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MARQUESIN, Denise Filomena bagne; BENEVIDES, Claudio Roberto; BAPTISTA,

Denise Cristina. Leitura e Escrita no Ensino Superior. Revista de Educação:


Faculdade Anhanguera. Jundiaí, SP, v.14, n.17,2011, p.9-28.

Introdução:

“As práticas sociais que se realizam entre os sujeitos por meio da linguagem
encontram-se inevitavelmente baseadas no letramento, condição em que existe um
conhecimento sobre a escrita que as pessoas adquirem pelo fato de estarem
inseridas numa sociedade letrada.” (p.10).
“O letramento pode ser considerado um processo complexo, que quase sempre é
visto como associado à alfabetização. [...]. Estes pressupostos teóricos perpassam o
nosso artigo com a intenção de refletirmos sobre as dificuldades dos alunos que
ingressam na faculdade. [...]” (p.10).
“Assim inicialmente apresentaremos algumas concepções sobre os níveis de
linguagem enfatizando a importância da distinção entre a fala e escrita, ou seja entre
a linguagem oral e a linguagem escrita.”(p.10)
“Para enfatizar as concepções de alfabetização e letramento, pautamos nossas
reflexões em autores como Rojo (2002), Back (2000) e Milanesi (1990). Abordamos
algumas questões sobre as dificuldades de leitura e de escritas e apresentamos
informações que confirmam a importância da leitura constante de diferentes gêneros
textuais, [...]” (p.10).

Níveis de linguagem - Distinção entre fala e escrita:


“[...], o português, como qualquer outra língua, não é estático e imutável. [...],
podemos dizer que a língua não é uma unidade uniforme — ela poderia ser
definida por um conjunto de variedades.” (p.10).

“Essa diversidade na utilização da língua, que implicou o surgimento de diversos


níveis de linguagem, é consequência de inúmeros fatores, como, por exemplo, o
nível sociocultural.” (p.11).

“[...], é importante destacar também as variações que a língua sofreu no decorrer


do tempo, ou seja, a variação histórica. Por exemplo, o vocabulário muda: muitas
palavras usadas freqüentemente no século XIX caíram em desuso nos séculos
XX e XXI. Por outro lado, novas palavras e expressões surgiram ao longo dos
séculos, [...]” (p.11).

“Não podemos desconsiderar o fato de que a língua falada é diferente da língua


escrita, ou seja, falamos de um modo e escrevemos de outro, pois a língua
escrita e a língua falada são duas modalidades diferentes de comunicação,
tendo cada uma delas suas características próprias. [...]” (p.11).
“É importante ressaltar que a língua escrita não é mais nem menos importante que
a língua falada. Não existe “superioridade” de uma ou de outra. São apenas
modalidades diferentes que se realizam em contextos diferentes. [...]” (p.12).

A importância da leitura:

“A leitura não é uma questão de tudo ou nada, é uma questão de natureza, de


modos de redação, de trabalho, de produção de sentidos, em uma palavra, de
historicidade. ENI ORLANDI (2005)” (p.14).

“Em verdade, a preocupação com a leitura — e evidentemente com a escrita —


esteve sempre muito presente na história.” (p.14).

“[...], a leitura e a escrita vêm sendo quase sempre focalizadas como elementos
das linguagens exclusivamente da escola e vistas como operações básicas, cuja
pertinência seria antes de tudo da área pedagógica.” (p.15).

“[...], ensinar o aluno a ler e escrever é uma das principais tarefas da escola. A
leitura e a escrita são muito importantes para que as pessoas exerçam seus
direitos, possam trabalhar e participar da sociedade com cidadania, informar-se
e adquirir novos conhecimentos ao longo de toda vida.” (p.16).

Desafios e possibilidades docentes:

“O mundo contemporâneo apresenta uma multiplicidade de demandas para a


escola e também para a universidade: a velocidade de informações, novas
tecnologias da comunicação; a premência das questões ambientais; e as várias
concepções de cidadania que permeiam nosso cotidiano.” (p.25).

“Como este artigo trata sobre a aquisição da linguagem como recurso para
apropriar- se do texto na sua totalidade, explana-se cada um desses pilares,
tentado tratá-los como desafios, mas também trazendo possibilidades para os
estudantes se tornarem eficientes como leitores e produtores de textos.” (p.25).

Considerações Importantes:

“[...], as deficiências sentidas pelos universitários recém-chegados à academia


levam alunos e professores à busca de soluções para tais problemas,
principalmente em cursos que o uso da escrita e da leitura, são instrumentos
indispensáveis para a atuação profissional, [...]” (p.27).

“[...], os alunos quando questionados sobre tais dificuldades, o senso comum


indica a necessidade de ampliar a leitura. No entanto, para ler, é preciso, além
do texto escrito, tempo! [...]” (p.27).

“Em razão desses fatores, a intenção, neste artigo, foi também trazer algumas
reflexões sobre a concepção de aprendizagem docente, enfatizando a
necessidade de investimento na sua intenção e de significações que permitam
uma relação com as formas de aprender, [...]” (p.27).
“[...] os estudantes da graduação já são portadores de um conhecimento
linguístico prévio; sendo assim, reforça-se a necessidade de os professores
universitários insistirem de forma mais acentuada no oferecimento constante,
senão diário, de oportunidades de leitura e produção de textos, [...]” (p.27).

“Partindo do pressuposto de que exista consenso a respeito da importância da


leitura e da produção de textos, o mesmo não pode ser afirmado a respeito das
estratégias sobre como concretizá-las. [...], várias são as propostas e várias são
as abordagens teóricas subjacentes a elas. [...], esta também pode e deve ser
revisitada. [...]” (p.27).

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