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EUCARISTIA 2023

PROF. PE JAIRO UCSAL


INTRODUÇÃO

 A liturgia é a vida, o centro, a fonte e o cume para onde convergem todas as


ações da Igreja.
 A palavra Lit + urgia :
 laos = povo e ergon = ação, trabalho, serviço, ofício.
 A liturgia é a “ação do povo”, “serviço da parte do povo e em favor do povo”.
 Na tradição cristã, significa que o povo de Deus torna parte na “obra de
Deus”.

 Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e
por ela, a obra da redenção.
 Nenhuma comunidade vive sem a celebração da liturgia, pois ela é essencial
na vida da comunidade.
 Ontológico: ser criado
 Existencial : necessidade de seguir normas e leis
 Político: consequência ontológica
 Mistagógico: viver em Cristo.
 As liturgias bem celebradas inserem as pessoas através da ação simbólico-ritual na
vivência do mistério pascal de Cristo.

 Segundo milênio da fé cristã: mudança na prática cristã

 A liturgia perdeu muito do que era característico da sua origem. Tantas coisas
desnecessárias foram inseridas nas igrejas (espaço litúrgico).

 Outro fator importante

 a fé passou a ser por demais racionalizada.

 1. Itinerário em mudanças: vivido, experienciado, depois compreendido nas escolas


catequéticas,

 2. Itinerário : estudado, depois vivido, havendo uma inversão de valores.


CONCEITO DE MISTAGOGIA

 ESTRUTURA DA INICIAÇÃO DOS ADULTOS

 A iniciação dos catecúmenos faz-se à maneira de uma caminhada progressiva, dentro da


comunidade dos fiéis.

 RICA 7
 4. A iniciação dos catecúmenos faz-se à maneira de uma caminhada
progressiva, dentro da comunidade dos fiéis

 5. O Ritual da iniciação acomoda-se ao caminho espiritual dos adultos,


caminho diferente consoante a multiforme graça de Deus, a livre cooperação
de cada qual, a ação da Igreja e as condições de tempo e de lugar.
 6. Nesta caminhada, além de um tempo de procura e amadurecimento (cf.
infra, n. 7, p. 23), há vários «degraus» ou «passos», pelos quais o
catecúmeno, ao caminhar, como que passa uma porta ou sobe um degrau:
 a) o primeiro é quando alguém, que chegou à conversão inicial, quer tornar-
se cristão, e é recebido pela Igreja como catecúmeno; b) o segundo é quando,
já adiantado na fé e quase no fim do catecumenado, é admitido a uma
preparação mais intensa para os sacramentos; c) o terceiro é quando,
completada a preparação espiritual, recebe os sacramentos pelos quais o
cristão é iniciado.
 Temos assim três «degraus», «passos» ou «portas» que devem ser tidos como
momentos maiores ou mais densos da iniciação.
 a) o primeiro tempo, que da parte do catecúmeno exige uma procura, é
destinado à evangelização por parte da Igreja e ao «pré-catecumenado», e
conclui-se pela entrada na «ordem dos catecúmenos»;
 b) o segundo tempo, que começa com esta entrada na ordem dos
catecúmenos, e pode durar vários anos, é consagrado à catequese e aos ritos
a ela anexos, e termina no dia da eleição;
 c) o terceiro tempo, mais breve, que habitualmente coincide com a
preparação para as solenidades pascais e para os sacramentos, é destinado à
purificação e à iluminação;
 d) o último tempo, que se prolonga por todo o tempo pascal, é destinado à
«mistagogia», isto é, por um lado à recolha da experiência e dos frutos da
vida cristã e, por outro, à entrada no convívio da comunidade dos fiéis,
estabelecendo com ela relações profundas.
 Mais que um tempo como proposto pelo RICA, mistagogia pode ser entendido como
um “método” utilizado com muito sucesso nos primeiros séculos.

 O termo “Mistagogia” : é composto de duas partes: ‘mist’ (vem de ‘mistério’) +


‘agogia’ (tem a ver com ‘conduzir’, ‘guiar’...) =

 a ação de guiar, conduzir, para dentro do mistério

 ação pela qual o mistério nos conduz.


 Os padres gregos usam os termos mystagôgéô (introduzo ao mistério) e mystagôgia
(introdução aos mistérios), ao recordarem a iniciação sacramental.

 Estes termos eram aplicados em diferentes situações e significados:

 - como introdução aos mistérios;

 - como iniciação ao mistério do Batismo e da Eucaristia;

 - como a revelação na Bíblia;

 - como introdução ao Mistério de Cristo, do Espírito Santo e da Igreja;

 - e também como ensinamento espiritual.

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