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Pós-independência

Suharto, o presidente do país entre 1967 e 1998

Entre os anos de 1963 e 1965, o Partido Comunista da Indonésia, que mantinha relações
secretas com a China comunista de Mao Tsé Tung, elaborou um plano para fortalecer o
governo pró-Pequim de Sukarno. A ideia era decapitar o alto comando anticomunista do
exército para manter mais da metade do Exército, dois terços da Aeronáutica e um terço
da Marinha alinhados ao partido Comunista da Indonésia. Em 30 de setembro de 1965, o
plano foi colocado em prática e o chefe do Exército e outros cinco generais foram presos e
executados.[43] Contudo esse plano fracassou, pois Suharto, um general até então de
pouca expressão, que estava informado sobre esse plano, esperou a prisão e execução
dos generais para rapidamente tomar o poder. [44]
O golpe de Estado do general Suharto, apoiado pelos Estados Unidos[45] e seus aliados,
derrubou o governo do líder populista Sukarno em 1965, sob o pretexto de deter o avanço
comunista. Foi um banho de sangue que vitimou mais de 500 mil de indonésios
supostamente comunistas.[46] De caráter agressivo, militarista e essencialmente corrupto, a
ditadura de Suharto promoveu a repressão e a opressão da população. [47][48] Reforçou,
também, a centralização política e o expansionismo. Assim, poderiam impedir a
diversidade existente no país e reforçar as tensões autônomas opositoras à constituição
de uma "Grande Indonésia". Com isso, houve conflitos autônomos nas ilhas Molucas,
em Samatra, na Nova Guiné, nas Celebes e no Bornéu e fronteiriços com a Malásia e
Papua-Nova Guiné.
Suharto foi reeleito cinco vezes[49] e governou o país com a ajuda dos militares mas, com a
crise económica asiática de 1997, o país voltou à rebelião e o presidente foi obrigado a
renunciar e entregou o poder ao seu Vice-Presidente, B. J. Habibie.[49] No entanto, as
eleições de 1999 foram perdidas por Habibie para Megawati Sukarnoputri, filha de
Sukarno, que não chegou a ser empossada, tendo sido substituída pelo seu partido
político por Abdurrahman Wahid.
Em 7 de Dezembro de 1975, a Indonésia invadiu e anexou a antiga colónia portuguesa de
Timor Leste, com apoio militar e político dos Estados Unidos, [50] submetendo a população
local a uma terrível repressão. O número de mortos, entre soldados e civis, é estimado
entre 100 a 180 mil.[51] Por fim, houve uma intervenção da ONU e, em 1999, a realização
de um referendo, em que os timorenses votaram pela independência, ocorrida em Maio de
2002. A crise de Timor-Leste virou as cartas e Megawati voltou à presidência em 2001. Em
2004, nas primeiras eleições directas, foi eleito presidente Susilo Bambang Yudhoyono.[52]

Geografia
Imagem de satélite do território indonésio em agosto de 2004

Monte Semeru e Monte Bromo na ilha de Java

A Indonésia possui 17 508 ilhas das quais cerca de 6 000 são habitadas.[7][53] As principais


são Java, Samatra, Bornéu (compartilhada com a Malásia e Brunei), Nova
Guiné (compartilhada com a Papua-Nova Guiné) e as Celebes. A Indonésia tem fronteiras
terrestres apenas com a Malásia (na ilha de Bornéu), Papua-Nova Guiné (na Nova Guiné)
e Timor-Leste, na ilha de Timor. Além disso, apenas alguns estreitos separam a Indonésia
de Singapura, Filipinas e Austrália. A capital, Jacarta, está localizada na ilha de Java e é a
maior cidade do país, seguida de Bandungue, Surabaia, Medã e Samarão.[54]
Com 1 904 569 km²,[8] a Indonésia é o décimo sexto país mais extenso do mundo, em
termos de superfície.[55] Sua densidade populacional é de 134 hab./km², a 88ª mais alta do
mundo,[56] enquanto Java, a ilha mais povoada do mundo [57] tem uma densidade
populacional de 940 hab./km². Com 4 884 m de altitude, o Pirâmide Carstensz, em Papua,
é o ponto mais elevado da Indonésia, enquanto o lago Toba em Samatra é o lago mais
extenso do país, com uma área de 1 145 km². Os maiores rios do país estão em
Calimantã, dos quais se utilizam como via de comunicação e transporte entre os
habitantes da ilha.[58]
Situando-se entre as placas tectônicas do Pacífico, Euro-Asiática e Indo-australiana, a
Indonésia é um país com muitos vulcões e com frequentes sismos, com pelo menos 150
vulcões ativos,[59] incluindo o Krakatoa e o Tambora, famosos por suas erupções
devastadoras no século XIX. Entre os desastres causados pela atividade sísmica recente,
se encontram o Sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004, que matou cerca de 170 000
pessoas no norte de Samatra, o Sismo de Java de maio de 2006 e os sismos das Celebes
de 2018. No entanto, a cinza vulcânica é um dos principais fatores que contribuem para a
alta fertilidade do solo que tem mantido a densidade populacional de Java e Bali.[60]
Por se encontrar nas proximidades da Linha do Equador, a Indonésia tem um clima
tropical, com diferentes temporadas de monções, de chuvas e de seca. A precipitação
média anual varia de 1 780 mm nas planícies até 6 100 mm nas regiões montanhosas.
Geralmente, a umidade é alta, com média de cerca de 80%. As temperaturas variam
pouco ao longo do ano, em Jacarta, as médias são de 26 a 30 °C.[61]

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