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Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino – LTDA

Centro Universitário do Rio São Francisco - UniRios


Curso de Bacharelado em Direito

Pedro Lucas da Silva Godoi

PROJETO DE PESQUISA

MARCO TEMPORAL DAS TERRAS INDIGENAS: uma


inconstitucionalidade ou segurança jurídica

Paulo Afonso-BA
Abril. /2023
Pedro Lucas da Silva Godoi

PROJETO DE PESQUISA

MARCO TEMPORAL DAS TERRAS INDIGENAS: uma


inconstitucionalidade ou segurança jurídica

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso


de Graduação em Direito do Centro
Universitário do Rio São Francisco -
UniRios, como requisito para avaliação da
Primeira Etapa da disciplina Trabalho de
Graduação I.

Área de concentração: Direito Agrário e


Direito Constitucional

Disciplina TG-I: Prof. Especialista Eloy


Lago Nascimento

Orientador: Profª. Especialista Hélvia


Almeida de Lima

Paulo Afonso-BA
Abril. /2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 03

2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 04

3 PROBLEMÁTICA DA PESQUISA ......................................................................... 05

4 BASE TEÓRICA E CONCEITUAL......................................................................... 06

5 HIPÓTESES DA PESQUISA ................................................................................. 07

6 OBJETIVOS ........................................................................................................... 08
6.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 09
6.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 10

7 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................... 11

8 CRONOGRAMA .................................................................................................... 12

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa busca estudar o marco temporal das terras indígenas o


conceito jurídico de terra indígena ou (TI) encontra-se elencando no artigo 231 § 1º
da constituição federal que são territórios que pertencem aos povos originários que
podem explorar seus recursos naturais e desenvolver suas culturas também pode
ser habitadas por uma ou mais de uma etnias ou seja o direito ao território é
1
exclusivo e permanente

Historicamente os indígenas que tem o direito originário a terra por estarem aqui
antes da descoberta do estado brasileiro logo o Marco temporal é uma ação no
Supremo Tribunal Federal (STF) que defende que os povos indígenas só podem
reivindicar terras já ocupadas no dia 5 de outubro de 1988 no mesmo dia que entrou
em vigor a constituição federal.

Para os indígenas a tese do marco temporal do marco temporal ignoraria os povos


que foram expulsos das terras que sob violência ou devido a expansão rural e
urbana dos brancos, pelo desmatamento ou mortos devido a proliferação de alguma
doença quando a carta magna foi promulgada.

A pesquisa tem-se enfoque justamente no povo originário, mas como delimitação


geográfica o estudo busca entender como a terra indígena é afetada pela tese do
marco temporal em algumas regiões do brasil.

E como áreas de abrangências para o presente estudo tem-se enfoque nas áreas de
direito agrário e constitucional porque a temática em questão é necessário recorrer a
uma bibliografia especifica sobre os direitos a terra indígena .

1
UOL, O que é o Marco Temporal e como ele impacta os povos indígenas, 2020, disponível
em: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/06/02/o-que-e-o-marco-temporal-ecomo-ele-
impacta-indigenas-brasileiros.htm
5

2 JUSTIFICATIVA

O tema proposto a ser estudado foi desenvolvido no interesse de aprofundar no


assunto considerado polêmico, ministrado nas aulas de Direito Agrário e por ser um
tema extremamente relevante e importante para a sociedade porque trata-se de um
objeto que envolve uma minoria populacional o indígena em busca da defesa dos
direitos territoriais.

Na área acadêmica contribui para o avanço dos estudos nessa temática


principalmente para os defensores da causa indígena e os que não apoiam a tese
do marco temporal é um tema atual que gera muitas discussões não somente na
área acadêmica como também nos grandes tribunais a exemplo do STF que discute
bastante o tema.

Porém assunto em questão tem-se seu lado polêmico por trata-se de uma questão
que envolve o Indígena como dono daquela terra contra o ruralista que quer se
aproveitar daquele local para extração de minério em si havendo um conflito entre
eles.

Segundo Cavalcante 2(2016, p. 4 e p. 8): “(...) os indígenas são os maiores


prejudicados, pois na maioria das vezes são desprovidos do mínimo necessário para
uma sobrevivência dignamente humana”. Desse modo, torna-se evidente que a
premissa jurídica se volta majoritariamente à integridade da proteção da propriedade
privada, uma vez que, sobretudo quanto à questão do marco temporal, segundo
acordos políticos e jurídicos são envolvidos pela morosidade e consequentemente a
questão indígena acaba sendo desprovida do mínimo que se para a dignidade de
seres humanos dotados de direito.

Logo percebe-se a importância do presente estudo porque a terra indígena para os


povos originários é considerada o seu manto sagrado e é consequentemente um
direito que está sendo violado constantemente que é o direito a terra apesar se ter

2
CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira. “Terra indígena”: aspectos históricos da construção e aplicação de um
conceito jurídico. Revista História (São Paulo), v. 35, 75, p. 4 e p. 8, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-
436920160000000075
um capitulo voltado aos índios na constituição garantindo o seu direito necessita-se
ter um olhar crítico para a situação como um todo porque é um assunto delicado.
3. PROBLEMÁTICA DA PESQUISA

Os indígenas é uma minoria que durante o percurso histórico sofreu muitas


injustiças sobretudo quanto a sua terra a instituição do marco temporal que causa
várias divergências

Segundo Manuela Caneiro da Cunha para folha de São Paulo (2014) 3

Vivemos no Brasil um momento de recuperação da memória do século 20. O esforço


para que se conheça essa história tem um motivo explícito: “Para que nunca mais
aconteça”.

“(..) O STF também deve zelar para que não se esqueça a história e que injustiças
não se repitam. Decretar que somente as terras ocupadas por índios em 1988
merecem os direitos constitucionais permite apagar da memória esbulhos e
injustiças.

Através das falas da antropóloga percebe-se que a terra indígena merece uma
proteção maior que aquela resguardada na constituição de 1988 e que o STF como
um grande tribunal deveria zelar pela proteção aos povos originários.

É importante pontuar que a bancada dos ruralistas defende o marco temporal com
certo interesse, como menciona o Deputado Valdir Colatto4 (PMDB-SC). Segundo
ele, houve consenso em relação a dois pontos: usar a data de promulgação da
Constituição de 1988 como base para se definir a ocupação e a propriedade das
terras; e, ao mesmo tempo, efetivar uma nova política pública de valorização dos
índios.

3
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. O STF e os índios. Folha de São Paulo,
São Paulo, 20 nov. 2014, Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
Opinião /196246-o-stf-e-os-indios.shtml. Acesso em: 10 de ago. de 17
https://www.camara.leg.br/noticias/428747-ruralistas-defendem-marco-temporal-para-demarcacao-de-terras-
indigenas/.
4
AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS, Ruralistas defendem marco temporal para
demarcação de terras indígenas, 2014, disponível em:
https://www.camara.leg.br/noticias/428747-ruralistas-defendem-marco-temporal-parademarcacao-de-terras-
indigenas/.
8

É a partir da análise dessas falas que a problemática da pesquisa se desenvolve


porque a questão do marco temporal é uma situação muito polemica não beneficia o
resguardo a terra indígena logo a pergunta formulada seria a tese do marco
temporal pode ser considerado um ato inconstitucional ou que garante uma
segurança jurídica aos povos originários?
4 BASE TEÓRICA E CONCEITUAL

A base teórica e conceitual do presente projeto embasa-se no artigo cientifico


CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira. “Terra indígena”: aspectos históricos da
construção e aplicação de um conceito jurídico. Revista História (São Paulo), v. 35,
75, p. 4 e p. 8, 2016.

Porque é no presente artigo cientifico que se tem o conceito jurídico de terra


indígena.

Segundo Manuela Carneiro da Cunha Terra indígena", em princípio, é um conceito


jurídico brasileiro que tem sua origem na definição de direitos territoriais indígenas.
Tais direitos foram reconhecidos ao longo da história pelo Estado brasileiro por meio
de diversos dispositivos legais (CARNEIRO DA CUNHA, 1987; CARNEIRO DA
CUNHA, 1993).

Logo apesar da terra indígena ser considerada como um direito do povo originário
tem-se o problema do marco temporal que segundo o seu conceito 5 O marco
temporal é uma tese jurídica que defende uma alteração na política de demarcação
de terras indígenas no Brasil. Segundo essa tese, só poderia reivindicar direito sobre
uma terra o povo indígena que já estivesse ocupando-a no momento da
promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.

A presente pesquisa utiliza-se da constituição federal para fundamentar o projeto


como um todo e consequentemente aplicar na problemática.

as teorias que a presente pesquisa aborda é a teoria do fato Indígena6 :, foi proposta
no julgamento do STF sobre a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do
Sol (PET 3388). O STF entendeu que a CRFB/88 utilizou a data de promulgação

5
UOL, O que é o Marco Temporal e como ele impacta os povos indígenas, 2020, disponível
em: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/06/02/o-que-e-o-marco-temporal-ecomo-ele-
impacta-indigenas-brasileiros.htm
6
https://treinesubjetivas.com.br/teoria-do-indigenato-x-teoria-do-fato-indigena-mpe-pr-
2022/#:~:text=Teoria%20do%20indigenato%3A%20considera%20o,e%20declarar%20os%20limites%20territori
ais. publicado em 19 de agosto de 2022
Teoria do indigenato x Teoria do fato indígena (MPE/PR – 2022)
8

(5/10/1988) como referencial insubstituível para o reconhecimento das terras


tradicionalmente ocupadas pelos indígenas, propugnando que o caráter permanente
não pode ser considerado como imemorial ou remoto.
5 HIPÓTESES DA PESQUISA

A hipótese positiva para a presente temática seria quanto a sua aplicação a


demarcação de terras porque trará mais segurança jurídica aos povos originários
e contribuirá para o desenvolvimento das tradições e modos de vida bem como
pode ajudar a evitar conflitos e incertezas em relação a posse e uso dessas áreas
Segundo o ministro do STF Nunes Marques que votou a favor do marco temporal7
É uma tese de conciliação

Ao definir a tese do marco temporal da Constituição, o ministro Nunes Marques


afirma que é a solução que melhor concilia os interesses do País e os dos
indígenas.

Serve para trazer segurança jurídica ao País

Segundo ele, o parâmetro do marco temporal tem sido utilizado em diversos casos e
a revisão dele como uma tese de exemplo e de referência para os demais processos
jurídicos só traria insegurança jurídica, além de uma situação de conflito fundiário
que não teria fim.

Já hipótese negativa parte da premissa que o marco temporal como uma aplicação
para demarcação de terras viola os direitos históricos e culturais das comunidades
indígenas.

o que nos leva a uma terceira hipótese negativa porque com o marco temporal se
instaurando nas terras dos povos originários há uma negação aos seus direitos
ancestrais além disso a hipótese acima garante uma proteção a essas terras.

7
https://agrosaber.com.br/9-pontos-mostram-a-importancia-do-marco-temporal/
8

6 OBJETIVOS

6.1 Gerais
Verificar se existem impactos do marco temporal sobre a segurança jurídica dos
direitos territoriais e a proteção dos direitos indígenas.

6.2 Específicos

a) Analisar o contexto histórico de proteção a terra e o direito indígena e verificar a


relação do marco temporal com a segurança jurídica com clareza.
b) Verificar na legislação brasileira constitucional se há a proteção aos direitos
territoriais e indígena
c) Analisar criticamente a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o marco
temporal em casos que envolve direitos territoriais e indígena
7 METODOLOGIA DA PESQUISA

A presente pesquisa se utilizará para uma melhor compreensão o método descritivo


porque auxiliará ao descrever criticamente a jurisprudência do Supremo tribunal
federal bem como seu contexto histórico acerca da temática.

Com relação ao tipo de pesquisa será bibliográfica que norteará o estudo como um
todo através de fontes secundarias abordagem da pesquisa será feita por meio da
forma qualitativa buscando conceitos em livros e artigos e outros trabalhos já
realizados.
8

8 CRONOGRAMA DE PESQUISA

2023.1 2023.2
Atividades
J F M A M J J A S O N D

Atividades e meses de execução X

Entrega do Formulário de Compromisso de Orientação X X

Elaboração do Projeto de Pesquisa

Elaboração do Capitulo 1

Elaboração do Capitulo 2

Elaboração do Capitulo 3

Defesa Banca Examinadora


9 REFERÊNCIAS

Nas referências coloca-se a lista das obras pesquisadas, conforme regras da ABNT-
NBR 6023/2002.

CAVALCANTE, Thiago Leandro Vieira. “Terra indígena”: aspectos históricos da


construção e aplicação de um conceito jurídico. Revista História (São Paulo), v. 35,
75, p. 4 e p. 8, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-436920160000000075
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. O STF e os índios. Folha de São Paulo,
São Paulo, 20 nov. 2014, Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
Opinião /196246-o-stf-e-os-indios.shtml. Acesso em: 10 de ago. de 17
https://www.camara.leg.br/noticias/428747-ruralistas-defendem-marco-temporal-
para-demarcacao-de-terras-indigenas/.
AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS, Ruralistas defendem marco temporal para
demarcação de terras indígenas, 2014, disponível em:
https://www.camara.leg.br/noticias/428747-ruralistas-defendem-marco-temporal-
parademarcacao-de-terras-indigenas/.
UOL, O que é o Marco Temporal e como ele impacta os povos indígenas, 2020,
disponível
em: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/06/02/o-que-e-o-marco-
temporal-ecomo-ele-impacta-indigenas-brasileiros.htm.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Legislação indigenista do século XIX. São Paulo:
Edusp; Comissão Pró-Índio de São Paulo, 1993.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Os direitos do índio: ensaios e documentos. São
Paulo: Brasiliense, 1987
https://treinesubjetivas.com.br/teoria-do-indigenato-x-teoria-do-fato-indigena-mpe-
pr-
2022/#:~:text=Teoria%20do%20indigenato%3A%20considera%20o,e%20declarar%
20os%20limites%20territoriais. publicado em 19 de agosto de 2022
Teoria do Indigenato x Teoria do fato indígena (MPE/PR – 2022).
ttps://agrosaber.com.br/9-pontos-mostram-a-importancia-do-marco-temporal/

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