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Independência
Revolução
Ver artigos principais: Revolução de Jasmim e Primavera Árabe
A Revolução de Jasmim foi uma intensa campanha de resistência civil que foi precipitada
pela elevada taxa de desemprego, a inflação dos alimentos, a corrupção política,[45] a falta
de liberdade de expressão e outras liberdades políticas[46] e as más condições de vida.
Os sindicatos foram uma parte integrante dos protestos. Os protestos inspiraram
a Primavera Árabe, uma onda de levantes civis semelhantes em todo o mundo árabe.[47]
O catalisador para as manifestações em massa foi a morte de Mohamed Bouazizi, um
vendedor ambulante de 26 anos de idade que colocou fogo no próprio corpo em 17 de
dezembro de 2010, em protesto contra o confisco de suas mercadorias e a humilhação
infligida a ele por um funcionário municipal. A raiva e a violência se intensificaram após a
morte de Bouazizi, em 4 de janeiro de 2011, levando o presidente Zine El Abidine Ben Ali a
renunciar em 14 de janeiro de 2011, após 23 anos no poder. Os protestos continuaram até
a proibição do partido no poder e a expulsão de todos os membros do governo de
transição formado por Mohamed Ghannouchi. Eventualmente, o novo governo cedeu às
demandas. Um tribunal de Túnis proibiu a atuação do antigo partido governante e
confiscou todos os seus recursos. Um decreto do Ministro do Interior proibiu também a
"polícia política", que eram forças especiais que eram usadas para intimidar e perseguir
ativistas políticos durante o regime de Ben Ali.[48]
Em 3 de março de 2011, o presidente anunciou que as eleições para uma Assembleia
Constituinte seria realizada em 23 de outubro de 2011. Observadores internos e
internacionais declararam o processo eleitoral livre e justo. O Movimento Ennahda,
anteriormente proibido pelo regime de Ben Ali, conquistou 90 assentos do parlamento, de
um total de 217.[49] Em 12 de dezembro de 2011, o ex-ativista dos direitos humanos e
dissidente veterano Moncef Marzouki foi eleito presidente do país.[50] Em março de 2012, o
Ennahda declarou que não iria apoiar que a xaria passasse a ser a principal fonte
da legislação nacional na nova constituição, mantendo a natureza secular do Estado
tunisiano. A postura de Ennahda sobre a questão foi criticada por islamitas radicais, que
queriam que a xaria fosse completamente aplicada.[51]