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PROFISSIONAL
Os discursos sobre aprendizagem estão cada vez mais articulados com a condição da
formação. No contexto da organização capitalista dos Estados modernos, a questão da
aprendizagem migra da condição humana e de direito dos cidadãos para o patamar de uma
política estratégica, incluindo o desenvolvimento e competitividade global. Nesse contexto,
muitas vezes, o conceito de formação sofre perdas na sua clássica compreensão ligada a
valores e totalidade assumindo, com maior ênfase a idéia da atualização e ampliação de
competências. O discurso da aprendizagem ao longo da vida, muitas vezes, se estabelece
sobre a égide da produtividade e a necessidade de alcançar cada vez mais e mais altos escores
de desempenho.
Sob alguns ângulos, a proposição da aprendizagem para toda vida, como um discurso
atual,distancia-se da condição humana, que torna essa premissa natural. Num sábio dito
popular ouvimos a expressão “vivendo e aprendendo”, numa inequívoca e alvissareira
perspectiva de que a aprendizagem é inevitável nos percursos vitais e quesomente a vida faz
os saberes se transformarem em sabedoria. Certamente essa condição mais se consolida
quando os sujeitos tiverem oportunidades de refletir sobre os acontecimentos e experiências,
fazendo articulações entre o pessoal e o coletivo, o local e o global, o circunstancial e o
essencial.
Mas será que essa visão é que vem acompanhando os discursos da “aprendizagem ao
longo da vida”? Quando começamos a enfatizar essa premissa como parte das preocupações
A resposta e esta questão pode ser simples ou pode ser complexa, dependendo dos
parâmetros que se toma como referentes. No âmbito das reflexões sobre a educação, ouvimos
REFERÊNCIAS
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