Você está na página 1de 26

ADCAM – ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO COESIVO DA

AMAZÔNIA
ITM - INSTITUTO DE TECNOLOGIA MASROUR
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
ALEX JUNIOR PESSOA MARQUES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

MANAUS
2013
ALEX JUNIOR PESSOA MARQUES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aliança Engenharia LTDA.

Relatório de Estágio apresentado para obtenção de


nota na disciplina de Estágio Supervisionado do
curso Técnico em Segurança do Trabalho do
Instituto de Tecnologia Masrour. Sob a orientação
da Profª Elizabeth Taveira.

MANAUS
2013
AGRADECIMENTOS

A   Deus   por ter me dado forças e iluminando meu caminho para que pudesse
concluir mais uma etapa da minha vida; Ao meu pai Pedro, por todo amor e dedicação que
sempre teve comigo, homem pelo qual tenho maior orgulho de chamar de pai, meu eterno
agradecimento pelos momentos em que esteve ao meu lado, me apoiando e me fazendo
acreditar que nada é impossível, pessoa que sigo como exemplo, pai dedicado, amigo,
batalhador, que abriu mão de muitas coisas para me proporcionar a realização deste trabalho;
A minha mãe Rita, por ser tão dedicada e amiga, por ser a pessoa que mais me apoia
e acredita na minha capacidade, meu agradecimento pelas horas em que ficou ao meu lado
não me deixando desistir e me mostrando que sou capaz de chegar onde desejo, sem dúvida
foi quem me deu o maior incentivo para conseguir concluir esse trabalho;
As pessoas que me deram a oportunidade de estagiar e aprender ao seu lado,
compartilhando seus conhecimentos e me orientando da melhor maneira possível, mesmo que
por um curto período, pude aprender situações que me serviram para toda vida, as Técnicas de
Segurança no Trabalho Joane Oliveira e Eliene Souza muito obrigado;
Agradeço a uma pessoa muito especial para mim, pois, sempre me apoiou nos
melhores e piores momentos da minha vida, estendendo a mão quando mais precisava sendo
sempre amigo, companheiro e até mesmo irmão, brincalhão mas ao mesmo tempo pessoa
séria e responsável, meu amigo Tiago;
Aos amigos que fiz durante o curso, pela verdadeira amizade que construímos, em
particular aqueles que estavam sempre ao meu   lado por todos os momentos que passamos
durante quase dois anos, meu especial agradecimento a Denise Maia, Claire Vicência e
Raimunda Moura. Sem vocês essa trajetória não seria tão prazerosa;
A todos os professores do curso de Técnico em Segurança do Trabalho, pela
paciência, dedicação e ensinamentos disponibilizados nas aulas, cada um de forma especial
contribuiu para a conclusão desse trabalho e consequentemente para minha formação
profissional;
Por fim, gostaria de agradecer aos meus amigos e familiares, pelo carinho e pela
compreensão nos momentos em que a dedicação aos estudos foi exclusiva, a todos que
contribuíram direta ou indiretamente para que esse trabalho fosse realizado meu eterno
AGRADECIMENTO.
SUMÁRIO
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

DADOS DO ALUNO:

NOME: Alex Junior Pessoa Marques

E-MAIL: Alexjr_zz@hotmail.com

ENDEREÇO: Rua Collor de Melo, Beco São José, Nº. 03 Mauazinho

CURSO: Técnico Segurança do Trabalho

ANO DE CONCLUSÃO: 2012

SETOR DE ESTÁGIO: Construção Civil

FUNÇÃO: Estagiário

PERÍODO DE ESTÁGIO: 04/03/2013 a 14/05/2013

CARGA HORÁRIA: 300 Hs

DADOS DA EMPRESA:

EMPRESA: Aliança Engenharia LTDA

C.N.P.J.: 10.3784030001/22
Av. Pedro Teixeira s/nº Bairro: Dom Pedro
ENDEREÇO: Aliança: Av. Japurá n 319 sala 01 Praça 14 de
Janeiro. CEP: 69025-020
CIDADE/ESTADO: Manaus/AM

ATIVIDADE PRINCIPAL: Construção de Edifícios

GRAU DE RISCO: 03 (Três)


INTRODUÇÃO

O estágio é o primeiro passo do aluno em formação, durante este período ele ver
passo - a - passo como é o dia a dia na sua profissão, sendo fundamental para delinear o tipo
de profissional que será no futuro. Como técnico em segurança do trabalho vemos o
comportamento e a segurança dos profissionais de diversas áreas. Orientamos o uso correto
dos EPI's (Equipamentos de Proteção Individuais) que garante a sua segurança, bem como das
pessoas que estão ao seu lado. Como missão principal temos como meta zerar o número de
acidentes, caso haja pelo menos, seja, o menos grave possível.
A metodologia aplicada nesse relatório constitui em procedimentos sistêmicos de
inspeção no campo da construção civil, e também conscientização dos colaboradores no seu
local de trabalho mesmo que seja analfabeto, além disso, foi embasada através de seminários,
palestras, elaboração de PPRA (Programa de Prevenção de Risco Ambientais), técnicas de
combate a incêndio, bem como primeiros socorros.
Nas próximas páginas veremos todas as descrições das atividades realizadas no
estágio, em cada setor, com fotos e textos, dentre outros documentos que foram criados dia
após dia atestando que o estágio foi cumprido com o máximo de aproveitamento,
desenvolvendo as minhas funções como futuro técnico, e auxiliando no bem estar físico e
mental dos colaboradores da empresa a qual estagiei.
No início veremos um breve histórico da Empresa para que a conheçam melhor e da
Segurança do Trabalho para haver um entendimento mais amplo sobre uma profissão tão
pouco valorizada ainda no Brasil mais de uma supra importância para a nossa sociedade
contemporânea, por fim atividades extras que foram desenvolvidas dentro da sala de aula pelo
nosso corpo docente que nos levaram ao máximo de aprendizado que iremos levar para o
nosso cotidiano.
1. HISTÓRICO DA EMPRESA

A Aliança Incorporadora nasceu como Construtora Aliança, em 1998, com a missão


de oferecer produtos e serviços na área da construção civil com reconhecida qualidade,
projetos funcionais, belos e diferenciados arquitetonicamente. Tem como diferencial o
investimento em recursos humanos, em tecnologia e em meio ambiente. É uma empresa
Amazonense, com 12 anos de atuação no mercado imobiliário.

A Aliança é uma empresa certificada e renomada na cidade de Manaus, onde possui


empreendimentos de alto padrão. Ela é também uma empresa que dá oportunidades para seus
colaboradores visando seu crescimento profissional, vai abrindo novos caminhos para
profissionais de diversas áreas através do seu programa de estágio.

A Aliança busca a satisfação de seus clientes, melhorando continuamente os seus


serviços, oferecendo produtos com qualidade, através do comprometimento de seus
colaboradores e parceiros. Ela tem como objetivo a melhoria contínua dos seus produtos e
serviços, o controle da produtividade e o desperdício da obra, a busca pela satisfação dos seus
clientes e a capacitação técnica da mão-de-obra.

A Aliança em parceria com o SESI vem desenvolvendo um trabalho de alfabetização


para alguns funcionários, as aulas acontecem em um espaço reservado dentro da obra e tem
início a partir das dezesseis horas e trinta minutos.
2. HISTÓRICO DA SEGURANÇA DO TRABALHO

No período de 1760 a 1830, ocorreu o advento da evolução industrial na Inglaterra


que transformou totalmente as relações de trabalho existentes. Das maquinas domésticas e
artesanais criaram-se às máquinas complexas que exigiam volumosos investimentos de capital
para sua aquisição e considerável mão de obra para o seu funcionamento recrutado
indiscriminadamente entre homens e mulheres crianças e velhos. Contudo, foi com o
surgimento das primeiras indústrias que os acidentes de trabalho se alastraram, tomando
promoções alarmantes. Os acidentes eram, e grande parte, provocados por substâncias e
ambientes inadequados, dados as condições subumanas em que as atividades fabris se
desenvolviam, e grande era o número de doentes e mutilados.
Conforme afirmam ANSELL e WHARTON (apud ALBERTON, 1996), “o risco é
uma característica inevitável da existência humana. Nem o homem, nem as organizações e
sociedade aos quais pertencem podem sobreviver por um longo período sem a existência de
tarefas perigosas.” Esta situação continuou até a Primeira Guerra Mundial, apesar de
apresentar algumas melhoras com o surgimento dos trabalhadores especializados e mais
treinados para manusear equipamentos complexos, que necessitavam cuidados especiais para
garantir maior proteção e melhor qualidade. A partir daí, a Higiene e Segurança do Trabalho
transformou-se, definitivamente, numa função importante nos processos produtivos.
No Brasil, as leis que começaram a abordar a questão da segurança no trabalho só
surgiam no início dos anos 40. Segundo LIMA JR (1995), o qual fez um Levantamento desta
evolução, o assunto só foi melhor discutido em 1943 a partir do Capítulo V do Título II da
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A primeira grande reformulação deste assunto no
país só ocorreu em 1967, quando se destacou a necessidade de organização das empresas com
a criação do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho). O grande salto qualitativo de legislação brasileira em segurança do trabalho
ocorreu em 1978 com a introdução das oito normas regulamentadoras (NR) do Ministério do
Trabalho e hoje somam-se 36 NR’s
A Legislação atual de Segurança do Trabalho no Brasil compõe-se de Normas
Regulamentares, Normas Regulamentares Rurais, outras leis complementares, como portarias
e decretos e também as Convenções Internacionais da OIT – Organização Internacional do
Trabalho, ratificadas pelo Brasil.
3. O PROFISSIONAL EM SEGURANÇA DO TRABALHO

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa pode-se constituir, em sua


forma mais ampla, por uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do
trabalho, Engenheiro de Segurança do trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do
Trabalho. Estes profissionais formam o que denomina-se SESMT – Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho O Técnico em Segurança no Trabalho,
estar capacitado para elaborar, participar da elaboração e implementar política de saúde e
segurança no trabalho (SST); realizar auditoria, acompanhamento e avaliação na área;
identificar variáveis de controle de doenças, acidentes qualidade de vida e meio ambiente.
Desenvolve ações educativas na área de saúde e segurança no trabalho; participa de perícias e
fiscalizações e integra processos de negação. Participa da adoção de tecnologias e processos
de trabalho; gerencia documentação de SST; investiga, analisa acidentes e recomenda,
medidas de prevenção e controle.

O profissional de Segurança do Trabalho tem uma área de atuação bastante ampla, se


fazendo presente em todas as esferas da sociedade onde houve trabalhadores. Em geral, atua
em fábricas de alimentos, construções civil, hospitais, empresas comerciais e industriais,
grandes empresas estatais, mineradoras e de extração. Também pode atuar na área rural em
empresas agroindustriais. Desta forma, o cotidiano de um Técnico de Segurança do Trabalho
nas organizações exige conhecimentos multidisciplinares.
4. DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES

Atividade Principal: Realização de vistorias técnicas em todos edifícios os quais


estão em fase de construção, foram realizadas com o intuito de conhecer as medidas adotadas
para proteção aos trabalhadores ali envolvidos, e ao mesmo tempo com a finalidade de
aprimorar mais meus conhecimentos e conhecer os riscos inerentes a saúde e integridade
física dos colaboradores.

4.1 Análise Preliminar de Risco – APR na Torre 01, 02 e 03

APR é uma técnica de avaliação previa dos presentes riscos envolvidos na realização
de determinado trabalho. Consiste no detalhamento minucioso de cada etapa do trabalho,
assim como, dos riscos envolvidos.
No momento as torres mostraram que existem sérios problemas que comprometem a
saúde dos colaboradores, esses são problemas que precisam ser solucionados da melhor
maneira possível dando melhores condições de trabalho e orientando quanto a importância do
uso dos EPIs.
No reconhecimento da estrutura física da Torre 01 foi constatada grande quantidade
de água parada nas varandas, como pode ser visto em Imagens figura 01, o que não é diferente
das outras duas torres, já que todas tem a mesma estrutura física. A água parada facilita a
reprodução do mosquito Aedes aegypti e consequentemente o aparecimento de trabalhadores
doentes com a dengue causada por esse inseto. A falta de limpeza nos pavimentos é outro
problema grave, mostrando que os trabalhadores não estão cumprindo o programa 5S
implantado pela empresa e ao mesmo a falta de fiscalização para o cumprimento do mesmo.
Levando em consideração a NR3 (embarco e interdição) que considera grave e
eminente toda condições ambiental de trabalho que possa causar acidente do trabalho, doença
profissional com lesão grave a integridade física do trabalhador, a obra pode ser embargada
caso o ministério do trabalho vir fiscalizar. A interdição importará na paralisação   parcial do
estabelecimento, setor de serviço máquinas ou equipamento, já o embargo importará na
paralisação total ou parcial da obra.
Com relação a NR6 (equipamento de proteção individual   EPI) para os fins de
aplicação desta norma regulamentadora NR, considera-se equipamento de proteção individual
toda dispositivo de proteção ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado a proteção de risco suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde, entende-se como  
equipamento conjugado de proteção individual todo aquele composto por vários dispositivos
que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente e que seja suscetíveis de ameaçar segurança e a saúde do trabalho.
        O equipamento de proteção individual de fabricação nacional ou importado só poderá ser
posto à venda ou utilizado com a indicação do (certificado de aprovação) CA, expedido pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do ministério do
trabalho e emprego.
Constatei alguns colaboradores da obra não estavam utilizando os EPIs, muitos
deixam seus EPIs jogados pelos pavimentos como pode ser visto na figura 02 em Imagens,
correndo o risco de grave acidente de trabalho. Acidente de trabalho é qualquer fator que
coloque o trabalhar em situação vulnerável e possa afetar sua integridade e seu bem esta físico
psíquico, são exemplo ricos de acidente as máquinas e equipamentos sem proteção
probabilidades de incêndio e quedas acima de dois metros. Por isso a importância do uso do
EPI. Levando em consideração a atividade a ser executada, é imprescindível o uso de
capacetes, botas de couro, cinto tipo paraquedista e luvas de algodão.
Isso sem contar os riscos ergonômicos, levantamento de peso em ritmo   excessivo  
de trabalho, monotonia, repetitividade   na postura inadequada de trabalho e os ricos químicos
e os biológico. Considera-se com agente de risco biológico as bactérias, vírus, fungos
parasitas. Neste caso a DENGUE.

4.2 DDS – Dialogo Diário de Segurança

É um programa destinado a criar, desenvolver e manter atitudes prevencionistas na


empresa, através da conscientização de todos os empregados. Com base nisso, no dia 08 de
março ministrei o DDS com o tema "Cultura de Segurança". Minha intenção era chamar a
atenção de todos mostrando que o acidente pode acontecer a qualquer um, a qualquer
momento e em qualquer lugar, seja dentro ou fora das torres. E para nos proteger é necessário
desenvolver nossa cultura de segurança, ou seja, conhecermos os riscos que nos rodeia e nos
prevenir contra eles.
Na semana que se sucedeu, percebi que muitos trabalhadores passaram a usar os
EPIs sem que a técnica se segurança pedisse ou estivesse por perto e isso me deixou muito
feliz.

4.3 APR na Carpintaria

Foi constatado a falta de limpeza no local. Muitos pedaços de madeiras espalhados


pelo chão e a caixa coletora de serragem extravasando pó, o que poderia causar incêndio
grave e assim lesar algum trabalhador que estivesse no local. Para solucionar o problema,
encarregamos alguns serventes da Aliança para executar a limpeza logo de imediato e
elaboramos um cronograma descrito os dias e empresa encarregada de fazer a limpeza na
carpintaria.

4.4 Distribuição de EPI e atualização da lista do mesmo

De acordo com Norma Regulamentadora 6 – NR 6, a empresa é obrigada a fornecer


aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não
ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas; e, c) para atender a situações de emergência.
Diante disto, é feita a distribuição de EPI como luvas, máscaras e óculos a cada
funcionário, levando em consideração a atividade e o local onde será executado aquele
trabalho. E para comprovação que foi entregue esse EPI é preenchida uma lista fixada a ficha
do funcionário com o nome do EPI entregue, a data, o Certificado de Aprovação – CA
(expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do
Ministério do Trabalho e Emprego) e a assinatura do indivíduo.
4.5 Patrulha de Segurança

Durante a jornada de trabalho a técnica ou os estagiários de segurança excuta a


patrulha de segurança em toda obra, verificando se os funcionários estão fazendo uso dos
EPIs distribuídos, identificando riscos e solucionando os mesmos. Na figura 03 me ilustra
executando a patrulha de segurança em uma das torres.

4.6 Proteção nos Poços dos Elevadores

Em cada torre será instalado um elevador e durante a construção dos edifícios é


deixado um vão ou poço em cada andar para que no final da obra uma empresa especializada
instale esse equipamento. Até que chegue esta fase, esses poços sem proteção devida oferece
risco de os trabalhadores cair e assim acontecer um acidente grave. Para solucionar o
problema é colocado um guarda-corpo, uma grade feita de madeira e tela, como pode ser visto
na figura 04, na entrada do poço.
E durante a patrulha de segurança também é verificado se esses poços estão com o
guarda-corpo em perfeito estado, se não, é feita substituição imediatamente.

4.7 Distribuição de Armários para Funcionários Novos

Segundo a NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, em


seus parágrafos e alíneas seguintes diz:
24.2.11 Nas atividades e operações insalubres, bem como nas atividades
incompatíveis com o asseio corporal, que exponham os empregados a poeiras e produtos
graxos e oleosos, os armários serão de compartimentos duplos.
24.2.12 Os armários de compartimentos duplos terão as seguintes dimensões
mínimas:
a) 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de
largura e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com separação ou prateleira, de
modo que um compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta centímetros), se destine a
abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com altura de 0,40m (quarenta
centímetros) a guardar a roupa de trabalho; ou
b) 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinquenta centímetros) de largura
e 0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com divisão no sentido vertical, de forma
que os compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam,
rigorosamente, o isolamento das roupas de uso comum e de trabalho.
Diante disto, cada funcionário recebe um armário adequado, conforme indica a NR
24, no seu primeiro dia de trabalho e este será usado durante toda sua jornada como
empregado da Aliança Incorporadora. E no dia 25 de março fiz a distribuição de armários aos
funcionários novatos.

4.8 Teste de Freio do Elevador Cremalheira

Elevador cremalheira é um equipamento utilizado no transporte provisório de


pessoas e materiais na construção civil e suporta mil e quinhentos quilos.
Para garantir a segurança de todos que utilizam esse meio de transporte, é feito testes
de freio a cada mês. Esse teste é feito pela empresa prestadora de serviço desse equipamento,
neste caso a MONTART. O teste é controlado de uma determinada distância e com
isolamento ao redor e se divide em três fases: a primeira o elevador é suspenso em uma
determinada altura sem nenhum peso dentro e solto em queda livre; a segunda fase o elevador
é suspenso com a metade do peso que o mesmo suporta e solto em queda livre; e a terceira
fase o elevador é suspenso com sua carga total e solto em queda livre.
Para que o teste seja aprovado, o elevador deve travar com distancia de descida,
depois de solto, de 80cm se não, o elevador cremalheira é reprovado e interditado para fazer
reparos e são feitos novos testes. E no dia 26 de março tive a oportunidade de acompanhar o
teste de freio do elevador cremalheira da torre 3.
4.9 Integração

Integração na empresa é apresentar a mesma ao colaborador que estar sendo


contratado e informar os riscos que a atividade, a qual irá exercer, oferece a sua saúde e
integridade física.
Diante disto, no dia 27 de março ministrei integração aos novos trabalhadores da
Aliança e terceirizados, empregados contratados por outra empresa para prestar serviço em
outra. Abordei diversos assuntos a respeito de segurança no trabalho e enfatizei a importância
do uso do EPI e a higiene no ambiente trabalho.

4.10 Analise dos Shafts nos Pavimentos

Shafts são buracos feitos no chão dos andares dos edifícios em construção para
passagem de tubulações. Os mesmo, quando não protegidos, oferece risco de queda de
materiais ou trabalhadores desatentos podem cair nesses buracos.
Diariamente durante a patrulha de segurança é feita a análise da proteção desses
shafts, caso algo esteja fora do normal é feito o isolamento da área até que um carpinteiro faça
a proteção adequada nesse buraco em risco.
No dia 09 de abril verifiquei o estado do shaft da tubulação de gás e hidrante e foi
constatado que os mesmos estavam sem o assoalho de proteção e guarda-corpo, como pode
ser visto na figura 05, podendo assim causar um acidente grave. Para solucionar o problema,
isolei a área com fita zebrada e encarreguei um carpinteiro para fazer a proteção adequada
desse shaft.

4.11 Isolamento de Área de risco na Torre 01

No dia 19 de abril, devido a torre 01 já está com seus pavimentos concluídos, foi
feito ao seu redor a instalação do balancim, uma espécie de balanço onde ficaram alguns
trabalhadores para fazer sua fachada, a figura 06 ilustra muito bem o balancim que foi
instalado. Para segurança de todos foi feito um isolamento, como pode ser constatado na
figura 07, ao redor da área durante esta instalação, para prevenir que algum material atinja os
operários ali próximos.

4.12 Proteção nas Varandas das Torres

No dia 22 de Abril durante a análise preliminar de risco, foi constatada que as


varandas das torres, estevão com suas proteções irregulares com peças de guarda-corpo
emendadas, telas rasgadas e algumas nem havia proteção, colocando assim em risco a
segurança dos colaboradores. Para solucionar o problema, encarregamos dois carpinteiros
para fazer as proteções e ressaltamos que não reutilizassem madeiras e muito menos fizessem
emendas, isso para dar mais segurança a estrutura do guarda-corpo. O resultado é ilustrado na
figura 08.

4.13 Sinalização nas Escadas das Torres

Adequando-se aos requisitos da NR-26 que é Sinalização de Segurança, em seu


parágrafo 26.1.1, diz: Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou
locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.
Embasado nisso, foi feita a troca das placas de Saída de Emergência, as quais estevão
xerocadas em preto e branco com suas cores desgastadas, e foi verificado também a falta
dessas placas em alguns pavimentos. Para solucionar o problema, fizemos novas placas na cor
verde como pede a norma e fixamos em cada andar de todas as três torres, dando assim mais
segurança aos trabalhadores em uma emergência.
4.14 APR nas Betoneiras

Betoneira ou misturador de concreto é o equipamento utilizado para mistura de


materiais, na qual se adicionam cargas de pedra, areia e cimento mais água, na proporção e
textura devida, de acordo com o tipo de obra.
No conjunto PARADISE LAKE, são utilizadas duas betoneiras e no dia 25 de Abril
foi feita a Análise preliminar de Risco nas mesmas. Constatamos a falta de higiene no local
por parte dos betoneiros, havia muitos sacos vazios de cimento e baldes com água parada em
suas proximidades. Para solucionar o problema encarregamos alguns serventes para fazer a
limpeza no local e orientamos os betoneiros quanto aos ricos e a importância da higiene.

4.15 Validade de Extintores

Conferir a data de validade é importante, mas, não é nada fácil, até os


mais experientes as vezes tem alguma dificuldade nessa tarefa. Saber conferir a data de
validade do extintor é tarefa de nós Técnicos em Segurança do Trabalho, Engenheiros e
outros prevencionistas.

Extintor vencido é sinônimo de prejuízo. Imagine que comece um incêndio na


carpintaria, o funcionário pega o extintor e o mesmo não funciona por estar vencido, o fogo
foge de controle e então...

Na verdade o termo correto seria verificação da validade da carga do extintor, afinal


o extintor não vence, não tão rápido quanto a carga. E para saber o validade do extintor
(carga) devemos procurar pelo selo do INMETRO que está fixado no próprio vasilhame
(cilindro) do extintor.

O selo do INMETRO, como mostra na figura 09, tem partes destacáveis são elas que
mostram a data de realização do serviço. Após um ano a contar da data de realização do
serviço (recarga ou carga) é necessário providenciar a recarga.
A parte das letras significa os meses do ano (estão em destaque no campo azul) e
logicamente vão de Janeiro a Dezembro. A parte das letras sempre terá 4 espaços para 4 anos
(campo destacado em vermelho) se estiver procurando a parte dos anos no seu extintor e não
encontrar, é por que ele está muito vencido.

Felizmente constatamos que todos os extintores na obra PARADISE Lake com sua
validade em dia.

4.16 Levantamento de Módulos Incorretos

Módulos, na construção civil, é a estrutura de madeira que junto com uma tela forma
o guarda-corpo. Durante as análises de riscos, foi constata que ainda haviam módulos
irregulares, com emendas, peças rachadas e telas rasgadas ou até destruídas como mostra a
figura 10, no total havia sete módulos guarda-corpo incorretos. Para solucionar o problema
orientamos os carpinteiros, outra vez, para que não reutilizassem madeiras e nem emendassem
telas nas estruturas dos guarda-corpos e os encarregamos de retirar os módulos com defeitos e
colocar outros conforme as orientações que passamos.

Durante a AR foi constatada grande quantidade de lixo, que os colaboradores levam


para os pavimentos como garrafas pet, copos descartáveis e canudos que ao se juntarem com a
sujeira comum da construção forma um imenso entulho. Nos reunimos com os encarregados
de todas as terceirizadas, informando o problema e orientando a passar para seus funcionários,
que não levem esses materiais para os pavimentos das torres, e enfatizamos que deixem nas
lixeiras do refeitório. E convocamos alguns serventes para recolher a sujeira das torres
4.17 Orientação dos Trabalhadores Quanto aos Riscos de Altura

Com base na NR-35 (Trabalho em Altura); que estabelece os requisitos mínimos e as


medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade; orientamos alguns colaboradores que estavam executando
uma atividade acima de dois metros sem cinto e os que estavam de cinto, estavam sem a linha
de vida para segura-los caso caíssem. É importante ressaltar que em seus parágrafos 35.1.2 e
35.2.1 da mesma norma diz respectivamente: "Considera-se trabalho em altura toda atividade
executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda."; "Cabe
ao empregador garantir a implantação das medidas de proteção estabelecidas desta Norma"
Diante disto, paramos aquela atividade feita de forma insegura, para que os
colaboradores colocassem seus cintos e instalassem a linha de vida, conforme diz o parágrafo
35.2.2 (cabe aos trabalhadores cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho
em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador). Tão logo feito isso, o
trabalho pode continuar com segurança.

4.18 Acompanhamento de Limpeza nos Pavimentos das Torres

Acompanhamos logo cedo, como pode ser visto na figura 11, o trabalho de limpeza
nos pavimentos das torres, o qual encarregamos alguns serventes para executar, devido grande
quantidade de lixo incomum naquela área. Constatamos que na Torre 01 já estava com sua
limpeza completa, os serventes estavam finalizando a Torre 02 e em seguida iriam para a
Torre 03.

4.19 Identificação de Chaves Reservas dos Armários dos Colaboradores


Conforme a NR-18 em seu item 18.4.2.9.3 letra F diz: Os vestiários devem ter
armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado.
Diante disto, a Aliança Incorporadora fornece armários individuais adequados para
seus colaboradores e pedimos para que esses deixe uma cópia de sua chave conosco para o
caso de esquecerem sua chave, já haver uma reserva a disposição e assim os mesmos poderem
executar suas atividades com seus pertences e sem perca de tempo.
A forma de guardar essas chaves reservas era, até então, dentro de um pote sem
qualquer ordem, havia apenas os números dos respectivos armários em cada chave e algumas
nem havia essa identificação e isso causava grande perca de tempo na hora de procurar a
chave desejada.
Para solucionar o problema, me encarregaram de identificar essas chaves sem
numeração e estabelecer uma ordem para facilitar a procura das mesmas. Logo de imediato
solicitei que um carpinteiro fizesse um armário de madeira com pregos fixados nas paredes na
mesma quantidade de chaves reservas existentes. No final do dia o armário estava pronto
fixado em fácil acesso e as chaves identificadas e ordenadas de forma crescente.

4.20 Isolamento de Área de Risco na Torre 03

Segundo a NR-18 em seus itens, respectivamente, diz:


18.13.6. Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro)
pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de
proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do
terreno.
18.13.6.1. Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta
centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e 1 (um) complemento de
0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a
partir de sua extremidade.
18.13.6.2. A plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se
refere e retirada, somente, quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma
estiver concluído.
18.13.7. Acima e a partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas,
também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes.
Diante disto, quando o revestimento externo do prédio foi concluído, retiramos a
plataforma secundária e para segurança de todos fizemos o isolamento da área ao redor do
prédio, como pode ser visto na figura 12, para que pedaços de concreto e nem pedaços de
madeira, que foram utilizados na plataforma, não atingisse as pessoas que ali trafegavam.

4.21 Verificação do Estado de Segurança dos Poços dos Elevadores

No dia 14 de maio, meu último dia de estagio, uma das minhas atividades foi
verificar o estado de segurança dos poços dos elevadores. Constatamos que muitas telas
estavam queimadas ou rasgadas e isso oferecia risco de quedas de materiais através daqueles
buracos feitos pelos próprios colaboradores.
Diante disto, foi agendado uma reunião com os encarregados de todas as empresas
terceirizadas para tomar medidas de conscientização com seus funcionários para que não
continue ocorrendo o mesmo problema. Logo de imediato fizemos a troca das telas com
defeitos dos guarda-corpos dos poços dos elevadores, antes que ocorresse um acidente grave.
BIBLIOGRAFIA

Acesso em: 17/07/2013 as 01:36 am


Pt.wikipedia.org/wiki/Betoneira
IMAGENS

Figura 01 Figura 02

Água parada na varanda da Torre


EPIs espalhados pelos pavimentos.
01.

Figura 03 Figura 04

Executando a patrulha de
segurança em uma das torres.
Proteção do poço do elevador,
guarda-corpo.
IMAGENS

Figura 05 Figura 06

Shaft de gás sem proteção. Balancim instalado na Torre 01.

Figura 07 Figura 08

Isolamento de área de risco da Proteção nas varandas depois de


Torre 01, durante a instalação do reparadas.
balancim.
IMAGENS

Figura 09

Selo do INMETRO

Figura 10 Figura 11

Acompanhando limpeza nos


Módulo guarda-corpo destruído. pavimentos.
IMAGENS

Figura 12

Isolamento de Área na Torre 03


para retirada da plataforma
secundária.

Você também pode gostar