998 da autoria do Médico
Veterinário Dr. António Manuel Cabral,
intitulado ”O passado que deveria ter
sido futuro” no qual o mesmo escreve;
”Tínhamos obrigação de ter conseguido
para estas ilhas um Estatuto de Zona In-
demne que nos permitisse controlar com
muito rigor tudo o que aqui entra porque
disso depende o futuro dos nossos filhos”
Atenção Açorianos estejamos atentos
“Os Planos e Orçamentos” são o que
são… Quantas vezes construídos para
uma seleccionada clientela.
“Os políticos têm todos
a mesma política”
Eça de Queirós Ƈ
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
Respeitar a todos e à nossa saúde
Nenhum de nós, tinha algu-
ma vez sentido na pele os
efeitos devastadores de uma
pandemia. Esta, provocada
pela covid, tem sido espe-
cialmente perturbadora,
pela rapidez com que se es- SAÚDE
JOÃO ARAÚJO
palha pelo mundo, e pela CORREIA
variabilidade dos efeitos MÉDICO
provocados nos infetados,
que ficam sem quaisquer
queixas significativas, ou ficam a
bater ás portas da morte! Esta im-
previsibilidade das consequências
da infeção pela SARS-Cov, permite
que seja dado crédito ás alarvidades
pronunciadas pelos políticos popu-
listas, mesmo com a dolorosa verda- sujeitos à roleta russa do destino
de de caminharmos para os 3 mi-
lhões de mortos!
A saúde é um bem precioso, reco-
nhecido por qualquer um. Sem ela,
ficamos frágeis e, num ápice, deixa-
mos de dar valor às coisas materiais, pandemia. Aliás, nalguns casos, as-
Diga Leitor
Milhões
As consequências da crise do
Covid-19 irão perdurar por
muito tempo. Para as en-
frentar virão alguns “milhões”
da União Europeia para os
Açores, que urge cuidar e ge-
rir com eficácia. Seria avisa-
do entregar o seu controlo e
monitorização a uma entida-
de independente, nomeada
pelo Parlamento Açoriano, de
entre os cidadãos com provas
dadas de honestidade, com-
petência e de experiência vi-
vida e bom senso cultivado.
A comunicação social, irá
ter um papel crucial no es-
crutínio e mediação entre os
vários “poderes” em presen-
ça e o comum dos cidadãos,
que desejarão saber como
irão ser aplicados os “mi-
lhões” de financiamento co-
munitário.
Os dinheiros públicos de-
verão ser aplicados com rigo-
rosos critérios de modo a re-
solver problemas da
sociedade no seu todo. O pas-
sado recente ensina que nem
sempre foi este o caminho.
Obras “de regime” ou de afir-
mação de “poder pessoal” são
de todo dispensáveis.
Os textos enviados para publicação nas rubricas “Diga Leitor” e “Carta ao Diretor” devem indicar nome, morada e telefone. Não publicamos os artigos assinados com pseudónimos ou iniciais. O Açoriano Oriental reserva-se
ao direito de selecionar ou resumir por razões de espaço ou clareza. Rua Dr. Bruno Tavares Carreiro, 34/36 - 9500-055 Ponta Delgada - São Miguel - Açores. Email: acorianooriental@acorianooriental.pt
fazemos promessas mentais
de bom comportamento, e
ajoelhamos perante quem
nos possa ajudar a sair da-
quele aperto. No auge da
pandemia, havia milhares
de doentes infetados nos
Hospitais, outros em casa a
rezarem para não piorarem,
e muitos milhões, ainda
saudáveis, com o pânico de
poderem sucumbir no dia seguinte.
Na primeira vaga, o País ficou petri-
ficado e incrédulo. Quase todos te-
memos pela nossa saúde, talvez ir-
remediavelmente perdida, se já
tínhamos alguma doença prévia, ou
que a covid nos trouxesse.
Não me surpreende que as palmas
de agradecimento aos profissionais
de saúde se tenham calado, muito
antes da acalmia dos números da
Faz sentido o sábio aforis-
mo popular, mais vale preve-
nir do que remediar, quando
estamos a tratar de muito di-
nheiro. Ter presente, igual-
mente, a habitual frase que “
não há almoços grátis”. A fa-
tura a cobrar “ segue dentro
de momentos”, razão para
aplicá-lo com critério e ra-
cionalidade.
Tal como em 1974, em 2021
os Açores voltam a reencon-
trar a história, com desafian-
tes opções que têm de ser pon-
deradas, nomeadamente qual
o melhor sistema no quadro
dum Estado de Direito De-
mocrático e Social, que me-
lhor serve os Açores e o seu
Povo Soberano, sem peias de
submissão colonial centrali-
zadora e dominadora.
Assim as atuais lideranças
públicas e privadas estejam à
altura de tão desafiante desí-
gnio, e não se deixem enredar
em interesses corporativos ou
de classe. Haja visão e se con-
siga ir para além “da espuma
dos dias” e da conjuntura ta-
ticista, prejudicando a proje-
ção estrutural e o planea-
mento estratégico de médio
e longo prazo.
As gerações futuras de aço-
rianos merecem e justamen-
te esperam, que seja essa a
postura dos que, agora têm a
enorme responsabilidade de
sistiu-se a um crescente sentimento
de revolta, contra os especialistas
que recomendavam alguma conten-
ção na velocidade do desconfina-
mento, enquanto o SNS não reto-
masse a sua capacidade de tratar os
doentes covid e os não covid. Embo-
ra triste, pelo contraste tão evidente
de atitudes, é compreensível o silên-
cio das varandas. A manutenção dos
gestos de gratidão, durante um
grande período de tempo, acaba por
cansar. Ainda mais, quando os pro-
blemas económicos se vêm juntar, e
são postas em causa necessidades
básicas, há muito consideradas re-
solvidas! Mas, o reconhecimento e
o respeito pelo trabalho abnegado
dos profissionais de saúde deveria
manter-se.
O respeito que temos por alguém,
por um princípio ou por uma Insti-
tuição, é um sentimento nobre, civi-
lizado e democrático! Nestes tem-
tomar as decisões certas. mudem de argumentos e que
Como foi do conhecimento abandonem os velhos “tiques”
público discutiu-se recente- coloniais de tratarem as “ilhas
mente em Lisboa a “visão es- adjacentes” como duma pos-
tratégica para o plano de re- sessão se tratasse.
cuperação 2020/2030”, Desde as vantagens da loca-
documento elaborado, a pe- lização dos Açores para os es-
dido do governo central, pelo tudos do Atlântico, do clima,
gestor e consultor Professor da interação entre a terra e a
Costa Silva. atmosfera até ao relevante pa-
Uma parte desse trabalho re- pel que a Universidade dos
fere-se aos Açores e às suas po- Açores tem vindo a desenvol-
tencialidades nomeadamente ver nas ciências do mar e na
as decorrentes da sua zona eco- vulcanologia, e bem assim a
nómica exclusiva. Já há algum promoção da investigação
tempo que esclarecidos estu- oceanográfica e climatológi-
diosos açorianos, nomeada- ca, foram, entre outras, algu-
mente prestigiados académi- mas das potencialidades sa-
cos da nossa Universidade, lientadas no estudo.
têm vindo a enfatizar muitas Relevante, igualmente, foi
das posições propostas. a proposta para uma Univer-
Espera-se que os represen- sidade do Atlântico nos Aço-
tantes açorianos presentes no res e a interação e integração
respetivo fórum tenham ti- na Academia Açoriana que
rado boa nota, e que consi- poderia ver o seu papel de
gam replicar nos Açores idên- centro de investigação de ex-
tica visão, para que a celência, reforçado, e assim
aplicação dos “milhões” te- atrair financiamento de mui-
nham a sustentar um plano tos parceiros internacionais,
de recuperação, com a neces- pois os resultados poderiam
sária adaptação à nossa rea- vir a interessar não só a paí-
lidade marítima e arquipelá- ses como a muitas empresas.
gica, sem prejuízo das Nos Açores é justo salien-
medidas já anunciadas pelo tar o desempenho de exce-
atual governo açoriano. lência do ensino profissional
Espera-se que os centralis- e tecnológico, reconhecido e
tas e defensores da tese que premiado, a quem devem ser
os Açores são apenas um sor- alocadas verbas para que re-
vedouro de dinheiros públi- forçam os seus recursos hu-
cos sem qualquer retorno, manos e financeiros, de modo
Opinião 15
pos conturbados, espero que
tenhamos aprendido a ter respeito
pela nossa saúde. Nunca foi tão evi-
dente, que a defesa da nossa saúde
individual, contribui para a saúde
coletiva. Procurar não ficar doente,
numa altura em que os Hospitais
estão em colapso, é inteligente para
o próprio, e a melhor forma de res-
peitar os outros, em que também se
incluem os médicos e os enfermei-
ros e a restante equipa de saúde.
No dia 7 de Abril, dia mundial da
saúde, lembremos a importância de
preservarmos a nossa saúde, respei-
tando-nos a nós próprios e aos ou-
tros, fazendo disso uma norma de
vida! Ƈ
a continuarem no pelotão da
frente da transição para o di-
gital.
Desafiam-se os partidos a
colocarem nas suas agendas,
o que pensam sobre estas ma-
térias, cruciais para o nosso
devir coletivo.
Os Açores são importantes.
Foi a globalização e o digital,
que permitiu a descoberta
deste novo paradigma, daí a
urgência dos açorianos não se
resignarem em serem apenas
uma grande autarquia da me-
trópole centralista.
O projeto de autonomia
concedida, já lá vão quatro dé-
cadas, esgotou-se, daí a pre-
mência de voltar a discutir-se
novas formas de auto gover-
no, que podem ir do federa-
lismo à autodeterminação.
Ganhavam os Açores, mas
acima de tudo ganhava Por-
tugal e a União Europeia, da
qual os Açores pretendem
continuar a fazer parte, com
iguais poderes de discussão e
negociação, como potência
atlântica que são. Ƈ A. BENJAMIM
16 Saúde
Cancro do colo do útero mata
uma mulher por dia em Portugal
Em 2020, foi o terceiro cancro mais frequente nas mulheres portuguesas com menos de 50 anos,
tendo sido detetados 865 novos casos, 379 dos quais acabaram por ser fatais. Esta é a Semana Europeia
de Prevenção do Cancro do Colo do Útero. A vacinação e o rastreio são essenciais
SARA DIAS OLIVEIRA
Notícia Magazine/Açoriano Oriental
O cancro do colo do útero é cau-
sado por uma infeção persisten-
te do vírus HPV (Vírus do Papi-
loma Humano) de alto risco.
Numa fase inicial, não apresen-
ta qualquer tipo de sintomatolo-
gia específica. Numa fase mais
avançada, a doença pode mani-
festar-se através de vários sin-
tomas como perda de sangue
fora do período menstrual ou
após relação sexual, corrimento
vaginal anormal e com mau odor,
dor pélvica, alterações urinárias
e retais. Em Portugal, morre uma
mulher por dia com este cancro.
Cerca de 75 a 80% das pessoas
sexualmente ativas são infeta-
das pelo vírus HPV ao longo da
vida. Os homens, mesmo não
manifestando esta doença em
específico, são um veículo de
transmissão do vírus para as mu-
lheres e passam a estar em ris-
co de desenvolver outros cancros
relacionados com o HPV, como
os cancros da região anal, do pé-
nis e da cabeça e do pescoço. A
vacina é a melhor forma de pre-
venção, uma vez que evita a in-
feção do vírus e confere uma pro-
teção estimada em 90%.
“Apesar dos avanços significa-
tivos no rastreio, diagnóstico e tra-
tamento das lesões pré-malignas,
os números de novos casos con-
tinuam a ser alarmantes, posi-
cionando o cancro do colo do úte-
ro como o quarto tipo de cancro
mais comum em mulheres em
todo o Mundo, o sexto nas mu-
lheres europeias e o terceiro mais
comum nas mulheres portugue-
sas com menos de 50 anos”,
adianta Amélia Oliveira Pedro,
presidente da Secção Portugue-
sa de Colposcopia e Patologia do
Trato Genital Inferior da Socie-
dade Portuguesa de Ginecologia.
Há grandes disparidades, quer
na Europa quer a nível mundial,
na incidência, na atuação clínica
e na mortalidade. Segundo a gi-
necologista e obstetra, em 2020,
cerca de 604 mil mulheres foram
diagnosticadas com este cancro
em todo o Mundo e cerca de 341
mil morreram da doença. Em
Portugal, no mesmo período, fo-
ram diagnosticados 865 casos
com 379 mortes, o que corres-
ponde a uma incidência de 16 no-
vos casos por 100 mil mulheres.
“O Vírus do Papiloma Huma-
no (HPV) é responsável por pra-
ticamente todos os casos de can-
cro do colo do útero, 90% dos
cancros anais, 40% dos cancros
da vulva, da vagina e do pénis e
12% dos cancros da orofaringe.
É, por isso, considerado um car-
cinogéneo humano, mas a infe-
ção raramente leva ao cancro.
Isto, porque a maioria das infe-
ções por HPV é eliminada es-
pontaneamente e não causa sin-
tomas.” No entanto, a especialista
sublinha que a infeção persisten-
te pode causar cancro do colo do
útero, existindo um longo perío-
do de latência, que pode chegar
aos 15 anos, entre a infeção pelo
HPV e o cancro. Ou seja, há um
período prolongado desde a in-
feção à apresentação de sintomas.
O HPV é a infeção sexualmen-
te transmissível mais comum e as
relações sexuais são a principal
forma de transmissão, ou seja,
pelo contacto com a mucosa ge-
nital. Neste sentido, os fatores de
DIREITOS RESERVADOS
risco para a infeção são seme-
lhantes aos das outras infeções se-
xualmente transmissíveis, como
o início precoce da atividade se-
xual, número de parceiros se-
xuais, o comportamento sexual
dos parceiros, imunossupressão,
tabaco, contraceção hormonal e
paridade.
Esta é a Semana Europeia de
Prevenção para o Cancro do Colo
do Útero. Há estratégias de pre-
venção primária, a vacinação, e se-
cundária, o rastreio. A primeira
evita a infeção e, por sua vez, o apa-
recimento da doença. A segun-
da evita que uma lesão já existen-
te progrida para cancro.
Neste momento, em Portugal,
o programa de rastreio do can-
cro do colo do útero destina-se
à população do sexo feminino
com idade igual ou superior a 25
anos e igual ou inferior a 60 anos.
O teste primário é a pesquisa dos
HPV de alto risco, em citologia
vaginal, a realizar de cinco em
cinco anos. “A presença de sinais
ou sintomas ginecológicos, como,
por exemplo, sangramentos va-
ginais anormais, dispareunia ou
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
outros, justificam observação
fora do âmbito do programa de
rastreio e devem ser encami-
nhadas para consulta externa”,
adianta Amélia Oliveira Pedro.
Neste período complexo devi-
do à Covid-19, o rastreio da doen-
ça oncológica, segundo a especia-
lista, “tem vindo a falhar pela
grande diminuição de consultas
e, consequentemente, pela redu-
ção dos exames de rastreio e de
diagnóstico precoce que permi-
tem detetar o cancro e a doença
pré-maligna.” Os primeiros me-
ses da pandemia tiveram um im-
pacto bastante negativo no dia-
gnóstico atempado de muitos
doentes com cancro, levando ao
adiamento de tratamentos e ao
cancelamento de cirurgias.
“De acordo com a estimativa
da Liga Portuguesa Contra o
Cancro, nos últimos dez meses,
e devido ao contexto atual de
pandemia, perto de mil novos
casos de cancro da mama, colo
do útero e colorretal não foram
diagnosticados”, revela.
A ginecologista e obstetra
realça a importância de man-
ter a vigilância periódica em gi-
necologia, sem receios, bem
como a urgência de retomar o
normal funcionamento do es-
quema de vacinação preconi-
zado no Plano Nacional de Va-
cinação (PNV) com a vacina
nonavalente contra o HPV, a
cargo do Serviço Nacional de
Saúde e dos centros de saúde.
Em setembro de 2020, esta
vacina, que era até então dire-
cionada apenas para as rapari-
gas, foi alargada aos rapazes.
“Uma decisão importante para
a imunidade de grupo que con-
tribui, a longo prazo, para a re-
dução da circulação do vírus e
para a diminuição das infeções.”
“No entanto, apesar de serem de-
cisões importantes que posicio-
nam Portugal como um exem-
plo a nível mundial, a sua eficácia
depende da ação de todos os por-
tugueses, isto é, da taxa de co-
bertura da vacinação nas crian-
ças com dez anos”, observa
Amélia Oliveira Pedro. Ƈ
AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 Publicidade 17
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Mande publicar no 3º dia Após a consulta
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cerá no 4º dia.. A.A.

AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
Jogo exterior
do Vitória
arrasa União
Sportiva
Basquetebol. Vitória de Guimarães começou
com uma vitória as meias-finais da Liga
feminina. União Sportiva deu espaços ao
ataque vimaranense e falhou na concretização
ARTHUR MELO
ajmelo@acorianooriental.pt
O Vitória de Guimarães ganhou
vantagem sobre o União Spor-
tiva no acesso à final da Liga fe-
minina, depois de uma vitória
consistente no primeiro en-
contro da meia-final.
Com uma eficácia de 53% no
lançamento de três pontos, as
vimaranenses deram um passo
muito importante, explorando
as dificuldades que o União
Sportiva sentiu, tanto na defe-
sa, como também no ataque.
Uma entrada forte do Vitória
com três triplos (dois de Bár-
bara Sousa) colocou o marca-
dor em 11-2. Ricardo Botelho
pediu um período de desconto
e a paragem estancou a produ-
ção ofensiva vimaranense. Rea-
justada a equipa defensiva-
mente, as micaelenses
iniciaram a recuperação no
marcador.
Todavia, a equipa de Rui Cos-
ta repôs a vantagem com mais
Miguel Oliveira terminou na 16.ª e última posição
Vitória Guimarães 79
União Sportiva 62
Vitória Guimarães. Sara Ressurreição
(4), Bárbara Sousa (11), Alexandra Molle-
nhauer (14), Tatiane Nascimento (27) e Luia-
na Livolo (5).
Catarina Mateus (16), Bárbara Miranda (2),
Filipa Teixeira
T. Rui Costa
União Sportiva. Raquel Laneiro (10), Nau-
sia Woolfolk (10), Gabriela Paula (13), Aliyah
Mazyck (8) e Vânia Sengo (16).
Emília Ferreira (2), Ana Ramos (1), Sofia Fer-
reira, Inês Bettencourt (2)
T. Ricardo Botelho
1.º Quarto. 17 - 9
2.º Quarto. 33 - 34 (16-25)
3.º Quarto. 54 - 46 (21-12)
4.º Quarto. 79 - 62 (25-16)
Pavilhão. Unidade Vimaranense, em Gui-
marães
Árbitros. Diogo Martins, Jorge Marques e
Marta Perdigão
dois triplos (foram cinco con-
vertidos no primeiro quarto),
mantendo um avanço de oito
pontos no placard (17-9).
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Gabriela Paula acabou o encontro com 13 pontos e 10 ressaltos
O segundo quarto mostrou
um União Sportiva mais con-
fiante e concretizador. Dois tri-
plos anularam a desvantagem
no marcador e o empate (17-17)
foi uma consequência natural.
Tão natural que o parcial de 0-
10 permitiu às micaelenses vi-
rar o marcador(17-19).
O equilíbrio, com alternâncias
repartidas no marcador, man-
teve-se até ao intervalo, sendo
de destacar o surgimento na par-
tida da jogadora mais eficaz da
Liga na fase regular: Vânia Sen-
go apontou 16 pontos e liderou
a recuperação da equipa, que foi
para o descanso com a vantagem
de um ponto (33-34).
O Vitória regressou mais for-
te do descanso e perante a pas-
sividade das micaelenses, a
Oliveira foi até ao fim
“por respeito aos fãs”
Motociclismo. O piloto por-
tuguês Miguel Oliveira (KTM)
teve um “dia muito desapon-
tante” ao sofrer uma queda no
Grande Prémio de Portugal de
MotoGP, que o deixou no 16.º
e último lugar, terminando
“por respeito à equipa e aos
portugueses”.
O piloto de Almada, que saiu
da 10.ª posição da grelha, não
teve “um arranque muito bom”,
e acabaria por cair quando a
Desporto 19
equipa da casa ganhou uma
vantagem de 10 pontos no mar-
cador (51-41) depois de um par-
cial de 18-7. Os lançamentos tri-
plos (três) voltaram a dar uma
confortável vantagem no mar-
cador às vimaranenses, que en-
traram nos derradeiros 10 mi-
nutos com oito pontos de
avanço (54-46).
A tarefa complicada das mi-
caelenses ficou pior com a lesão
de Nausia Woolfolk na mão es-
querda (limitou a ação ofensiva
da norte-americana), a quarta
falta pessoal de Aliyah Mazyck
e a quebra física de Raquel La-
neiro, que já não jogou os últi-
mos cinco minutos.
Do lado contrário, e com Ta-
tiane Nascimento de ‘mão
quente’, o Vitória explorou as fa-
frente da sua KTM escorregou
na curva 14.
“Peguei na mota e continuei
até ao fim por respeito à equi-
pa, aos telespetadores e aos fãs
portugueses. Não era este o es-
petáculo que eu queria dar. Te-
mos de ultrapassar isto e con-
centrarmo-nos no futuro”,
concluiu Miguel Oliveira.
O português terminou a uma
volta do vencedor, o francês Fa-
bio Quartararo (Yamaha). Ƈ LUSA
FPB/ SPORTFLASH
lhas defensivas das micaelen-
ses para não apenas manter a
vantagem, mas também au-
mentá-la, conseguindo assim
ganhar o jogo e colocar-se na
frente das meias-finais.
Tatiane Nascimento foi a fi-
gura do encontro. A brasileira
foi a MVP do jogo pela sua pro-
dução ofensiva: 27 pontos, com
realce para os 83% de eficácia
nos lançamentos de três pontos.
Vânia Sengo foi a mais con-
cretizadora das micaelenses e
Gabriela Paula a atleta que mais
luta deu debaixo das tabelas.
O União Sportiva pode reti-
ficar o resultado nos dois jogos
em casa no próximo fim de se-
mana, mas terá de melhorar o
comportamento defensivo e ser
mais eficaz no ataque ao cesto.Ƈ
Empate entre
aflitos na
cidade da Horta
Andebol. Sporting da Horta e
Sanjoanense anularam-se sá-
bado à noite na partida da 23.ª
jornada da Liga.
O empate a 31 golos não ser-
viu as pretensões dos dois con-
juntos que continuam na cau-
da da tabela classificativa.
Os faialenses seguem no 13.º
posto com 36 pontos, enquan-
to a equipa de São João da Ma-
deira está no 15.º e penúltimo
lugar com 32 pontos. Ƈ AM
 20 Desporto AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021

“Dominamos mas faltou-nos

concluir as jogadas que criamos” MIGUEL PEREIRA / GLOBAL IMAGENS

Futebol. Daniel Ramos lamenta a pouca

agressividade ofensiva do Santa Clara em
Guimarães. Sobre o golo anulado, dá o
benefício de dúvida, mas pede mais respeito

NUNO MARTINS NEVES

nunomneves@acorianooriental.pt
Faltou ao Santa Clara ser mais
agressivo no último terço para
traduzir a boa exibição na ci-
dade-berço em pontos. Esta é a
análise que Daniel Ramos fez
no rescaldo da derrota por 1-0
diante do Vitória, para a jorna-
da 27 da I Liga.
Nas declarações após o api-
to final do árbitro Rui Costa, o
técnico dos açorianos elogiou a
prestação dos seus jogadores e
considerou que a derrota foi
“completamente desajustada”.
“No cômputo geral fizemos
um bom jogo. Quer na primei-
ra quer na segunda parte, fomos
a equipa que procurou domi-
nar. Dominamos muito tempo,
impomos a nossa ideia de jogo
que foi um aspeto bem positivo
para retirar do jogo. Com isso
criamos muitas aproximações
perigosas, mas faltou-nos con-
cluir essas jogadas. Porque che-
gamos com relativa facilidade
à baliza do Vitória, quer na pri-
meira, quer na segunda parte.
Contra a tendência de jogo, o
Vitória chega à vantagem e
obrigava-nos a fazer mais e ar-
riscar mais”, afirmou na flash-
interview à SportTV.
O encontro ficou marcado
pelo golo anulado a Rui Costa,
ao minuto 55, devido a um po-
sição de fora de jogo de Carlos
Júnior de 6 centímetros.
Instado a pronunciar-se so-
bre o lance em questão, Daniel
Ramos elevou a discussão e deu
o benefício de dúvida ao árbi-
tro: “O futebol tem, às vezes,
momentos destes e nós, inter-
venientes importantes, somos
os primeiros a denegrir e a dei-
tar para baixo; é mau. Por isso,
benefício da dúvida. O que pe-
dimos só é que nos olhem da
mesma forma que olham para
todas as equipas”.
Já os quatro minutos de des-
contos mereceram o desagrado
por parte do técnico dos encar-
nados, considerando que de-
viam ter sido mais.
“É o meu grande lamento: o
jogo devia ter mais tempo. In-
felizmente não temos especta-
dores, mas temos muita au-
diência e esses telespectadores
merecem mais respeito e mais
tempo de jogo, jogadas mais bo-
nitas, como aquelas que acon-
teceram da nossa parte. Se ti-
véssemos mais algum tempo, se
calhar tínhamos mais ocasiões
para marcar”. Ƈ Daniel Ramos criticou os quatro minutos de descontos, dizendo que o antijogo acabou por ser premiado

Santa Clara não iguala marcados, três foram autogolos

melhor série a marcar
Futebol. O ataque dos açoria-
nos ficou em seco na cidade-
berço, após seis jornadas sem-
pre a faturar. A pólvora secou
e depois de 13 golos nas seis jor-
nadas anteriores, o Santa Cla-
ra voltou a ficar em branco.
Este foi o segundo melhor ci-
clo de jogos consecutivos a mar-
car da equipa de Daniel Ramos
esta época, apenas ultrapassada
pelo ciclo de sete partidas entre
as jornadas 12 (empate caseiro
1-1 com o Benfica) e 18 (vitória
fora por 2-1 frente ao Marítimo).
Nessa altura, o Santa Clara
festejou por sete vezes, quase
metade do conseguido na série
que terminou no sábado em
Guimarães.
Ainda assim, a equipa mi-
caelense continua no lote de
formações mais eficazes da I
Liga, com 33 golos, dividindo
com o Paços de Ferreira o
quarto posto na lista de clu-
bes mais concretizadores da
temporada 2020/21.
Segundo os dados estatísticos
do site zerozero.pt, dos 33 golos
(são a segunda equipa que mais
beneficia do azar dos outros, atrás
do Moreirense, com 4). Dos res-
tantes, 28 foram apontados por
jogadores titulares e apenas dois
de atletas que entraram no de-
correr da partida (nomeada-
mente, Rui Costa, frente ao Spor-
ting, e Ukra, diante do Nacional).
Na lista de marcadores, o
Santa Clara tem uma dezena de
nomes, encabeçada por Carlos
Júnior, com 9, e com dois atle-
tas que já deixaram o plantel:
Thiago Santana, com 7, e Osa-
ma Rashid, com 1.
Os açorianos são a segunda
equipa com mais golos de gran-
de penalidade (6, atrás apenas
do FC Porto). Ƈ NMN
Trio de ex-atletas
move ação em tribunal
Futebol. Três antigos jogado-
res da Santa Clara Açores - Fu-
tebol, SAD entregaram, na pas-
sada semana, no Tribunal
Judicial da Comarca dos Aço-
res uma ação de processo co-
mum contra a SAD encarnada.
Zé Manuel, César Martins e
Mamadu Candé reclamam em
tribunal uma verba de 25
963,71 euros da sociedade anó-
nima desportiva do clube de
Ponta Delgada por incumpri-
mento contratual.
O processo, que deu entrada
na passada quarta-feira, foi en-
tregue ao Juízo do Trabalho de
Ponta Delgada.
O trio de ex-atletas serviu o
Santa Clara nas épocas de
2018/2019 e de 2019/2020.
Zé Manuel, 30 anos, repre-
senta o Gaz Metan, 11.º classi-
ficado na I divisão romena; Cé-
sar Martins, 28 anos, joga no
Farense, penúltimo na I Liga,
enquanto Mamadu é, desde ja-
neiro, jogador do Rodomiak
Radon, 3.º no principal cam-
peonato polaco. Ƈ AM
 AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 Desporto 21

Golo de Taremi
HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

0 1
vale triunfo Nacional FC Porto

‘suado’ do Porto
António Filipe Marchesin
Rúben Freitas Wilson Manafá
Rui Correia Pepe
Pedrão Mbemba

sobre o Nacional
Lucas Kal Zaidu
Alhasan (Nanu, 80’)
(Rouai, 87’) Grujic
Larry Azouni Matheus Uribe
(Nuno Borges, 87’) Sérgio Oliveira
Éber Bessa (Toni Martinez, 73’)
(Rúben Micael, 66’) Corona
Futebol. O FC Porto reforçou o segundo lugar João Camacho (Marega, 73’)
(Bryan Róchez, 66’) Luis Díaz
da I Liga ao vencer por 1-0 no estádio do Marco Matias Diogo Leite, 87’)
(Kenji Gorré, 14’) Taremi
Nacional, no jogo que fechou a 27.ª jornada Brayan Riascos (Romário Baró, 73’)

T.Manuel Machado T.Sérgio Conceição

LUSA
Açoriano Oriental
O FC Porto venceu ontem à
tarde o lanterna-vermelha Na-
cional por magro 1-0, fruto de
um golo solitário do iraniano
Taremi, em jogo que encerrou
a 27.ª jornada da I Liga por-
tuguesa de futebol, reaproxi-
mando-se do líder Sporting.
Sem criar muitas oportuni-
dades de golo, o FC do Porto foi
eficaz e alcançou uma impor-
tante vitória na Madeira, gra-
ças ao golo de Taremi, aos 20
minutos, alcançando a sexta vi-
tória seguida no campeonato, a
100.ª na prova do treinador
Sérgio Conceição no comando
do campeão nacional.
O Nacional, que falhou uma
grande penalidade aos seis mi-
nutos, somou a nona derrota
consecutiva, mas efetuou a sua
melhor prestação na ‘era’ do
técnico Manuel Machado, que
Luis Díaz voltou à titulartidade na equipa azul e branca
efetuou algumas alterações no
‘onze’ inicial, que ofereceram
maior dinâmica e qualidade
ao seu jogo.
O FC Porto aproveitou da
melhor forma a derrota por 2-
1 do Benfica na receção ao Gil
Vicente, no sábado, para se dis-
tanciar da equipa de Jorge Je-
sus, agora a seis pontos de dis-
tância, e não deixar fugir o líder
Sporting, mantendo os seis
pontos de atraso para os ‘leões’.
O encontro ficou marcado
por dois momentos que acon-
teceram na primeria e que se re-
velaram decisivos na história da
partida.
Primeiro, uma grande pena-
lidade marcada por Éber Bes-
sa e defendida por Marchesin,
logo aos seis minutos, e depois
Amarelos. João Camacho (42’), Kenji Gor-
ré (56’), Wilson Manafá (81’) e Rouai (90+1’)
Marcador. 0-1 Taremi (20’)
Campo. Estádio da Madeira, no Funchal
Árbitro. João Pinheiro (A. F. Braga)
um erro de António Filipe, que
possibilitou a interceção de Co-
rona e a assistência para Tare-
mi marcar o golo do FC Porto,
quando estavam decorridos 20
minutos de jogo. Ƈ

PRIMEIRA LIGA CAMPEONATO DE PORTUGAL SÉRIE 8

CLASSIFICAÇÃO RESULTADOS (27.ª JORNADA) GOLOS CLASSIFICAÇÃO PROGRAMA (1.ª JORNADA)
J V E D GOLOS P Benfica 1-2 Gil Vicente DA JORNADA J V E D GOLOS P Praiense – Real
1 Sporting 27 21 6 0 49-13 69 Boavista 2-0 P. Ferreira

16
1 Amora 0 0 0 0 0-0 0 Amora – Olhanense
2 FC Porto 27 19 6 2 56-24 63 Rio Ave 0-0 Sp. Braga 2 Olhanense 0 0 0 0 0-0 0
3 Benfica 27 17 6 4 49-19 57 Guimarães 1-0 Santa Clara 3 Praiense 0 0 0 0 0-0 0 PRÓXIMA JORNADA (2.ª)
4 Sp. Braga 27 17 4 6 47-27 55 Belenenses 2-0 Marítimo 4 Real 0 0 0 0 0-0 0
5 P. Ferreira 27 13 5 9 33-32 44 Nacional 0-1 FC Porto 2 MAIO
6 Guimarães 27 11 5 11 31-35 38 Famalicão 0-1 Portimonense Praiense vs Olhanense; Real vs
7 Santa Clara 27 10 5 12 33-30 35 Farense 0-1 Sporting Amora
8 Moreirense 27 8 9 10 28-35 34 Moreirense 2-3 Tondela
9 Portimonense 27 9 5 13 31-31 32
10 Tondela 27 9 4 14 28-42 31 PRÓXIMA JORNADA (28.ª) TOP 5
11 Gil Vicente 27 9 4 14 27-34 31 21 ABRIL MELHORES MARCADORES
12 Belenenses 27 6 12 9 17-24 30
13 Rio Ave 27 6 11 10 22-31 29 Gil Vicente vs Famalicão; Tondela vs Pedro Gonçalves (Sporting) 17 golos
14 Boavista 27 6 10 11 31-40 28 Nacional; Sporting vs Belenenses; Por- Seferovic (Benfica) 16 golos
15 Famalicão 27 6 9 12 27-39 27 timonense vs Benfica; Sp. Braga vs Sérgio Oliveira (FC Porto) 12 golos
16 Marítimo 27 7 3 17 22-40 24 Boavista; FC Porto vs Guimarães; San- Taremi (FC Porto) 12 golos
17 Farense 27 5 7 15 24-36 22 ta Clara vs Moreirense; P. Ferreira vs Mario González (Tondela) 12 golos
18 Nacional 27 5 6 16 24-45 21 Farense; Marítimo vs Rio Ave
CAMPEONATO DE FUTEBOL AÇORES
SEGUNDA LIGA CLASSIFICAÇÃO PONTOS CLASSIFICAÇÃO COEFICIENTE
J V E D GOLOS P P
CLASSIFICAÇÃO RESULTADOS (29.ª JORNADA) GOLOS 1 Lusitânia 14 8 4 2 27-11 28 1 Operário 2,25
J V E D GOLOS P Casa Pia 0-3 Académica 2 Operário 12 8 3 1 25-7 27 2 Lusitânia 2
DA JORNADA 3 Angrense 13 6 4 3 26-13 22 3 Angrense 1,69
1 Estoril 29 19 7 3 50-21 64 Chaves 2-1 Ac. Viseu

17
2 Vizela 28 14 10 4 46-30 52 Penafiel 2-2 C. Piedade 4 Marítimo 13 6 2 5 18-14 20 4 São Roque 1,64
3 Académica 29 14 10 5 37-23 52 Oliveirense 0-0 Mafra 5 Boavista 12 5 4 3 12-11 19 5 Boavista 1,58
4 Chaves 29 15 7 7 39-28 52 FC Porto B 2-2 Estoril 6 São Roque 11 5 3 3 20-13 18 6 Marítimo 1,54
5 Feirense 29 15 6 8 37-25 51 Vilafranquense 0-2 Leixões 7 Sp. Guadalupe 14 4 5 5 18-17 17 7 Vitória 1,23
6 Arouca 28 13 8 7 33-22 47 Feirense 1-0 Varzim 8 Vitória 13 4 4 5 16-19 16 8 Guadalupe 1,21
7 Penafiel 29 10 8 11 36-37 38 Covilhã hoje Arouca até ao momento 9 Santiago 13 2 1 10 6-33 7 9 Santiago 0,54
8 Casa Pia 29 9 11 9 36-39 38 Vizela hoje Benfica B 10 Fayal Sport 13 0 2 11 6-36 2 10 Fayal Sport 0,15
9 Benfica B 28 10 6 12 45-37 36
10 Leixões 29 9 9 11 30-34 36 PRÓXIMA JORNADA (30.ª) TOP 5
11 Mafra 29 9 7 13 30-41 34
12 Cova Piedade 29 7 10 12 33-42 31
25 ABRIL MELHORES MARCADORES MARCADORES
13 Covilhã 28 7 10 11 27-32 31 Estoril vs Casa Pia; Leixões vs Feiren- Cassiano (Vizela) 13 golos EQUIPAS SÃO MIGUEL Campeão Operário
14 Ac. Viseu 29 7 8 14 26-39 29 se; Benfica B vs Penafiel; Ac. Viseu vs Bouldini (Académica) 12 golos Despromovidos Santiago
FC Porto B; Varzim vs Vizela; Acadé- Cissé (Operário) 9 golos e Fayal Sport
15 Vilafranquense 29 4 15 10 27-40 27 Aziz (Estoril) 12 golos Ruben Rodrigues (S. Roque) 5 golos
16 Varzim 29 7 6 16 22-35 27 mica vs Chaves; Mafra vs Covilhã; C. Gonçalo Ramos (Benfica B) 11 golos
Piedade vs Oliveirense; Arouca vs Vi- Patrício (S. Roque) 4 golos
17 Oliveirense 29 6 9 14 22-41 27 Abubakari (Casa Pia) 10 golos Bessa (Operário) 4 golos
18 FC Porto B 29 5 11 13 35-44 26 lafranquense
Emanuel (S. Roque) 4 golos
22 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 . AÇORIANO ORIENTAL

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AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
Transportes
MOVIMENTO MARÍTIMO
MUTUALISTA
FURNAS - Em Ponta Delgada, saindo
às 23h para Praia da Vitória
CORVO - Em viagem dos Açores para
Leixões
TRANSINSULAR
MONTE BRASIL - Em Ponta Delgada,
largando amanhã para Praia da Vitória
MONTE DA GUIA – Em Lisboa, largan-
do para Leixões
PONTA DO SOL – NaPraia da Vitória ,
largando para Ponta Delgada
MALENA - Em Ponta Delgada
S.JORGE – Em Ponta Delgada
GSLINES
INSULAR - Em viagem para Lisboa
REBECCA S - Na Praia da Vitória
PARECE MACHADO
BAÍA DOS ANJOS - Em Ponta Delgada
MOVIMENTO AÉREO
SATA AIR AZORES
Aeroporto de Ponta Delgada
PARTIDAS: Às 06h30, 13h45, 18h45
para Santa Maria; às 07h15, 07h30,
13h30, 14h15, 20h30 para Terceira; às
09h00, 10h40, 17h50, 20h45 para Hor-
ta; às 08h00, 17h35 para Pico; às 14h05
para Flores; às 15h00 para S.Jorge;
15h20 para Graciosa;
CHEGADAS: Às 07h50, 14h50, 20h15
de Santa Maria; às 07h40, 11h15, 12h55,
13h15, 19h15 da Terceira; às 13h25,
16h10, 19h55 da Horta; às 10h10, 19h40
do Pico; às 17h00 de Flores; às 17h05 de
S. Jorge; às 17h20 da Graciosa
Aeroporto da Terceira
PARTIDAS: Às 07h00, 10h35, 12h15,
12h35, 18h35 para Ponta Delgada;
às10h20, 15h15 para S.Jorge; 08h20,
17h05 para Graciosa; às 10h05, 16h35
para Pico; às 08h35, 14h35 para Horta;
às 10h45 para Flores;
CHEGADAS: Às 07h55, 09h20, 14h10,
20h45 de Ponta Delgada; às 09h50,
11h45 de São Jorge; às 09h45 da Gra-
ciosa; às 11h40, 18h10 do Pico; às 10h10,
18h10 da Horta
Aeroporto da Horta
PARTIDAS: Às 10h15, 14h55 para
Flores; às 12h00 para Corvo; 09h35,
12h35, 15h20, 19h05 para Ponta Del-
gada; às 09h35, 15h35 para Terceira;
CHEGADAS: Às 09h50, 11h40,
18h40 de Ponta Delgada; às 09h10,
15h10 da Terceira; às 12h10 das Flo-
res; do Corvo às 15h00
SATA INTERNACIONAL
AZORES AIRLINES
Aeroporto de Ponta Delgada
PARTIDAS: Às 07h30, 14h55, 21h25
para Ponta Delgada; às 08h25 para
Porto; às 09h05 para Funchal;
CHEGADAS: De Lisboa às 07h25,
15h00, 20h30; do Porto às 14h00; do
Funchal às 13h55
TAP
Aeroporto de Ponta Delgada
PARTIDAS: Às 09h30, 17h55 para Lisboa;
CHEGADAS: De Boston às 06h15; de
Lisboa às 08h30, 23h30
RYANAIR
Aeroporto de Ponta Delgada
PARTIDAS: Às 06h20, 17h50 para Lis-
boa, 6.ª , sábado e domingo; às 12h15
para Porto, 6.ª, sábado e domingo
CHEGADAS: De Lisboa às 11h20,
21h05, 6.ª , sábado e domingo; do Porto
às 17h15, 6.ª , sábado e domingo
Informações úteis 23
Farmácias Bilheteiras Cinema Sorte
COLISEU MICAELENSE PROGRAMAÇÃO TOTOLOTO
PONTA DELGADA Terça a sexta das 15h00 às 19h00. Sorteio de 17 de abril (sorteio 31)
CENTRAL Encerrada aos sábados, domingos, se- CINEPLACE 17 26 28 35 44 + 12
Rua Marquês da Praia gundas e feriados. Nos dias de espetá-
Telefone: 296 284151 culo durante a semana das 15h00 às SALA 2
RIBEIRA GRANDE 21h00 e ao fim de semana das 17h00 às Não recebemos informação EUROMILHÕES
RIBEIRINHA 21h00. Telefone: 296 209 502 Sorteio de 16 de abril (sorteio 31)
Rua do Jogo TEATRO MICAELENSE SALA 3 NÚMEROS: 6 11 29 40 48
Telefone: 296 479202 Terça a sábado das 14h00 às 19h00 Não recebemos informação ESTRELAS: 5 9
SANTA MARIA Nos dias de espectáculo das 16h30
AVENIDA SANTA MARIA às 21h30 - Telefone: 296 308 350 SALA 4
TEATRO RIBEIRAGRANDENSE M1LHÃO
Rua Avenida Santa Maria Não recebemos informação
Seg. a sex. - 09h00 às 17h00, Sorteio de 16 de abril (sorteio 16)
Telefone: 296 883174
ininterruptamente NÚMEROS: NQZ 27292
Telefone: 296 470 340/296 474 100
LOTARIA CLÁSSICA
Sorteio de 12 de abril (semana 15)
Telefones úteis 1ºPrémio 54850 €600.000,00
2ºPrémio 43830 € 60.000,00
296 205 500 296 629 757 3ºPrémio 65670 €30.000,00
PSP Serviço
Ponta Delgada S.O.S. Mulher LOTARIA POPULAR
Sorteio de 15 de abril (semana 15)
296 306 580 296 285 399 1ºPrémio 41729 75.000,00
GNR APAV 2ºPrémio 33396 7.500,00
Ponta Delgada Ponta Delgada 3ºPrémio 64776 3.000,00
4ºPrémio 36956 2.000,00
Série Premiada: 5.ª
296 301 301 808 246 024
Bombeiros Linha
Ponta Delgada Saúde Açores Missas vino Espírito Santo (SUSPENSA);
11h00 Igreja Paroquial São Pedro e
PONTA DELGADA Igreja Paroquial de São José; 12h00
296 203 000 296 249 220 Igreja Matriz, Santuário Santo Cristo e
Hospital Centro de Saúde HORÁRIO DAS MISSAS DOMINICAIS Igreja Nossa Senhora Fátima; 12h15
Ponta Delgada de Ponta Delgada VESPERTINAS Ermida de São Gonçalo (São Pedro)
SÁBADO não há no mês de agosto; 17.00 Igreja
12h30 Igreja Paroquial da Matriz (São Paroquial da Matriz (São Sebastião);
296 281 777 296 205 246 Sebastião); 16h00 Igreja Nossa Sra. 18h00 Igreja Paroquial São José **;
Marinha - Salvamento Polícia Marítima das Mercês (Bairros Novos); 17h00 Clí- 19h00 igreja paroquial São Pedro
Ponta Delgada nica do Bom Jesus (SUSPENSA); **Nos meses de julho e agosto não
Ponta Delgada
17h30 Igreja Imaculado Coração Ma- haverá eucaristia dominical às 18h,
ria (S. Pedro) e Casa de Saúde Nossa na igreja de são josé. Esta será retoma-
Senhora da Conceição (SUSPENSAS); da no 1º domingo do mês de setembro
Museus CENTRO CULTURAL DA CALOURA
18h00 Igreja Paroquial de S. José e MISSAS AOS DIAS DE SEMANA
De 2.ª feira a sábado das 10h30 às
MUSEU CARLOS MACHADO 12h30 e das 13h30 às 17h30 Igreja Paroquial de Santa Clara; 08h00 Santuário Senhor Santo Cris-
(DE 1 DE OUTUBRO A 31 DE MARÇO) MUNICIPAL VILA FRANCA 19h00 Igreja Paroquial de São Pedro e to dos Milagres; 09h00 Santuário Se-
Terça a domingo, das 09h30 às 17h00 DO CAMPO Igreja Nossa Senhora Fátima nhor Santo Cristo dos Milagres (me-
Sem interrupção para almoço. De 3ª a 6ª feira das 09h00 às 12h30 DOMINGOS nos aos sábados); 12h30 Igreja
e das 14h00 às 17h00; sábado
Inclui feriados. Encerra às segundas. 08h00 Santuário Senhor Santo Cristo Paroquial da Matriz (São Sebastião);
POLO MUSEOLÓGICO DO e domingo das 14h00 às 17h00
MUNICIPAL NORDESTE dos Milagres, 09h00 Santuário Senhor 18h00 Igreja Imaculado Coração de
COLISEU MICAELENSE
Visita sujeita a marcação De 2.ª a 6.ª feira das Santo Cristo dos Milagres; 09h30 Clí- Maria e Igreja Paroquial de São José;
prévia - 296 209 505 08h30 às 12h30 e das 13h30 às 16h30 nica do Bom Jesus (SUSPENSA); 18h30 Igreja Paroquial da Matriz (São
MUSEU HEBRAICO SAHAR MUSEU DO TRIGO DA POVOAÇÃO 10h00 Igreja Matriz e Igreja Imaculado Sebastião) 19h00 Igreja Paroquial de
De 3ª a sexta das 09h00 às 17h00
HASSAMAIM DE PONTA DELGA- Coração de Maria (S. Pedro) e Igreja São Pedro, Igreja de Nossa Senhora
DA - PORTAS DO CÉU (SINAGOGA) sábado, domingo e feriados
das 11h00 às 16h00 Paroquial Santa Clara; 10h30 Casa de de Fátima e Igreja Paroquial de Santa
Segunda a Sexta, das 13h00 às 16h30 Saúde Nª Sra. Conceição e Hospital Di- Clara (de terça feira à sexta feira)
MUSEU MILITAR DOS AÇORES MUSEU DE LAGOA - AÇORES
De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00 Horário de Verão, do dia 1 de abril até
Sábado e Domingo das 10h00 às 13h30 ao dia 30 de setembro:
- Núcleo Museológico do Presépio;
e das 14h00 às 18h00
Encerrado aos feriados Casa da Cultura Carlos César; Núcleo Bibliotecas
Museológico do Cabouco e Núcleos MUNICIPAL DE VILA FRANCA
MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE De 2ª a 6ª feira das 08h30 às 16h30
Segunda a sexta das 09h00 às 17h00 Museológicos da Ribeira Chã (Arte Sa- PÚBLICA E ARQUIVO
cra e Etnografia, Casa Museu Maria DE PONTA DELGADA MUNICIPAL DA POVOAÇÃO
MUSEU VIVO dos Anjos Melo, Núcleo da Adega; De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 19h00 De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
DO FRANCISCANISMO Núcleo da Agricultura e Quintal MUNICIPAL DE PONTA DELGADA CENTRO DE MONITORIZAÇÃO
Segunda a sexta das 09h00 às 17h00 Etnográfico) De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00 E INVESTIGAÇÃO DAS FURNAS
De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 13h30
CASA DO ARCANO ARQUIVO MUN. DE PONTA DELGADA 16 de setembro a 14 de junho: De 3ª a do-
RIBEIRA GRANDE das 14h30 às 18h00
Sábado, Domingo e Feriados: Encerra- De 2ª a 6ª feira das 08h45 às 12h30 mingo das 09h30 às 16h30 e das 13h30 às
Segunda a sexta das 09h00 às 17h00 e das 13h45 às 16h15 17h00; 15 de junho a 15 setembro: De se-
MUSEU DA EMIGRAÇÃO do
- Mercearia Central - Casa Tradicional; CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA gunda a domingo das 10h00 às 18h00
AÇORIANA 2.ª feira das 09h00 às 17h00;
Segunda a sexta das 09h00 às 17h00 Núcleo Museológico da Casa MORADA DA ESCRITA CASA
do Romeiro de 3.ª a 6.ª feira das 09h00 às 19h00
ARQUIPÉLAGO - CENTRO DE ARMANDO CÔRTES RODRIGUES
Visitas apenas por marcação prévia e sábado das 10h00 às 17h00
ARTES CONTEMPORÂNEAS Horário: das 14h00 às 17h00 (terça, quar-
De terça a domingo das 10h00 às através do 296 912 510 ou museu@la- MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE ta, sexta e sábado). E ncerrada:
18h00 goa-acores.pt De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
- Coleção Visitável da Matriz de Lagoa domingo, segunda e quinta
CASA DOS VULCÕES ARQUIVO MUNICIPAL MUNICIPAL TOMAZ BORBA VIEIRA
Atalhada, Rosário, 9560 Lagoa De 3ª a 6ª feira das 10h00 às 13h30 DE RIBEIRA GRANDE
das 14h30 às 18h00 De 2ª a 6ª feira das 10h00 às 13h30
MUSEU DO TABACO A MAIA De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
De segunda a sexta feira Sábado: 10h00 às 13h30 e das 14h30 às 18h00
- Tenda do Ferreiro Ferrador MUNICIPAL DANIEL DE SÁ
das 09h00 às 17h00; sábado e domingo: encerrado
De 2ª a 6ª feira das 14h30 às 18h00 RIBEIRA GRANDE
sábado às 12h00 e das 12h30 às 17h00 De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
24 Passatempos
Sudoku
111118
Completar
a grelha de
forma a que
cada linha, cada
coluna e cada
uma das caixas
3x3 contenham
todos os
números de 1 a 9.
KRAZYDAD.COM
Palavras cruzadas
HORIZONTAIS: 1. Remédio caseiro. An-
tes de Cristo (abrev.). 2. Época notável.
Ástato (s.q.). Cevada torrada e mal pisa-
da (Madeira). 3. Epiderme, especialmen-
te a do rosto. Incógnita. Antiga palavra
francesa correspondente ao actual oui.
4. País da Europa do sul. 5. Unidade de
pressão no sistema C.G.S. Constranjo. 6.
Antigo nome da nota musical dó. Aque-
las. Palavra havaiana que designa lavas
ásperas e escoriáceas. Sódio (s.q.). 7.
Acertei. Componente principal de um
PC. 8. Diz-se da linha que indica a direc-
ção de um terramoto. 9. Caminhai. Ele-
mento de formação de palavras que ex-
prime a ideia de ouvido. Nome da letra F.
10. Segure. A mim. O mesmo que pager
(ing.). 11. Outra coisa (ant.). Sociedade
cujos membros se dedicam ao canto.
POR MARIA HELENA MARTINS
TARÓLOGA
TEL. 210 929 000
SITE: www.mariahelena.pt
EMAIL: mariahelena@mariahelena.pt
BLOG: http://concultoriodeastrolo-
gia.blogs.sapo.pt
Facebook: http://www.facebook.com/
MariaHelenaMartinsMHM
Grau de dificuldade fácil
VERTICAIS: 1. Para fazer parar as bestas
(interj.). Mineral que se apresenta sob a
forma de algodão em rama. 2. Unidade
das medidas agrárias. Bicicleta todo o ter-
reno. Contr. da prep. de com o art. def. o. 3.
Pilhagem. Ave pernalta corredora que se
assemelha à avestruz. 4. Pref. de origem
latina que significa além de, através, para
trás. Artigo antigo. 5. Nababo (fig.). Mama.
6. Radical formado de carbono e hidrogé-
nio, e que entra num grande número de
compostos orgânicos. Faixa de terra que
une uma península a um continente. 7.
Género de moluscos cefalópodes que tem
por tipo o choco. Reduzir a pó. 8. Prata
(s.q.). Planta leguminosa, também conhe-
cida por chícaro-miúdo. 9. Depuro. O povo.
10. 21ª letra do alfabeto grego. O m. q. ga-
lengue. Antiga medida de capacidade. 11.
Moeda usada no Panamá. Toro.
Horóscopo
Carneiro 21/03 a 20/04
Modere a sua impulsividade e
previna uma desavença no seio fami-
liar. Para reduzir o colesterol salpi-
que o café com um pouco de canela.
Também pode juntá-la à fruta.
Touro 21/04 a 20/05
Se tem uma relação à distân-
cia mantenha a fé. Tudo dará certo.
Força! Cuide da alimentação. Evite
comer muitos fritos. Momento pou-
co oportuno para gastos supérfluos.
Gémeos 21/05 a 20/06
A sua relação está mais forte
do que nunca. Retarde o envelheci-
mento comendo morangos e cere-
jas. O esforço que tem dedicado ao
trabalho será recompensado.
Grau de dificuldade médio
Pintar
Caranguejo 21/06 a 22/07
Poderá começar a falar com
alguém especial, que irá conhecer
através de um amigo. Não feche as
portas ao amor! Sente que anda
mais inchado?
Leão 23/07 a 22/08
Alimente a sua relação com
manifestações de amor e carinho.
Saúde: Sentir-se-á com muita força
e energia. Aproveite! A sua autorida-
de poderá ser posta à prova.
Virgem 23/08 a 22/09
Controle as mudanças de hu-
mor para evitar ter conflitos. As gar-
galhadas despertam as células de
defesa do organismo. Procure assis-
tir a filmes e séries que o façam rir.
Sudoku
Infantil
111815
Completar
a grelha de
forma a que
cada linha, cada
coluna e cada
uma das caixas
3x3 contenham
todos os
números de 1 a 6.
Balança 23/09 a 23/10
Uma atitude do seu par vai
dar-lhe a certeza de que fez as esco-
lhas certas no passado. Faça uma dieta
equilibrada. Caso contrário, poderá ter
problemas de colesterol.
Escorpião 24/10 a 21/11
Dia marcado pela força do
amor e pela cumplicidade no seio fa-
miliar. Domine a sua mente. Veja o
lado bom da vida e será mais feliz.
Trate todos com respeito.
Sagitário 22/11 a 20/12
Poderá encerrar um capítulo
na sua vida amorosa. Atravessa um
período mais agitado. Tome chá de
valeriana. Possíveis dúvidas a nível
material. Pense numa mudança.
AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
Soluções
SUDOKUS 111117
SUDOKUS 111814
10. Fi, Gnu, Fiã. 11. Balboa, Cepo.
Istmo. 7. Siba, Moer. 8. Ag, Araca. 9. Coo, Plebe.
Razia, Ema. 4. Trans, El. 5. Paxá, Seio. 6. Etilo,
VERTICAIS: 1. Xetá, Uatita. 2. Are, Btt, Do. 3.
Tome, Me, Bip. 11. Al, Orfeão.
Na. 7. Atinei, CPU. 8. Sismal. 9. Ide, Oto, Efe. 10.
Tez, Xis, Oil. 4. Itália. 5. Bar, Obrigo. 6. Ut, As, Aa,
HORIZONTAIS: 1. Xarope, AC. 2. Era, At, Gofa. 3.
PALAVRAS CRUZADAS:
Capricórnio 21/12 a 19/01
Evite criticar demasiado
quem vive consigo. Deixe que o amor
invada o seu coração. Cuidado com a
garganta. Não tome bebidas dema-
siado frias.
Aquário 20/01 a 19/02
Seja justo com as pessoas
que ama. Valorize as pequenas
ações. Corte nas gorduras e nos do-
ces. Tudo o que é de mais faz mal.
Seja responsável nos gastos.
Peixes 20/02 a 20/03
Ser feliz depende apenas de si.
Pense no que realmente quer e parta à
conquista da sua felicidade! Tenha
pensamentos positivos. O seu corpo
gozará de uma ótima forma.
AÇORIANO ORIENTAL . SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 Publicidade 25
26 Publicidade SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021 . AÇORIANO ORIENTAL

AÇORIANO ORIENTAL
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
INFORMAÇÃO DO IMPA
Frente Frente Frente
Fria Quente Oclusa
07.30 Biosfera
07.58 Zig Zag
08.42 Lulu Cambalhota
09.00 RTP3 / RTP Açores
13.00 Jornal da Tarde - Açores
13.20 RTP3 / RTP Açores
14.00 Aprender em Casa
15.00 Plenário Parlamentar
18.30 Açores Hoje
19.23 Todas as Palavras
20.00 Telejornal Açores
20.39 Ensaia Comigo...
21.28 Herdeiros de Saramago
Divide-se entre a umbanda,
o recolhimento de uma
igreja católica e o bote-
quim boémio onde se reúne
regularmente com um gru-
po de outros escritores
paulistas. Os primeiros tex-
tos publicados por Andrea
del Fuego eram respostas a
dúvidas sexuais dos leito-
res de uma revista. Foi aí
que nasceu o pseudónimo
com que assina.
21.57 Atlântida Madeira 2021
23.24 Hora dos Portugueses
00.00 Noticias do Atlântico-
Açores
Meteo&Tv 27
PUB
Q. Crescente Lua Cheia Q. Minguante Lua Nova Sol
20/04 27/04 03/05 11/05 Nascer do Sol Pôr do Sol
às 07h01 às 20h21
Humidade prevista Índice UVA Marés
para hoje amanhã Efetivo de ontem 7 Hoje Baixa-mar às 12h51 e - - h- - Amanhã Baixa-mar às 02h06 e 14h26
82% 92% Previsto para hoje 8 Preia-mar às 06h46 e 19h27 Preia-mar às 08h15 e 20h59
Grupo Ocidental Grupo Central Grupo Oriental
16/20 15/19 14/20
17 17 17
Períodos de céu muito nublado Períodos de céu muito nublado com Períodos de céu muito nublado com
com boas abertas, tornando-se en- boas abertas, aumentando de nebu- boas abertas, aumentando de nebu-
coberto para o fim do dia. losidade ao longo da tarde. losidade para o fim do dia.
Períodos de chuva para o fim do dia. Vento fraco (05/10 km/h), tornando- Vento fraco (05/10 km/h), tornando-
Vento sudoeste bonançoso a mo- se bonançoso a moderado (10/30 se bonançoso (10/20 km/h) de su-
derado (10/30 km/h), rodando para km/h) de sul para o fim do dia. doeste para o fim do dia.
sul e tornando-se moderado a Mar encrespado, tornando-se de pe- Mar encrespado, tornando-se de pe-
fresco (20/40 km/h) com rajadas quena vaga a cavado. quena vaga.
até 55 km/h. Ondas noroeste de 2 a 3 metros, di- Ondas noroeste de 2 a 3 metros, di-
Mar de pequena vaga, tornando-se minuindo para 1 a 2 metros. minuindo para 1 a 2 metros.
cavado.
Ondas noroeste de 2 metros, au-
Frente Isóbaras Alta Baixa mentando para 3 metros e passan-
Estacionária Pressão Pressão do a sudoeste.
PUB PUB
99.4
05.30 Bom Dia Portugal 05.00 Espaço Zig Zag 05.00 Edição Da Manhã 05.30 Diário Da Manhã
09.00 Praça da Alegria 08.25 Peg e o Gato 07.30 Alô Portugal 06.00 Esta Manhã 07.00 Noticiário Nacional
11.59 Jornal da Tarde 11.00 E2 - Escola Superior 09.00 Casa Feliz 09.13 Dois às 10 0 7.35 Revista de Imprensa
13.15 Os Nossos Dias De Comunicação Social 12.00 Primeiro Jornal 12.00 Jornal Da Uma Regional, Nacional
14.15 A Nossa Tarde 11.30 Design 13.45 Linha Aberta 13.50 A Única Mulher e Internacional
16.30 Portugal em Direto 12.00 Sociedade Civil 15.00 Júlia 15.10 Goucha 07.40 Jornal de Desporto
Espaço de informação na- 13.00 A Fé Dos Homens 17.00 Viver a Vida 18.00 Cristina ComVida 08.00 Noticiário Regional
cional, apresentado pela 14.00 Africa´S Hunters 18.15 Êta Mundo Bom! “’Cristina ComVida’ passa- 08.20 Tubo de Ensaio –
Jornalista Dina Aguiar, que 15.00 Espaço Zig Zag 19.00 Jornal Da Noite se, portanto, numa casa e, Bruno Nogueira
aposta na actualidade na- 16.00 Mundo das Palavras 20.30 Amor, Amor não, num estúdio, permitin- 08.35 A Opinião de Pedro Tadeu
cional, sempre atenta aos 16.10 Vicky 21.15 A Serra do, à apresentadora, rece- 08.45 Jornal de Desporto
problemas das populações. 16.20 Grizzy e os Lemingues Carlota tenta parecer sim- ber os convidados de uma 08.50 Sinais – Fernando Alves
18.00 O Preço Certo 16.35 Dennis & Gnasher pática mas Fernando inter- forma mais intimista e 09.00 Noticiário Regional
18.59 Telejornal 16.50 Radar XS preta mal, acha que está a num ambiente propício à 09.12 TSF Pais e Filhos
20.00 Mulheres Em Portugal 16.55 O Meu Cavaleiro E Eu fazer cena de ciúmes. Ela descontração. 09.20 Fórum TSF
20.30 Joker 17.10 Bell e Sebastião tenta aproximar-se mas ele 18.57 Jornal Das 8 11.00 Noticiário Nacional
21.45 3 Caminos 17.30 Max & Maestro diz que tem de trabalhar. 20.45 Bem me Quer 11.35 Jornal de desporto
Os episódios acompanham 17.50 No Tempo Em Que Víamos Mitó está encantada com a 22.00 Amar Demais 12.00 Noticiário Nacional
cinco peregrinos do Cami- A Cidade Pela Janela aldeia, gostava de comprar Zeca fica surpreendido por 12.30 Noticiário Regional
nho de Santiago que “com- 18.10 The Artist Is Female uma casa ali. Simão levan- Eça também estar de res- 13.15 Governo Sombra
partilham peripécias, expe- 19.25 Hora da Sorte ta a mão como pedindo saca e conta que acordou 14.00 Noticiário Regional
riências e descobrem o 19.30 Jornal 2 desculpas a Carminho por com Carolina na sua cama 14.12 A Playlist de...
sentido das suas vidas”. “A 21.05 Folha de Sala o chão estar sujo junto à e Ulisses quer perceber me- 15.00 Noticiário Nacional
série, de oito episódios, tem 21.10 Ventos Contrários casa dela. lhor aquela história. 16.00 Noticiário Nacional
como cenários como o Mé- 21.55 Visita Guiada 22.15 Tempo de Amar Arnaldo indica ao assessor 16.50 Tubo de Ensaio –
xico, Portugal, Alemanha e 22.10 Darts Of Pleasure: 23.30 A Máscara que vai entregar o cheque Bruno Nogueira
Coreia. Franz Ferdinand A Máscara é um programa ao instituto 17.00 Noticiário Nacional
22.45 Rua das Pretas Coliseu Ao Vivo Na BBC de televisão português ba- 23.45 Filme: 19.12 Visão de Jogo
23.30 África Minha 23.45 Cinemax seado no formato The 01:30 Transformers: 20.00 Noticiário Nacional
01.30 Faz Faísca 00.40 Euronews Masked Singer. Era da Extinção
PUB PUB PUB
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PUB
Médicos do
HSEIT vêm para
São Miguel
Três médicos do Hospital de San-
to Espírito da Ilha Terceira
(HSEIT) vão reforçar as equipas
de trabalho afetas ao combate à
pandemia do Hospital do Divino
Espírito Santo (HDES), em Pon-
ta Delgada, onde estão internados
16 doentes, três dos quais em uni-
dade de cuidados intensivos. Em
declarações à RTP/A, o responsá-
vel pela Autoridade de Saúde Re-
gional confirmou a “parceria”.
Atualmente, dos 388 casos ativos
de Covid-19 existentes nos Açores,
378 respeitam a São Miguel.Ƈ PF
SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2021
www.acorianooriental.pt
Email: acorianooriental@acorianooriental.pt | Telefone: + 351 296 202 800 | FAX: + 351 296 202 826
Flagrante
PONTA DELGADA
Separadores de faixas de trânsito precisam ser repostos em São Gonçalo...
Sindicato dos médicos alerta para
possível “catástrofe” na saúde
O Sindicato Independente dos
Médicos (SIM) alertou ontem que
os atrasos causados pela pande-
mia no Serviço Nacional de Saú-
de (SNS) podem provocar uma
“catástrofe” e desafiou o Governo
a implementar uma “verdadeira
retoma” da atividade dos serviços.
Segundo a estrutura sindical,
esta retoma da atividade atra-
sada no SNS deve passar por
“dois instrumentos principais
à disposição” do Governo, caso
da contratação de mais profis-
sionais de saúde e da determi-
nação de trabalho suplementar.
“O Ministério da Saúde, ao in-
vés de ter adotado uma ação con-
tinuada de contratação de mais
profissionais de saúde, que já
eram escassos antes de eclodir
a pandemia, tem optado por afe-
tar, em levas sucessivas, aqueles
trabalhadores, de entre os quais
os médicos, para cumprirem pe-
ríodos de trabalho alargados no
desenvolvimento de tarefas que
os retiram do atendimento e
PUB
EDUARDO RESENDES
acompanhamento aos seus
doentes”, refere a carta dirigida à
ministra Marta Temido a que a
Lusa teve acesso. Segundo o SIM,
esta opção tem inviabilizado a de-
teção de “inúmeras e graves pa-
tologias no tempo certo”, regis-
tando-se ainda “adiamentos
perigosíssimos na realização de
atos médicos e diagnósticos, mais
ou menos complexos, mas em
que a oportunidade é a chave
inultrapassável para um bom
prognóstico”. ƇLUSA/PF
Ventura espera um milhão
de votos nas legislativas
O presidente do Chega afirmou
ontem que espera que o partido
alcance um milhão de votos nas
eleições legislativas e se torne o
“principal partido” da oposição
e avisou o primeiro-ministro, An-
tónio Costa, de que vai “atrás” dele.
O Chega organizou ontem
uma manifestação em Lisboa
contra ameaças da sua ilegali-
zação, tendo André Ventura sa-
lientado que o partido não tem
medo e que “só o povo” pode fa-
zê-lo. O protesto saiu do Prínci-
pe Real pelas 16h30, tendo pa-
PUB
UE pode
não renovar
contrato com
AstraZeneca
O comissário europeu para o
Mercado Interno, Thierry Bre-
ton, admitiu ontem que a União
Europeia (UE) pode não reno-
var o contrato para a aquisição
da vacina da AstraZeneca, ale-
gando o incumprimento dos
prazos de entrega por parte da
farmacêutica.
“A minha prioridade, como res-
ponsável das vacinas, é que aque-
les com quem assinamos um
contrato façam as entregas no
prazo”, disse o comissário numa
entrevista ao canal francês BFM
TV citada pela agência EFE.
Thierry Breton lamentou
que, no âmbito do contrato as-
sinado com a AstraZeneca para
a disponibilização de 120 mi-
lhões de doses no primeiro tri-
mestre e de 180 milhões no se-
gundo nos países da União
Europeia, só tenham sido en-
tregues cerca de 30 milhões en-
tre janeiro e março.
“Isso criou problemas. Nada é
definitivo, continuaremos as ne-
gociações”, disse o comissário fran-
cês, que assegurou que a eventual
não renovação do contrato, que
termina a 30 de junho, se deve à
questão dos prazos e das condi-
ções estipuladas e não a proble-
mas com a vacina em si mesma.
“Olhando para os números,
vemos que os benefícios da
vacina AstraZeneca são mui-
to maiores do que o risco”,
disse.ƇLUSA
rado poucos minutos depois em
frente ao Tribunal Constitucio-
nal. Os manifestantes tinham
bandeiras do partido e de Por-
tugal e entoaram o hino nacio-
nal várias vezes, uma das quais
em frente ao ‘Palácio Ratton’.
“Sabemos que estão todos con-
tra nós”, afirmou André Ventu-
ra, indicando que a voz dos mi-
litantes do seu partido “não é
possível de ser abafada”. As cer-
ca de duas mil pessoas enche-
ram depois a praça do Rossio,
onde terminou a iniciativa.ƇLUSA