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Período pós-colonial (1946-presente)

Os esforços para acabar com a rebelião Hukbalahap começaram durante o mandato


de Elpidio Quirino (1948-1953),[36] no entanto, foi apenas durante a presidência de Ramon
Magsaysay (1953-1957) que o movimento foi suprimido. [37] O sucessor de
Magsaysay, Carlos P. Garcia (1957-1961), iniciou a Primeira Política Filipina, [38] que foi
continuada por Diosdado Macapagal (1961-1965), com a celebração do Dia da
Independência mudada de 4 de julho para 12 de junho, [39] data da declaração de Emilio
Aguinaldo, e uma reivindicação territorial na parte oriental de Bornéu do Norte.[40]
Em 1965, Macapagal perdeu a eleição presidencial para Ferdinand Marcos, reeleito em
1969. No início de sua presidência, Marcos iniciou vários projetos de infraestrutura, [41] mas,
junto com sua esposa Imelda, foi acusado de corrupção, com o desvio de bilhões de
dólares em dinheiro público, e de envolvimento das Filipinas na Guerra do Vietnã.[42]
[43]
 Perto do fim de seu mandato, Marcos suspendeu a constituição e declarou lei
marcial em 21 de setembro de 1972.[44][45] Esse período de seu governo efetivamente se
tornou uma ditadura, caracterizada por repressão política, censura e violações dos direitos
humanos.[46]
Em 21 de agosto de 1983, o líder da oposição ao regime de Ferdinando Marcos, Benigno
Aquino Jr., foi assassinado na pista do Aeroporto Internacional de Manila. Em meio à
pressão internacional, Marcos convocou uma eleição presidencial antecipada em 1986 e
foi proclamado vencedor, em um pleito amplamente considerado fraudado.[47] Os protestos
resultantes levaram à Revolução do Poder Popular, que forçou Marcos, sua família e
muitos de seus apoiadores a fugirem para o Havaí, resultando na posse da viúva de
Aquino, Corazon Aquino, como presidente.[47][48]
O retorno da democracia e das reformas governamentais iniciadas em 1986 foram
prejudicadas pela dívida nacional, corrupção política, tentativas de golpe, [49][50] uma
persistente rebelião comunista encabeçada pela guerrilha Novo Exército Popular[51] e um
conflito com separatistas islâmicos Moro.[52] O governo também enfrentou uma série de
desastres, incluindo o naufrágio do MV Doña Paz em dezembro de 1987 e a erupção
do Monte Pinatubo em junho de 1991.[53] Aquino foi sucedida pelo general aposentado Fidel
V. Ramos (1992-1998), cujo desempenho econômico, com taxa de crescimento de 3,6%, [54]
[55]
 foi ofuscado pelo início da crise financeira asiática de 1997.[56]
O sucessor de Ramos, Joseph Estrada (1998-2001), foi derrubado pela Segunda
Revolução do Poder Popular em 2001[57] e sucedido por sua vice-presidente, Gloria
Macapagal Arroyo, em 20 de janeiro de 2001, reeleita em 2004. O governo Arroyo (2001-
2010) foi marcado pelo crescimento econômico, mas foi manchado pela corrupção,
escândalos políticos e uma onda de assassinatos em 2006, na qual o governo nega
participação, de militantes de esquerda, jornalistas e sindicalistas. [42][58][59]
O governo de Noynoy Aquino (2010-2016), filho de Benigno e Corazon Aquino, foi
marcado pela continuidade do crescimento econômico, a pressão por boa governança e
transparência por parte do presidente e as tensões com a China, por causa das disputas
territoriais no mar da China Meridional.[60] Em novembro de 2013, o tufão Haiyan devastou
a parte central do arquipélago, afetou mais de 11 milhões de filipinos e matou mais de
cinco mil pessoas;[61] a imprensa criticou duramente a lenta resposta do governo de Noynoy
Aquino ao desastre natural.[62] O ex-prefeito da Cidade Davao, Rodrigo Duterte, venceu as
eleições presidenciais de 2016.[63] Em seu mandato (2016-2022), Duterte lançou uma
controversa campanha antidrogas, criticada internacionalmente,[64][65] e um plano de
infraestrutura.[66] Em 2016, como parte do acordo de paz com os separatistas Moro, foi
criada a região autônoma de Bangsamoro.[67][68] No início de 2020, a pandemia de COVID-
19 atingiu o país[69] fazendo com que a economia se contraísse em 9,5% em termos de
Produto Interno Bruto desde o início dos registros em 1947. [70] Em 2022, Bongbong Marcos,
filho de Ferdinand e Imelda Marcos, é eleito presidente e toma posse, com a promessa de
geração de empregos, preços menores, investimentos em agricultura e infraestrutura e
unidade nacional.[71]
Geografia

Imagem de satélite das Filipinas.

Ver artigo principal: Geografia das Filipinas


As Filipinas são um arquipélago de 7107 ilhas com uma área terrestre total de cerca de
300 mil km², localizadas entre as longitudes 116° 40' e 126° 34' E e as latitudes 4° 40' e
21° 10' N, entre Taiwan, a norte, o Mar das Filipinas a leste, o Mar de Celebes, a sul e
o Mar da China Meridional a oeste. As ilhas costumam ser divididas em três
grupos: Luzon, a norte, Visayas, no centro e Mindanao, no Sul. O movimentado porto
de Manila, em Luzon (a maior ilha), é a capital do país e a sua segunda maior cidade,
depois de Cidade Quezon.[72]
O clima é quente, húmido e tropical. A temperatura média anual ronda os 26,5 °C. Os
filipinos costumam falar de três estações: o Tag-init ou Tag-araw (a estação quente,
ou verão, que dura de Março a Maio), o Tag-ulan (a estação chuvosa entre Junho e
Novembro) e o Tag-lamig (a estação fria, de Dezembro a Fevereiro).
A maior parte das acidentadas ilhas estava originalmente coberta por florestas húmidas. A
origem das ilhas é vulcânica. O ponto mais elevado é o monte Apo em Mindanao, com
2954 m. Muitos dos vulcões do país, como o Pinatubo, estão activos. O país está também
integrado na região de tufões do Pacífico ocidental e é atingido por uma média de 19
tufões por ano. Grande parte das ilhas encontra-se numa placa tectónica encravada entre
as placas Euroasiática e do Pacífico — a Placa das Filipinas.

Biodiversidade

O Carlito syrichta, conhecido localmente como mawmag, um dos menores mamíferos do mundo.

Suas florestas tropicais e seus extensos litorais tornam as Filipinas o lar de uma grande
variedade de pássaros, plantas, animais e criaturas marinhas.[73] O arquipélago asiático é
considerado um dos dez países megadiversos do mundo.[74][75][76] Cerca de 1 100 espécies
de vertebrados terrestres podem ser encontrados nas Filipinas, incluindo mais de 100
espécies de mamíferos e 170 espécies de aves que são endêmicas da região.[77] As
Filipinas têm uma das mais altas taxas de descoberta de novas espécies de seres vivos do
mundo, com dezesseis novas espécies de mamíferos descobertas nos últimos dez anos.
Devido a isso, a taxa de endemismo no país subiu e provavelmente vai continuar a subir.[78]
Não há grandes predadores no território filipino, com exceção de cobras,
como pítons, crocodilos-de-água-salgada e aves de rapina, como a águia-das-filipinas,
considerada a ave-símbolo nacional e que os cientistas sugerem ser a maior águia do
mundo.[79][80] O maior crocodilo em cativeiro, conhecido localmente como "Lolong", foi
capturado no sul da ilha de Mindanao.[81][82]
Outros animais nativos incluem o musang, o dugongo e o mawmag, associado com Bohol.
Com cerca de 13 500 espécies de plantas no país, sendo que 3 200 são exclusivas das
ilhas,[77] as florestas tropicais Filipinas apresentam uma grande variedade, incluindo muitos
tipos raros de orquídeas e raflésias.[83][84]

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