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Em 1848 estalou uma 

revolução na Hungria contra os Habsburgos que se transformou


numa guerra pela independência total. Depois duma série de derrotas em 1849, o Império
Austríaco ficou à beira do colapso, o que levou o jovem imperador Francisco José I a pedir
auxílio ao czar russo Nicolau I, em nome da Santa Aliança. O czar enviou uma força de
280 000, o que possibilitou que finalmente os rebeldes fossem derrotados. A seguir à
rendição do exército húngaro em Világos (atual Șiria, na Crișana romena), a Hungria ficou
sob lei marcial. Julius Jacob von Haynau, comandante do exército austríaco na Hungria, foi
nomeado plenipotenciário para restaurar a ordem na Hungria após o conflito. Ele ordenou
a execução de 13 generais rebeldes em Arad, a 6 de outubro de 1849, o mesmo dia em
que o primeiro-ministro húngaro Lajos Batthyány foi fuzilado em Peste.

Mercado na Transilvânia; pintura de 1918 de Joseph Lanzedelly

Tropas romenas em Cluj em 1918

Após o Ausgleich (Compromisso austro-húngaro de 1867), o Principado da Transilvânia foi


abolido e o seu território passou para a Transleitânia, do então criado Império Austro-
Húngaro.[22][24] Em protesto, o intelectuais proclamaram o Pronunciamento de Blaj.[41]
O Império Austro-Húngaro desintegrou-se na sequência da derrota na Primeira Guerra
Mundial e a maioria étnica romena da Transilvânia elegeu representantes que
proclamaram a união com a Roménia em Alba Iulia a 1 de dezembro de 1918. Essa
proclamação foi adotada pelos deputados romenos da Transilvânia e um mês depois pelos
deputados saxões. O Dia Nacional da Roménia, chamado Dia da Grande União ou Dia da
Unificação, celebra-se esse evento. [42] O feriado foi criado após a Revolução Romena de
1989 e marca não só a unificação da Transilvânia, mas também
o Banato, Bessarábia e Bucovina com o Reino da Romênia. Estas últimas regiões
juntaram-se ao reino romeno alguns meses antes da Transilvânia.
Em 1920, o Tratado de Trianon estabeleceu novas fronteiras e muitos dos territórios que
proclamaram a sua união com a Roménia passaram a ser reconhecidos como parte da
Roménia. A Hungria protestou contra as novas fronteiras, pois mais de 1 600 000
húngaros, que representavam 31,6% da população da Transilvânia, viviam no lado romeno
da fronteira, sobretudo no País Székely na Transilvânia oriental e ao longo da nova
fronteira. Após partição do Reino da Hungria feita em Trianon, a nova Hungria ficou
apenas com um terço dos territórios do reino e milhões de magiares ficaram fora das
fronteiras húngaras.[43] Em agosto de 1940, a Hungria obteve cerca de 40% da
Transilvânia, incluindo partes de Maramureș e Crișana, na Segunda Arbitragem de Viena,
mediada pela Alemanha e pela Itália.
A Segunda Arbitragem de Viena foi anulada em 12 de setembro de 1944 pela Comissão
Aliada[44] e em 1947 o Tratado de Paris reafirmou as fronteiras entre a Roménia e a Hungria
estabelecidas no Tratado de Trianon, devolvendo a Transilvânia do Norte à Roménia.[22]

Brasão histórico da Transilvânia

Brasão criado por Levinus Hulsius em 1596

As primeiras representações heráldicas de Transilvânia datam do século XVI. Um dos


símbolos iniciais predominantes da Transilvânia era o brasão da cidade de Sibiu. Em
1596, Levinus Hulsius criou um brasão para a província imperial, que consistia
num escudo partido, com uma águia em ascensão no campo superior e sete colinas com
torres no cimo do campo inferior. Esse brasão foi publicado por ele na sua
obra Chronologia, impressa em Nuremberga no mesmo ano. O selo de 1597
de Sigismundo Báthory, príncipe da Transilvânia, reproduzia o novo brasão com algumas
ligeiras mudanças: no campo superior a águia foi ladeada por um sol e uma lua e no
campo inferior as colinas foram substituídas por torres simples. [45]
O selo de 1600 de Miguel, o Valente representa o território do antigo Reino
da Dácia — Valáquia, Moldávia e Transilvânia. A Valáquia é representada por uma água
negra, a Moldávia por uma cabeça de auroque e a Transilvânia por sete colinas. Por cima
das colinas, dois leões ferozes enfrentam-se, suportando o tronco duma árvore,
simbolizando o reino dácio reunificado. [46]
Em 1659, a Dieta Transilvana codificou a representação das nações privilegiadas no
brasão do principado. Este tinha um turul negro sobre fundo azul simbolizando a nobreza
húngara; um sol e o crescente lunar simbolizando os sículos (székelys); e sete torres
vermelhas sobre um fundo amarelo simbolizando os saxões transilvanos. A faixa divisória
vermelha não fazia parte do brasão original.[47]

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