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O que são Dispositivos Extraglóticos?

Dispositivos
Supraglóticos (DSGs)
Colocados acima
da laringe 1ª geração (sem luz para
Dispositivos Máscaras drenagem gástrica)
Extraglóticos (DEGs) Laríngeas 2ª geração (com luz para
drenagem gástrica)
Dispositivos Retroglóticos
(DRGs) ou Infraglóticos
Esôfago superior
King LT airway
EasyTube
Combitube

1
DEG - Tipo Supraglóticos
ML Classic ML ProSeaL ML Supreme

ML Unique ML Flexible
Fonte: LMA Company.

ML Fastrach ML Protector ML CTrach

(Reutilizável) (Descartável)

(Descartável)

ML Fastrach Unique EVO


Fonte: LMA Company.

2
Aura Straight Aura-40 Aura-i

(Descartável)

Aura Once Aura-Flex Aura-Gain

(Descartável) (Cirurgias) (Descartável


- Intubação)

Fonte: AMBU.

Cookgas ILA Air Q I-gel

(Reutilizável) (Descartável)

Fonte: AMBU.

3
Indicações de uso
Resgate da via aérea quando a VBVM é difícil e houve falha com a intubação.
Resgate de “tentativa única” realizada simultaneamente com a preparação para a
cricotireotomia na via aérea falha “não consigo intubar, não consigo oxigenar” (NINO).

Alternativa mais fácil e mais efetiva à VBVM nas mãos de fornecedores de suporte básico
de vida ou de equipe de resgate não médica.
Alternativa à intubação endotraqueal para fornecedores de suporte avançado de vida.

Alternativa à intubação endotraqueal para o manejo eletivo da via aérea na sala de


cirurgia em pacientes adequadamente selecionados.

Conduto para facilitar a intubação endotraqueal (determinados tipos de DSGs de


intubação).

Posição do Dispositivo

Fonte: SPRINGERLINK.

4
Tamanho dos Dispositivos
Tamanho da Máscara Laríngea (ML), ML Descartável e ML de Intubação
Recomendado Baseado no Peso
PESO ML ML Descartável ML de Intubação
Menos de 5 kg 1 1 -
5-10 kg 1,5 1,5 -
10-20 kg 2 2 -
20-30 kg 2,5 2,5 -
30- 50 kg 3 3 3
50-70 kg 4 4 4
70-100kg 5 5 5
Mais de 100kg 6 - -

Informações dos Dispositivos

Fonte: viaaereadificil.com.br.

5
Fonte: viaaereadificil.com.br.

Inserção dos Dispositivos


Complete a inserção
Posição inicial de empurrando a ML no
inserção para a ML restante do caminho
Classic e ML Unique. com a outra mão.

Inserir a ML até o
limite do comprimento Insufle o colar da ML
de seu dedo.

6
Inserção de Máscara Laríngea

Inserção i-GEL
1

2 3 4

Fonte: PHTLS, 9ª ED.

7
Inserção FASTRACH

Fonte: Reserchgate Fonte: Reserchgate

1 2 3

Fonte: WALLS, 2019.

4
5

6 7

Fonte: WALLS, 2019.

8
Inserção COOKGAS

1 2 3

Fonte: PHTLS, 9ª ED.

Inserção COOKGAS

4 5

Fonte: PHTLS, 9ªED.

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Vantagens e desvantagens das máscaras laríngeas
Vantagens Desvantagens
• Inserção rápida • Não protege contra à aspiração
• Volume corrente fornecido maior que com • Não pode ser usada se a boca não abrir mais
máscara facial que 1,5 cm
• Difícil fornecer ventilações adequadas se for
• Menos insuflação gástrica que a BVM
necessário pressões elevadas
• Ventilação equivalente a do tubo traqueal

• Treinamento mais simples que a intubação

• Não afetado por fatores anatôticos (barba,


ausência de dentes)
• Não existe risco de intubação esofágica
Contraindicações: Profissionais não treinados; Risco de aspiração (estômago cheio).
Fonte: ACLS (ASHI), 2018.

DEG- Tipo Retroglóticos


Combitube EasyTube King LT King LTS iLT-D

37F (1,22m a 1,67m) Endoscópio flexível Tubo Gástrico Intubação


41F (1,67m acima) 28F(1,22m a 1,67m)
41F (1,67m acima)
Fonte: QUADMED, 2020

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Tubo Laríngeo
Indicações:
• Paciente inconsciente.
• Paciente com reflexo faríngeo ausente.
• Fracasso com medidas menos invasivas.
• Incapacidade de intubar.
Fonte: PHTLS, 9ED.

Contraindicações:
• Reflexo faríngeo presente.
• Doença esofágica conhecida ou suspeita.
• Ingestão de substância cáustica.
• Lesão na garganta.
Fonte: Cathlabdigest.

Tubo Laríngeo
Vantagens Desvantagens
• A entrada pode ser ocluída por
• Treinamento mínimo;
secreções
• Pode causar trauma aos tecidos devido
• Sem necessidade de laringoscopia;
a rigidez
• Trauma devido uso de tamanho
• Mais compacto que o combitube;
inadequado
• Formato reduz a possibilidade de • Danificação dos balonetes devido aos
penetração traqueal; dentes
• Capacidade de inserir cateter de
aspiração gástrica;
• Uso mais simples que outros
dispositivos. Fonte: ACLS (ASHI), 2018.

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Tamanho do Tubo Laríngeo
Tamanho do Tubo Laríngeo de acordo com o Peso/a altura
Tamanho Paciente Peso/Altura Cor
0 Neonatal < 5 kg Transparente
1 Bebê 5-12 kg Branco
2 Pediátrico 12-25 kg Verde
2,5 Pediátrico 125-150 cm Laranja
3 Adulto <155 cm Amarelo
4 Adulto 155-180 cm Vermelho
5 Adulto > 180cm Roxo
Fonte: CELMAT.

Quanto Insuflar?

Fonte: CELMAT.

12
Quanto Insuflar?

Fonte: EMS WORLD.

Tamanho da Sonda Gástrica

LTS-D Sonda
Gástrica
0 10 Fr
1 10 Fr
2 16 Fr
2,5 16 Fr
3 18 Fr
4 18 Fr
5 18 Fr
Fonte: CELMAT.

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Variações de Tubos Laríngeos
LT LT-D LTS LTS-D iLTS-D

Reutilizável Uso único Reutilizável Descartável Descartável


Sem acesso gástrico Sem acesso gástrico Com acesso gástrico Com acesso gástrico Com acesso gástrico
Permite intubação
Fonte: CELMAT.

Inserção do Tubo Laríngeo

1 2 3

Fonte: PHTLS, 9ED.

14
Inserção do Tubo Laríngeo

4 5 6

Fonte: PHTLS, 9ED.

Inserção de tubo laríngeo

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Combitube
Indicações:
• Dificuldade em obter selo com a BVM
(barba, ausência de dentes).
• Intubação mal sucedida.
• Profissionais não treinados em intubação.
Contraindicações: Fonte: PHTLS, 9ED.

• Reflexo faríngeo intacto.


• Ingesta de substância cáustica.
• Doença esofágica conhecida ou suspeita.
• Obstrução de vias aéreas superiores por
corpo estranho.
• Paciente com menos de 1,22 m de altura. Fonte: WALLS, 2019.

Combitube
Vantagens Desvantagens
• Entrada proximal pode ser ocluída por
• Treino mínimo.
secreções;
• Identificação do posicionamento pode ser
• Não requer laringoscopia.
difícil;
• Não necessita hiperextensão da cabeça. • Risco para trauma dos tecidos moles;
• Ventilação adequada em posição esofágica
• Dano aos balonetes pelos dentes;
ou traqueal.
• No esôfago permite aspiração de
• Incapacidade de introdução devido a
conteúdo gástrico sem interromper a
abertura limitada da boca.
ventilação.
• Reduz risco de aspiração de conteúdo
gástrico. Fonte: ACLS (ASHI), 2018.

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Combitube - Posicionamento
Possibilidade 1 Possibilidade 2

Fonte: ACLS (ASHI), 2018.

Combitube - Posicionamento

Fonte: ACLS (ASHI), 2018. Fonte: ACLS (ASHI), 2018.

• Disponível nos tamanhos 41 e 37 French; • Balonete proximal 80 a 100 ml de ar.


1. 37 Fr é usado em pacientes com altura • Balonete distal 15ml de ar.
entre 1,22 m e 1, 52m. • Inserido até a marca do tubo.
2. 41 Fr é usado em pacientes com altura • Testa-se primeiro o tubo azul mais longo,
maior que 1,52m. do esôfago.
• Se não houver sons respiratórios testa-se o
tubo claro da traqueia.

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Conhecendo o combitube

Dificuldade com DEG: RODS


R – Restrição: Doenças que restrinjam a capacidade pulmonar (asma, edema
pulmonar), restrição da abertura da boca, restrição cervical.
O – Obstrução/Obesidade: Obstrução das vias aéreas por corpo estranho.
Obesidade, maior pressão para ventilação eficaz (peso torácico e conteúdo
abdominal).
D – Distorção ou Rompimento da Via Aérea: lesão cervical penetrante com
hematoma, epiglotite e abscesso faríngeo (dificultam o posicionamento
adequado).
S – Distância Tireomentoniana Curta (short): Um espaço mandibular
pequeno, conforme avaliado pela distância tireomentomiana do paciente,
pode indicar que a língua fica menos na fossa mandibular e mais na cavidade
oral.

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Detalhes Importantes
• A inserção prolongada de qualquer
DEG retroglótico não é recomendada e
a troca por um TET é estimulada dentro
de 2-4 horas quando isso puder ser
feito de forma segura.
• Pressão do cuff:
1. Tubo traqueal
18 a 22 mmHg ou 25 a 30 cmH2O.
• Dispositivos Extraglóticos
< 60 cm H20.
• Fixação e Ventilação Mecânica.
Fonte: WALLS, 2019.

Estuda que a vida muda!

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1. (UNIRIO/CESGRANRIO/2019) A Máscara Laríngea se configura como um
aparato de manejo para as vias aéreas, no suporte avançado de vida. A
escolha do tamanho dessa máscara deve considerar o peso aproximado do
paciente.
A máscara laríngea
a) deve ser inserida, o mais superficialmente possível, na hipofaringe.
b) dispensa o uso de gel lubrificante.
c) é indicada para pacientes com discreta depressão do nível de consciência.
d) é utilizada no paciente pelo profissional enfermeiro ou pelo médico.
e) não apresenta manguito pneumático e cuff para insuflação.

2. (Pref. de Jardim Alegre-PR/Instituto UniFil/2019) Sobre o uso da máscara


laríngea (ML), assinale a alternativa incorreta.
a) A extensão da cabeça e do pescoço favorece a inserção da ML, mas no
traum a, a manobra de elevação da mandíbula é suficiente para facilitar o
procedimento.
b) A ML protege as vias aéreas da regurgitação.
c) Excesso de lubrificante pode causar obstrução da faringe e laringoespasmo.
d) Durante o procedimento do enchimento do cuff é normal ocorrer um
retrocesso de 1 a 1,5cm da ML devido ao acomodamento do coxim da ML
sobre as estruturas supraglóticas.

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3. (EBSERH/AOCP/2015) Das alternativas a seguir, qual corresponde a um
exemplo de via aérea definitiva?
a) Intubação nasotraqueal.
b) Cricotireoidostomia por punção.
c) Máscara laríngea.
d) Combitubo.
e) Máscara de venturi.

(Editora Brasileiro & Passos/Equipe RP/2020) Sobre a indicação do uso de


dispositivos Extraglóticos, julgue o item a seguir.
4. Resgate da via aérea quando a VBVM é difícil e houve falha com a
intubação.
( ) Certo
( ) Errado

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5. (Editora Brasileiro & Passos/Equipe RP/2020) Sobre as vantagens das
máscaras laríngeas, marque V ou F, para verdadeiro ou falso, respectivamente.
( ) Volume corrente fornecido maior que com máscara facial;
( ) Menos insuflação gástrica que a BVM;
( ) Existe risco de intubação esofágica;
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) V, V, F.
b) V, V, V.
c) F, F, F.
d) F, V, F.
e) V, F, V.

(Editora Brasileiro & Passos/Equipe RP/2020) Sobre o tempo de troca de um


dispositivo Extraglótico, julgue o item subsecutivo.
6. A inserção prolongada de qualquer DEG retroglótico não é recomendada e a
troca por um TET é estimulada dentro de 4-8 horas quando isso puder ser
feito de forma segura.
( ) Certo
( ) Errado

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7. (Editora Brasileiro & Passos/Equipe RP/2020) Sobre a Pressão do Cuff,
indicada para Tubo traqueal, marque a alternativa correta:
a) 20 a 27 mmHg ou 27 a 30 cmH2O.
b) 18 a 22 mmHg ou 30 a 40 cmH2O.
c) 18 a 22 mmHg ou 25 a 30 cmH2O.
d) 22 a 28 mmHg ou 35 a 60 cmH2O.
e) 18 a 30 mmHg ou 30 a 45 cmH2O.

(Editora Brasileiro & Passos/Equipe RP/2020) Sobre a Pressão do Cuff,


indicada para máscara laríngea, julgue o item a seguir.
8. No uso de mascara laríngea, a pressão indicada para o cuff conforme
WALLS, 2019 é de < 60 cm H20.
( ) Certo
( ) Errado

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Referências
ATLS – Advanced Trauma Life Support: Student Course Manual. 10. ed. American College of
Surgeons. 2018. 391 p.
BROWN III, C. A. ; SAKLES, J. C.; MICK, N. W. (Orgs.). Manual de Walls para o manejo da via aérea
na emergência. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. 478 p.
DALTON; LIMMER; MISTOVISC; WERMAN. Emergency Medical Patients: Assessment, Care, and
Transport. 1. ed. Pearson. 2011. 528 p.
IRINEU, T.V. et. al. Medicina de Emergência: abordagem prática. 14. ed. Manole. 2020.
IRINEU, T.V. et. al. Manual de Medicina de Emergência. 2. ed. Manole. 2020. 1.216 p.
NAEMT (National Association of Emergency Medical Technicians). AMLS - Atendimento Pré-
Hospitalar às Emergências Clínicas. 2. ed. Artmed. 2018. 488 p.
NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. PHTLS - Atendimento pré-
hospitalar ao traumatizado. 9. ed. Burlington: Jones & Bartlett Learning, 2020. 762 p.
ROY L. ALSON, KYEE HAN, JOHN E. International Trauma Life Support for Emergency Care
Providers. 9. ed. Pearson. 2019. 448 p.

Referências
AMERICAN College of Surgeons. Atls Student Course Manual: Advanced Trauma Life Support. 9th
ed. ASC, 2012.
BROWN III, C. A.; SAKLES, J. C.; MICK, N. W. (Orgs.). Manual de Walls para o manejo da via aérea na
emergência. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. 478 p.
CAMPBELL, John E.; ALSON, Roy L. And Alabama Chapter, American College bf Emergency Physicians ITLS
International Trauma Life Support. International trauma life support for emergency care providers. 8th
edition. ITLS. Pearson, 2016.
DALTON, Twink J. Emergency Medical Patients: Assessment, Care, and Transport. San Francisco
Paramedic Association. 2ª Ed. Jones & Bartlett, 2018.
GOMES, Fábio de Almeida et al. AMLS: Advanced Medical Life Support. 2ª Ed. Jones & Bartlett, 2018.
NATIONAL Association of Emergency Medical Technicians NAEMT. PHTLS: Atendimento Pré-Hospitalar ao
Traumatizado. 9ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. 786 p.
VELASCO, I. T. et al. Manual de Medicina de Emergência: Disciplina de Emergências Clínicas Hospital das
Clínicas da FMUSP. 2ª Ed. Editora Manole, 2019.
VELASCO, Irineu Tadeu; BRANDÃO NETO, Rodrigo Antônio. Medicina de Emergência Abordagem Pratica.
14ª Ed. Editora Manole, 2020.

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