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Goiânia
2016
ii
Murilo Ferreira Caetano
Orientador:
Prof. Dr. Rodolfo Nunes Campos
Goiânia
2016
ii
iii
Dedico este trabalho...
A todas as pessoas que passaram pela minha vidacom quem pude aprender algo e me tornar
quem sou hoje.
iv
AGRADECIMENTOS
Aos professores e doutores Paulo Sucasas da Costa, Maria das Graças Nunes
Brasil, Mariza Avelino, Humberto Graner Moreira pelas ricas contribuições
ao trabalho final.
Aos pacientes do serviço de Psiquiatria do Hospital das Clínicas que, de bom grado,
concordaram em participar desta pesquisa e que muito me ensinaram desde
que adentrei na residência médica e sem os quais este trabalho não teria sido
possível.
v
SUMÁRIO
1. Introdução................................................................................. 1
2. Revisão da Literatura
3. Objetivos................................................................................... 28
4. Métodos
5. Resultados
vi
5.4. Comparação dos Grupos com e sem TCI com relação à
impulsividade ...................................................................................... 44
6. Discussão
6.6. Implicações.............................................................................. 71
7. Conclusões............................................................................... 72
8. Referências............................................................................... 74
vii
TABELAS, FIGURAS E ANEXOS
Quadro 12- Transtornos do Controle dos Impulsos Sem Outra Especificação (TCI-SOE). p.21
Quadro 14- Critérios de McElroy et al (1994) para Compulsão por compras. p.21
Tabela 1- Gênero, número de filhos, escolaridade, etnia e estado civil dos pacientes da amostra. p.34
Tabela 2- Naturalidade, religião, situação laboral e renda dos pacientes da amostra. p.35
Tabela 5- Comparação dos grupos TCI(+) e TCI(-) com relação ao valor da renda, idade dos
primeiros episódios de humor e pontuação atual na MADRS. p.39
Tabela 6- Sexo, Estado Civil e Etnia de acordo com presença ou não de TCI. p.39
Tabela 7- Demais dados sociodemográficos de acordo com presença ou não de TCI. p.40
Tabela 8- Comparação entre a prevalência de transtornos mentais entre TCI(+) e TCI(-). p.41
Tabela 10- Comparação de relato de familiares com transtornos mentais entre TCI(+) e TCI(-). p.42
viii
Tabela 12- Prevalência na vida de TCI nos pacientes avaliados pela BIS-11. p.44
Tabela 13- Análise de Regressão Logística Comparativa do TCI (Sem X Com) da variável BIS-11
Total e fatores que possa contribuir com a variável BIS-11 Total. p.46
.Tabela 14- Análise de Regressão logística multivarada entre BIS-11 Total e fatores mais
significantes que possam contribuir com a variável BIS-11 Total. p.47
Anexo 1- Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Goiás
Anexo 10- Módulo de Transtornos do Controle de Impulsos da Entrevista Clínica Estruturada do DSM-IV-TR
(SCID-ICD). p.129
ix
SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS
x
TPB- Transtorno de Personalidade Borderline
xi
RESUMO
Resumo xii
grupo sem diagnóstico de TCI (TCI(-)) com relação à pontuação na BIS-11,
condições sócio-demográficas e evolução da doença.
Resultados: a prevalência de TCI foi de 35,7% (n=15), sendo a
compulsão por compras e o transtorno explosivo intermitente os mais
comuns. Foram seguidos por compulsão sexual e, posteriormente, por
transtorno de escoriações, tricotilomania e cleptomania. A compulsão por
internet e celular foi o menos prevalente. Não houve casos de jogo
patológico nem de piromania. O grupo TCI(+) diferiu-se por ter mais homens,
maior prevalência de transtorno por uso de álcool, menor idade do primeiro
episódio depressivo, ter tido menos internações por mania e ter maior
probabilidade de estar medicado com antidepressivos no presente. Não
houve diferença estatística na idade, subtipo de TB, presença de transtornos
de ansiedade ou alimentares, sintomas psicóticos, doenças não
psiquiátricas, idade do primeiro episódio maníaco/hipomaníaco, nível
educacional, estado civil ou renda. A impulsividade global pela BIS-11 foi
maior no grupo TCI(+), assim como a subescala de ‘controle inibitório’, mas
não houve diferença na subescala de falta de planejamento.
Conclusões: os TCI são condições muito prevalentes nos pacientes
com TB e devem ser sempre avaliados no contexto clínico. Houve relação
entre TCI e abuso de álcool, sexo masculino, episódio depressivo mais
precoce e menos internações por mania.
Resumo xiii
ABSTRACT
Resumo xiv
was found to have more men, co-morbidity with alcohol abuse, early onset of
the first depressive episode, less hospital admissions due to mania and the
subjects were more likely to be using antidepressants. There was no
difference regarding the age, type of BD, comorbidity with anxiety or eating
disorders, psychotic features, age of first manic episode, educational level,
marital status or income. Impulsivity measured by BIS-11 was higher in the
ICD+ group, as well as the inhibitory control scale of the BIS-11. No
difference was found in ‘lack of planning’ domain of the BIS-11.
Resumo xv
1 INTRODUÇÃO
1
O estabelecimento do diagnóstico correto pode repercutir para a
terapêuticas individualizadas.
Outras duas questões que se somam são: a questão dos TCI serem
2
2 REVISÃO DA LITERATURA
acontecia em seus familiares. Com isso sugeriu uma divisão dos pacientes
revisão 3
O conceito vigente de transtornos do humor leva em conta a primazia
em uma pessoa com quadros depressivos recorrentes mas que ainda não
critérios atuais.
revisão 4
Quadro 1. Critérios para episódio maníaco (DSM-5)
revisão 5
Quadro 4. Critérios para Transtorno Bipolar Tipo II (DSM-5)
A. Houve critério para pelo menos um episódio hipomaníaco (critérios A-F para ‘episódio
hipomaníaco’ descrito ano quadro 2).
B. Nunca ocorrreu um episódio maníaco
C. A ocorrência dos episódios hipomaníacos e dos episódios depressivos não é mais bem
explicada por Transtorno Esquizoafetivo, Esquizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme,
Transtorno Delirante ou outro Transtorno Psicótico especificado ou não especificado do
espectro da esquizofrenia.
D. Os sintomas depressivos ou a impresivibilidade causada por frequentes alternâncias
entre períodos de hipomania e depressão causa sofrimento clinicamente significativo ou
comprometimento no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas.
A. Por ao menos 2 anos (ou 1 ano em crianças e adolescentes) houve vários períodos com
sintomas hipomaníacos que não fecharam critério para um episódio hipomaníco e vários
períodos com sintomas depressivos que não fecharam critério para um episódio
depressivo maior.
B. Durante o período de 2 anos (ou 1 ano em crianças e adolescentes), os períodos com
sintomas depressivos e hipomaníacos estiveram presentes pelo menos na metade do
tempo e o indivíduo não ficou livre de sintomas por mais de 2 meses consecutivos.
C. Critérios para um episódio depressivo, maníaco ou hipomaníaco nunca foram satisfeitos.
D. Os sintomas do critério A não são melhore explicados por Transtorno Esquizoafetivo,
Esquizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou outro Transtorno
Psicótico especificado ou não especificado do espectro da esquizofrenia.
E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (ex. droga de
abuso, uma medicação) ou outra condição médica (ex. hipertireoidismo).
F. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou comprometimento no
funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas.
Categoria residual utilizada para classificar quadros com características semelhantes às demais
apresentações de Transtorno Bipolar mas que não não satisfaçam os critérios.
revisão 6
2.2. Epidemiologia e curso do TB
anos para o TB tipo I, sem estimativas para os outros tipos (APA, 2013). A
tipo I, estimada entre 0,5 a 1,3%, sem grandes estudos para os demais tipos
parecem ser mais prevalentes nas mulheres, assim como a ciclagem rápida
e estados mistos (Suominen et al, 2009). Ainda que mais homens com TB
revisão 7
nos homens, já que na população em geral essa dependência é bem mais
2013; Blinder et al, 2006), assim como o inverso (Fornaro et al, 2010). Um
(Marrag et al, 2015; Abraham et al, 2014), assim como com o alto risco de
revisão 8
O tratamento é extremamente complexo e ainda repleto de
2001).
revisão 9
que toda a informação seja processada e (3) ausência de consideração
aos estímulos.
e na busca incessante por prazer sem ponderação que acorre nos episódios
revisão 10
Sugere-se que a explicação para os atos impulsivos múltiplos dos
indivíduo a agir sem ter tempo para refletir (McElroy et al, 1996).
dos impulsos desses pacientes (Swann et al, 2001). Observamos que nos
tolos).
revisão 11
controle no componente motricidade da referida escala. Entretanto, deve-se
ter em mente os vieses e limitações desse estudo, já que não houve controle
pontuações mais altas que o grupo de controle sadio. Esse trabalho sugere
que a impulsividade medida por essa escala pode ser entendida como um
no transtorno bipolar tipo II, no qual não ocorre fases maníacas francas,
revisão 12
sugere, apesar de certas limitações metodológicas, que a impulsividade
como traço.
estável) podem ser tão importantes quanto o controle das fases agudas e
prevenção de reagudizações.
revisão 13
Internacional de Doenças (CID-10) (World Health Organization, 1993)
especificação’ que, por sua vez, inclui transtornos pouco estudados que só
revisão 14
Na literatura médica, é notável a pequena proporção de estudos em
impulso em furtar possa refletir uma prevalência menor do que a real. Para
sul coreano (Park et al, 2010), 0,6% em estudo norte americano (Kessler et
al, 2008).
revisão 15
números encontrados são consideravelmente altos pelo impacto na
psicoativas (Fontenelle et al, 2011; Marks, 1990). No DSM-5 o grupo dos TCI
revisão 16
Transtornos relacionados” e o Transtorno Explosivo Intermitente,
pacientes ali internados. Esse dado vai ao encontro do estudo de Grant et al.
revisão 17
2.4.2 - Diagnóstico de Transtornos do Controle de Impulsos
lista os critérios para Transtorno de Escoriações pelo DSM-5 (já que não são
por McElroy et al. (1994) para Compulsão por Compras (também não
psíquico, não é mais bem explicado por outro transtorno devido à presença
revisão 18
É necessário ficar claro que, na cleptomania, por exemplo, o furto
patológico deve ser precedido por uma tensão que só cede com a prática do
ato. Além disso, os objetos furtados não podem ter sido deliberadamente
revisão 19
Quadro 9. Critérios diagnósticos do DSM-IV-TR para Piromania
revisão 20
Quadro 12. Critérios diagnósticos do DSM-IV-TR para TCI sem outra especificação (TCI-
SOE)
Esta categoria serve para transtornos do controle dos impulsos (ex. escoriar a pele) que
não satisfazem critérios para qualquer transtorno do controle dos impulsos específico
nem para outro transtorno mental que apresente aspectos envolvendo o controle dos
impulsos, descrito em outra parte desse manual (ex. dependência de substâncias,
parafilias).
_________________________________________________________
Nota do autor desta dissertação: aqui costumam ser alocados a Compulsão por
compras, compulsão sexual, transtrono de escoriações, compulsão por uso de internet e
celular. Esses transtornos não possuem critérios específicos no DSM-IV-TR. O
transtorno de escoriações foi descrito no DSM-5 e os demais são diagnosticados com
base em critérios por diversos autores para fins de pesquisa.
Quadro 14. Critérios de McElroy et al. (1994) para Compulsão por Compras
revisão 21
2.5. Transtornos do Controle dos Impulsos e Transtorno Bipolar
existir alta comorbidade entre os TCI e o TB (Swan et al, 2001; Swan et al,
2002; Berck et al, 2003; Black et al, 2008; Sharma et al, 2008) ou
antidepressivos (Black et al, 2007; Koran et al, 2007; Camardese et al, 2008)
revisão 22
Deve-se ressaltar que, conforme o DSM-IV-TR, o diagnóstico de TCI
existe a comorbidade.
com TB. Este trabalho, feito na Turquia, com 124 pacientes com TBH tipo I
n=1) e compulsão por exercícios (0,8%, n=1). Nessa amostra não foram
revisão 23
Esse mesmo estudo encontrou maior prevalência de transtornos por
disso, o período de tempo entre dois episódios do TB foi maior no grupo sem
impulsividade geral medida pela escala BISS-11 foi maior no grupo com TCI.
al, 2007), que é uma escala que mede a busca por novidades e sensações
prazerosas, não diferiu entre os grupos com ou sem TCI exceto no subitem
que alguns TCI (TEI, compulsão por compras e cleptomania) não tiveram
fato deste último estudo, apesar de demonstrar rigor metodológico, não ter
revisão 24
sido feito em um setting clínico por um psiquiatra capacitado e com
telefone 2.513 adultos nos Estados Unidos, a taxa estimada na população foi
revisão 25
Estudos feitos em pacientes com jogo patológico (JP) demonstraram
TBH, Karakus et al (2011) encontraram 3,2% de pacientes com JP, taxa bem
et al, 2011).
revisão 26
exercícios físicos. Não foram abordadas a tricotilomania, cleptomania e
al, 2012)
revisão 27
3 OBJETIVOS
3.1. Geral
3.2. Específicos
primeiro grau.
revisão 28
4 MÉTODO(S)
Critérios de inclusão:
assistente
o Qualquer sexo
Métodos 29
o Aceitar participar da pesquisa segundo os termos do
estudo.
Critérios de exclusão:
tratamento medicamentoso.
depressão grave.
Entrevista Psiquiátrica
Métodos 30
avaliar condições socioeconômicas, histórico de doenças
medicamentos.
Métodos 31
4. Aplicação da escala de Montgomery e Asberg para sintomas
Métodos 32
controle inibitório. Essa versão validada no Brasil difere-se da
(2010).
variáveis contínuas foi utilizado teste T de Student . Ainda foi utilizado o teste
Análise de Regressão Logística uni e multi variada. Foi utilizado como nível
Métodos 33
5 RESULTADOS
Tabela 1. Gênero, número de filhos, escolaridade, etnia e estado civil dos pacientes da
amostra
Variável n (N=42) %
Gênero
Feminino 34 81,0
Masculino 8 19,0
Número filhos
0 10 24,4
1 15 36,6
2 9 22,0
3 6 14,6
4 ou mais 1 2,4
Escolaridade (por períodos completos ou incompletos)
Fundamental 1ª fase 6 14,6
Fundamental 2ª fase 7 17,1
Ensino Médio 18 43,9
Ensino superior Superior 10 24,4
Etnia
Branco 25 59,5
Preto 4 9,5
Pardo/mulato 12 28,6
Outro 1 2,4
Estado Civil
Solteiro (a) 13 31,0
Casado(a) ou união estável 21 50,0
Separado/divorciado 6 14,3
Viúvo(a) 2 4,8
34
Tabela 2. Naturalidade, religião, situação laboral e renda dos pacientes da amostra
Naturalidade
Goiânia 12 28,6
Interior de Goiás 21 50,0
Outras capitais 3 7,1
Interior de outros estados 4 9,5
Dados perdidos 2 4,8
Religião
Católico 15 35,7
Protestante/evangélico 23 54,8
Outra 1 2,4
Sem religião 3 7,1
Situação laboral atual
Trabalhando 16 38,1
Aposentado por tempo de serviço 2 4,8
Aposentado por invalidez 4 9,5
Desempregado 5 11,9
Do lar 12 28,6
Afastado por licença médica 3 7,1
Possui renda individual
Não 11 26,2
Sim 31 73,8
amostra estudada.
episódio depressivo foi de 21,31 anos com 9,55 de desvio padrão, a idade
35
Internações para mania foram relatadas por 20 (47,6%), 20 (47,6%)
36
Houve perda de dados na aplicação da BIS-11. Aplicamos
inicialmente uma versão da escala diferente daquela que foi validada para o
37
As tabelas 5 a 14 mostram a comparação entre os grupos TCI(+) e
TCI(-) no que diz respeito à diversas variáveis estudadas.
5, 8 e 11).
foi menor no grupo TCI(+) (tabela 5), tendo esta sido de 17,15 anos,
38
Tabela 5 – Comparação dos grupos com e sem transtornos do controle dos impulsos com
relação ao valor da renda, idade dos primeiros episódios de humor e pontuação na MADRS
Desvio IC 95%
Variável / TCI n Média p
Padrão Inf. Sup.
Valor da renda
TCI (-) 27 1,39 1,51 0,79 1,98
TCI (+) 15 1,27 0,99 0,72 1,82 0,780
Idade da Primeira depressão
TCI (-) 22 23,77 9,94 19,37 28,18
TCI (+) 13 17,15 7,47 12,64 21,67 0,046
Idade da Primeira euforia
TCI (-) 27 25,74 11,65 21,13 30,35
TCI (+) 14 21,79 9,10 16,53 27,04 0,276
Pontuação na MADRS
TCI (-) 27 4,96 5,13 2,94 6,99
TCI (+) 15 9,53 7,62 5,31 13,76 0,026
Teste: t Student; TCI: Transtornos de controle dos impulsos TCI(-): ausência de diagnósti-
co de TCI; TCI(+): presença de diagnóstico de TCI; MADRS: escala de sintomas depressivos de
Montgomery e Asberg
Tabela 6 – Sexo, Estado Civil e Etnia de acordo com presença ou não de Transtornos do
controle dos impulsos
TCI (-) (N=27) TCI (+) (N=15)
Fator p
n % n %
Sexo
Feminino 25 92,6 9 60,0
(1)
Masculino 2 7,4 6 40,0 0,016
Estado Civil
Solteiro (a) 6 22,2 7 46,7
Casado(a) 14 51,9 5 33,3
União estável 2 7,4 0,0 0,420
Separado/divorciado 4 14,8 2 13,3
Viúvo(a) 1 3,7 1 6,7
Etnia
Branco 18 66,7 7 46,7
Preto 1 3,7 3 20,0
39
Pardo/mulato 7 25,9 5 33,3 0,253
Outro 1 3,7 0,0
(1)
Teste: Qui-quadrado; Teste: Exato de Fisher; TCI(-): ausência de diagnóstico de TCI; TCI(+):
presença de diagnóstico de TCI
40
Tabela 8 – Comparação entre a prevalência dos transtornos mentais entre TCI(+) e TCI(-)
TCI (--) (N=27) TCI (+) (N=15)
Diagnóstico p
n % n %
Diagnóstico índice
Transtorno Bipolar tipo I 18 66,7 7 46,7 0,326
Transtorno Bipolar tipo II 9 33,3 8 53,3 0,326
Comorbidades
Abuso/dependência de 1 3,7 4 26,7 0,047
álcool
Abuso/dependência de
3 11,1 0,0 0,541
outras drogas
Transtorno de Pânico 7 25,9 5 33,3 0,726
Agorafobia 5 18,5 4 26,7 0,698
Fobia Social 12 44,4 7 46,7 1,000
Fobia específica 6 22,2 8 53,3 0,085
TOC 2 7,4 5 33,3 0,077
TEPT 2 7,4 3 20,0 0,329
Anorexia Nervosa 0,0 2 13,3 0,122
Bulimia Nervosa __ 0,0 __ 0,0
Compulsão alimentar 1 3,7 3 20,0 0,122
Teste: Exato de Fisher; TOC: Transtorno obsessivo-compulsivo; TEPT: Transtorno de
Estresse pós-traumático. TCI(-): ausência de diagnóstico de Transtorno do controle de impulsos;
TCI(+): presença de diagnóstico de TCI
41
Tabela 10 – Comparação de relato de familiares com transtornos mentais entre TCI(+) e
TCI(-)
TCI (--) (N=27) TCI (+) (N=15)
História familiar p
n % n %
Relato de pai com transtorno
mental
Não 21 77,8 9 60,0
Depressão 1 3,7 2 13,3
Transtorno Bipolar 1 3,7 1 6,7 0,567
Outro 1 3,7 0,0
Não sabe 3 11,1 3 20,0
Relato de mãe com transtorno
mental
Não 18 66,7 8 53,3
Depressão 1 3,7 5 33,3
Transtorno Bipolar 7 25,9 0,0 0,010
Não sabe 1 3,7 2 13,3
Relato de Irmãos com
transtorno mental
Não 12 44,4 8 53,3
Depressão 3 11,1 0,0
Transtorno Bipolar 8 29,6 3 20,0 0,390
Outro 0,0 1 6,7
Não sabe 4 14,8 3 20,0
Relato de Filhos com transtorno
mental
Não 27 100,0 11 73,3
Transtorno Bipolar 0,0 2 13,3
Outro 0,0 1 6,7 0,047
Não sabe 0,0 1 6,7
(1) (2)
Teste: Qui-quadrado; Teste: Exato de Fisher ; Teste: Kolmogorov Smirnov
42
Tabela 11 – Comparação da evolução do TB entre os grupos TCI(+) e TCI(-)
TCI (-) (N=27) TCI (+) (N=15)
História prévia p
n % n %
Já fez Eletroconvulsoterapia
(1)
Sim 3 11,1 2 13,3 1,000
Psicose no curso da doença
Sim 11 40,7 4 26,7 0,486
Não sabe 5 18,5 2 13,3
Já foi internado por depressão
(1)
Sim 4 14,8 3 21,4 0,673
Idade da primeira internação
por depressão (Anos)
11 l 21 1 25,0 2 66,7
(1)
21 ll 30 3 75,0 1 33,3 0,486
Já foi internado (a) por mania
(1)
Sim 17 63,0 3 23,1 0,041
Idade da primeira internação
por mania (anos)
11 l 21 5 35,7 1 50,0
21 l 31 4 28,6 1 50,0
(2)
31 l 41 2 14,3 0,0 0,979
41 ll 50 3 21,4 0,0
(1) (2)
Teste: Qui-quadrado; Teste: Exato de Fisher ; Teste: Kolmogorov Smirnov
43
5.4 – Comparação dos grupos com e sem transtornos do controle de
TCI. Importante ressaltar que a idade média (44,6 anos), idade do primeiro
anos) foram idênticos às da amostra global, com médias de 44,7 anos, 21,3
44
Ao se comparar o grupo com algum TCI,TCI(+), com o grupo sem
notamos que não houve diferença entre os grupos no que diz respeito à falta
Como o valor de p foi menor que 0,05 também nas variáveis sexo,
45
Tabela 13 - Análise de Regressão Logística Comparativa do TCI (Sem X Com) da variável
BIS-11 Total e fatores que possam contribuir com a variável BIS-11 Total.
IC OR (95%)
Variável Biss Total/ Fator p OR
Inf. Sup.
Isolada
BIS-11 Total 0,014 1,135 1,026 1,255
BIS-11 com um cofator
BIS-11 Total 0,013 1,141 1,029 1,266
Sexo 0,075 11,208 0,781 160,779
46
BIS-11 Total 0,015 1,134 1,025 1,255
TEPT 0,902 1,249 0,036 43,166
OR: odds ratio; IC: intervalo de confiança
Tabela 14: Análise de Regressão logística multivarada entre BIS-11 Total e fatores mais
significantes que possam contribuir com a variável BIS-11 Total.
IC OR (95%)
Variável Biss Total/ Fator p OR
Inf. Sup.
Isolada
BIS-11 Total 0,014 1,135 1,026 1,255
Multivariada Com as mais
significantes
BIS-11 0,022 1,189 1,025 1,379
Sexo 0,252 10,228 0,192 545,462
MADRS Total 0,190 1,143 0,936 1,396
Tr. de Pânico 0,999 0,000 0,000 .
Fobia Específica 0,355 3,493 0,246 49,570
OR: odds ratio; IC: intervalo de confiança
Desvio IC 95%
Variável / TCI n Média p
Padrão Inf Sup
BIS- Controle inibitório
Sem 22 38,91 10,54 34,24 43,58
Com 10 49,30 8,42 43,28 55,32 0,010
BIS -Falta de planejamento
Sem 22 20,45 6,67 17,50 23,41
Com 10 21,60 3,31 19,23 23,97 0,613
Teste t de Student
47
6 DISCUSSÃO
TCI.
Compulsão por celular e internet; por outro lado, o nosso não avaliou
Compulsão por compras com 14,3% (6), seguidos por Compulsão sexual
48
O estudo de Karakus e Tamam (2011) teve maior prevalência de
al, 2010).
com muitas ressalvas pois a metodologia foi muito diferente da utilizada por
grupo controle (33% contra 13% do grupo controle). Essa diferença se deu
em jogo patológico (7% x 1%), compulsão por compras (17 % x 6%), sexo (3
% x 2%) e trabalho (13 % x 4%). Foi Demonstrado ainda que, com exceção
pela BIS-11.
TR.
49
A alta prevalência de compulsão por compras pode ter ocorrido pela
pode ocorrer entre 1,4 a 8% (Faber e O’Guin, 1992; Koran et al, 2006).
Piromania 0 0 NA
Compulsão por
Compras 14,3% 7,3% 17%
Compulsão sexual
11,9% 0 3%
Compulsão por
celular e internet 4,8% NA 0%
Transtorno de
Escoriações 4,8% 10,5% NA
Compulsão por
exercícios NA 0,8% 4%
destoa dos estudos mencionados anteriormente (ver tabela 20), bem como
50
com o de McIntyre et al (2007) que encontrou 6,3% de JP em amostra
casas de apostas, além desses jogos não terem a mesma importância como
forma de lazer que nos Estados Unidos. Mesmo nos Estados Unidos, onde
Grande São Paulo. Outra razão seria pelo fato de nossa amostra constituir-
qual não há estimativas no Brasil. Estima-se, por outro lado, que entre 3 e
51
depressivos, por ser um quadro que traz significativo sofrimento para o
compulsão por uso de internet e celular (ou adição por internet), fenômeno
et al, 2015; Kilic et al, 2016; Nakayama e Higuchi, 2015; Shek e Yu, 2016).
forma muito mais ampla do que o DSM-5, o que poderia ter gerado
52
faz com que a validade desse diagnóstico como comorbidade do TB possa
geral americana, que foi estimado entre 3,9 a 7,3 % (Kessler et al, 2006).
em portadores de TB. Estima-se entre que 20% e 29% dos bipolares tenha
TPB (Fornaro et al, 2016; McDermid et al, 2015). Essa é, no entanto, uma
(2011) e no nosso foi de 4,8%. Pode-se pensar com isso que não deve
53
outros transtornos mentais. Ainda que nossa amostra tenha suas
ainda que tenham sido maiores do que estimado para a população em geral.
tratando para cleptomania (Grant e Kim, 2002; McElroy et al, 1991; Presta et
54
transtornos mentais, tinham menor probabilidade de apresentar TB
encontro dos demais, o que pode ser justificado pela raridade da síndrome.
levado a resultados ainda maiores caso a amostra fosse mais parecida com
55
A relação de TCI com abuso de substâncias foi demonstrada em
2002; McElroy et al, 1991), TEI (Galovski et al, 2002) que são as condições
ilícitas (Karakus e Tamam, 2011; Tamam et al, 2014). No estudo que avaliou
2015).
nenhum paciente com Jogo Patológico pode estar relacionado a não relação
de TCI com abuso de drogas que não sejam o álcool, já que a relação mais
56
estudada até o momento é essa. Não podemos deixar de considerar as
no grupo TCI(+) somado ao fato desse grupo ter tido menos internações por
mania durante a vida nos remete a uma possível relação dos TCI com um
episódios depressivos na vida dos bipolares com TCI em relação aos sem
TCI. Esse estudo mostra ainda que não houve maior número de episódios
maníacos nesse grupo, o que reforça nossa hipótese. Ressalta-se que não
supor, que TCI estariam associados a sintomas do polo eufórico (pelo nítido
com TCI. Por outro lado, pacientes com sintomas hipomaníacos flutuantes e
57
hipomaníacos bem delimitados (tendo um curso mais predominante
condições.
nos estudos internacionais, que nem sempre utilizam a MADRS (mas usam
58
2004-2).
atuais levaria a reforçar essa associação dos TCI com um curso mais
depressivo do TB.
mãe sofria de “depressão”. O dado não pode ser considerado confiável pela
que o grupo TCI(-), como mostra a tabela 9. A diferença foi de 53,3% contra
7,4% (p=0,002).
contextos, não só na depressão maior (Butler et al, 2010; Lee et al, 2012) e,
também, com a melhora da tricotilomania (Bloch et al, 2007). Por outro lado,
59
a redução da transmissão serotoninérgica foi associada a comportamento
impulsivo em estudos com animais (Worbe et al, 2014). Uma ressalva deve
existir comorbidade de TCI com TB deve, então, ser discutida, já que o que
limitação do estudo, isso deve ser atribuído a uma limitação das próprias
60
Como o estudo visou quantificar a prevalência na vida, mesmo que o
Não era esse, no entanto, o objetivo do trabalho. Além disso, esse desenho
avaliadas.
61
outros transtornos mentais, taxas elevadas de transtornos de humor na
TCI
feminino, sendo que o Jogo Patológico e a Compulsão por sexo são mais
62
comparação de impulsividade entre TCI(+) e TCI (-) medida pela BIS-11, ela
Keyes et al, 2016). Um estudo sobre relação de fobia social com abuso de
63
estado atual de depressão ou mania.
pode indicar que os pacientes bipolares que tenham um TCI não se diferem
daqueles sem TCI no que diz respeito à capacidade de fazer planos para o
determinados impulsos.
três domínios tem sido questionada (Reise et al, 2013) no sentido de não
64
pontuada em apenas dois domínios (Reise et al, 2013; Swann, et al 2002). A
65
impulsividade como traço além de menor prevalência de TCI (Benazzi, 2007;
Gipson et al, 2012; Zhornitsky et al, 2012; Karakus e Tamam, 2011; Odlaug
outras drogas que não o tabaco. Esses resultados são bem inferiores aos
tipo II. Nesse trabalho, a prevalência na população geral foi de 13,5%, o que
et al, 1990), o que também faz com que nossa amostra se assemelhe mais
1990).
66
(Oquendo et al, 2010), e que essa associação (TB com abuso de álcool)
homens, sendo de 17,1% contra 5,7% nos dados de 2001 (Carlini et al,
pode ser o fato do serviço de psiquiatria onde o estudo foi feito não tratar de
drogas (que não álcool e tabaco) cuja prevalência foi de 7,1%, o que
bem mais prevalente do que população geral, que foi de 5,9% (Regier et al,
67
2016). A prevalência de transtorno por uso de substâncias foi estimado em
como traço do TB, mais do que um mero estado transitório das fases
agudas.
até 31 anos. Apesar do nosso estudo não ter apresentado o dado específico
24,39 anos.
Transtorno de Pânico, 21,4% (9) com Agorafobia, 45,2% (19) com Fobia
68
Social, 33,3% (14) com ao menos uma Fobia Específica, 16,7% (7) com
poderia ser justificada pelo fato dos transtornos de ansiedade serem mais
drogas, que foi muito baixo, além da desproporção entre gêneros. Isso pode
esperado.
69
primeiros trabalhos feitos mundialmente sobre esse assunto que só vem
longo prazo.
adequado.
70
privados e ambulatórios públicos. Inclusive a associação de um TCI (a
6.6- Implicações
de pacientes.
71
7 CONCLUSÕES
Os TCI parecem ser mais prevalentes em homens com TB, ainda que a
antidepressivos no presente.
TCI (mesmo que prévios) e abuso de álcool, mas não com o uso de
72
Portadores de TB com TCI demonstraram disfunção no controle inibitório,
73
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Association; 2000:540-542
91
ANEXOS
92
93
94
ANEXO 2
Após ler com atenção este documento ser esclarecido(a) sobre as informações a
seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine em todas as folhas e ao final deste
documento, que está em duas vias e também será assinado pelo pesquisador, em todas as
folhas, uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de dúvida sobre a
pesquisa, você poderá entrar em contato com os pesquisadores responsáveis, Dr. Murilo
Ferreira Caetano ou Dr. Rodolfo Nunes Campos nos telefones: (62) XXXXXXX e (62)
XXXXXXX. Em caso de dúvidas sobre os seus direitos como participante nesta pesquisa, você
poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Goiás, nos telefones: 3269- 83 38 e 3269-8426 ou no endereço: 1ª
Avenida S/Nº Setor Leste Universitário, Unidade de Pesquisa Clínica, 2ºandar. Horário de
funcionamento: 2ª a 6ª das 7:00 às 17:00hs.
OBJETIVO DO ESTUDO
O motivo que nos leva a estudar o problema é que os pacientes com Transtorno
geral. Contudo, a prevalência de transtornos do controle de impulsos não é bem conhecida nas
pessoas com Transtorno Bipolar. Isso é agravado pelo fato de que no dia a dia muitas vezes os
Transtornos de Controle dos Impulsos não são diagnosticados, seja porque o paciente não
informa ou porque o médico não pergunta. A pesquisa se justifica para melhor entender a
eventuais comorbidades com outro transtorno, poder tratar o paciente de forma mais
adequada. O objetivo desse projeto é saber qual a quantidade de pacientes do nosso serviço
de Psiquiatria que fazem tratamento para Transtorno Bipolar apresentam algum Transtorno de
Controle de Impulsos.
95
O procedimento de coleta de dados será da seguinte forma: o pesquisador principal,
que é um psiquiatra treinado, irá fazer uma entrevista e aplicar uma bateria de perguntas
horas. Eventualmente, mais de um encontro poderá ser necessário. Além de perguntas sobre
seu comportamento e sintomas ele também irá querer saber sobre seu histórico prévio,
consulta médica.
Após o término da pesquisa você continuará a ser assistido nesse mesmo hospital.
Caso algum problema até então desconhecido seja constatado nessa pesquisa você será
encaminhado para tratamento em um ambulatório/serviço especializado conforme o
funcionamento normal do hospital já permite.
96
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR EVENTUAIS
DANOS:
A participação no estudo não acarretará custos para você e não será disponível
nenhuma compensação financeira adicional. No caso de você sofrer algum dano decorrente
dessa pesquisa os médicos do serviço, incluídos o pesquisador estarão prontos para oferecer
assistência.
Informamos ainda que é direito seu pleitear, a qualquer momento, uma indenização
caso ocorra algum dano em decorrência desta pesquisa.
Eu, ____________________________________________________________,
RG ___________________, CPF ________________________ fui informada (o) dos
objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas.
Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e motivar minha
decisão se assim o desejar. O pesquisador Murilo Ferreira Caetano certificou-me de que
todos os dados desta pesquisa serão confidenciais.
Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste
termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e
esclarecer as minhas dúvidas.
97
ANEXO 3- Entrevista da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar
ABTB
1ª. ENTREVISTA
NOME/CÓDIGO:________________________________________
_______
RESPONSÁVEL PELA
AVALIAÇÃO:_____________________________
98
ENDEREÇO
Endereço :
_______________________________________________________________
Cidade: ___________________________________
2 - _________________________
Contato de um familiar:
Outro___________
Nome:
______________________________________________________________
Endereço:
_______________________________________________________________
99
QUESTIONÁRIO MÉDICO E SOBRE FATORES DE RISCO
Este questionário será usado para a obtenção de informações sobre sua história pessoal e
familiar, que são importantes para a compreensão do seu problema.
1. DADOS DEMOGRÁFICOS
SEXO:
ADOTADO?
Gêmeo?
Dizigóticos
PROTESTANTE TESTEMUNHA DE
JEOVÁ
EVANGÉLICO/CRENTE ESPÍRITA
100
OCUPAÇÃO ATUAL: TRABALHANDO
DESEMPREGADO
NUNCA TRABALHOU
Total do número de anos que já estudou (excluir repetência, contar a partir do 1º. ano
do Ensino Fundamental) _____________
Renda Individual:
R$ _________________ (___No de salários
mínimos)
Renda Familiar: Número de pessoas na casa ______
Total de todos que moram na casa R$ _________________ (___No de
salários mínimos)
Quais dessas doenças abaixo foram diagnosticadas por um médico? Marcar com um “X” e
colocar a idade
Convulsão/ataques
Sim Não Não sei 1.1.1.1 Idade:
101
Asma
Sim Não Não sei 1.1.1.4 Idade:
Diabetes
Sim Não Não sei 1.1.1.5 Idade:
Hipotireoidismo
Sim Não Não sei 1.1.1.6 Idade:
Hipertireoidismo
Sim Não Não sei 1.1.1.7 Idade:
Pressão alta
Sim Não Não sei 1.1.1.8 Idade:
Derrame cerebral
Sim Não Não sei 1.1.1.9 Idade:
Qual
(Quais)?______________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Hábitos
Tabagismo Passado: 0 - não 1 - sim
102
1 -Anticoncepcional oral (pílula) 2 - DIU 3 -Camisinha
4 - Diafragma 5 - Coito interrompido 6 -
L.Tubária
7 - Vasectomia do marido 8- Tabelinha 10 - outro, qual:
________
HISTÓRIA FAMILIAR
Algum parente seu já foi diagnosticado com algum transtorno psiquiátrico, em especial
Transtorno Bipolar ou Depressão?
1.1.1.10
PAI Não Sim Não sei
Depressão
1.1.1.11
MÃE Não Sim Não sei
Depressão
1.1.1.12
IRMÃO* Não Sim Não sei
Depressão
1.1.1.13
IRMÃO* Não Sim Não sei
Depressão
1.1.1.14
IRMÃ* Não Sim Não sei
Depressão
1.1.1.15
IRMÃ* Não Sim Não sei
Depressão
1.1.1.16
FILHO Não Sim Não sei
Depressão
1.1.1.17
FILHO Não Sim Não sei Outro _________________
Depressão
1.1.1.18
FILHA Não Sim Não sei
Depressão
1.1.1.19
FILHA Não Sim Não sei
Depressão
* Irmã(o) do mesmo pai e mãe
103
TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO
Quais medicamentos você toma para qualquer dos comportamentos / problemas discutidos
neste questionário?
(Carbolitium)
ANTI-CONVULSIVANTES
Valproato/ Divalproato de sódio
S N
(Depakene, Valpakene, Depakote)
Carbamazepina
S N
(Tegretol, Tegretard)
Oxcarbazepina (Trileptal) S N
Lamotrigina (Lamictal, Neural) S N
Topiramato (Topamax)
OUTROS S N
ANTIDEPRESSIVOS –ISRS e ISRSN
Fluoxetina
(Prozac, Verotina, Fluxene, Daforin, S N
Eufor, Nortec, Deprax, Psiquial)
Fluvoxamina (Luvox) S N
Paroxetina
S N
(Aropax, Cebrilin, Pondera, Roxetin)
Sertralina (Zoloft, Tolrest, Serenata,
S N
Sercerin, Assert, Novativ, Seronip)
Citalopram
S N
(Cipramil, Procimax, Denyl, Alcytam)
ESCITALOPRAM
S N
(LEXAPRO)
Venlafaxina
S N
(Efexor, Venlift)
Mirtazapina (Remeron) S N
Bupropiona (Welbutrin, Zetron)
ANTIDEPRESSIVOS – TCC e OUTROS
Amitriptilina (Amitril, Tryptanol) S N
Nortriptilina (Pamelor)
Imipramina (Tofranil) S N
Clomipramina (Anafranil)
104
MINALCIPRANO (IXEL) S N
OUTROS S N
ANSIOLÍTICOS BENZODIAZEPÍNICOS
Alprazolam
S N
(Frontal, Apraz, Altrox, Tranquinal)
Clonazepam
S N
(Rivotril, Clonotril)
Diazepam
S N
(Diempax, Valium)
OUTROS S N
NEUROLÉPTICOS - ATÍPICOS
Clozapina (Leponex) S N
Olanzapina (Zyprexa) S N
ZIPRASIDONA (GEODON) S N
QUETIAPINA (SEROQUEL) S N
Aripiprazol (Abilify) S N
Risperidona (Risperdal, Zargus,
S N
Risperidon, Respidon)
Sulpirida (Equilid; Sulpan, Dogmatil) S N
NEUROLÉPTICOS - TÍPICOS
Clorpromazina (Amplictil, Longactil) S N
Haloperidol (Haldol) S N
Pimozida (Orap) S N
OUTROS S N
ESTIMULANTES
Metilfenidato (Ritalina; Concerta;
S N
RitalinaLA)
105
Complementação do SCID
________anos)
________anos)
Idade que usou MEDICAÇÃO PSIQUIÁTRICA pela primeira vez: ________ anos
Idade que usou ESTABILIZADOR DO HUMOR pela primeira vez: ________ anos
Dose:____________
Não sabe
sabe
106
Hospitalizações Psiquiátricas - Não -Sim Se sim, quantas:
_______
107
ANEXO 4 – Escala de Sintomas maníacos de Young
YOUNG
Guia para avaliação dos itens - quando vários sintomas são fornecidos para um grau específico de
gravidade, a presença de apenas um dos sintomas é suficiente para a pontuação. Os sintomas são
fornecidos como guias.
7. Distúrbio de linguagem-pensamento
108
ANEXO 5 – Escala de Depressão de Mongomery e Asberg
MADRS
1. TRISTEZA APARENTE
Representa desânimo, tristeza e desespero, (mais que um simples abatimento transitório)
refletidos na fala, expressão facial e postura. Avaliar pela profundidade e incapacidade para
se animar.
0 ( )- nenhuma tristeza
2 ( )- aparentemente abatido mas anima-se ocasionalmente
4 ( )- parece triste e infeliz o tempo todo
6 ( )- tristeza e desânimo extremos e persistentes
2. TRISTEZA RELATADA
Representa o humor vivenciado, subjetivamente, sem considerar se o mesmo se reflete na
aparência ou não. Inclui humor deprimido, desânimo, tristeza e o sentimento de desamparo
e desesperança. Avaliar de acordo com a intensidade, duração e extensão com as quais o
humor é influenciado pelos eventos. Exaltação do humor é avaliada como zero neste item.
3. TENSÃO INTERIOR
Representa sentimentos de desconforto indefinido, irritabilidade, confusão interna, tensão
mental próxima ao pânico, apreensão e angústia. Avaliar de acordo com a intensidade,
freqüência, duração e com a extensão da necessidade de apoio pelo entrevistador.
Distinguir de tristeza (1,2), preocupação (a) e tensão muscular (b).
0 ( )- tranquilo; tensão interior fugaz
2 ( )- sentimentos ocasionais de irritação e desconforto indefinidos
4 ( )- sentimentos persistentes de tensão interior, ou pânico intermitente, o qual o paciente
somente consegue controlar com alguma dificuldade
6 ( )- apreensão ou angústia insuperáveis; pânico incontrolável
4. ALTERAÇÃO DO SONO
Representa a experiência subjetiva de redução da duração ou profundidade do sono em
comparação com o padrão pessoal do próprio paciente em condições sadias.
0 ( )- dorme como sempre o fez
2 ( )- dificuldade leve em conciliar o sono ou sono discretamente reduzido, leve ou
interrompido
4 ( )- sono reduzido ou interrompido, pelo menos por duas horas
6 ( )- menos que duas ou três horas de sono
5. DIMINUIÇÃO DO APETITE
Representa o sentimento de perda do apetite em comparação com o período em que estava
bem.
0 ( )- apetite normal ou aumentado
2 ( )- apetite discretamente reduzido
4 ( )- nenhum apetite, a comida não tem sabor, precisa esforçar-se para comer
6 ( )- precisa ser forçado a comer, recusa alimentação
Anexos 109
6. DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO
Dificuldades em organizar o pensamento, chegando a uma falta de concentração
incapacitante. Avaliar de acordo com a intensidade, frequência e grau da incapacidade
resultante. Distinguir de falhas de memória (c) e distúrbios formais do pensamento (d).
0 ( )- nenhuma dificuldade para se concentrar
2 ( )- dificuldades eventuais para organizar o próprio pensamento
4 ( )- dificuldades de concentração e articulação dos pensamentos que interferem com
leitura ou conversação
6 ( )- falta de concentração incapacitante
7. INIBIÇÃO MOTORA
Representa dificuldade ou lentidão para iniciar ou desempenhar atividades cotidianas.
Distinguir de indecisão (e) e fatigabilidade (f).
0 ( )- raramente alguma dificuldade para iniciar atividades; nenhuma lentificação
2 ( )- dificuldades para iniciar as atividades
4 ( )- dificuldades para iniciar atividades rotineiras simples que são somente
desempenhadas com muito esforço
6 ( )- inércia completa; incapaz de iniciar qualquer atividade sem auxílio.
8. INCAPACIDADE DE SENTIR
Representa a experiência subjetiva de interesse reduzido pelo ambiente, ou pelas
atividades que normalmente dão prazer. A capacidade de reagir com emoção adequada às
circunstâncias ou pessoas está reduzida. Distinguir de inibição motora (7).
0 ( )- interesse normal pelo ambiente ou pelas pessoas
2 ( )- capacidade reduzida em apreciar seus interesses habituais; capacidade reduzida para
sentir raiva
4 ( )- perda do interesse pelo ambiente; perda dos sentimentos pelos amigos ou
conhecidos
6 ( )- a experiência de estar emocionalmente paralisado, incapacidade de sentir raiva ou
pesar e uma completa ou mesmo dolorosa falta de sentimentos por parentes próximos e
amigos.
9. PENSAMENTOS PESSIMISTAS
Representa pensamentos de culpa, inferioridade, pecado, auto-reprovação, remorso e
ruína.
0 ( )- nenhum pensamento pessimista
2 ( )- idéias flutuantes de falha, auto-reprovação ou auto-depreciação.
4 ( )- auto-acusações persistentes, ou idéias definidas, porém ainda racionais, de culpa ou
pecado.
6 ( )- delírio de ruína, remorso e pecado irredimível; auto-acusações absurdas.
Anexos 110
ANEXO 6- Escala de Impulsividade de Barrat
Anexos 111
ANEXO 7 – Avaliação de Normalidade das diferentes variáveis contínuas
Anexos 112
ANEXO 8- Módulo de Transtorno de Controle dos Impulsos da SCID
SCID-ICD
(versão de junho de 2008)
Estudo:_____________________________________________
Sujeito:_____________________________________________
Avaliador: ___________________________________________
Data da Entrevista:____________________________________
Para citação:
Anexos 113