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123 f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática e Tecnológica) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2015.
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Se você usar essa autora complementar - terá que usar também Kenski (2008).
Não haveria cultura nem história sem inovação, sem criatividade, sem
curiosidade, sem liberdade sendo exercida, ou sem liberdade pela qual,
sendo negada, se luta.
Não haveria cultura nem história sem risco, assumido ou não, quer
dizer, risco de que o sujeito que o corre se acha mais ou menos
consciente. Posso não saber agora que riscos corro, mas sei que, como
presença no mundo, corro risco.
É que o risco é um ingrediente necessário à modalidade sem a qual não
há cultura nem história.
Paulo Freire (p.16, 2000)
No enfoque Interpretativo a
realidade é concebida como totalidade concreta, como um todo que possui sua
própria estrutura, que se desenvolve, que se vai criando. Portanto, todos os
fenômenos e acontecimentos que o ser humano percebe da realidade fazem
parte de uma totalidade, ainda que este não a perceba explicitamente. [...]. E
como a realidade não é transparente, para compreendê-la, é necessário captá-
la por dentro, em seus processos, em suas múltiplas relações (2010, p.2).
aplicação e confirmação da teoria, e sim sua fonte. Ela é única e multifacetada, pois requer
uma intervenção refletida da teoria numa visão interdisciplinar. Para tanto, a compreensão
da relação teoria-prática ou prática-teoria é um eixo fundamental da inovação
paradigmática (CUNHA, 2008, p.25);
Perspectiva orgânica no processo de concepção, desenvolvimento e avaliação
da experiência desenvolvida, corresponde à apreensão das relações entre as decisões
pedagógicas presente em todo processo de ensinar e aprender. Havendo uma “coerência
entre objetivos, desenvolvimento e avaliação num movimento de zigue-zague que costura
cada etapa de maneira harmônica sem, entretanto, manter a rigidez dos processos
previamente definidos, como propõem a racionalidade técnica”.
Esta perspectiva está ligada diretamente à categoria da gestão participativa, pelo
fato de requerer “uma forma de pacto entre professor e alunos e desses entre si, no que se
refere às regras do trabalho pedagógico, incluindo sua avaliação” (CUNHA, 2008, p.26).
A mediação, classificada também como categoria da ruptura paradigmática,
engloba as relações socioafetivas como condição da aprendizagem significativa. “A
mediação faz a ponte entre o mundo afetivo e o mundo do conhecimento, incluindo os
significados atribuídos a ele por cada indivíduo e a compreensão da historicidade de sua
produção” (CUNHA, 2008, p.26).
E, finalmente, o protagonismo, importante condição para uma aprendizagem
significativa, reconhecendo tanto os alunos como os professores como sujeitos da prática
pedagógica, mesmo em posições diferentes. “Compreende a participação dos alunos nas
decisões pedagógicas, a valorização da produção pessoal, original e criativa dos
estudantes, estimulando processos intelectuais mais complexos e não repetitivos”
(CUNHA, 2008, p.27). Estimula a autoria dos aprendizes na perspectiva da produção do
conhecimento.
Ainda foi possível observar que a perspectiva do conceito de inovação não é um
padrão isolado. E não podemos considerar a construção da inovação uma mudança, seja
por meios tecnológicos ou por metodologias. Entretanto, um certo grau de insatisfação
está movendo uma necessidade de mudança no cotidiano da sala de aula, que vem levando
alguns “professores à tentativa de sair de um lugar já demarcado pela prescrição de
práticas para um novo patamar” (ZANCHET, et al, 2009, p.49). Esta autora acrescenta
que cremos
42
horas; o curso “Ensinando e aprendendo com as TICs”, com 100 horas; e o curso
“Elaboração de Projetos (EP)”, com 40 horas. Cursos Híbridos, que utilizaram como
ambiente didático virtual o E-proinfo e como ambiente presencial o Núcleo de Tecnologia
Educacional de Comunicação e Idiomas (NTECI), todos mediados pelos multiplicadores
(formadores) da própria Rede (ver tabela 2).