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Filipinas 

(em filipino: Pilipinas, pronunciado: [ˌpɪlɪˈpinɐs];
em inglês: Philippines, pronunciado: [ˈfɪlɨpiːnz]), oficialmente República das Filipinas (em
filipino: Repúbliká ng̃ Pilipinas; em inglês: Republic of the Philippines), são um país
localizado em um arquipélago na Insulíndia, no Sudeste Asiático. O arquipélago é
delimitado pelo Mar das Filipinas a leste, Mar de Celebes e Mar de Sulu a sul e Mar da
China Meridional a oeste. O Estreito de Luzon, a norte, separa as Filipinas de Taiwan,
o Estreito de Balabac, a sudoeste, é uma das fronteiras marítimas com a Malásia, e há
também fronteira marítima com a Indonésia, a sul, através do Mar de Celebes, e com
o Vietnã, através do Mar da China Meridional. Também Palau se situa nas imediações,
para sudeste. A sua capital é Manila, enquanto sua cidade mais populosa é Cidade
Quezon, ambas fazendo parte da Região Metropolitana de Manila. O país é composto por
7 641[6] ilhas, que são categorizadas amplamente em três principais divisões
geográficas: Luzon, Visayas e Mindanau. Com aproximadamente 300 000 quilômetros
quadrados, as Filipinas são o 72º maior país do mundo.
Com uma população de mais de 100 milhões de habitantes, as Filipinas são o sétimo país
mais populoso da Ásia e o 13º mais populoso do mundo. Um adicional de 12 milhões de
filipinos vivem no exterior, o que representa uma das maiores diásporas do mundo. Várias
etnias e culturas se encontram em todo o arquipélago. Em tempos pré-históricos,
os negritos foram alguns dos primeiros habitantes do arquipélago. Eles foram seguidos por
ondas sucessivas de povos austronésios. Vários reinos e nações foram estabelecidos no
território, governados por datus, rajás, sultões ou lakans. O comércio com a China, com
povos malaios, indianos e islâmicos também passou a ocorrer.
A chegada de Fernão de Magalhães, em 1521, marcou o início da colonização europeia.
Em 1543, o explorador espanhol Ruy López de Villalobos deu ao arquipélago o nome
de Las Islas Filipinas, em honra de Filipe II de Espanha. Com a chegada de Miguel López
de Legazpi, em 1565, o primeiro assentamento espanhol no arquipélago foi estabelecido, e
as Filipinas se tornaram parte do Império Espanhol por mais de 300 anos. Isso resultou na
propagação do catolicismo romano, que se tornou a religião predominante no país.
Durante este tempo, Manila se tornou o centro asiático do Galeão de Manila, que partia
desta com destino a Acapulco, no México, consolidando a frota da prata. No fim do século
XIX, ocorreu a Revolução Filipina, resultando na Primeira República do país. Contudo,
a Espanha não reconheceu a independência filipina e cedeu o território aos Estados
Unidos. A Guerra Filipino-Americana que eclodiu pouco depois terminou com os Estados
Unidos estabelecendo o controle sobre o território, que mantiveram até a invasão japonesa
das ilhas durante a Segunda Guerra Mundial. Após a libertação, as Filipinas tiveram a
independência reconhecida em 4 de julho de 1946, pelos Estados Unidos. Desde então, as
Filipinas tiveram um breve período democrático, seguida por uma ditadura que anos mais
tarde foi derrubada pela Revolução do Poder Popular.
O grande tamanho da população das Filipinas e o potencial econômico a levaram a ser
classificada como uma das potências regionais do Sudeste Asiático. As Filipinas são
consideradas um mercado emergente e um país recentemente industrializado, que tem
uma economia em transição de ser baseada na agricultura para ser mais baseada
em serviços e manufatura. Entretanto, o país ainda enfrenta notáveis problemas sociais,
além de baixo PIB per capita e alta dívida pública. É um membro fundador da Organização
das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial do Comércio (OMC), Associação de
Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e Cúpula do Leste Asiático (CLA). A posição das
Filipinas como um país insular no Anel de Fogo do Pacífico e próximo à linha do
equador torna o país sujeito a terremotos e tufões. O país possui uma variedade de
recursos naturais e um nível de biodiversidade globalmente significativo. A geografia da
ilha de baixa altitude torna o país vulnerável às mudanças climáticas, aumentando o risco
de tufões e aumento do nível do mar.

Etimologia
O explorador espanhol Ruy López de Villalobos, durante sua expedição em 1542, chamou
as ilhas de Leyte e Samar de "Felipinas" em homenagem a Filipe II da Espanha,
então Príncipe das Astúrias. No fim, o nome "Las Islas Filipinas" seria usado para cobrir as
possessões espanholas do arquipélago. Antes do estabelecimento do domínio espanhol,
outros nomes como Islas del Poniente (Ilhas do Oeste) e o nome de Magalhães para as
ilhas, San Lázaro, também foram usados pelos espanhóis para se referir às ilhas da
região.[7][8][9][10]
Durante a Revolução Filipina, o Governo Revolucionário proclamou o estabelecimento da
República Filipina ou República Filipina. Do período da Guerra Hispano-Americana (1898)
e da Guerra Filipino-Americana (1899-1902) até o período da Comunidade (1935-1946), as
autoridades coloniais americanas referiram-se ao país como Ilhas Filipinas, uma tradução
do nome espanhol.[11] Os Estados Unidos iniciaram o processo de alteração da referência
ao país de Ilhas Filipinas para Filipinas, especificamente quando foi mencionado no Ato de
Autonomia das Filipinas ou na Lei de Jones.[12] O título oficial completo, República das
Filipinas, foi incluído na constituição de 1935 como o nome do futuro estado independente,
[13]
 e também é mencionado em todas as revisões constitucionais posteriores.[14][15]

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