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Capítulo X – Precisa-se de trabalhadores - crianças de dois anos podem candidatar-se • A

expansão do mercado foi a principal força que produziu a industria capitalista atual. •
“Produzir mercadorias para um mercado pequeno e estável, onde o produtor fabrica o artigo
para o freguês que vem ao seu local de trabalho e lhe faz uma encomenda, é uma coisa. Mas
produzir para um mercado que ultrapassou os limites de uma cidade, adquirindo um alcance
nacional, ou mais, é outra coisa inteiramente diferente.” • As corporações atendiam a um
mercado local então devia a essa expansão de mercado é que ela perdeu sua utilidade. . • “A
ampliação do mercado criou o intermediário, que chamou a si a tarefa de fazer com que as
mercadorias produzidas pelos trabalhadores chegassem ao consumidor, que podia estar a
milhares de quilômetros de distância”.O próprio mestre artesão exercia 5 tarefas: era
negociante, empregador, capataz e comerciante lojista, ou seja não bastava apenas ele
produzir ele também tinha q eu executar todas essas tarefas. Foi então que surgiram os
intermediários que fizeram com que a tarefa dos mestres se reduzisse a apenas três:
“trabalhador, empregador, capataz. Os ofícios de mercador e comerciante deixaram de ser
atribuição sua, O intermediário lhe entrega a matéria-prima e recebe o produto acabado. O
intermediário coloca-se entre ele e o comprador. A tarefa do mestre artesão passou a ser
simplesmente produzir mercadorias acabadas tão logo recebe a matéria-prima.” • “William
Petty, famoso economista do século XVII, pôs em palavras aquilo que o intermediário estava
fazendo na prática. “A fabricação da roupa deve ficar mais barata quando um carda, outro fia,
outro tece, outro puxa, outro alinha, outro passa e empacota, do que quando todas as
operações mencionadas são canhestramente executadas por uma só mão.” • “Quando se
emprega um grande número de pessoas para fazer certo produto, podemos dividir o trabalho
entre elas. Cada trabalhador tem uma tarefa particular a fazer. Executa-a repetidamente e em
conseqüência se torna perito nela. Isso poupa tempo e acelera a produção.” • Os
intermediários eram contra os métodos antigos de monopólio realizado pelas corporações,
pois o trabalho desse intermediário é dinâmico e esses preceitos corporativos atrapalhavam e
muito o desenvolvimento do trabalho. • Foi a partir daí as corporações começaram a perder
sua força, e foram lentamente se extinguindo e evoluindo para as industrias ( isso tudo foi um
lento processo). • As corporações só foram abolidas legalmente na França depois da
Revolução; na Inglaterra, somente em princípios do século XIX perderam seus privilégios. •
“Por vezes, os mestres ricos de uma corporação tornavam-se empregados de outros mestres,
em outras corporações; outras, uma corporação de determinada indústria gradualmente
assumia as funções de mercador e encomendava artigos às outras corporações da mesma
indústria. Desaparecera a antiga igualdade entre os mestres, que fora fundamental para o
sistema.” • As corporações tentaram lutar contra seu fim, mas foi em vão pois os sistemas
corporativos não conseguiam atender a grande demanda de mercadorias que crescia cada vez
mais. • “Para os camponeses que haviam sido prejudicados com o fechamento de terras, essa
difusão da indústria pelo campo foi uma oportunidade de aumentar de alguns xelins a sua
reduzida renda.” • “No sistema de corporações, que surgira com a economia urbana, o
capitalista tinha apenas um pequeno papel. Com o sistema de produção doméstica, surgido
com a economia nacional, o capital passou a ter papel importante. Era necessário muito
dinheiro para comprar a matéria-prima para muitos trabalhadores. Era necessário muito
dinheiro para organizar a distribuição dessa matéria-prima e sua venda como produto
acabado, mais tarde. Era o homem do dinheiro, o capitalista, que se tornava o orientador, o
diretor do sistema de produção doméstica.” Ou seja, os artesões produziam em suas casa com
suas ferramentas mais quem os controlava eram os intermediários • Do século XVI ao XVIII os
artesãos independentes da Idade Média tendem a desaparecer, e em seu lugar surgem os
assalariados, que cada vez dependem mais do capitalista-mercador-intermediário-
empreendedor. Parte importanteee !!! É útil fazermos um sumário das fases sucessivas da
organização industrial: 1. Sistema familiar: os membros de uma família produzem artigos para
seu consumo, e não para a venda. O trabalho não se fazia com o objetivo de atender ao
mercado. Princípio da Idade Média. 2. Sistema de Corporações: produção realizada por
mestres artesãos independentes, com dois ou três empregados, para o mercado, pequeno e
estável. Os trabalhadores eram donos tanto da matéria-prima que utilizavam como das
ferramentas com que trabalhavam. Não vendiam o trabalho, mas o produto do trabalho.
Durante toda a Idade Média. 3. Sistema doméstico: produção realizada em casa para um
mercado em crescimento, pelo mestre artesão com ajudantes, tal como no sistema de
corporações. Com uma diferença importante: os mestres já não eram independentes; tinham
ainda a propriedade dos instrumentos de trabalho, mas dependiam, para a matéria-prima, de
um empreendedor que surgira entre eles e o consumidor. Passaram a ser simplesmente
tarefeiros assalariados. Do século XVI ao XVIII. 4. Sistema fabril: produção para um mercado
cada vez maior e oscilante, realizada fora de casa, nos edifícios do empregador e sob rigorosa
supervisão. Os trabalhadores perderam completamente sua independência. Não possuem a
matéria-prima, como ocorria no sistema de corporações, nem os instrumentos, tal como no
sistema doméstico. A habilidade deixou de ser tão importante como antes, devido ao maior
uso da máquina. O capital tornou-se mais necessário do que nunca. Do século XIX até hoje. • O
contrário também ocorreu. O predomínio de qualquer estágio de desenvolvimento industrial
não significa o desaparecimento total do estágio precedente. O sistema de corporações
perdurou muito depois de ter aparecido o sistema doméstico

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