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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO


HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO NO BRASIL II

Responsável: Profa. Patricia Orfila. patriciaorfila@uft.edu.br


Estudante: Adryele Rocha de Sousa

AVALIAÇÃO 2
1. De acordo com o texto Senzala moderna: a permanência dos “quartos de empregada”
em Brasília, explique com suas palavras qual a relação da arquitetura com o racismo
estrutural e como as(os) arquitetas(os) podem romper com essa mentalidade colonialista nos
seus projetos. A arquitetura pode contribuir com a adoção de práticas antirracistas?

O racismo estrutural ainda é algo muito presente na sociedade, mesmo que muitas das vezes
ocorra sem “intenção”. Na arquitetura isso não é muito diferente, muitas vezes projetamos
algo sem intenções maliciosas, mas não percebemos como isso afeta a sociedade.

A forma como cidades, bairros e edificações são sempre pensados e projetados para aqueles
com maior poder aquisitivo e que são supostamente mais bem vistos pela sociedade. E isso é
uma coisa que ainda está enraizado na maioria das pessoas, pensar sempre naquilo que é
considerado mais “luxuoso” e se deixa de lado o que é considerado mais “simples”.

No texto além de falar sobre o problema de como os quartos de empregadas são pensados e
projetados também é falado é a visão da sociedade sobre as favelas e os bairros mais nobres
do país, como a favela é vista como um local de “despejo da sociedade”, um local onde
ninguém da elite desejar estar, um local prioritariamente de pessoas negras, e o bairros mais
nobres são vistos como tipo de “paraíso” onde apenas pessoas brancas da elite são bem
aceitas e vistas.

Também sobre a forma como as empregadas domésticas são tratadas, na maioria das vezes
com desdém e insignificância, sendo essa mesma forma como muitas das vezes as pessoas
negras são tratadas diariamente, em atos de racismo e opressão.

E nós arquitetos(as) no nosso papel de “construtores” temos grande participação e


importância no processo de combate ao racismo estrutural, com projetos que podem trazer
um novo ponto de vista para a sociedade, normas que podem ajudar no processo de inclusão
das pessoas que são segregadas por causa de coisas irrelevantes como a cor da sua pele, sua
condição financeira ou até mesmo por conta de sua orientação sexual.

Por fim, sim a arquitetura pode contribuir com adoção de práticas antirracistas, começando
com não fingir que não existe racismo no próprio meio arquitetônico, tendo em vista que o
curso em si já é um curso bem elitista. Também buscar reconhecer e apoiar mais o trabalho de
pessoas negras, que atualmente ainda não são devidamente valorizadas.

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