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Exame Nacional 2008

Física e Química A – 11.° ano


2.a Fase

Sugestão de resolução
1.
1.1. O som necessita de um meio material para se propagar. Como a Lua não possui atmosfera apre-
ciável o som não se propaga, pelo que neste satélite “o silêncio é total”.
1.2. O efeito descrito no último parágrafo do texto, responsável pela temperatura à superfície de
Vénus e responsável também pela temperatura à superfície da Terra, é o efeito de estufa.
1.3. (B).
De acordo com o terceiro parágrafo do texto, “A maior parte da luz que incide na superfície lunar é
absorvida, sendo o albedo de apenas 11%” e de acordo com o último parágrafo “… Vénus é o astro
mais brilhante no céu noturno, uma vez que a espessa camada de nuvens que o envolve reflete
grande quantidade da luz proveniente do Sol”.
1.4. (D).
1
gLua = g Terra; massa do corpo = m
6
FgTerra = m g Terra e FgLua = m g Lua
Fg mg Terra Fg g Terra Fg g Terra Fg
Terra
= = Terra
= § Terra
= § Terra
= 6 § FgTerra = 6 FgLua
Fg Lua
mg Lua Fg Lua
g Lua Fg Lua
1/6 g Terra Fg Lua

1.5. (B).
VLua = g Luat e VTerra = g Terrat § VTerra = 6 g Luat
Para o mesmo tempo de queda, VTerra = 6 VLua, logo o gráfico que melhor traduz como variam os módu-
los da velocidade de um corpo em movimento de queda livre vertical, próximo da superfície da Lua e
próximo da superfície da Terra, em função do tempo de queda é o representado em (B).

2.
2.1. (D).
As forças de interação entre o Módulo de Comando e a Lua são um par ação-reação, pelo que
têm a mesma direção, a mesma intensidade, sentidos opostos e pontos de aplicação no centro de
massa de cada um dos corpos. Estas forças são atrativas.
O diagrama que representa corretamente as forças de interação entre o Módulo de Comando e a
Lua é o (D).
2.2. T = 2 h; R = 1,9 * 106 m
(A) Verdadeira. T = 2 h § T = 2 * 3,6 * 103 s § T = 7,2 * 103 s
(B) Falsa. O módulo da velocidade linear do MC manteve-se constante, mas a velocidade variou
em direção, pois é, em cada instante, tangente à trajetória circular.
(C) Falsa. d = 2 p R ± d = 2 p * 1,9 * 106 m § d = 1,2 * 107 m
(D) Verdadeira. A resultante das forças aplicadas no MC é igual à força centrípeta exercida pela
Lua que, em cada instante, é perpendicular à trajetória.
(E) Verdadeira. O módulo da velocidade é constante e o período também é constante, logo o pro-
duto entre estas duas grandezas é uma constante.
(F) Falsa. O módulo da velocidade linear do MC depende do raio da órbita e do período:
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v = 2p R
T
2p 2p
(G) Verdadeira. w = ±w= rad s- 1 § w = 8,7 * 10- 4 rad s- 1
T 7,2 * 103
(H) Falsa. O valor da energia cinética do MC é constante ao longo da órbita, pois o módulo da velo-
cidade linear também é constante.
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2.3. m = 200 g = 0,200 kg; vA = 0,50 m s- 1


vB = 0 m s- 1; dAB = 51 cm = 0,51 m;
DEp = - 8,16 * 10- 2 J
O trabalho realizado pela força de atrito é igual à variação de energia mecânica da amostra.
WF»a = DEm
e o trabalho realizado pela força de atrito é:
WF»a = - Fa d
DEm
então - Fa d = DEm § Fa = - (1)
d
A variação de energia mecânica é:
DEm = DEc + DEp
A variação de energia cinética entre A e B é:
1 1
DEc = m v 2B - m v 2A ± DEc = 0 - * 0,200 * 0,502 J § DEc = - 2,50 * 10- 2 J
1
2 2 2
O valor da variação de energia mecânica entre A e B é igual a:
DEm = - 2,50 * 10- 2 - 8,16 * 10- 2 § DEm = - 1,07 * 10- 1 J
Substituindo na expressão (1) determina-se a intensidade da força de atrito:
(- 1,07 * 10 - 1)
Fa = - N § Fa = 2,10 * 10- 1 N
0,51
A intensidade da força de atrito que atuou sobre a amostra entre as posições A e B é de 0,21 N.

2.4.
2.4.1. (C).
Quanto mais rápido é o movimento do íman no interior da bobina, maior é a variação do fluxo
magnético que atravessa a superfície delimitada pela espira na unidade de tempo, isto é, maior é
o módulo da força eletromotriz induzida e, consequentemente, maior a energia que o circuito pode
debitar na unidade de tempo.
\Dfm|
\ei| =
Dt
2.4.2. No processo de modulação além do sinal elétrico gerado no microfone é necessária uma onda
portadora sinusoidal de alta frequência.
A modulação consiste na alteração da frequência (FM) ou da amplitude (AM) da onda portadora,
por combinação com a onda que contém a informação a transmitir.

3.
3.1.
3.1.1. (C).
t 3 < > estabelecimento do equilíbrio inicial;
t1 < > estabelecimento da igualdade de concentrações dos reagentes e dos produtos;
t 5 < > momento de adição de HI(g).

3.1.2. H2(g) + I2(g) — 2 HI(g)


A expressão que traduz a constante de equilíbrio, Kc , é:
[HI]2
Kc =
[H2] [I2]
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A partir do gráfico, pode-se obter um dos conjuntos de valores de concentração das espécies em
equilíbrio:
[H2(g)]e = [I2(g)]e = 0,107 mol dm- 3
[HI(g)]e = 0,786 mol dm- 3
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ou
[H2(g)]e = [I2(g)]e = 0,191 mol dm- 3
[HI(g)]e = 1,404 mol dm- 3
Substituindo na expressão da constante de equilíbrio um destes conjuntos de valores, obtém-se:
(0,786)2
Kc = = 54,0
(0,107) (0,107)

3.2.
3.2.1. (C).
(A) Falsa. Os elementos flúor e iodo pertencem a períodos da TP diferentes. Pertencem,
respetivamente, aos períodos 2 e 5.
(B) Falsa. Apresentam valores elevados de energia de ionização.
(C) Verdadeira. O número de eletrões de valência destes elementos é o mesmo: 7. As configura-
ções eletrónicas de valência dos átomos de flúor e de iodo são, respetivamente, 2s 2 2p 5 e 5s 2 5p 5.
(D) Falsa. Como estes elementos pertencem, respetivamente, aos períodos 2 e 5 da TP, apresentam
valores muito diferentes do raio atómico: r (I) > r (F).
3.2.2. – Espetro constituído por três conjuntos de riscas nas zonas do infravermelho, visível e ultravioleta, res-
petivamente, agrupadas em séries espetrais (não diferenciadas na figura).
– Cada risca corresponde à energia libertada numa transição eletrónica descendente entre dois
mesmos níveis energéticos dos átomos de hidrogénio excitados.
– Como a energia do eletrão no átomo está quantizada, os níveis energéticos dos átomos são
descontínuos (só existem níveis separados entre si por quantidades de energia finitas), as diferen-
ças de energia entre esses níveis (que correspondem às energias das radiações que constituem o
espetro) também são descontínuas.
3.2.3. (A).
(A) Verdadeira. As espécies H2O(L) e F-(aq) captam um protão na transformação direta e inversa,
respetivamente: H2O " H3O+ e F- " HF .
(B) Falsa. Só F-(aq) é base de Brönsted-Lowry.
(C) Falsa. Ver (B).
(D) Falsa. Só H2O(L) se comporta como base de Brönsted-Lowry. H3O+(aq) e HF(aq) são ácidos de
Brönsted-Lowry.
4.
4.1.
4.1.1. V = 250 ¿ 0,15 mL
logo, 249,85 mL ≤ V ≤ 250,15 mL
4.1.2. (D).
Quando um líquido forma um menisco côncavo, como o representado na figura, a leitura deve ser
feita de modo que os olhos se situem ao mesmo nível da parte inferior do menisco e olhem na dire-
ção tangente a esta parte do menisco. Esta condição verifica-se unicamente na medição corres-
pondente à alternativa (D).

4.2. V = 250,00 cm3 ; M = 248,22 g mol- 1


c = 3,00 * 10- 2 mol dm- 3
• Cálculo da quantidade de soluto existente em 250,00 cm3 de solução
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n = c * V = 3,00 * 10- 2 mol dm- 3 * 250,00 * 10- 3 dm3 = 7,500 * 10- 3 mol
• Cálculo da massa de tiossulfato de sódio penta-hidratado correspondente
m = n * M = 7,500 * 10- 3 mol * 248,22 g mol- 1 = 1,86 g
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4.3.
4.3.1. (B).
Vdiluído = 50,00 cm3; cdiluído = 6,00 * 10- 3 mol dm- 3
cconcentrado = 3,00 * 10- 2 mol dm- 3
Numa diluição, a quantidade de soluto mantém-se: nconcentrado = ndiluído
Como n = c * V
6,00 * 10 - 3 * 50,00
temos: cdiluído * Vdiluído = cconcentrado * Vconcentrado ± Vconcentrado = cm3
3,00 * 10 - 2
4.3.2. (C). Deverá ser utilizada uma pipeta volumétrica, porque é o instrumento que permite transferir
rigorosamente volumes predeterminados de líquidos.

5.
5.1. (A).
s (NaCL) = 36,0 g NaCL/100 g H2O
m (NaCL) = 90,0 g
m (H2O) = 250 g
Como s (NaCL) = 36,0 g NaCL/100 g H2O, a 25 ºC, a quantidade máxima de soluto (expressa
em gramas) que é possível dissolver em 250,0 g de água, a 25 ºC, é exatamente 90,0 g.
36,0 g * 250 g
m= = 90,0 g
100 g
Obter-se-ia, então, uma solução saturada em NaCL, sem sólido depositado no fundo do reci-
piente, o que corresponde à opção (A).
5.2. HCL(aq) + NaOH(aq) " NaCL(aq) + H2O(L)
• Cálculo da quantidade de HCL(aq) que existe na solução ácida inicial
n (HCL) = c * V = 0,100 mol dm- 3 * 25,0 * 10- 3 dm3 = 2,50 * 10- 3 mol
• Cálculo da quantidade de HCL(aq) que fica em solução depois da adição da solução básica
De acordo com a estequiometria da reação, 1:1, 2,50 * 10 - 3 mol de HC L reagem com
2,50 * 10- 3 mol de NaOH. Como só existem 1,0 * 10- 3 mol de NaOH, conclui-se que o HCL está
em excesso.
n (HCL) que fica em solução = 2,50 * 10- 3 mol – 1,0 * 10- 3 mol = 1,5 * 10- 3 mol
• Cálculo da concentração hidrogeniónica na solução resultante e correspondente valor de pH
n 1,5 * 10 - 3 mol
c (HCL) = = = 4,3 * 10- 2 mol dm- 3
V 35,0 * 10 - 3 dm3
Como HCL é um ácido forte, a sua ionização é praticamente total.
Assim:
c (H3O+) = c (HCL) = 4,3 * 10- 2 mol dm- 3
pH = - log [H3O+] = - log (4,3 * 10- 2) = 1,4

6. mprata = 600 g = 0,600 kg; DT = 0,80 ºC


mC = 8,0 kg; d = 2,00 m
cprata = 2,34 * 102 J kg- 1 ºC- 1
A energia absorvida pelo bloco de prata, energia útil, é:
Eútil = mprata cprata DT ± Eútil = 0,600 * 2,34 * 102 * 0,80 J § Eútil = 1,12 * 102 J
A energia disponibilizada pelo corpo C, Edispon , é igual ao trabalho realizado pelo peso durante a queda.
Edispon = WP" § Edispon = P * d § Edispon = mC g d
Edispon = 8,0 * 10 * 2,00 J § Edispon = 1,60 * 102 J
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Finalmente determina-se o rendimento do processo.


Eútil 1,12 * 102
h= * 100 ± h = * 100 § h = 70%
Edispon 1,60 * 102
O rendimento do processo de transferência de energia é de 70%.

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