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E E0 exp i k k z i t
(5.1)
E0 exp i k k z i t
Isto nos dá uma onda de frequência modulada por outra, de frequência , como
mostra a Fig. 5.1.
Ponto A:
kz t 2 m (5.4a)
Ponto B: kz t 2 n (5.4b)
dz
Ponto A: vg (5.5a)
dt g k
dz
Ponto B: vf (5.5b)
dt f k
0
2
E z, t E 0 exp i kz t d (5.6)
0
2
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Livros› Óptica (Universitário)› A Fase da Onda Eletromagnética
Autor: Sergio Carlos Zilio
Para efetuar esta integração devemos levar em conta que pode haver
dispersão do pacote, isto é, k pode ser uma função w de como veremos
quando tratarmos a interação entre a luz e a matéria no Cap. 11. Vamos então
expandir k em torno de w0, de acordo com:
dk
k k0 0 0 (5.7)
2
d 0
0
2
dk
E z, t 0 0 d 0
E exp i k 0 z it d (5.8)
0
2
0
2
dk
E z , t E0 expi k0 z 0t d 0 d (5.9)
exp i z t
0
2
0
2
dk sen
g z, t E0 x d 0 d 2E0 2 (5.10)
exp i z t
0
2
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Livros› Óptica (Universitário)› A Fase da Onda Eletromagnética
Autor: Sergio Carlos Zilio
dk
onde z t . A Fig. 5.3 mostra o pacote de ondas obtido
2 d 0
através das equações (5.9) e (5.10).
dz dk
vg (5.11)
dt d 0
um pulso como exercício, mas vamos mencionar aqui que esta dispersão da
velocidade de grupo pode ser cancelada por um efeito não linear de terceira
ordem chamado varredura de frequência. Isto dá origem ao sóliton temporal
que veremos na seção 5.6.
v
f ' f 1 0 . Desta forma, o observador nota que a frequência da luz
c
v0
aumenta por um fator 1 devido ao fato dele estar se aproximando da
c
fonte.
v
f ' f 1 0 (5.13)
c
5.4 vemos que durante um certo tempo , a frente de onda percorre uma
distância O ' A c , enquanto que a fonte anda O 'S vS ,. A distância SA é
SA SA
região SA é dado por: e portanto,
número de onda f
c vs (5.14)
f
c vs (5.15)
f
c c
f ' f (5.16)
c vs
Estes quatro casos podem ser resumidos em apenas uma expressão
matemática:
c c
f ' f (5.17)
c vs
onde o sinal das velocidades será positivo se elas estiverem no sentido do
observador para a fonte. No caso de estarmos tratando com luz visível, o efeito
chama-se Doppler-Fizeau. Exemplo disto são as aplicações astronômicas:
(i) Estrelas duplas: são duas estrelas bastante próximas girando em torno do
centro de massa do sistema, não separáveis através de telescópio. Porém, ao
analisar-se o espectro de luz emitida, o efeito Doppler permite distinguir que
são estrelas duplas. Esta situação está esboçada na Fig. 5.5.
queremos calcular.
m mvx2
dn n exp dvx (5.18)
2kT 2 kT
emitida com frequência compreendida
no intervalo e + d é proporcional a dn. Assim temos:
m mvx2
ldv Adn An exp dvx (5.19)
2kT 2kT
vx
v0 1 c c
v
vx
v0 vx v v0 (5.20)
1 c v0
c
c
Logo, dvx dv . Desta forma, cancelando d na expressão para I e usando
v0
a eq. (5.20) obtemos :
Acn m mc 2 v v 2
l exp
0
dvx (5.21)
v0 2kT 2kT v0
v0 kT
vD 2 2ln 2 (5.22)
c m
4: Ótica relativística
O efeito Doppler e a aberração da luz das estrelas, descoberta por Bradley em
1725, podem ser explicados em termos da relatividade restrita, introduzida em
1905 por Albert Einstein. Vamos inicialmente rever alguns de seus conceitos
básicos:
1. Postulados
2. Transformações de Lorents
y y' y' y
vx ' vx '
t t ' t ' t '
c2 c2
1
Onde .
v2
1 2
c
3. Quadrivetores
será ' kr ' t k x x ' k y y ' k z z ' t , isto é, estamos supondo que em O'
a onda se propaga numa direção arbitrária. Como ' temos:
vx '
ky x ' vt ' t ' 2 k x x ' k y y ' k z z ' t (5.26)
c
ky ' kz ' 0
(5.27a)
v
kx ' k 2 (5.27b )
c
' kv
(5.27c)
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Autor: Sergio Carlos Zilio
v
1
Mas como k então ' c , e consequentemente,
c v2
1 2
c
v
1
v' v c
v (5.28)
1
c
respectivamente: ky t e ' k ' r ' k x ' x ' k y ' y ' k z ' z ' ' t ' . Igualando
' ky t k 'x x ' k ' y y ' k 'z z ' ' t ' (5.29)
vx '
ky ' y t ' 2 k 'x x ' k ' y y ' k 'z z ' ' t ' (5.30)
c
kz ' 0 (5.31a)
v (5.31b)
kx ' 2
c
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Autor: Sergio Carlos Zilio
(5.31c)
kx ' k
c
' kv (5.31d)
v
k'
v v
tg x
c
k'
c 2 c v2 (5.32)
1 2
y
c c
(5.33)
t
Existem cristais anisotrópicos não lineares (KDP, LiNbO3, LiTaO3, etc.) cujos
índices de refração se modificam com a aplicação de um campo elétrico
externo. Estes cristais são denominados eletro-ópticos. Consideremos uma
onda propagando-se pelo cristal ao longo do eixo óptico z, com polarização na
direção do eixo x, conforme mostra a Fig. 5.9. Um campo elétrico variável no
tempo é aplicado, também na direção do eixo x. O índice de refração é dado
por: n t n0 V t , onde V(t) é a voltagem aplicada, é a resposta do
Esta variação do índice de refração produz uma alteração na fase da onda, que
passa a ser:
0 k0 L (5.36)
t
b. Voltagem senoidal
0 k0 LA cos t (5.38)
t
que é modulada pelo termo cos t . Para entendermos como esta modulação
altera o espectro de frequência da luz, vamos analisar o que acontece com a
onda plana neste caso.
exp iMsent J M expint (5.40)
n
n
E E0 expik0n0 L J 0 M expi0t
J1 M expi 0 t J 1 M expi 0 t ...
(5.41)
frequência da luz, que é mostrado na Fig. 5.11. Este tipo de modulação tem
suas principais aplicações na geração de novas frequências para
espectroscopia com laser e no "mode-locking" de lasers.
6: Varredura de frequência
O efeito eletro-óptico é consequência de um processo não linear de segunda
ordem que pode ocorrer em cristais que não possuem simetria de inversão. A
geração de segundo harmônico é um efeito que também tem origem na não
linearidade de segunda ordem. Entretanto, em cristais que possuem simetria
de inversão estes efeitos não se manifestam, e a não linearidade de ordem
mais baixa que pode ocorrer é a de terceira ordem. Meios do tipo Kerr se
enquadram nesta classe de materiais; neles o índice de refração depende do
quadrado do campo elétrico da luz (de sua intensidade), ao contrário do efeito
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Autor: Sergio Carlos Zilio
n l n0 n2l (5.42)
k0 n2 dl
0 (5.42)
dt
Se o pulso for do tipo gaussiano, sua derivada terá uma forma dispersiva e as
frequências geradas variarão no tempo, como mostra a Fig. 5.12. Por outro
lado, um pulso curto tem associado a si um espectro de frequências com uma
certa largura, como veremos posteriormente. Devido à dispersão normal do
meio, as frequências correspondentes ao vermelho caminharão mais
rapidamente e tentarão ficar na parte frontal do pulso (t < 0 na Fig. 5.12).