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SANTA CRUZ/RN
2019
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SANTA CRUZ/RN
2019.
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BANCA EXAMINADORA
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Profª. Meª. Vanessa Teixeira De Lima Oliveira – Coorientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Profª. Drª Polyana Campos Nunes – Membro da banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Dedico esse trabalho aos meus pais, Joana D’arc Bezerra da Costa Assis e Jair
Francisco de Assis, exemplos de seriedade, honestidade e caráter.
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AGRADECIMENTOS
Enfim, chegando ao fim dessa longa caminhada, portanto não poderia deixar
passar despercebido os meus sinceros agradecimentos àqueles que sempre
estiveram ao meu lado.
Primeiramente, começo agradecendo a Deus por me dar força e me mostrar
que sou capaz daquilo que almejo. E por não me fazer desistir quando eu pensei que
não tinha saída.
Aos meus pais Joana D’arc Bezerra da Costa Assis e Jair Francisco de Assis e
a todos familiares por apoio, carinho e por não medirem esforços para que eu pudesse
conquistar mais essa etapa na vida.
A minha querida mestre Prof.ª Meª. Pryscila Araújo de Goes por todo cuidado,
zelo, carinho e coragem em embarcar nesse desafio que foi orientar meu trabalho de
conclusão de curso. Agradeço também a Prof.ª Meª. Thayse Hanne Câmara Ribeiro
do Nascimento por sua disponibilidade, competência e seus conselhos para que eu
pudesse desenvolver da melhor forma esse trabalho. Bem como, por sempre acreditar
no meu potencial. Agradeço também a Prof.ª Meª. Vanessa Teixeira de Lima Oliveira
por aceitar a coorientação desse trabalho e poder enriquecê-lo com seus
conhecimentos.
Em especial agradeço ao meu grande amigo João Gabriel Carvalho de Lima
Pires (in memorian), por todos os momentos vividos juntos, pelas palavras de carinho
e amparo, conselhos e por sua linda amizade. Agradeço também ao meu irmão de
coração e alma Thiago Galhardo do Nascimento Rocha por desempenhar o papel de
irmão em minha vida, por sempre me motivar e dizer que sou capaz, por sua
irmandade e por tudo que já fez por mim.
Aos colegas de profissão que conheci durante a graduação e demais amigos,
obrigada pelo incentivo e apoio.
A todos, meu muito obrigada!
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“Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele.”
(Nelson Mandela).
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 9
2 JUSTIFICATIVA...................................................................................... 11
3 OBJETIVOS............................................................................................. 12
3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................. 12
3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS................................................................... 12
4 MÉTODOS.............................................................................................. 13
5 DESENVOLVIMENTO............................................................................. 17
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA....................................................... 17
5.2 ANÁLISE DAS ABORDAGENS SOBRE SUSTENTABILIDADE............. 18
5.2.1 Manejo de resíduos................................................................................ 22
5.2.1.1 Reaproveitamento de Resíduos........................................................... 22
5.2.1.2 Descarte de resíduos e separação do lixo.......................................... 23
5.2.1.3 Destino do óleo utilizado....................................................................... 25
5.2.2 Uso de produtos biodegradáveis......................................................... 26
5.2.3 Gestão hídrica e de energia.................................................................. 27
PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E
5.3 28
NUTRIÇÃO..............................................................................................
5.3.1 Práticas referidas para avaliação da sustentabilidade em UANs...... 28
5.3.2 Presença do profissional nutricionista nos estabelecimentos......... 30
5.3.3 Relato de experiência sobre aplicação de práticas sustentáveis...... 31
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 33
REFERÊNCIAS....................................................................................... 36
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Resumo
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 MÉTODOS
GESTÃO SUSTENTÁVEL
5 DESENVOLVIMENTO
Relacionou as
relacionadas ao destino, reaproveitamento - Presença do profissional
POSPISCHEK et al., práticas
de sobras e restos de refeições; volume de nutricionista na UAN;
2014. sustentáveis com o
descarte de material orgânico e destino; - Destino do óleo utilizado;
manejo de resíduos.
tipos de embalagens utilizadas; coleta - Coleta seletiva de
seletiva de recicláveis; separação de lixo recicláveis;
reciclável e destino do óleo de fritura.
- Manejo de resíduos;
Avaliar as práticas de sustentabilidade - Descarte de resíduos;
ambiental desenvolvidas em UPRs foi Fez relação com o - Presença do profissional
caracterizado pelo tipo de atividade manejo de resíduos, nutricionista na UAN;
ARTIGO II
sustentabilidade no
da UAN, observando questões relativas às recicláveis;
ARAÚJO; CARVALHO, processo de gestão,
sobras, técnicas de pré-preparo, controle - Padronização dos
2015 desde o cultivo até o
sobre a produção, bem como a identificação processos de cocção por
serviço de
de iniciativas sustentáveis aplicadas na meio de uma ficha técnica de
refeições.
gestão e operação da unidade. preparação.
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ARTIGO
âmbito do serviço de alimentação hospitalar
para avaliação das - Destino do óleo utilizado;
VIII
MAGRINI; BASSO, 2016. e fornecer aos nutricionistas um checklistpráticas - Gestão hídrica e de
contemplando questões sobre sustentáveis em energia.
sustentabilidade. UAN.
Identificar e quantificar os produtos - Manejo e descarte dos
ARTIGO
OLIVEIRA et al., 2014. distribuição das refeições, bem como os descartáveis e recicláveis;
produtos de limpeza usados para todas as produtos de limpeza - Consumo de descartáveis e
tarefas desempenhadas em uma UPR. geração de lixo
A visão dos
- Manejo de resíduos;
ARTIGO
gestores a cerca da
Analisar as ações de responsabilidade - Destino do óleo utilizado;
KREMER; COSTA, 2013. sustentabilidade e
X
A partir das abordagens explanadas acima, foram escolhidas as práticas que mais se
destacavam como também as que se diferenciavam, e assim foram categorizadas em
6 tópicos: Reaproveitamento de resíduos; Descarte de resíduos e separação do óleo;
Presença do profissional nutricionista nos estabelecimentos; Destino de óleo utilizado;
Uso de produtos biodegradáveis; e Gestão hídrica e de energia.
Com base no nosso estudo, foi observado no artigo I que 87,5% dos dezesseis
estabelecimentos pesquisados realizavam coleta seletiva, entretanto apenas 18,7%
contam com o auxilio de recipientes com cores distintas para cada resíduo.
Em sua grande maioria, os resíduos gerados em UANs são papeis, papelão,
metais, vidros, aparas e sobras do pré-preparo e preparo dos alimentos (KINASZ;
WERLE, 2004). A separação dos resíduos orgânicos dos demais resíduos tende a
facilitar o processo de reciclagem, pois comercialmente se torna mais fácil e acaba
sendo mais propicio ao reaproveitamento (IBGE, 2002).
Ainda sobre o artigo I, observou-se que 75% dos estabelecimentos separam os
resíduos sólidos dos orgânicos. E percebeu-se que os resíduos orgânicos são os mais
produzidos, vindos logo após os resíduos sólidos e recicláveis.
No artigo II foi observado que a coleta seletiva é realizada por 25% dos trinta
e dois estabelecimentos analisados. No bairro onde estão situados os restaurantes a
prefeitura dispõe da coleta de resíduo sólido não orgânico, porém apenas 15,65%
encaminham os resíduos a essa coleta. Já em seu estudo, o artigo IV não identificou
uma coleta seletiva de lixo reciclável, tendo todo o resíduo produzido é destinado a
coleta urbana.
Um dado importante analisado por Vilhena et al. (2007), foi que o Brasil
consegue gerar mais de 100 mil toneladas de lixo por dia, sendo 60% é constituída de
material orgânico. Todavia, apenas 1% de todo esse montante é aproveitado na
reciclagem.
No estabelecimento estudado pelo artigo V, constatou-se que o mesmo seguia
o que preconiza o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) uma vez que faziam uso da
coleta seletiva por cores. Outro ponto importante foi que o local onde o
estabelecimento se encontra também dispõe de outros pontos de coletas distinguidas
por cores. Os resíduos sólidos recicláveis são recolhidos por essas lixeiras coloridas
e os resíduos orgânicos são acondicionados em sacos de cor marrom resistente, para
que assim seja feito o descarte de forma correta. Observou que o restaurante adota
práticas importantes, como por exemplo, a separação dos resíduos orgânicos e
sólidos, separação do óleo utilizado, utilização da luz solar, entre outros. Podemos
observar que os estabelecimentos fazem sua contribuição na redução dos impactos
ambientais, no qual proporciona geração de renda para a comunidade e cooperativas
de reciclagem. Um dos fatores que possa ter influenciado essas práticas na UAN é
por ela está inserida dentro de uma universidade.
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porém o autor não informou se a empresa fabrica produtos a partir desse óleo. No
artigo V, por se tratar de uma UAN institucional o óleo utilizado no Restaurante
Universitário é encaminhado para a administração da universidade para que alunos
de outros cursos possam usar para a fabricação de produtos de limpeza.
De acordo com o artigo VIII, alguns estabelecimentos tem parceria com uma
empresa que coleta o óleo utilizado e depois de juntar um montante repassa esse óleo
para outra empresa que fabrica biodiesel. Outro estabelecimento faz a doação a uma
empresa que fabrica sabão e que fornece esse produto a UAN. O artigo XI não
observou essa preocupação na maioria dos estabelecimentos, no quais descartam o
óleo no lixo comum. Um restaurante entrevistado faz a venda do óleo utilizado a uma
empresa que fabrica sabão, método que já ocorre há dois anos.
Com base nas práticas dispostas acima (Tabela 1) foram observadas tanto
aquelas que eram comuns entre os estudos, como também algumas que se
destacaram durante a pesquisa. Nesse tópico falaremos sobre elas destacando como
práticas inovadoras que podem ser desenvolvidas em UANs que buscam uma gestão
mais sustentável.
Presença do
Descarte de
Reaproveitamento profissional Destino do óleo Uso de produtos Gestão hídrica e de
resíduos e
de resíduos nutricionista nos utilizado biodegradáveis energia
separação do lixo
estabelecimentos
Artigo
X X X X
I
Artigo
X X X X X X
II
Artigo
X
III
Artigo
X X X X
IV
Artigo
X X
V
Artigo
VI
Artigo
X
VII
Artigo
X X
VIII
Artigo
X
IX
Artigo
X
X
Artigo
X X
XI
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a pesquisa foi possível observar que com o passar dos anos o tema
sustentabilidade se tornou mais evidente. Isso foi possível analisar durante a pesquisa
e seleção dos artigos, os quais ficaram mais evidentes depois da década de 2000,
tendo poucas publicações durante a década de 1990
Outro ponto encontrado foi que apesar de ter um número elevado de artigos
nas bases de dados com a temática sobre resto-ingestão infelizmente na maioria das
vezes não estão associados à sustentabilidade e práticas sustentáveis. O que pode
ter sido um fator influenciador no quantitativo dos artigos encontrados. Essa
informação deve também nos chamar a atenção sobre a compreensão dos
profissionais e pesquisadores da área sobre as práticas de gestão em UAN e sua
relação com a sustentabilidade.
Foi visto nos artigos encontrado que a Gestão sustentável de uma UAN está
relacionada a práticas que envolvem a redução do desperdício de alimentos,
separação do lixo, redução do consumo de água e energia, bem como, o descarte
correto de óleo. O Reaproveitamento de resíduos, uso de produtos biodegradáveis e
Presença do profissional nutricionista nos estabelecimentos também foram práticas
relacionadas a sustentabilidade, porém com uma menor frequência, apesar de serem
igualmente relevantes.
Foi observado também que se faz necessário que haja um instrumento oficial
para análise das práticas sustentáveis nos estabelecimentos, pois na maioria dos
artigos foi possível observar que muitos faziam uso de instrumentos já existentes na
literatura, porém não eram direcionados a práticas sustentáveis fazendo com que
houvesse adaptação do instrumento pelos autores. Espera-se que a confecção de um
instrumento oficial padronizado e validado possa incentivar melhor a implantação de
práticas sustentáveis na gestão das UANs, além se servir de base para uma adequada
fiscalização pelos órgãos públicos competentes. Vê-se necessário também que haja
incentivos do governo para que as UANs adotem práticas sustentáveis e mostrar que
a adoção de práticas sustentáveis não deve ser uma exceção, mas sim uma regra às
Unidades de Alimentação e Nutrição e Restaurantes de modo geral.
Fica a sugestão para que a temática da Sustentabilidade seja cada vez mais
abordada em conteúdos relacionados a área de produção de alimentos,
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REFERÊNCIAS
LIBERATI, A.; et al. Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-
análises: A recomendação PRISMA. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 24, 2015.
Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ress/v24n2/2237-9622-ress-24-02-00335.pdf.
Acesso em 20 ago. 2019.
MENEZES R.R.; NEVES G. de A.; FERREIRA H.C. O estado da arte sobre o uso
de resíduos como matérias-primas cerâmicas alternativas. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, ed: 6, 2002.