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Colégio Delta
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
ITUPIRANGA-PARÁ
2022
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ITUPIRANGA-PARÁ
2022
15
Comissão Examinadora:
"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem
escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com
exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, а Deus, qυе fez com que nossos objetivos fossem
alcançados, durante todos os nossos anos de estudos.
A Deus, por ter nos permitido que nós tivéssemos saúde е determinação para
não desanimar durante a realização deste trabalho.
A Deus, pela nossa vida, e por nos permitir ultrapassar todos os obstáculos
encontrados ao longo da realização deste trabalho.
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RESUMO
ABSTRACT
The ludic in Mathematics education is one of the tools used for student learning, since
competitiveness in the labor market is fiercer, a result arising from globalization and its
effects, which has led education professionals to a constant search for improves their
pedagogical practices and thus constantly seek specializations in order to be more and
more aware of new technologies, new tools and also new methods.
It is noticeable that the use of these methodologies brings significant results for the
student, such as greater interaction with colleagues, more interest in learning,
development of logical and critical reasoning, and even better dynamics in the classes.
The ludic is also indicated to provide the student with psychic development, logical
reasoning and the ability to learn, leading him to analyze, interpret, establish rules, live
and interact with his peers, as well as contribute to the socialization and training of
people. autonomous skills, in addition to developing, especially, mathematical logical
reasoning.
For all those who need mathematics as a means of survival, they do not classify it as
something easy and it is almost always not very accepted by many people, including
students who face mathematics as something often surreal.
This study, discussing this issue, presents, initially, different existing conceptions about
the Playful that will serve to reflect on the theoretical basis of teaching practices,
showing the difference established by researchers and theorists between play and
ludicity, which also alert to their differences and ways to use them. It also presents the
allusions made to the theme within the National Curriculum Parameters and in
documents that, guiding the curricular organization of schools, make reference to the
use of play as a tool in the teaching of Mathematics.
This study aims to analyze the conception of ELEMENTARY EDUCATION II educators
in schools in the city of Parauapebas - PA on the importance of playful activities for
teaching mathematics. With the purpose of providing necessary subsidies for the
addition of contributions about the study in question, the research is classified as
qualitative, bibliographical, descriptive and field. In order to reach the objective, a script
of interviews with teachers of ELEMENTARY EDUCATION II was sought among
public, state and municipal schools, and private schools in Parauapebas - PA.
It was possible to verify from this research the need for changes in the teaching
methodology, since the ludic activity is little explored due to external factors of
administration such as lack of planning, means and work instruments, as well as the
devaluation of the server, the lack of of investment and the lack of incentive and
support for the continuing education of teachers. We suggest, for further research,
leveraging the ludic universe with other disciplines, as well as carrying out a
comparative study with other grades among schools in the municipality and also an
evaluation with the application of ludic activities with teachers and students in order to
compare the results.
LISTA DE GRÁFICOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................13
2. REFERENCIAL .................................................................................................27
3. CAMINHO METODOLÓGICO...........................................................................63
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 88
INTRODUÇÃO
Vários são os estudos que foram feitos ao longo do tempo desde o século XIX
sobre a importância da brincadeira no processo ensino aprendizagem da criança
corroborando que brincar vai muito além de atividades com a função social de
promover o desenvolvimento da mesma de forma integral, além das possibilidades da
aprendizagem em seu processo escolar.
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Afinal, por que é tão importante brincar? Brincar é um ato que permite à criança
reproduzir o seu dia a dia e transformar em um mundo de imaginação e fantasia, pois
a mesma é uma importante forma de se comunicar com tudo o que estar a sua volta.
A construção da reflexão, da autonomia e da criatividade se dá pelo processo de
brincar, pois o mesmo possibilita o processo de aprendizagem da criança que
estabelece uma estreita relação entre jogos e brincadeiras. Neste contexto Piaget
(1971), afirma que: “quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem
compromisso com a realidade, pois sua interação com o objetivo não depende da
natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui”. Neste contexto Vygotsky
(1999) afirma:
O brincar já existia na vida dos seres humanos bem antes das primeiras
pesquisas sobre o assunto: desde a antiguidade e ao longo do tempo histórico,
nas diversas regiões geográficas, há e vidências de que o homem sempre
brincou. Más em decorrência da diminuição do espaço físico e temporal
destinado a essa atividade, provocada pelo aparecimento d e instituições
escolares, pelo incremento da indústria de brinquedos e pela influência da
televisão de toda a mídia eletrônica e das redes sociais, tenha começado a
existir uma preocupação com a diminuição do brincar e a surgir um movimento
pelo seu resgate na vida das crianças. (FRIEDMAN,2012, p. 19).
16
Assim sendo, pode-se afirmar que as brincadeiras podem ser tanto individuais
quanto coletivas desde que fizer bem para a criança. Ela pode ou não ter regras, isso
pode aguçar ainda mais a autonomia da criança e fazer com ela sinta-se com mais
liberdade para criar e assim sua autonomia ficar mais notória, pois é a partir da
brincadeira que a criança ao usar a sua imaginação ela passa a expandir de forma
mais abrangente a mesma.
CAPITULO I
De acordo com Andrade (2020) é a matemática que, muitas vezes, nos ajuda
a solucionar coisas simples do nosso cotidiano, como por exemplo, conferir o troco
dado em um caixa de supermercado. Logo, faz-se necessário que o professor de
matemática esteja sempre buscando novas formas de ensinar, tanto pela dificuldade
encontrada pelos alunos em aprender quanto pela necessidade de termos um bom
conhecimento matemático. Esta pesquisa indica mostrou que a ludicidade tem sido
um elo muito forte entre o professor e o aluno, facilitando assim o aprendizado do
aluno.
Neste contexto, é importante lembrar que, uma das preocupações que muito
tem extrapolado entre os professores, e em todo o universo voltado à educação, bem
como dirigentes educacionais, coordenadores, incluindo, na contemporaneidade, pais
e órgãos educacionais encarregados de gestar as ações do fazer escolar
sistematizado como o Ministério de Educação (MEC). Haja visto, que é ele quem o
responsável por elaborar os parâmetros curriculares para o país. Ainda neste
contexto, o (MEC) tem proposto inúmeras alterações nos currículos, além de
regulamentar os conteúdos nos mínimos detalhes que serão trabalhados nas escolas
de todo o Brasil.
Vale destacar também, que uma das maiores preocupações mais constantes
tem sido a formação de professores por aqueles que acreditam que há uma
necessidade urgente de se transformar o quadro educacional presente, uma vez que
de acordo com pesquisadores, do jeito que está não se consegue alcançar os
objetivos e as metas estipuladas, pois não condiz com a real necessidade do alunado
que ao buscar a escola afim de aprender e garantir conhecimentos acaba muitas
vezes desistindo de continua e dessa forma fica impossibilitado de reivindicar seus
direitos e cumprir seus deveres na sociedade. De acordo com Vilela (2008, pg. 6):
20
Nesta perspectiva, vale ressaltar que as formas de ensinar tendo o lúdico como
ferramenta sejam mais atrativas e que possam despertar no aluno o desejo pelo
conhecimento e assim o seu intelecto seja ativado, e assim os mesmos possam ter
mais prazer em estudar matemática e possam também ver a mesma, presente no seu
cotidiano e dessa forma tenham o seu interesse pelo aprendizado despertado.
Embora seja do conhecimento de todos que, a Matemática, apesar de estar presente
constantemente na vida das pessoas, tem em seu ensino e em sua aprendizagem na
escola, um desafio cujos resultados negativos tem inquietado tantos agentes da
política educacional em nível macro, como profissionais do cotidiano da escola. A
relação afetiva negativa com a matemática escolar e as dificuldades em entendê-la
tem contribuído para sua denominação como disciplina difícil, que causa temor nos
alunos e alunas, assim como desânimo em muitos professores e professoras.
(SANTOS, 2016, pg. 16).
1.2. OBJETIVOS
1.3. JUSTIFICATIVA
Neste contexto, vale ressaltar, que a ludicidade é uma ferramenta que serve
como uma alternativa para possíveis melhoras no aprendizado do aluno em sala de
aula, quando há eventuais bloqueios quanto a matemática. Contudo, o que se tem
constatado nas salas de aula é totalmente o oposto, uma vez que não se faz uso deste
recurso como técnica capaz de modelar e incentivar o aluno na busca do
conhecimento.
para a formação desse humano, cabe perguntar qual o lugar desse lúdico na prática
pedagógica. Parte-se da premissa de que a presença do lúdico na escola deveria se
dar por seu valor educativo e de que, se assim o for considerado, poderá ser um
relevante instrumento pedagógico que configurará uma dimensão mais humana da
educação escolar, por sua contextualização e articulação com o contexto sociocultural
do qual a escola faz parte.
Corroborando com a autora acima supracitada, Moura (1994) afirma que o jogo
tem por finalidade desenvolver habilidades de resolução de problemas, pois possibilita
o estabelecimento de planos para alcançar seus objetivos, agindo nessa busca e
avaliando os resultados, assegurando assim a construção de conhecimentos mais
elaborados.
Desta forma, Figueredo (2011) afirma que, a atividade lúdica em sala de aula
desenvolve a curiosidade, o estimulo de debate e o desafio de enfrentar as
dificuldades e vencê-las. Para que isto ocorra, é necessário que o educador além de
estimular e incentivar também deve acompanhar o desenvolvimento fiel das
atividades, mas sem que o intuito do desenvolvimento intelectual seja perdido, ou seja,
o professor em sala diante da realização de atividades lúdicas não deve interferir
decisivamente, mas observar o desenrolar dos jogos.
O que nos motivou a estudar sobre esse tema, como citado na introdução desta
pesquisa foram nossas inquietações pessoais em relação ao alto índice de retenção
e reprovação de alunos nas escolas do munícipio de Parauapebas, especificamente
na disciplina de matemática. Diante desta realidade e compreendendo a importância
do lúdico para a formação humana, expomos nossas inquietações em responder a
seguinte problemática: por que o lúdico, sendo essencial para o desenvolvimento
humano das crianças, pouco vem sendo contemplado nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, em especial ao Ensino Médio?
Neste contexto, a pesquisa caracteriza-se como descritiva por ter como objetivo
primordial a descrição das características de determinadas populações ou fenômenos.
Sendo caracterizada através da utilização de técnicas padronizadas de coleta de
dados, tais como o questionário e a observação sistemática (GIL, 2002). Além disso,
este estudo preocupa-se em observar fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e
interpretá-los sem a interferência do pesquisador (ANDRADE, 2002).
2. REFERENCIAL
Ensinar e aprender matemática pode e deve ser uma experiência com bom
êxito do sentido de algo que traz felicidade aos alunos. Curiosamente quase
nunca se cita a felicidade dentro dos objetivos a serem alcançados no
processo ensino-aprendizagem, é evidente que só poderemos falar de um
trabalho docente bem feito quando todos alcançarmos um grau de felicidade
satisfatório. (CORBALÁN, apud ALSINA, 1994, p. 14).
Neste contexto, vale destacar ainda o que conceito do dicionário Aurélio que
define:
31
De acordo com Piaget (1971) o lúdico não envolve apenas uma forma de
entretenimento para gastar energia das crianças, mas um meio que contribui e
enriquece o desenvolvimento intelectual.
Borges (1994) define lúdico como sendo a palavra que tem caráter de jogos,
brinquedos e divertimentos, a atividade lúdica das crianças.
Para Foster (2012) A história da infância mostra que o lúdico sempre existiu.
Desde povos mais primitivos aos mais civilizados, todos tiveram e ainda tem seus
objetos de brincar. Bolas, papagaios, jogar pedrinhas na água, pular amarelinha,
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Os jogos matemáticos podem ser incorporados à sala de aula por serem parte
de uma metodologia que está ao alcance dos professores e que não necessita de
grandes investimentos. Os professores podem lançar mão de diferenciados jogos que
se utilizam de tabuleiros, pedaços de papéis, uso do quadro, folhas xerocadas, entre
outros. Eles possibilitam desenvolver habilidades na Matemática de maneira lúdica e
prazerosa facilitando, assim, uma aprendizagem efetiva e eficiente, além de
possibilitar uma maior interação entre os alunos durante os jogos. O uso de jogos em
sala de aula representam também, uma possibilidade de reduzir as atividades
em folhas que muitas vezes são enfadonhas e repetitivas. (AGUIAR, 2015).
Neste contexto, vale desatacar o que afirma Maia (2012) A ludicidade é uma
das estratégias de ensino que consiste em aplicar a Matemática em sala de aula de
maneira construtiva com jogos e material concreto, pois funciona como um elo entre
o aluno e o conhecimento. O ideal é que esses recursos didáticos sejam aplicados em
um espaço adequado para tal função, ou seja, um laboratório de Matemática.
Para Andrade (2020) o jogo também significa uma atividade submetida a regras
que, se seguidas corretamente, estabelecem um vencedor e, consequentemente, um
perdedor, gerando desprazer a esse último. Porém, mesmo que esse venha a ser
derrotado ele pode conhecer-se, estabelecer o limite de sua competência e traçar
novas estratégias para vencer seu adversário na próxima partida.
Almeida (1987) resgata, em sua obra, Rosseau (1712-1778), que afirma ver,
na criança, uma alegria natural provocada pelo jogo, por meio do qual se
aprende por conquista ativa. Pestalozzi (1746-1827) define jogo como um
fator enriquecedor para o senso de responsabilidade e para as normas de
cooperação. Spencer (1820-1903) observa o jogo como um instrumento
capaz de elevar o desenvolvimento da vida intelectual do indivíduo. Já Dewey
(1859-1952) defende o jogo como uma atividade pessoal de cada estudante
e como um espaço fértil, quando associado à motivação. (apud MORBACH,
2012; p. 27).
36
Diante disso, destaca-se que o jogo tem vários significados, mais o que está
sendo pesquisado e estudado neste trabalho é o jogo que é brincado, que pode ser
utilizado como metodologia de ensino na sala de aula, além das possibilidades que
eles oferecem aos alunos durante as aulas. Assim sendo, destaca-se também que o
jogo é muito importante no desenvolvimento da criança, ajudando também a ter uma
vida mais saudável e mais alegre.
O professor deve organizar suas atividades para que sejam significativas para
o aluno. Deve criar condições para um trabalho em grupo ou individual,
facilitando seu desenvolvimento. Pois, é no lúdico que a criança tem a
oportunidade de vivenciar regras, normas, transformar, recriar, aprender de
acordo com suas necessidades, desenvolver seu raciocínio e sua linguagem
(PINTO e TAVARES, 2010, p. 232).
Assim sendo, Figueredo (2011) afirma que, através do lúdico a criança assimila
conhecimento para abordar suas dificuldades, transformando sua realidade,
promovendo satisfação liberando suas emoções, fantasias, buscando conhecer as
intempéries do mundo, por intermédio da leitura, do aprendizado, desenvolvendo e
produzindo concentração e conhecimento das coisas. Portanto a utilização do lúdico
nas atividades pedagógicas torna-se importante e precisa para o direcionamento do
aprender das crianças.
De acordo com Ribeiro; Paz (2012) os jogos lúdicos oferecem condições para
que o educando vivencie situações-problemas. É a partir do desenvolvimento de jogos
planejados e livres que a criança vivencia experiências com a lógica e o raciocínio,
permitindo-lhe atividades físicas e mentais que ofereçam o desenvolvimento da sua
sociabilidade, estimulando as reações afetivas, cognitivas, sociais, morais, culturais e
linguísticas. De acordo com Vygotsky:
Ainda segundo a autora acima supracitada, existem ainda nos dias de hoje
escolas e professores que não usam o lúdico como um facilitador da aprendizagem.
Sendo assim, eles/elas não se qualificam para este fim, desvalorizando o seu uso. E
sendo um dos maiores problemas para inserir o lúdico em sala de aula, o educador
tem que ter consciência como vai usar o lúdico e uma boa fundamentação teórica.
41
Portanto, a utilização do lúdico como recurso pedagógico vem sendo visto com
uma saída para o ensino e a aprendizagem. Só que este uso em sala de aula tem que
ser aplicado de forma adequada, um erro na sua aplicação significaria uma grande
perda para a educação. Cabe ao educador fazer da mais simples atividade um
momento de aprendizagem, ler uma reportagem pode se transformar em uma
divertida atividade. O lúdico não tem lugar, nem hora podendo ser utilizado a qualquer
momento. Relacionar o lúdico a coisas de criança estragaria e colocaria em risco a
sua utilização, a ludicidade pode ser desenvolvida tanto para adulto como para a
criança, nos mais diversos ambientes. (FIGUEREDO, 2011).
Conforme (Santos, 1999, p.12), para a criança, “brincar é viver”. Esta é uma
afirmativa muito usada e bem aceita, pois a história nos mostra que as crianças
sempre brincaram, brincam e continuarão brincando, porque criança gosta de brincar
e, quando isso não acontece, alguma coisa pode estar errada. Algumas brincam por
prazer, outras brincam para aliviarem angústias, algum sentimento ruim.
De acordo com (Kishimoto, 2002, p.146), “por ser uma ação iniciada e mantida
pela criança, a brincadeira possibilita a busca de meios, pela exploração ainda que
desordenada, e exerce papel fundamental na construção de saber fazer”. As
brincadeiras são formas mais originais e espontâneas que a criança tem de se
relacionar e de se apropriar do mundo. É brincando que ela se relaciona com as
pessoas e objetos ao seu redor e, brincando, ela está aprendendo o tempo todo com
as experiências que pode ter. São essas vivências, na interação com as pessoas de
seu grupo social, que possibilitam a apropriação da realidade, da vida e toda sua
plenitude.
De acordo com Grando (2000), antes de o professor propor uma atividade com
o uso dos jogos, é preciso que o mesmo esteja ciente das vantagens e desvantagens
desse recurso didático-pedagógico, as quais devem ser refletidas e assumidas pelos
educadores. Desse modo, a referida autora apresenta as seguintes vantagens e
desvantagens.
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VANTAGENS DESVANTAGENS
-Fixação de conceitos já aprendidos de - Quando os jogos são mal utilizados, existe
uma forma motivadora para o aluno; o perigo de dar ao jogo um caráter
-Introdução e desenvolvimento de puramente aleatório, tornando-se um
conceitos de difícil compreensão “apêndice” em sala de aula. Os alunos
-Desenvolvimento de estratégias de jogam e se sentem motivados apenas pelo
resolução de problemas (desafio dos jogo, sem saber por que jogam;
jogos); -O tempo gasto com as atividades de jogo
-Aprender a tomar decisões e saber avaliá- em sala de aula é maior e, se o professor não
las; estiver preparado, pode existir um sacrifício
-Significação para conceitos aparentemente de outros conteúdos pela falta de tempo;
incompreensíveis; -As falsas concepções de que se devem
-Propicia o relacionamento das diferentes ensinar todos os conceitos através de
disciplinas (interdisciplinaridade); jogos. Então as aulas, em geral,
-O jogo requer a participação ativa do transformam-se em verdadeiros cassinos,
aluno na construção do seu próprio também sem sentido algum para o aluno;
conhecimento; -A perda da “ludicidade” do jogo pela
-O jogo favorece a socialização entre os interferência constante do professor,
alunos e a conscientização do trabalho em destruindo a essência do jogo;
equipe; -A coerção do professor, exigindo que o
-A utilização dos jogos é um fator de aluno jogue, mesmo que ele não queira,
motivação para os alunos; destruindo a voluntariedade pertencente
-Dentre outras coisas, o jogo favorece o á natureza do jogo;
desenvolvimento da criatividade, de senso -A dificuldade de acesso e disponibilidade
crítico, da participação, da competição de material sobre o uso de jogos no ensino,
“sadia”, da observação, das várias formas que possam vir a subsidiar o trabalho
de uso da linguagem e do resgate do prazer docente.
em aprender;
-As atividades com jogos podem ser
utilizadas para reforçar ou recuperar
habilidades de que os alunos necessitem.Útil
no trabalho com alunos de diferentes níveis;
-As atividades com jogos permitem ao
professor identificar, diagnosticar alguns
erros de aprendizagem, as atitudes e as
dificuldades dos alunos.
Nesta perspectiva, destaca-se que, o lúdico vem sendo estudado e visto pelos
estudiosos com uma das saídas para o ensino, principalmente na matemática que é
temido por muitos, tornando um dos motivos de importância, onde se percebe o
desenvolvimento do aluno da autoestima, autonomia, as atividades lúdicas através
dos jogos dão à oportunidade de torná-los mais confiantes, desenvolvendo
46
Assim sendo, a educação tem como uma das principais funções preparar a
criança para a vida adulta, caberá ao professor o papel de orientar a transição entre o
jogo e o trabalho, mais uma vez percebe-se a importância do papel do professor como
mediador. A transição ocorrerá de forma mais significativa e prazerosa se o centro dos
interesses revestir uma aparência de jogo, cujos objetivos lúdicos e educativos deve
despertar o interesse e a conduzir a aprendizagem do aluno. (SILVA, et al, 2005)
Diante disso, Ribeiro; Paz (2012) enfatiza, que no que diz respeito aos jogos e
brincadeiras, o aluno utiliza suas diversas potencialidades e habilidades: a lógica-
matemática, a linguística, a musical, a sinestésica, a ecológica, a espiritual, a intra e
a interpessoal, a espacial. Desenvolve também valores, tais como: a
responsabilidade, a resistência a frustrações, a criatividade, a cooperação, a alegria,
o prazer da descoberta, etc. Assim sendo;
A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática atuante. Seus objetivos, além de
explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural, psicológico,
49
enfatizam a libertação das relações pessoais passivas, técnicas para as relações reflexivas,
criadoras, inteligentes, socializadoras, fazendo o ato de educar um compromisso consciente
intencional, de esforço, sem perder o caráter de prazer, de satisfação individual e modificador da
sociedade (ALMEIDA, 1998, p. 31-32).
Diante disso, vale destacar o que afirma Ribeiro; Paz (2012), pois segundo os
autores, para se trabalhar com a matemática não se deve esquecer jamais que, além
de desenvolver a capacidade de calcular, visar habilidades de comunicação como:
representar, falar, escutar, escrever e ler, a partir de perguntas que dão oportunidade
ao aluno de expor seus pontos de vista, explicar suas estratégias, entre outros fatores;
o essencial é proporcionar saberes de forma a promover no aluno a motivação e o
interesse por esse ensino. E, nada melhor do que o lúdico para oferecer esse caminho
de prazer e envolvimento. Neste contexto,
Curriculares Nacionais (PCN’s) os jogos podem ser vistos como importante recurso a
ser usado a favor da educação, pois:
De acordo com Pereira (2017), através dos jogos, os alunos estarão ampliando
o conhecimento dos números, das operações, aprimorando sua capacidade de
analisar os conteúdos, tomar decisões que começam a manifestar devido aos
estímulos. Sendo assim, o professor tem que explorar o potencial do aluno fazendo
com que ele descubra propriedades numéricas, geometria, operações, situações
problemas entre outros. Através desses procedimentos o aluno irá estimular
capacidade de pensar, ouvir, escrever, interpretar, ler ideias matemáticas, pensar
criativo e interpretar.
[...] preparar as novas gerações para o mundo em que terão que viver. Isto
quer dizer proporciona-lhes o ensino necessário para que adquiram as
destrezas e habilidades que vão necessitar para seu desempenho, com
54
1
Glessiane C. Freitas Batista Prata – Formada em pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará
– UECE, atualmente é mestranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará – UFCE,
bolsista do CNPq.
55
especialmente no ensino da matemática, que é tão temida pelos mesmos. Uma das
soluções possíveis e importantes para que essa prática se faça com êxito, consiste
em reconhecer o aluno como peça fundamental no jogo do aprender e ensinar, ou
seja, compreendendo que é na escola que se deve proporcionar o espaço para
verdadeiras aprendizagens.
Diante desse cenário fica claro aqui, que são vários os fatores interligados que
possibilitam uma educação de qualidade. Dentre as quais destaca-se a qualificação
dos professores e também a satisfação por parte dos profissionais frente as suas
atividades desenvolvidas.
Tardif (2002) apud Prata (2008) diz que: falar da formação docente é
extrapolar os limites da teoria, é considerar todas as experiências do profissional,
inclusive as que ele teve antes da graduação. Em sua vida escolar, mesmo como
aluno, essa vivência influência no seu processo de construção docente. Nesse
contexto Tardif (2002) complementa afirmando que:
57
[...] de início ausente, vai penetrando lentamente até ocupar posição central
nos ensaios de reformas da década de 1930. Mas não encontrou, até hoje,
um encaminhamento satisfatório. Ao fim e ao cabo, o que se revela
permanente no decorrer dos seis períodos analisados é a precariedade das
políticas formativas, cujas sucessivas mudanças não lograram estabelecer
um padrão minimamente consistente de preparação docente para fazer face
aos problemas enfrentados pela educação escolar em nosso país (SAVIANE,
2009, pg. 148).
sistema educativo e também fazer reflexões sobre a sua formação continuada e seu
perfil.
Barbosa (2011) em sua pesquisa destaca que, é claro que, quando usamos o
jogo na sala de aula, o barulho é inevitável, pois só através de discussões é possível
chegar-se a resultados convincentes. É preciso encarar esse barulho de uma forma
construtiva; sem ele, dificilmente, há clima ou motivação para o jogo. É importante o
hábito do trabalho em grupo, uma vez que o barulho diminui se os alunos estiverem
acostumados a se organizar em equipes. Por meio do diálogo, com trocas de
componentes das equipes e, principalmente, enfatizando a importância das opiniões
contrárias para descobertas de estratégias vencedoras, conseguimos resultados
positivos. Vale ressaltar que o sucesso não é imediato e o professor deve ter paciência
para colher os frutos desse trabalho.
Fica claro diante do que foi exposto, que o professor deve sim inserir o jogo em
suas atividades visando uma aprendizagem mais dinâmica e porque não dizer mais
divertida, uma vez que o ato de ministrar os conteúdos em especial os de matemática,
passam a ser mais que apenas conteúdos e sim um aliado do professor no processo
ensino-aprendizagem. De acordo com Sousa (2016) A aprendizagem acontece
quando o professor apenas media o jogo, onde são os alunos que devem buscar a
elaboração de estratégias para a resolução dos problemas. O professor deve sempre
fazer os questionamentos para instigar os alunos a criarem os mecanismos
necessários para a construção do conhecimento. Consoante ao pensamento da
autora acima supracitada, Cabral (2006, p.22), corrobora afirmando que:
Uma vez que o professor planeja a exploração do jogo, este deixa de ser
desinteressante para o aluno, porque visa à elaboração de processos de
análise de possibilidades e tomada de decisão: habilidades necessárias para
o trabalho com a resolução de problemas, tanto no âmbito escolar como no
contexto social no qual estamos inseridos. Para essa elaboração, o aluno é
“forçado” a criar processos pessoais para que possa jogar e resolver os
problemas que inesperadamente irão surgir, elaborando assim novos
pensamentos e conhecimentos, deixando de seguir sempre a mesma
“receita”.
Sousa (2016) ainda afirma que o aluno deve analisar o jogo, pois assim estará
refletindo sobre as estratégias e as jogadas realizadas. Serão então capazes de
62
Pode-se dizer, com base nas características que definem os jogos de regra,
o aspecto afetivo manifesta-se na liberdade da sua prática, prática essa
inserida num sistema que a define por meio de regras, o que é, no entanto,
aceito espontaneamente. Impõem-se um desafio, uma tarefa, uma dúvida,
entretanto é o próprio sujeito quem impõe a si mesmo resolvê-los. Assim,
jogar é estar interessado, não pode ser uma imposição, é um desejo. O sujeito
quer participar do desafio, da tarefa. Perder ou ganhar no jogo é mais
importante para ele mesmo do que como membro de um grupo. Isto porque
é o próprio jogador que se lança desafios, desejando provar seu poder e sua
força mais para si mesmo que para os outros.
socialização das descobertas dos grupos, mas nunca para dar a resposta
certa. O professor lança questões desafiadoras e ajuda os alunos a se
apoiarem, uns nos outros, para atravessar as dificuldades, leva os alunos a
pensar, espera que eles pensem, dá tempo para isso, acompanha suas
explorações e resolve, quando necessário, problemas secundários. (SILVA &
KODAMA, 2004, p.5).
Contudo, o professor não pode cruzar os braços, é preciso que haja uma
mudança de postura pois o currículo é mais que uma simples lista de conteúdo a
serem seguidos e é preciso buscar formas, ferramentas e recursos para inovar e fugir
da rotina (MAIA, 2012). Entendendo a importância de trabalhar conteúdos que
preparem o aluno para o século XXI, pois “o grande desafio para a educação é pôr
em prática hoje o que vai servir para o amanhã” (D’Ambrosio, 1994b apud GRANDO,
1995, p. 11).
3. CAMINHO METODOLÓGICO
Outro ponto em questão e que teve uma relevância considerável, foi a falta de
familiarização dos entrevistados com o tem em foco, muitas vezes quase sempre
tínhamos que explicar aos professores o que significava o tema “lúdico” e do que se
tratava o mesmo, para que de fato o diálogo com os mesmos pudesse fluir de forma
mais fácil e de alguma forma também mais prazerosa.
Vale ressaltar que esta pesquisa foi de suma importância não só pelos dados
coletados, nos proporcionando informações pertinentes sobre as reais situações das
escolas do município de Parauapebas em relação as práticas diárias dos professores
durante suas aulas, mais também, a possibilidade de servir como base para outros
65
Fica bem claro a partir dos dados coletados a força da presença da feminina
em um cenário que por muito tempo foi dominado pelo homem, dado este que mostra
cada vez mais a inclusão de mulheres no ramo das ciências exatas. De acordo com
Oliveira (2019). Perpassando pelas as áreas de conhecimento, foi notável que essa
situação foi ascendente, na qual apenas o gênero masculino era tido como detentor
dos conhecimentos voltados a área das exatas. Assim, as mulheres não eram
inseridas com facilidade no mercado de trabalho, principalmente em profissões que
envolvessem cálculos, pois exatas sempre esteve associada à masculinidade.
10%
10%
Licenciatura
Fonte: O autor
A partir dos dados coletados observamos que 10% dos entrevistados são
graduados em pedagogia, 20% possuem especialização, 60% em licenciatura em
matemática e ainda 20% possuem outros tipos de curso ou ainda estão cursando uma
primeira graduação diferente de licenciatura em matemática. Ficou nítido a partir das
respostas dada pelos professores, que são bem poucos os professores que atuam em
salas de aula que tem especialização em matemática, muitos responderam que são
muitas as dificuldades que levam os mesmos a não fazerem uma especialização e
dentre essas dificuldades o tempo é o que mais contribui para esse fator, e assim a
maioria dos que atuam na profissão são compostos por licenciados em matemática.
implica dizer que estas pessoas não são capacitadas para o exercício. De acordo com
Nóvoa (1991 p. 30), que afirma:
Diante deste cenário Candau (1996, p. 143) ressalta, que o lócus da formação
a ser privilegiado é a própria escola; isto é, é preciso deslocar o lócus da formação
continuada de professores da universidade para a própria escola de primeiro e
segundo graus. Todo processo de formação continuada tem que ter como referência
fundamental o saber docente, o reconhecimento e a valorização do saber docente.
Vale ressaltar aqui, que diante os resultados obtidos a partir das entrevistas a
pesquisa referem-se ao não conhecimento dos princípios que regem o ensino da
matemática, bem como os conceitos que envolve a matemática como um todo, ou
seja, as particularidades, as inovações, o conhecimento cientifico relativo a essa
ciência.
15%
5%
Até 1 ano
10%
50%
De 1 a 5 anos
De 5 a 10 anos
De 10 a 25 anos
20% Em curso
Fonte: O autor
Diante do cenário visto a partir das análises feitas nos dados obtidos, foi
possível perceber que a formação de cada um dos entrevistados está presente de
forma acentuada, o que possibilita os mesmos estarem sempre em busca de
especializações para um melhor desempenho das funções de educadores, mesmo
diante de todas as dificuldades já citada por eles. Foi possível percebermos a partir
dos dados coletados que grande parte dos educadores já possuem uma estabilidade
quando o assunto é a docência e a outra parte também bastante significativa são de
estudantes já cursando o ensino superior e também que já atuam em suas áreas
escolhidas por eles.
5%
20%
50%
Até 1 ano
De 1 a 5 anos
De 5 a 10 anos
25% De 10 a 25 anos
Fonte: O autor
Diante dos dados analisados ficou claro a grande necessidade dos professores
adotarem novas práticas associadas as suas já existentes, para que as mesmas
possam oferecer aos educandos suportes às necessidades dos discentes, bem como
possibilitem aos mesmos adquirirem mais conhecimentos e isto seja acrescentado a
sua aprendizagem bem como a dos próprios professores para melhorar o
desenvolvimento do ensino da matemática, que possam contribuir para o
desenvolvimento educacional e intelectual dos discentes da localidade através do
aprendizado efetivo.
73
30%
SIM
NÃO
70%
Fonte: O autor
Sabe-se que a educação nos dias atuais tem passado por muitas
transformações o que tem levado o profissional da área estar sempre buscando se
reinventar e adquirir novos conhecimento e novas práticas pedagógicas, na medida
em que essas mudanças acontecem os professores precisam sempre estar
atualizados, tornando assim o professor um eterno estudante, para cumprir com a
responsabilidade de preparar pessoas conscientes do que é exercer uma profissão
pautada no exercício pleno da cidadania, afinal, conhecimento nunca é demais.
Vale ressaltar o que foi possível percebermos a partir dos dados coletados que
quase todos os professores têm conhecimento acerca do lúdico, mesmo os mesmos
não utilizando o mesmo como recurso didático e não eram conhecedores dos
inúmeros benefícios que o mesmo traz para ao aluno, além dos conhecimentos que
os alunos podem adquirir através de jogos e brincadeiras, principalmente aqueles que
possuem dificuldade de aprendizagem.
De acordo com Lira (2019). Sabe-se que o lúdico sempre esteve presente na
vida da criança, sendo de suma importância para o seu aprendizado. Os jogos lúdicos
e as brincadeiras estão presentes em sua vida desde antigamente, e brincando que a
criança vai construindo o seu alicerce, desde a sua escrita até compreender o mundo.
25%
40% SIM
NÃO
RARAMENTE
35%
Fonte: O autor
Na visão de Lira (2019). É brincando que a criança a cada passar dos dias em
sala de aula que elas aprendem, o ensino lúdico está ligado a educação infantil e se
torna uma porta aberta para a aprendizagem das crianças, onde os mesmos
aprendem de forma prazerosa sem qualquer esforço do professor, o brincar se torna
muito importante para cada etapa do seu aprendizado infantil.
mesmas aprendem rapidamente com algo que dar prazer assim eles acabam
descobrindo o mundo em sua volta. Claro que não podemos esquecer que
em algumas determinadas instituições nem sempre a ludicidade e vista com
bons olhos, principalmente em escolas particulares onde os pais cobram o
aprendizado a escrita das crianças pequenas, de certa forma fazer com que
aquelas crianças se tornem seres bem-sucedidos, assim os professores
acabam deixando de lado a ludicidade, dessa forma, deixando a brincadeira
somente para a hora da recreação. De certa forma isso vem empobrecendo
o significado da brincadeira em seus aprendizados. (LIRA, 2019, p. 18).
Ainda sobre os dados coletados após análise feita, percebemos que em relação
aos professores que responderam que utilizam raramente ou não utilizam o lúdico
como um recurso didático durante as suas aulas, é porque segundo eles estas
atividades têm pouca representatividade na mudança do ensino e da aprendizagem
de seus alunos e defendem a tese segundo a qual a realidade das escolas é oposta
à teoria. Outra razão para não fazerem uso do lúdico é que segundo eles não tem
ferramentas e nem planejamentos que os capacite a usar em suas práticas
pedagógicas.
25%
75%
SIM
NÃO
Fonte: O autor
A partir dos dados coletados percebemos que grande parte dos professores
nos mostram em algumas situações formas coerentes no ato de se aplicar o lúdico
como recurso didático durante suas aulas, bem como alguns professores mostram a
partir de suas colocações formas equivocadas de aplicar o lúdico.
De acordo Horn (2007, p.14), o brincar não encontra espaço na escola. Muitos
professores dirigem os momentos lúdicos a fim de alcançarem determinados
objetivos. Desse modo, não permitem às crianças explorarem e criarem sua própria
maneira de brincar. Assim, elas acabam brincando, não pelo prazer e alegria que o
ato lúdico lhes dá, mas para alcançar e cumprir os objetivos e as regras estabelecidas
pelo professor.
Diante disso, Figueredo (2011), salienta que a atividade lúdica se resume como
sendo o uso de jogos com fins didáticos no exercício da sala de aula. Em se tratando
da disciplina de matemática, a atividade lúdica deve voltar-se para atividades que
desenvolvam o raciocínio lógico dos discentes.
Tangram,
Tabuada,
Jogo de função,
Gincanas,
Jogos com dados,
Jogos de xadrez,
Ábaco,
Seminários através da geometria do cotidiano,
Vídeo,
80
Musicas,
Baralho,
Bingos,
Corrida Pitagórica,
Construção de blocos lógicos,
Jogos com expressões numéricas.
25%
SIM
55% NÃO
DIFICILMENTE
25%
Fonte: O autor
81
Assim sendo, o uso de atividades lúdicas consiste numa prática docente que
mostra a relação entre teoria e a pratica, o que a torna muito produtiva, já que fornece
aos alunos modo de observação, raciocínio e habilidades. Através dessa estratégia
de ensino é possível ao aluno formar seu próprio critério, onde este fará uso de seus
conhecimentos teórico e intuição para chegar a uma compreensão das experiências,
ou seja, reformar a aprendizagem (SANTANA, 2006).
Portanto, em relação ao jogo, a criança passa por diversas etapas, sendo que
cada uma delas possui esquemas específicos para assimilação do meio. O jogo
representa sempre uma situação-problema a ser resolvida pela criança, e a solução
deve ser construída pela mesma, sendo, portanto, uma boa proposta o jogo na sala
de aula, pois propicia a relação entre parceiros e grupos, e nestas relações, podemos
observar a diversidade de comportamento das crianças para construir estratégias para
a vitória, e as relações diante das derrotas. (SILVA, 2015).
10%
15%
SIM
55% NÃO
RARAMENTE
20% NENHUMA RESPOSTA
Fonte: O autor
20%
20%
De 0 a 20
De 20 a 40
25%
De 40 a 60
De 60 a 100
15% Não trabalha
20%
Fonte: O autor
84
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
dificultar suas práticas e também pela falta desse apoio que para o professor é
fundamental
Vale destacar também que de acordo com a nossa pesquisa, constatamos que
em relação a percepção da relevância do lúdico para o ensino da matemática, para
muitos professores, o termo lúdico é apenas mais um método e que para eles não
acrescenta em nada suas práticas e muito menos tem significados relevantes do
processo ensino-aprendizagem dos alunos. Ficou evidente que ainda precisam ser
quebrados muito paradigmas em relação ao lúdico como recurso didático, uma vez
que a forma como alguns professores aplicam ou utilizam o lúdico não apresenta
resultados positivos pela forma equivocada no ato da utilização do mesmo.
A partir das análises feitas ficou claro a importância dos conselhos escolares
de incluir no calendário com base no uso da atividade lúdica como instrumento de
auxílio a aprendizagem e que os professores são componentes fundamentais em todo
esse processo desde o planejamento até a execução das atividades objetivando
preparar melhor os docentes para etapas futuras que exigem uma boa educação de
base para o sucesso na carreira profissional. Vale destacar também, que a relevância
do lúdico como recurso didático para o ensino da matemática tem sido visto como
essencial para muitos estudiosos da área, uma vez que essa prática reduz o alto
índice de alunos que tem seu desempenho muito baixo diante de trabalhos escolares
e de provas, tanto escolares como de exames nacionais como o Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM).
Nesta perspectiva, esta pesquisa recomenda a todos os profissionais
envolvidos e atuantes na área da educação que possam adotar medidas mais
dinâmicas que possam minimizar as dificuldades dos alunos e também esse
pensamento quanto a matemática como uma disciplina responsável pelo baixo
rendimento no aprendizado dos alunos. Recomendamos também aos professores que
criem novas propostas que possam estimular os alunos e que despertem nos mesmo
o desejo de continuar buscando realizar seus sonhos e objetivos através dos estudos
e que não vejam na matemática um fator contribuinte para o seu baixo rendimento
escolar.
Por outro lado, esta pesquisa mostrou que nossos objetivos foram atingidos,
uma vez que a maioria dos professores participantes desta pesquisa entendem e
incentivam o ensino-aprendizagem de matemática por meio do lúdico e que acreditam
que o mesmo quando utilizado como uma ferramenta as suas práticas didáticas,
87
REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BANDEIRA, Priscilla Oliveira. SOUZA, Priscilla Kézia Tavares de. O LÚDICO E SUAS
CONTRIBUIÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Trabalho de Conclusão de Curso
(Curso de Graduação em Pedagogia Plena) da Universidade Federal da Paraíba.
João Pessoa. PB. 2015.
LIRA, Geneluza Dias de. Fracasso escolar: visão de professores das séries iniciais do
ensino fundamental da cidade de Cajazeiras PB. Dissertação de Mestrado.
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Departamento de Ciências
da Educação, Área de Ciências da Educação, Lisboa, 2008
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 1.ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2003.
RIBEIRO, Fábia Martins; PAZ, Maria Goretti. O lúdico e o ensino da matemática nas
séries finais do ensino fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Pós-
graduação em Motodologia de Ensino de Matemática) da UNIASSELVI. Revista
Modelos – FACOS/CNEC Osório Ano 2 –Vol.2 – Nº2 – AGO/2012 – ISSN2237-7077.
Acesso em: 19/11/2022.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedo e infância: um guia para pais e
educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
95
<http://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/22005/JoseAugustoFlorentinodaSilva.pdf>.
Acesso em: 18/11/2022.
SOUZA, Roberto de, Joami. PATARO, P.R.M. Vontade de Saber Matemática. 1ª Ed.
São Paulo: FTD, 2009.
SOUZA, Antonio Carlos de; FIALHO, Francisco Antonio Pereira; OTANI, Nilo. TCC
Métodos e Técnicas. Florianópolis: Editora Visual Books, 2007.
VIGOTSKY L. S. A formação Social da mente. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
ANEXOS E APÊNDICE
99
ANEXO 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
100
Esta pesquisa é sobre como está se dando a adaptação curricular para a inclusão
do aluno com deficiência, a partir das contribuições da psicopedagogia. Esta está sendo
desenvolvida por Jonas Adriano Serrão Garcia e Waldiomar Sizo Melo do Colégio Delta A
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), sob a orientação do
Prof. Dr. Rudrisley Alves.
Atenciosamente,
Colégio Delta
Esta pesquisa é sobre como está se dando a adaptação curricular para a inclusão
do aluno com deficiência, a partir das contribuições da psicopedagogia e está sendo
desenvolvida sob a orientação do Prof. Dr. Rudrisley Alves.
Diante do exposto, declaro que fui devidamente esclarecido (a) e dou o meu
consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados. Estou
ciente que receberei uma cópia desse documento.
A – ROTEIRO DE ENTREVISTA
Roteiro de entrevista
1. Sexo:
Masculino ( ) Feminino ( )
( ) Sim ( ) Não
2.4 Caso conheça, o que você acha sobre o seu uso em aulas de matemática?
103
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) Sim ( ) Não
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